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Dissertação de Mestrado
Rio de Janeiro
Novembro de 2007
Freddy Nelson Guevara Peralta
Mauricio Ehrlich
COPPE-UFRJ
Ficha Catalográfica
CDD: 624
Agradecimentos
Agradeço aos meus queridos pais, Silvia e Urbano, pelo apoio, compreensão e
carinho durante todo este tempo.
Aos meus irmãos, Armando, Ivan, Ruben, Pilar e Arturo, pelo apoio e a confiança.
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À memória de meu irmão Luis que sempre está em minha mente e coração.
Aos meus sogros Victor e Victoria, pelo apoio e compreensão durante este tempo.
Meus sinceros agradecimentos a todas aquelas pessoas não citadas, mas que de
alguma forma contribuíram para o sucesso deste trabalho.
Palavras-chave
Muros de solo reforçado, Geossintéticos, Forças de tração, Análise numérica
de muro reforçado.
Abstract
maximum values of reinforcement tension have been compared with the computed
values from different design methods. Moreover, predicted tension values from
numerical simulations were also compared to the measured values in each
reinforcement layer in the instrumented field walls. These comparisons indicate
that, in two of the three evaluated cases, the design methods based on limit
equilibrium underestimated the maximum tension. This was noted to be
particularly significant in the upper layers of reinforced walls compacted under
high energy levels. The analytical method based on work conditions proposed by
Ehrlich and Mitchell (1994) resulted in tension values higher than those registered
in the field instrumentation, for the three selected cases. Numerical simulations
predicted maximum tension in reinforcements with similar values than those from
the field instrumentation. The Ehrlich and Mitchell (1994) formulation for
predicting the vertical tension induced by compaction resulted coherent with
computed values from numerical finite element method for the three walls
evaluated herein.
Keywords
Reinforced soil wall, Geosynthetics, Reinforcement tension, Numerical
analysis of reinforced wall.
Sumário
1 Introdução 23
1.1. Considerações preliminares 23
1.2. Objetivos da pesquisa 24
1.3. Metodologia 24
1.4. Estrutura da tese 25
2 Revisão bibliográfica 26
2.1. Introdução 26
2.2. Geossintéticos e suas propriedades relevantes 27
2.2.1. Geossintéticos aplicados ao reforço de solos 30
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2.2.1.1. Geotêxteis 30
2.2.1.2. Geogrelhas 32
2.3. Estruturas de solo reforçado 34
2.3.1. Sistemas construtivos disponíveis 34
2.3.2. Estabilidade de muros reforçados 36
2.4. Métodos de projeto para análise de estabilidade interna de MSR 39
2.4.1. Métodos baseados nas condições de ruptura 40
2.4.1.1. Método de equilíbrio limite - Tieback 41
2.4.1.2. Métodos de Slope Stability 45
2.4.2. Métodos baseados nas condições de trabalho 51
2.4.2.1. Método de K-Stiffness 52
2.4.2.2. Método de Ehrlich e Mitchell (1994) 54
2.4.3. Análise numérica em solo reforçado 61
2.5. Força de tração nos reforços 64
2.5.1. Medições de forças de tração no reforço 65
2.5.2. Influência da característica do solo 66
2.5.3. Influência da rigidez do reforço 68
2.5.4. Influência da compactação do solo 69
2.5.5. Influência da rigidez da face 72
3 Análises de casos reais de muros de solo reforçados com
geossintéticos 75
3.1. Introdução 75
3.2. Comportamento de geogrelhas em muros de solo reforçado 77
3.2.1. Vista geral 77
3.2.2. Características dos materiais 78
3.2.3. Plano de instrumentação 79
3.2.4. Resultados da instrumentação do muro 83
3.2.4.1. Recalques da base das seções instrumentadas 83
3.2.4.2. Resultados dos deslocamentos dos reforços 83
3.3. Avaliação experimental de protótipos de solo reforçado com
