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HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais.

7ª ed. São Paulo: Pearson, 2010.


Princípio da
superposição
Princípio da superposição

“Frequentemente utilizado para se determinar a tensão ou o


deslocamento de um ponto quando este estiver sujeito a um
carregamento complicado”. Pode-se determinar a tensão ou o
deslocamento de um ponto:

- Subdividir o carregamento em componentes;


- determinar a tensão ou o deslocamento causado por cada
componente agindo separadamente;
- Realizar a soma algébrica.

Condições:
-A carga deve estar linearmente relacionada com a tensão ou
deslocamento a ser determinado;
- A carga não deve provocar mudança significativa na
geometria original.
Princípio da superposição
Princípio da superposição
Princípio da superposição
Princípio da superposição
Princípio da superposição
Princípio da superposição
Cargas axiais

“Membro” com carga axial


estaticamente
indeterminado
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Barra Fixada numa só extremidade


Barra Fixada numa só extremidade

Equações de equilíbrio são


suficiente para encontrar
reação de apoio
Estaticamente determinado
Porém, se a barra estiver fixa em
ambas as extremidades

Estaticamente
indeterminada

pois
Ocorrem duas reações axiais desconhecidas

+ F = 0 
FB + FA – P = 0

Vamos obter
isso pelas seções
Assim, usamos a equação para as condições
de deslocamento: condição de compatibilidade

= PL/AE
Para linear
elástico
Como a viga está presa nas
duas pontas, usamos:

A/B = 0
= (PL/AE)

RA LAC + RB LCB = 0
AE AE

Subst. a equação 3 na
equação acima, obtemos:

 FA LAC ( FA − P ) LCB 
 + =0
 AE AE 
= n(PL/AE)

(FA LAC ) + (( FA − P) LCB ) = 0


1
AE
FA LAC + FA LCB − PLCB  = 0
FA (LAC + LCB ) − PLCB  = 0
FA (L ) = PLCB
Assim, obtem-se:

FA = (P.LCB)/ L)
FA = P (LCB / L)
Desta forma, obtem-se:

RB = FA − P 
P.LCB P.LCB P.L
RB = − P  RB = −
L L L
Como, FB = -RB
P.L P.LCB P.( L − LCB )
FB = − =
L L L
FB = P (LAC / L)
Vamos “fixar”
fazendo exercício
A haste de aço mostrada na figura abaixo tem  de 5mm. É
presa à parede fixa em A e, antes de ser submetida à carga,
mantém uma folga de 1mm em relação a parede B’.
Determinar as reações em A e B’ se a haste for submetida a
uma força axial de P=20KN (vide figura). Eaço = 200 GPa.
Obs: Desprezar o tamanho do colar.
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Equação de equilíbrio:

[+→] Fx = 0

- FA - FB + 20KN = 0 (1)
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Equação de compatibilidade: +(FA – P).LCB

δB/A = 0,001m

FA LAC - FB LCB
δB/A = 0,001m = (2)
AE AE
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

FA (0,4m)
0,001m =
.(0,0025m)2.[200(109)N/m2]

FB (0,8m)

.(0,0025m)2.[200(109)N/m2]

FA (0,4m) - FB (0,8m) = 3,927 KN.m (2)


Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Utilizando (1) e (2), obtemos:

FA = 16,6 KN
FB = 3,4 KN

- FA - FB + 20KN = 0 (1)

FA (0,4m) - FB (0,8m) = 3,927 KN.m (2)


Método
das
forças
Método das forças

Estaticamente
indeterminada
Método das forças
Ocorrem duas reações axiais desconhecidas

+ F = 0 
FB + FA – P = 0

Vamos obter
isso pelas seções
Método das forças
Método das forças

p= PLAC/AE
Método das forças

B= FB L/AE
L
Método das forças

p - B = 0

PLAC - FB L = 0
AE AE

FB = P (LAC / L)
Método das forças

+ F = 0

FB + F A – P = 0

Como LCB = L - LAC

FA = P (LCB / L)
Exemplo
Membro com carga axial estaticamente
indeterminado

A haste de aço mostrada na figura abaixo tem  de 5mm. É


presa à parede fixa em A e, antes de ser submetida à carga,
mantém uma folga de 1mm em relação a parede B’.
Determinar as reações em A e B’ se a haste for submetida a
uma força axial de P=20KN (vide figura). Obs: Desprezar o
tamanho do colar.

