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ALUNOS RA TURMA
RUDSON DHEYMES PEREIRA DA SILVA T115JC0-0 EC7P-42
ELCIO MACEDO DA SILVA B96CDI-9 EC7Q-42
NAYARA CONCEIÇÃO ALBANO B91HEC-1 EC7Q-42
LUCAS EDUARDO DA CONCEIÇAO B917JE-7 EC7Q-42
FRANCIENE ROSA CARNEIRO B94908-2 EC7Q-42
SUMÁRIO ...................................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3
1. TÚNEL DE VENTO .............................................................................................................. 5
1.1 Origem ............................................................................................................................... 6
2. TUNEL DE VENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL .............................................................. 6
3. TÚNEIS DE VENTO NO BRASIL...................................................................................... 8
3.1 Obras no brasil que passaram pelo túnel de vento .............................................. 9
3.1.1 Arena Do Pantanal (Cuiabá-MT) ............................................................................. 9
3.1.2 Estádio Castelão (Fortaleza-CE) .......................................................................... 11
3.1.3 Estádio Do Morumbi (São Paulo-SP) .................................................................. 12
3.1.4 Museu Do Amanhã (Rio De Janeiro-RJ) ............................................................. 14
4. MEMÓRIA DE CÁLCULO ................................................................................................ 15
4.1. Determinação da Velocidade Básica do Vento - V0 ............................................ 16
4.2. Determinação do Fator Topográfico - S1 ............................................................... 17
4.3. Determinação do Fator Rugosidade - S2 ............................................................... 17
4.4. Determinação do Fator Estatístico - S3.................................................................. 19
4.5. Ações variáveis consideradas separadamente ................................................... 19
4.6. Coeficiente de Arrasto ................................................................................................ 20
5. RESULTADOS ................................................................................................................... 22
CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 30
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 31
ANEXOS ...................................................................................................................................... 32
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INTRODUÇÃO
Este trabalho trata sobre as pressões que são exercidas pelo vento em fachadas
de edifícios. Nele é demonstrado todo o procedimento recomendado pela Norma
Brasileira NBR 6123/ JUN 1988, referente aos esforços do vento em edificações, para
executar o cálculo das pressões, desde a determinação da velocidade básica atuante na
região, até transformá-la em carregamento. É descrito também o mecanismo de
funcionamento de um Túnel de Vento, as mesas de ensaio, como podem se simuladas
as características do vento natural tornando o ensaio o mais próximo possível do que
aconteceria com a estrutura real.
Para que esta pesquisa fosse realizada, foi necessária uma visita técnica a um
edifício em construção localizado na Rua Padre Feijó, 63 - Vila Alzira, em Aparecida de
Goiânia – GO.
Foi estudado para o trabalho em questão o edifício de torre número 1 sob orientação
do Engenheiro Civil Caio Gracco de O. Monteiro.
3
Torres em construção.
4
1. TÚNEL DE VENTO
Formado por um duto com diâmetro apropriado o túnel é um cilindro que possui a
entrada de ar revestida por uma tela na forma de uma colméia de abelha que destrói a
turbulência externa e deixa um escoamento condicionado (esse sistema evita a formação
de turbulência dentro do túnel, as turbulências podem comprometer os testes), do outro
lado há um motor elétrico com 175 cavalos de força, que provoca a ventania por sucção.
5
Imagem representativa do Tubo de Pitot
1.1 Origem
6
simulação das principais características do vento natural, podem ser usados em substituição
do recurso aos coeficientes constantes desta Norma”.
O ensaio no túnel de vento pode ser feito em qualquer etapa do projeto. Mas é mais
seguro e confiável quando a avaliação criteriosa dos efeitos do vento é feita a partir da
primeira etapa de concepção. O procedimento preventivo é, geralmente, o de menor custo e
o de maior eficiência. Apesar disso, os estudos podem auxiliar no reconhecimento e correção
de problemas em projetos já implantados.
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Hoje em dia, os túneis de vento estão sendo utilizados no projeto de edifícios de
grande altura, pontes arrojadas, estádios de futebol, e outras edificações de grande porte.
Os túneis de vento são as únicas ferramentas que podem detectar possíveis problemas
relacionado a ação do vento. Muitas dessas estruturas foram modificadas na fase de projeto
para adaptarem-se as exigências de desempenho adequado frente a ação do vento. Da
mesma forma é comum os casos em que os ensaios são feitos depois da ocorrência de
acidentes e funciona para entender os fenômenos que provocaram o sinistro, do mesmo
modo que revela eventuais erros na consideração original da carga dominante.