geotêxtil 84
3.3.1. Descrição geral 84
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(Jewell, 1996). 38
Figura 2.10 – Modos de ruptura interna idealizados por Jones (1996). 38
Figura 2.11 – Definição da zona ative e resistente e mecanismo de
transferência de tensões (Lee, 2000). 39
Figura 2.12 – Procedimento de análise Tieback (Bonaparte et al. 1987). 42
Figura 2.13 – Distribuição da tensão lateral de solo considerada pelos
diferentes métodos de projeto Tieback (Claybourn e Wu,1993). 44
Figura 2.14 – Análise de estabilidade considerando que a tensão no reforço
não altera a resistência do solo (Bonaparte et al., 1987). 46
Figura 2.15 – Análise de estabilidade considerando que a tensão no reforço
incrementa a resistência do solo (Bonaparte et al., 1987). 46
Figura 2.16 – Ábaco para a determinação do coeficiente de força do método
de Schmertmann et al. (1987). 49
Figura 2.17 – Reorientação das forças de tração no reforço (Oliveira, 2000). 49
Figura 2.18 – Forças atuantes na cunha de ruptura e o polígono de forças
(Leshchinsky e Perry, 1989). 50
Figura 2.19 – Determinação da extensão da superfície de ruptura
(Leshchinsky e Perry, 1989). 50
Figura 2.20 – Ábaco para o cálculo do coeficiente de pressão de terra Kreq,
(Jewell, 1991). 51
Figura 2.21 – Cálculo de Dtmax com a profundidade normalizada para MSR
com geossintéticos (Allen e Bathurst., 2001a). 54
Figura 2.22 – Mecanismo de equilíbrio interno (Ehrlich e Mitchell., 1994). 55
Figura 2.23 – Trajetória de tensões do modelo (Ehrlich e Mitchell,1994). 56
Figura 2.24 – Ábacos para taludes de 90º e coesão nula (Dantas e Ehrlich,
2000). 60
Figura 2.25 – Lugar geométrico dos pontos de tração máxima (Dantas e
Ehrlich, 2000). 61
Figura 2.26 – Propriedades dos materiais envolvidas no desenvolvimento
dos modelos analíticos (adaptado de Lee, 2000). 62
Figura 2.27 – Efeito da rigidez do reforço (Adib, 1988). 65
Figura 2.29 – Ilustração esquemática sobre o estado de tensões e
deformações em um elemento hipotético de solo reforçado (Dantas, 2004). 69
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Romanos
c Coesão do solo
Dt max Fator de distribuição para estimar Tmax no método de Allen et al. (2003)
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e Excentricidade
E Módulo de Young
ref
E oed Rigidez tangente para uma tensão vertical de referência obtida em um
ensaio odométrico
H Altura do muro
L Comprimento do rolo
LR Comprimento do reforço
m Função de potência
Pa Pressão atmosférica
q Sobrecarga
− Tensão desviadora
q
Q Força vertical máxima de operação
S Altura de sobrecarga
Sh Espaçamento horizontal
Sv Espaçamento vertical
u Poropressão
y Altura de elevação a partir da base do muro
Gregos
εa Deformação axial
κs Rigidez cortante
κn Rigidez normal
ν Coeficiente de Poisson
σh Tensão horizontal
σv Tensão vertical
'
σ ref Tensão de referencia para a rigidez
1.1.
Considerações preliminares
1.2.
Objetivos da pesquisa
1.3.
Metodologia
1.4.
Estrutura da tese
2.1.
Introdução
2.2.
Geossintéticos e suas propriedades relevantes
a) b)
c) d)
• Propriedades hidráulicas
- Condutividade hidráulica;
- Transmissividade;
- Permissividade.
• Propriedades de Durabilidade
- Resistência à degradação química, biológica e oxidação;
- Resistência à abrasão.
• Propriedades de Interação
- Resistência de interface.
Estabilização
X
superficial
Reforço de
X X X X
vegetação
Isolamento X
GT: Geotêxteis, GG: Geogrelha, GM: Geomanta, GN: Geonet, GP:
Geotubo, GA: Geomembrana, GCB: Geocomposto bentonítico, GL: Geocélula
2.2.1.
Geossintéticos aplicados ao reforço de solos
2.2.1.1.
Geotêxteis
d) Canais
c) Filtro em barragens
Figura 2.2 – Utilização de geossintéticos em obras geotécnicas.
2.2.1.2.