Dado:
Eaço = 200 GPa
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Equação de equilíbrio:

[+→] Fx = 0

- FA - FB + 20KN = 0 (1)
Membro com carga axial estaticamente
indeterminado

Reações:
Membro com carga axial estaticamente
indeterminado

Reações:
p + B = 0,001m
P LAC - FB L = 0,001
AE AE
1
(20kN.0,4m) − ( FB .1,2m). = 0,001m
[( 200.10 N / m ).( .0,0025 m )
9 2 2 2

(8000N.m) − ( FB .1,2m) = 3926,991N.m


− ( FB .1,2m) = 3926,991N.m − 8000N.m  FB = 3,4 kN
Membro com carga axial estaticamente
indeterminado

Reações:

FB + FA – P = 0

FA = 16,6 kN
Exemplo
A coluna de concreto é reforçada
por 4 barras de aço. Cada barra
tem  de 18mm. Determinar a
tensão normal média no concreto e
no aço se a coluna está submetida
a uma carga axial de P=800KN
(vide figura).

Dados:
Eaço = 200 GPa
Econcr = 25 GPa
Dados:
Eaço = 200 GPa e Econcr = 25 GPa

Equilíbrio:
+ Fy = 0
FAço + Fconcr – 800 = 0

Compatibilidade:
δAço = δConcr Fconcr
Faço
FAço. (L) FConcr. (L)
=
4(/4)(0,0182)(200)(109) [0,32-4(/4).(0,0182)](25)(109)

FAço = 0,091513. Fconcr


Substituindo 1 em 2: 800 KN

FAço = 67,072 KN Fconcr = 732,928 KN

Tensão normal média:


67,072. (103)
σAço = = 65,9 MPa
4(/4)(0,0182)
Fconcr
732,928. (103)
σconcr` = = 8,24 MPa
(0,32)-4(/4)(0,0182) FAço
Exemplo
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

O poste de alumínio, mostrado abaixo, é reforçado por um


núcleo de latão. O conjunto suporta a carga axial de 9kip
conforme mostrado, que é aplicada numa tampa rígida.
Determinar a tensão normal média nos dois tubos.

2 pol

Dados:
Eal = 10.103 ksi
Elatão = 15.103 ksi
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Reações:
Eal = 10.103 ksi
Elatão = 15.103 ksi

(raio)Ral = 2 pol
(raio)rlatão = 1 pol
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Reações:
Eal = 10.103 ksi
Elatão = 15.103 ksi

Aal =  (R2 - r2) =  [(2pol)2 – (1pol)2]


Alatão = r2 = (1pol)2

Equilíbrio:

Compatibilidade:
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Reações:
Equilíbrio:
+ Fy = 0

- 9kip + FAl + FLatão = 0


(1)
Compatibilidade: L

δAl = δLatão

FAl L = Flat L
AalEal AlatElat
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Compatibilidade:
AAl EAl
FAl = FLatão
Alat Elat

 [(2pol)2 – (1pol)2] 10(103) ksi


FAl = FLatão
(1pol)2 15(103) ksi

FAl = 2.FLatão
(2)

kip= 103 lbf


Ksi = kip/pol2
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Utilizando (1) e (2), obtemos:

Fal= 6 kip

Flatão= 3 kip

Como as respostas de Fal e Flatão são positivas,


realmente temos compressão.

Tensões médias
 al= Fal / Aal lat= Flatão / Alatão
Membro com carga axial estaticamente indeterminado

Tensões médias

latão= Flatão / Alatão


 al= Fal / Aal
Exercício
Deslocamento
axial devido a
variação térmica
“Uma mudança de temperatura
pode provocar alterações nas
dimensões de um material”
“Em geral, se a temperatura
aumenta, o material se expande;
se a temperatura diminui, o
material se contrai”
“Normalmente, a expansão e a
contração está linearmente
relacionada ao aumento ou a
diminuição de temperatura ocorrida”

Material homogêneo e isotrópico


Deslocamento

Para estudar o deslocamento originado na peça pela variação de


temperatura, vamos nos basear na experiência a seguir:

Suponhamos inicialmente, que uma barra de comprimento l0 esteja


a uma temperatura inicial t0.

A barra, ao ser aquecida, passa para uma temperatura t,


automaticamente acarretando o aumento da sua medida linear,
lf = l0 + ∆l
Deslocamento

Essa variação da medida linear, observada na experiência, é


proporcional a variação de temperatura (∆t), ao comprimento
inicial da peça (l0), e ao coeficiente de dilatação linear do
material (α);

Assim sendo, podemos escrevê-la da seguinte forma:


Deslocamento

Para os casos de resfriamento da peça, (t –t0 ) < 0, portanto:


Tensão térmica

Suponhamos, agora, o caso de uma peça biengastada, de


comprimento transversal A, conforme mostra a figura.
Tensão térmica

Se retirarmos um dos engastamentos, a variação de temperatura


∆t > 0, provocará o alongamento da peça (dilatação), uma vez
que a peça estará livre.