Estruturas com formas esféricas ou cilíndricas, edificações altas e esbeltas, assim como pontes
estaiadas, geralmente demandam ensaio em túnel de vento como forma de garantir a
segurança da solução prevista em projeto.
O Brasil insere-se, hoje, no grande grupo de países que utilizam o túnel de vento como
ferramenta de projeto. Porém, esta utilização ainda é restrita a uma quantidade relativamente
pequena de profissionais. Com a crescente demanda por otimização de custos e aumento
das condições de conforto e segurança nas edificações, o túnel de vento firma-se como a
melhor alternativa para prevenção dos efeitos do vento e de sua utilização em benefício do
ser humano.
8
3.1 Obras no brasil que passaram pelo túnel de vento
9
Ensaios no túnel de vento incluem as maquetes do estádio e do Ginásio Aecim Tocantins (à
dir), localizado no entorno da Arena Pantanal.
10
3.1.2 Estádio Castelão (Fortaleza-CE)
Para tanto, foram criados pórticos treliçados com tubos metálicos que interagem
com os pórticos de concreto preexistentes. “Do seu interior são lançadas as vigas de
cobertura, com mais de 50 metros de comprimento, garantindo proteção total às
arquibancadas destinadas ao público”, ressalta D’Alambert. De acordo com o
engenheiro, os resultados de ensaio em túnel de vento deram subsídios para esse
dimensionamento com total segurança, considerando-se que a região do nordeste é
acometida por ventos constantes.
11
Estádio Castelão (Fortaleza- CE).
12
Pesquisadores montaram para o ensaio 580 blocos retangulares, que representam o entorno do estádio,
para reproduzir as diferentes condições de escoamento do vento.
13
3.1.4 Museu Do Amanhã (Rio De Janeiro-RJ)
14
Museu do Amanhã (Rio de Janeiro-RJ).
4. MEMÓRIA DE CÁLCULO
ONDE:
q = 0,613 Vk2
q = Pressão Dinâmica em N/m2
VK = Velocidade Característica em m/s
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A Velocidade Característica depende de uma série de fatores como a região do
Brasil, a topografia (planos, vales, montanhas), a densidade de ocupação (muitos
prédios) e características construtivas do edifício.
V k = V 0 X S 1 X S 2 X S3
ONDE:
.
As curvas representam as máximas velocidades médias.
16
Para a pesquisa em questão, foi-se realizado um estudo em um edifício em
construção localizado em Aparecida de Goiânia-GO, com Velocidade Básica de 35 m/s.
Para mais detalhes sobre a determinação do Fator Topográfico, ver o item 5.2 da
norma NBR-6123/1988. A norma recomenda que casos de combinação de taludes e
morros com dificuldades de se estabelecer a direção predominante dos ventos que seja
feita ensaio em Túnel de Vento.
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Além das características de rugosidade do terreno, devemos levar em
consideração as dimensões do edifício:
A B C A B C A B C A B C A B C
≤5 1,06 1,04 1,01 0,94 0,92 0,89 0,88 0,86 0,82 0,79 0,76 0,73 0,74 0,72 0,67
10 1,1 1,09 1,06 1 0,98 0,95 0,94 0,92 0,88 0,86 0,83 0,8 0,74 0,72 0,67
15 1,13 1,12 1,09 1,04 1,02 0,99 0,98 0,96 0,93 0,9 0,88 0,84 0,79 0,76 0,72
20 1,15 1,14 1,12 1,06 1,04 1,02 1,01 0,99 0,96 0,93 0,91 0,88 0,82 0,8 0,76
30 1,17 1,17 1,15 1,1 1,08 1,06 1,05 1,03 1 0,98 0,96 0,93 0,87 0,85 0,82
40 1,2 1,19 1,17 1,13 1,11 1,09 1,08 1,06 1,04 1,01 0,99 0,96 0,91 0,89 0,86
50 1,21 1,21 1,19 1,15 1,13 1,12 1,1 1,09 1,06 1,04 1,02 0,99 0,94 0,93 0,89
60 1,22 1,22 1,21 1,16 1,15 1,14 1,12 1,11 1,09 1,07 1,04 1,02 0,97 0,95 0,92
80 1,25 1,24 1,23 1,19 1,18 1,17 1,16 1,14 1,12 1,1 1,08 1,06 1,01 1 0,97
100 1,26 1,26 1,25 1,22 1,21 1,2 1,18 1,17 1,15 1,13 1,11 1,09 1,05 1,03 1,01
120 1,28 1,28 1,27 1,24 1,23 1,22 1,2 1,2 1,18 1,16 1,14 1,12 1,07 1,06 1,04
140 1,29 1,29 1,28 1,25 1,24 1,24 1,22 1,22 1,2 1,18 1,16 1,14 1,1 1,09 1,07
160 1,3 1,3 1,29 1,27 1,26 1,25 1,24 1,23 1,22 1,2 1,18 1,16 1,12 1,11 1,1
180 1,31 1,31 1,31 1,28 1,27 1,27 1,26 1,25 1,23 1,22 1,2 1,18 1,14 1,14 1,12
200 1,32 1,32 1,32 1,29 1,28 1,28 1,27 1,26 1,25 1,23 1,21 1,2 1,16 1,16 1,14
250 1,34 1,34 1,33 1,31 1,31 1,31 1,3 1,29 1,28 1,27 1,25 1,23 1,2 1,2 1,18
300 1,34 1,33 1,33 1,32 1,32 1,31 1,29 1,27 1,26 1,23 1,23 1,22
350 1,34 1,34 1,33 1,32 1,3 1,29 1,26 1,26 1,26
400 1,34 1,32 1,32 1,29 1,29 1,29
420 1,35 1,35 1,33 1,3 1,3 1,3
450 1,32 1,32 1,32
500 1,34 1,34 1,34
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Para esta pesquisa o edifício em estudo possui Fator S2= Categoria IV e Classe
B.