Geogrelhas
a) multifilamento b) monofilamento
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c) ajugado d) acalandrado
Figura 2.4 – Tipos de geogrelhas. (a) extrudada bidirecional, (b) extrudada unidirecional,
(c) soldada, (d) tecida, (e) soldada a laser.
34
2.3.
Estruturas de solo reforçado
2.3.1.
Sistemas construtivos disponíveis
acima de 70o são consideradas muros (Bonaparte et al., 1987; Jones 1996;
Elias et al., 2001).
• Tipo de face – segundo Tatsuoka (1993), a face de muros de solo reforçado
pode ser constituída de unidades rígidas (feitas de concreto) ou de
unidades deformáveis (feitas de tiras, grelhas de aço, ou de gabião), ou de
unidades fofas (feitas de telas de tecido auto-envelopadas). Vários autores
supõem que a face não contribui para a estabilidade da estrutura. Na Figura
2.6 são apresentados vários tipos de face.
• Espaçamento e comprimento dos reforços – o espaçamento vertical dos
reforços pode ser variável ou uniforme, bem como seu comprimento. Há
vários exemplos de todos estes casos na literatura. A Figura 2.7 apresenta
dois casos de muros construídos em West Virginia, EUA.
• Tipo de reforço – podem ser empregados diferentes tipos de geossintéticos,
como geotêxteis, geogrelhas ou uma combinação de ambos, assim como
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reforços metálicos.
ro
a t er
de
lo
So
Figura 2.7 – MSR de face de concreto: (a) espaçamento variável (b) comprimento
variável (Allen et al., 2001.b).
2.3.2.
Estabilidade de muros reforçados
2.4.
Métodos de projeto para análise de estabilidade interna de MSR
2.4.1.
Métodos baseados nas condições de ruptura
2.4.1.1.
Método de equilíbrio limite - Tieback
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Tabela 2.4 - Métodos de análise tieback para o projeto de MSR com geossintéticos.
Método Distribuição de pressão lateral Espaçamento
Steward et al., 1977 σ h = K oγz Variável
Onde:
Treforço (z ) :Tensão no reforço na profundidade z;
Onde:
T projeto (z ) : Tensão de projeto no reforço a uma profundidade z;
σ h = K o γz σ h = 0,65K a (1,5q + γH )
(a) Steward et al. (b) Broms
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Figura 2.13 – Distribuição da tensão lateral de solo considerada pelos diferentes métodos
de projeto Tieback (Claybourn e Wu,1993).
45
2.4.1.2.
Métodos de Slope Stability
T
ζ
ϕ
M T = T ⋅ [R cos(ϕ − ζ )]
0≤ζ ≤ϕ
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Figura 2.14 – Análise de estabilidade considerando que a tensão no reforço não altera a
resistência do solo (Bonaparte et al., 1987).
T
ζ
Tp
Tn
ϕ
M T' = T p R + Tn tan φ ' ⋅ R
[
M T' = RT cos(ϕ − ζ ) + sen(ϕ − ζ ) tan φ ' ]
[
M T' = M T 1 + tan(ϕ − ζ ) ⋅ tan φ ' ]
Figura 2.15 – Análise de estabilidade considerando que a tensão no reforço incrementa a
resistência do solo (Bonaparte et al., 1987).
47
Método c=0
Schmertmann Bi – linear Variável 15o ≤ φ ≤ 35o
(1987) u=0
Método c=0
Leshchinsky e Espiral logarítmica Constante 15o ≤ φ ≤ 45o
Boedeker (1989) u=0
Método de c=0
Leshchinsky e Linear Constante 20o ≤ φ ≤ 55o
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c=0
Jewell (1991) Bi – linear Variável 15o ≤ φ ≤ 50o
u>0
γ .( H − y j ) + q
t j = t1 . 2.5
γ .( H − y1 ) + q
[γ .(H − y1 ) + q].Σt j
t1 = 2.6
∑ [γ .(H − y ) + q ]
n
j =1 j
t1 : força de tração que solicita o primeiro reforço (dada pela Equação 2.12);
q : sobrecarga.
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tj
Lr Le ζ
H
Sv
θ
y
Figura 2.17 – Reorientação das forças de tração no reforço (Oliveira, 2000).