Com o engastamento duplo, originar-se-á uma carga axial, que


reterá o alongamento da peça.
Método das forças
Tensão térmica

A variação linear devido a variação de temperatura ∆l(t) e a


variação linear devido à carga axial de reação ∆l(R), são iguais,
pois a variação total é nula, desta forma, temos:

l(t) = l(R)

F = A . E .  . t Força axial térmica


atuante na peça
Tensão térmica

A tensão térmica atuante será:

= E .  . t

E – Módulo de Young [MPa; N/mm2; ...........]


Exemplo
Tensão térmica: Exemplos

A figura representa uma barrinha confinada


entre dois apoios. A temperatura T1 é 60ºF.
Se a temperatura aumentar para T2 = 120ºF,
qual será a tensão térmica normal média
desenvolvida na barra?
Considerar:
Ebarra= 29x103 Kip/pol2;
barra= 6,6x10-6 ºF-1
Tensão térmica: Exemplos
Solução:

A/B = 0 = T - F
Tensão térmica: Exemplos

A/B = 0 =T - F

lo .  . ∆t – (FL/AE) = 0
lo .  . ∆t = FL/AE

lo .  . ∆t .A.E= F.L

F = A . E .  . t
Tensão térmica: Exemplos

Considerando:

Ebarra= 29x103 Kip/pol2; barra= 6,6x10-6 ºF-1

F = A . E .  . t
F = (0,5pol)2.(29x103Kip/pol2).6,6x10-6 ºF-1.(120-60)ºF

F = 2,87Kip
Tensão térmica: Exemplos

Considerando:

Ebarra= 29x103 Kip/pol2; barra= 6,6x10-6 ºF-1

F = A . E .  . t
F = (0,5pol)2.(29x103Kip/pol2).6,6x10-6 ºF-1.(120-60)ºF

F = 2,87Kip

Calculando a tensão:
σ = F/A = 2,87Kip/(0,5pol)2 = 11,5 Ksi
Tensão térmica: Exemplos

Considerando:

Ebarra= 29x103 Kip/pol2; barra= 6,6x10-6 ºF-1

F = A . E .  . t
F = (0,5pol)2.(29x103Kip/pol2).6,6x10-6 ºF-1.(120-60)ºF

F = 2,87Kip

Calculando a tensão:
σ = F/A = 2,87Kip/(0,5pol)2 = 11,5 Ksi
Tensão térmica: Exemplos

Se usássemos:

σ = E .  . t

σ = (29x103Kip/pol2).6,6x10-6 ºF-1.(120-60)ºF

σ = 11,48 Ksi
Lista /
Postagem
Exemplo 2
Tensão térmica: Exemplos

Três barras de materiais diferentes estão acopladas e confinada


entre paredes sob a temperatura T1=12ºC. Determinar a força
exercida sobre os apoios (rígidos) quando a temperatura
aumentar para T2=18ºC. Propriedades e áreas vide figura.
Tensão térmica: Exemplos

A B

A/B = 0 = T - F

L .  . ∆t F.L/A.E
Trecho
6 Trecho
Tensão térmica: Exemplos

A B

A/B = 0 =T - F

0 = 12.(10-6).(6)(0,3) + 21.(10-6).(6).(0,2) + 17.(10-6).(6).(0,1)

F (0,3) F (0,2) F (0,1)


− − −
200(10 )(200)(10 ) 450(10 )(100)(10 ) 515(10− 6 )(120)(109 )
−6 9 −6 9
Tensão térmica: Exemplos

A B

F = 4,2KN
EXERCÍCIO
Resolver
Tensão térmica: Exemplos

A figura dada representa uma viga I de aço com comprimento 5m e


área de secção transversal 3600 mm2. A viga encontra-se
engastada na parede A, a uma temperatura de 12 ºC. Determinar
o alongamento na viga quando a temperatura subir para 40 ºC.
Considerar: Eaço= 2,1 x 105 MPa; aço= 1,2 x 10-5 ºC-1

Considerar:
Eaço= 2,1 x 105 MPa;
aço= 1,2 x 10-5 ºC-1
Tensão térmica: Exercícios

Solução:

Se a viga estivesse livre, o seu alongamento seria:


∆l = lo . α . ∆t  ∆l = 5 x 12 x 10-5 x (40 –12) 
∆l = 5 x 12 x 10-6 x 28  ∆l = 1680 x 10-6 m

Ou, transformando ∆l para mm para comparar com a folga,


teremos:
∆l = 1,68 mm
fim

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