Para o edifício em questão com combinação normal e tipo de ação do vento tem
coeficiente de ponderação de 1,4.
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4.6. Coeficiente de Arrasto
20
Embora os valores fornecidos na Tabela 10 se refiram a corpos fechados, eles
podem ser aplicados a corpos com um extremo aberto, tais como chaminés, desde que
a relação h/I1 seja superior a 8.
A força de arrasto é calculada pela expressão:
Fa = Ca x q x Ae
, ,
= = 0,433 m = = 1,692 m
, ,
21
5. RESULTADOS
5.1. Vento a 0°
L1 16,11 m
Dimensões L2 37,13 m
A
Velocidade Característica em m/s. VK
Velocidade Básica do Vento da Região V0 35,00 m/s
Fator Topográfico S1 1,00
Fator Rugosidade S2
Fator Probabilístico S3 1,00
Pressão dinâmica Q
Coeficiente de Arrasto Ca 0,86
22
Diagrama de forças de vento aplicadas - FtooL
23
Deslocamento resultante após as forças aplicadas.
24
Forças Axiais Resultantes.
25
5.2. Vento a 90°
L1 16,11 m
Dimensões L2 37,13 m
A
Velocidade Característica em m/s. VK
Velocidade Básica do Vento da Região V0 35,00 m/s
Fator Topográfico S1 1,00
Fator Rugosidade S2
Fator Probabilístico S3 1,00
Pressão dinâmica Q
Coeficiente de Arrasto Ca 0,86
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Diagrama de forças de vento aplicadas - FtooL
27
Deslocamento resultante após as forças aplicadas.
28
Forças Axiais Resultantes.
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CONCLUSÃO
Considera uma série de fatores como a região do Brasil que mais venta, se o
terreno no entorno do prédio é plano ou acidentado e a própria forma do edifício. Veja
um roteiro prático para a determinação do Vento Básico e do Vento Característico
clicando aqui Lembre-se que um prédio, mesmo que localizado no centro da região que
mais venta no Brasil pode não ser atingido por este vento e, da mesma forma, outro
prédio, este localizado na região que menos venta pode vir a ser atingido por um vento
fenomenal, tudo isso dependendo de fatores locais como concentração de prédios,
existência de um rio ou uma grande avenida ou uma grande via férrea que podem
"canalizar" o fluxo dos ventos.
Entretanto nem tudo está perdido. Há um interessantíssimo trabalho feito pelo IPT,
o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, que andou ensaiando,
no seu Tunel de Vento, os efeitos negativos de prédios altos no bairro do Tatuapé, o
bairro que apresentou o maior crescimento (mais de 175 prédios novos construídos na
década de 90).
Ainda vai demorar, creio, até que seja lançada uma nova versão da norma, que leve em
consideração até fatores dinâmicos como vibrações e trepidações, pois a elaboração de
uma nova versão demandará um custo que dificilmente será coberto na atual condição
em que uma norma é produzida no Brasil, contando apenas com o trabalho voluntário
(leia-se "de graça") de alguns abnegados profissionais que tenham atuado na questão.
Fenômenos dinâmicos como a vibração, trepidação e balanço precisam ainda serem
pesquisados e muitas teses acadêmicas ainda deverão ser produzidas.
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REFERÊNCIAS
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ANEXOS
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