50
qLc = qH cot gθ
Lc
(θ − φ )
Σt j
ζ
1 2
P= H cot θ
2
H R
Σt j
qL = qH cot gθ
φ N Σt j
T ζ
θ R
Figura 2.20 – Ábaco para o cálculo do coeficiente de pressão de terra Kreq, (Jewell,
1991).
2.4.2.
Métodos baseados nas condições de trabalho
2.4.2.1.
Método de K-Stiffness
K 0 pode ser determinado pela Equação 2.9. Segundo Allen et al. (2003)
apesar da equação de Jacky ter sido proposta para areias normalmente adensadas,
ela também pode ser considerada para areias compactadas ou pré-adensadas, pois
o método inclui implicitamente o efeito da compactação.
K 0 = 1 − senφ ' 2.9
Equação 2.10:
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J ave ∑ Ji
= = i =1
S global
( )
H
n
H
2.10
face de gavião).
O fator de distribuição de cargas de solo reforçado, Dt max , foi determinado
empiricamente e é apresentado na Figura 2.21.
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Figura 2.21 – Cálculo de Dtmax com a profundidade normalizada para MSR com
geossintéticos (Allen e Bathurst., 2001a).
2.4.2.2.
Método de Ehrlich e Mitchell (1994)
σ xp ,i
σ zc ,i = 2.16
Ko
1/ 2
1 N
σ xp ,i = ν o ⋅ (1 + K a ) ⋅ ⋅ γ ⋅ Q ⋅ γ 2.17
2 L
φ
Com K a = tan 2 45 − 2.18
2
57
φ φ
e N γ = tan 45 + ⋅ tan 4 45 + − 1 2.19
2 2
onde:
Ka = coeficiente de empuxo ativo de Rankine;
γ = peso especifico do solo;
Q e L = força vertical máxima de operação e comprimento do rolo,
respectivamente;
Nγ = fator de capacidade de carga, calculado pela teorias da cunha de
Rankine.
A tensão σ zc' é calculada a partir da comparação de tensão vertical induzida
σ z < σ zc ,i ⇒ σ zc' = σ z
σ z > σ zc ,i ⇒ σ zc' = σ zc ,i
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1 σ z'
⋅ =
n
( )
1 − ν un2 [( K r − K ∆ 2 ) − ( K c − K ∆ 2 ) ⋅ OCR ]
2.21
S i Pa ku
⋅ ( K c OCR − K r ) K rn
k
Com:
E r Ar
Si = 2.22
k ⋅ Pa ⋅ S v ⋅ S h
σ zc'
OCR = 2.23
σ z'
Onde:
Si = índice de rigidez relativa solo-reforço;
58
Em que:
K ∆2 = coeficiente de decréscimo do empuxo lateral para
descarregamento sob condição K o ;
α = coeficiente de descarregamento de Duncan e Seed (1986), igual a
α = 0,7 ⋅ senφ ' .
A determinação de K c realiza-se da de seguinte forma:
n
1 σ zc' (1 − ν o2 ) ⋅ (1 − K aa ) 2 ⋅ ( K o − K c ) ⋅ K o
= 2.26
Si Pa ( K c − K aa ) ⋅ ( K o − K aa ) ⋅ K cn
Ka
K aa = 2.27
c'
+ 1
σ zc' K c tan φ '
(1 − K a ) Rf
+ Ka
Em que:
K aa = coeficiente de empuxo ativo equivalente;
verticais com ângulo de atrito (φ), coesão (c’), espaçamento vertical (Sv) e
horizontal (Sh,) dos reforços, da tensão vertical devida ao peso próprio (σ’z) e da
tensão vertical máxima induzida durante o processo construtivo, incluindo
compactação induzida (σ’zc).
Dantas (1998) propõe um procedimento para o cálculo das tensões
geostáticas (σz). Segundo o autor, a tensão vertical deve ser tomada como o peso
de solo acima do lugar geométrico dos pontos de tração máxima, conforme a
Equação 2.28.
σ z = γ ⋅ zE 2.28
A Figura 2.25 apresenta o lugar geométrico dos pontos de máxima tração
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σz
σ zc
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Tmax ( Sv ⋅ S h ⋅ σ zc )
Figura 2.24 – Ábacos para taludes de 90º e coesão nula (Dantas e Ehrlich, 2000).
61
Figura 2.25 – Lugar geométrico dos pontos de tração máxima (Dantas e Ehrlich, 2000).
2.4.3.
Análise numérica em solo reforçado
os dois materiais.
Segundo Chew et al. (1990), nas situações onde as exigências do projeto
ditam estruturas de muro com geometria ou carregamentos não padronizados e
fora da escala considerada pelos métodos de projeto empíricos, o comportamento
da deformação pode tornar-se relativamente mais importante. Nestes casos, o
MEF é uma ferramenta importante para prever o comportamento de projetos
atípicos. O modelo numérico pode ser avaliado a partir de dados de muros
instrumentados e monitorados. Uma aproximação racional envolve: interpretação
inicial dos resultados de instrumentação, validação do modelo numérico em
relação aos dados de campo e simulação numérica para novos aspectos de projeto.
64
Tabela 2.6 – Características das análises numéricas citadas na literatura (Becker, 2006).
Modelo Interface
Efeito de
Autores Constitutivo Elementos solo – Método Fundação
compactação
Do solo reforço
Pereira e
Triangulares de Elementos
Palmeira Hiperbólico Sim Não Deformável
15 nós finitos
(2005ª)
Pereira e
Triangulares de Elementos
Palmeira Hiperbólico Sim Não Deformável
15 nós finitos
(2005b)
Araújo e
Triangulares de 6 Elementos
Palmeira Hiperbólico Sim Sim Deformável
nós finitos
(2005)
Loiola Elementos
Hiperbólico Quadrangulares Sim Deformável
(2001) finitos
*. não especificado.
2.5.
Força de tração nos reforços
2.5.1.
Medições de forças de tração no reforço
2.5.2.
Influência da característica do solo
Tabela 2.7 – Especificações de materiais de aterro para MSR com geossintéticos (Elias
et al., 2001).
Percentagem passante
20 mm 100
R1 R1
R2
R2
S2
S1
S2 S1
R1
R2
S1
S2
Deformação Específica
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2.5.3.
Influência da rigidez do reforço
2.5.4.
Influência da compactação do solo
Figura 2.31 – Influência da compactação do solo na tração atuante nos reforços, para
estruturas com face rígida e diferentes índices de rigidez relativa (Loiola, 2001).
2.5.5.
Influência da rigidez da face
Tatsuoka (1993) apresentou uma análise geral dos efeitos da rigidez da face
sobre as cargas de tração em muros de solo reforçado. Ele sugere uma
classificação dos tipos de face de acordo com o grau de rigidez das mesmas: tipos
A e B, muito flexíveis (face de gabião, geossintético autoenvelopado), tipo C,
painéis de concreto articulado (incremental); tipo D, face de concreto pré-
fabricado contínua; e tipo E, estruturas de gravidade de concreto. A rigidez da face
foi definida em termos de rigidez local, axial, ao cisalhamento e à flexão, e a
massa total como uma estrutura de gravidade. O autor conclui que a deformação
da massa de solo reforçado tende a diminuir devido ao incremento do
confinamento do solo causado por uma face muito rígida, reduzindo as cargas de
tensão nos reforços. As cargas transmitidas pela face ao pé do muro podem
também contribuir para a estabilidade e em faces rígidas. Se a face de muro fosse
uma estrutura ampla se comportaria como uma estrutura de gravidade, e as tensões
no reforço poderiam reduzir-se a valores muito baixos.
Considerando a Figura 2.33, Tatsuoka (1993) mostra que a força de tração
máxima disponível no reforço (Tmax) é dada pela Equação 2.32:
73
Sendo:
TTR: resistência à tração do reforço;
TA : resistência ao arrancamento desenvolvido em la (trecho na zona resistente);
TR : resistência ao arrancamento desenvolvido em lr (trecho na zona ativa);
TW,max : máxima força de tração no reforço que pode ser mobilizada na conexão
com a face, correspondente ao máximo empuxo disponível integrado na parte da
face que cerca a camada de reforço considerada.
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Figura 2.33 – Diagrama ilustrativo para o caso em que TTR > TA > (TR + TW , max )
(Tatsuoka, 1993).
3.1.
Introdução
Os casos analisados são descritos a seguir, com ênfase nos pontos de maior
interesse, como por exemplo, o tipo de solo, o geossintético utilizado e os
77
3.2.1.
Vista geral
Figura 3.2 – Detalhe da seção transversal típica da MSR com geogrelha (Becker, 2006).
3.2.2.
Características dos materiais
3.2.3.
Plano de instrumentação
Figura 3.3 – Vista em planta das duas seções instrumentadas (Becker, 2006).
Figura 3.4 – Posicionamento dos tell-tales nas geogrelhas, com distâncias referênciadas
à face do muro (Becker, 2006).
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0521511/CA 81
Figura 3.7 – Marco topográfico instalado na face do muro, entre duas camadas de
sacaria (Becker 2006).
A Figura 3.8 apresenta uma seção instrumentada típica e a Tabela 3.4
apresenta um resumo dos instrumentos de medição.
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Figura 3.8 – Seção transversal instrumentada com tell-tales, marcos superficiais e caixas
suecas (Becker 2006).
3.2.4.
Resultados da instrumentação do muro
3.2.4.1.
Recalques da base das seções instrumentadas
Figura 3.9 – Recalques na base do muro de solo reforçado para a seção E20+15
(Becker, 2006).
3.2.4.2.
Resultados dos deslocamentos dos reforços
3.3.
Avaliação experimental de protótipos de solo reforçado com
geotêxtil
3.3.2.
Características dos materiais
2
Coesão 16 kN/m 15 kN/m2
Ângulo de atrito 33o 32o
3.3.3.
Instrumentação
Figura 3.11 – Esquema de uma manta instrumentada com tell tales (Benjamin, 2006).
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3.3.4.
Resultados da instrumentação
3.3.4.1.
Deslocamento e deformações no reforço
fim da construção
8 dias
deformação (%)
1,2 26 dias
48 dias
69 dias
0,8 144 dias
181 dias
226 dias
0,4 279 dias
393 dias
519 dias
0,0
3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0
distância da face (cm)
a) Elevação 3,6m
fim da construção
8 dias
deformação (%)
1,2 26 dias
48 dias
69 dias
0,8 144 dias
181 dias
226 dias
0,4 279 dias
393 dias
519 dias
0,0
3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0
distância da face (m)
b) Elevação 2,8m
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fim da construção
8 dias
deformação (%)
1,2 26 dias
48 dias
69 dias
0,8 144 dias
181 dias
226 dias
0,4 279 dias
393 dias
519 dias
0,0
3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0
distância da face (m)
c) Elevação 2,0m
1,2
fim da construção
1,0 8 dias
deformação (%)
26 dias
0,8 48 dias
69 dias
0,6 144 dias
181 dias
0,4 226 dias
279 dias
0,2 393 dias
519 dias
0,0
3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0
distância da face (m)
d) Elevação 1,20m
Figura 3.14 – Curvas de deformação para o protótipo 8 ao final da construção (Benjamin
2006).
90
4,0
3,2
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0521511/CA
2,4
elevação (m)
1,6
0,8
0,0
4,0 3,2 2,4 1,6 0,8 0,0
distância da face (m)
Figura 3.15 – Superfícies de força de tração máxima dos reforços para várias idades
(Benjamin, 2006).
3.3.4.2.
Deslocamentos da face do muro
4,0
fim da construção
3,6
8 dias
3,2
26 dias
2,8 48 dias
2,4 69 dias
226 dias
1,2
279 dias
0,8
393 dias
0,4
519 dias
0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
deslocamento da face (mm)
Figura 3.16 – Deslocamentos da face do protótipo 8 medidos diretamente pelos tell- tales
(Benjamin, 2006).
3.4.
Muro de solo reforçado construído com solos finos tropicais
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3.4.1.
Vista geral
3.4.2.
Características dos materiais
O muro foi construído com dois tipos de solo: uma argila arenosa amarela
(solo A) e uma argila arenosa vermelha (solo B). A argila arenosa vermelha foi
utilizada até a camada número cinco do aterro e argila arenosa amarela da sexta
camada em diante. Os parâmetros de resistência e os índices físicos dos solos em
questão são apresentados na Tabela 3.9, 3.10 e 3.11.
Solo LL LP IP Gs
A 38,4 15,7 22,7 2,66
B 48,5 20,1 28,4 2,67
3.4.3.
Plano de instrumentação
Figura 3.17 – Posicionamento dos instrumentos vista em corte (Riccio e Ehrlich, 2007).
94
3.4.4.
Resultados da instrumentação do muro
3.4.4.1.
Forças de tração no reforço
3.5.
Conclusões
Em dois dos três casos avaliados (muros 1 e 2), as forças de tração nos
reforços foram estimadas a partir de medições de deslocamentos convertidas em
deformações e, posteriormente, em carga utilizando o módulo de deformabilidade
do reforço. As deformações dos reforços foram calculadas a partir da distância
relativa entre dois pontos consecutivos de tell-tales, encontrando-se um valor
médio para cada segmento do reforço. Para o muro 3, os dados de força de tração
foram medidos diretamente por células de carga. Sabe-se que as principais fontes
de erro são:
96
0,9 Muro 2
Muro 3
0,8
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0,7
Elevação Normalizada (z/H)
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Força de tração máxima (kN/m)
4.1.
Introdução
os valores de tração máxima nos reforços obtidos com os métodos de projeto mais
utilizados.
4.2.
Métodos de projeto adotados
Tabela 4.1 – Resumo dos métodos de projeto para o dimensionamento de MSR com
geossintéticos adotados para análise.
Tipo de análise Método
Steward et al. (1977)
TieBack Broms (1978)
(equilíbrio de Murray (1980)
forças Collin (1986)
horizontais) Bonaparte (1987)
Equilíbrio Limite
Elias et al. (2001)
Slope Stability Schmertmann (1987)
(equilíbrio de Leshchinsky e Perry (1989)
forças e Leshchinsky e Boedeker (1989)
momentos) Jewell (1991)
Ehrlich e Mitchell (1994)
Condições de serviço
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4.2.1.
Dados de entrada
4.3.
Descrição dos casos reais avaliados
4.4.Condições de comparação
4.5.
Aplicação dos métodos ao Muro 1
4.5.1.
Dados de entrada
4.5.2.
Métodos de equilíbrio limite
0,40, 1,90 e 3,70m de elevação. A Figura 4.1 compara a máxima força de tração
102
Tabela 4.4 – Máximas forças de tração segundo os métodos de equilíbrio limite (tieback)
– Muro 1.
Máxima força de tração (kN/m)
Camada Elevação
Steward Broms Murray Collin Bonaparte FHWA
No (m)
(1977) (1978) (1980) (1986) (1987) (2001)
1 4.30 0,78 8,07 0,50 1,57 0,50 0,38
2 3.70 3,76 8,07 2,41 7,54 2,42 1,81
3 3.10 6,58 8,07 4,22 8,48 4,30 3,16
4 2.5 9,41 8,07 6,02 8,48 6,28 4,52
5 1.90 12,23 8,07 7,83 8,48 8,42 5,88
6 1.30 13,80 8,07 8,83 7,77 9,88 6,63
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Tabela 4.5 – Valores de Tprevisto Tmedido para as três camadas de reforço instrumentadas
(tieback) – Muro 1.
Elevação Tprevisto Tmedido
5
Campo
Método Steward (1977)
4,5
Método Broms (1978)
2,5
1,5 Ko
0,5
Ka
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 4.1 – Valores de força de tração máxima medidos (campo) e previstos (equilíbrio
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Segundo a Tabela 4.5, observa-se que três dos seis métodos apresentam
valores médios de Tprevisto Tmedido >1.
segurança, neste caso do muro 1. Provavelmente, isto se deve ao fato que ambos
104
consideram a condição ativa para o cálculo das tensões horizontais. Alem disto, o
método do FHWA (2001) leva em conta a inclinação da face, reduzindo ainda
mais o valor de Ka.
Observando a Figura 4.1, percebe-se que os métodos de Steward e de
Murray não seguem perfeitamente as condições Ko e Ka, respectivamente. Ambos
se afastam Ko e Ka devido ao espaçamento variável.
Segundo Allen et al. (2003), todos os métodos citados deveriam
superestimar largamente as tensões no reforço. Neste caso não acontece o
previsto, provavelmente porque nenhum dos métodos considera o efeito da
compactação, além de desprezarem a coesão.
A Tabela 4.6 apresenta os resultados de forças de tração distribuídas em
diferentes camadas obtidas pelos métodos de equilíbrio limite – slope stability. A
Tabela 4.7 apresenta os valores de Tprevisto Tmedido em três das nove camadas de
Tabela 4.6 – Máximas forças de tração segundo os métodos de equilíbrio limite (slope
stability) – Muro 1.
Máxima força de tração (kN/m)
Leshchinky e Leshchinky e
Camada Elevação Boedeker Perry
Schmertmann Jewell
No (m) (1989) (1989)
(1987) (1991)
Reforço Reforço Reforço Reforço
Horiz. Inclin. Horiz. Inclin.
1 4,30 0,42 0,18 0,17 0,24 0,23 0,37
2 3,70 2,00 1,16 1,08 1,59 1,47 1,77
3 3,10 3,51 2,15 2,00 2,94 2,71 3,09
4 2,50 5,01 3,13 2,91 4,28 3,95 4,42
5 1,90 6,51 4,12 3,83 5,63 5,20 5,75
6 1,30 7,34 5,10 4,74 6,98 6,44 6,48
7 0,80 6,95 6,09 5,66 8,32 7,68 6,13
8 0,40 6,84 7,07 6,58 9,67 8,92 6,04
9 0,00 3,76 8,06 7,49 11,02 10,17 3,32
105
Tabela 4.7 – Valores de Tprevisto Tmedido para as três camadas de reforço instrumentadas
(slope stability) – Muro 1.
Tprevisto Tmedido
Leshchinky e Leshchinky e
Elevação Boedeker Perry
Schmertmann Jewell
Normalizada (1989) (1989)
(1987) (1991)
Reforço Reforço Reforço Reforço
Horiz. Inclin. Horiz. Inclin.
0,82H 0,39 0,23 0,21 0,31 0,29 0,35
0,42H 0,78 0,50 0,46 0,68 0,63 0,69
0,09H 0,82 0,85 0,79 1,17 1,07 0,73
Valor Médio 0,66 0,53 0,49 0,72 0,66 0,59
5
Campo
Método Jewell (1991) (apud Koerner 1994)
4,5
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3
Elevação (m)
2,5
1,5
0,5
Ka
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 4.2 – Muro 1 – Valores de máxima força de tração medidos (campo) e previstos
(equilíbrio limite – slope stability) – Muro 1.
4.5.3.
Métodos baseados nas condições de trabalho
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Tabela 4.9 – Valores de Tprevisto Tmedido para três camadas de reforço instrumentadas
(nas condições de trabalho) – Muro 1.
Tprevisto Tmedido
Elevação Normalizada Allen et al. Ehrlich e Mitchell
(2003) (1994)
0,82H 0,44 2,03
0,42H 0,63 1,55
0,09H 0,35 1,27
Valor Médio 0,47 1,62
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campo TT
4.00
Metodo Ehrlich e Mitchell
(1994)
3.00
Elevação (m)
2.00
1.00
0.00
0 2 4 6 8 10 12 14
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 4.3 – Valores de força de tração máxima medidos (campo) e previstos (nas
condições de trabalho) – Muro 1.
todas as camadas, ou seja, foram contra a segurança neste caso. Conforme mostra
a Figura 4.3, o formato da curva de campo é parecido com o da curva de Allen et
al. (2003). Isto pode ser devido ao fato de ter sido desenvolvido a partir de
medidas de tensão e deformação de muros monitorados em escala real, porém
compactados com equipamentos de baixa energia.
108
as camadas, a tensão vertical induzida pela compactação foi maior que a tensão
geostática, prevalecendo o efeito da compactação no comportamento tensão –
deformação. Isto deve-se à alta energia transmitida ao solo pelo equipamento de
compactação.
4.6.
Aplicação dos métodos ao Muro 2
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4.6.1.
Dados de entrada
4.6.2.
Métodos de equilíbrio limite
1,2, 2,0, 2,8 e 3,6m de elevação. A Figura 4.5 compara a máxima força de tração
prevista pelos métodos de projeto com os resultados medidos durante o
monitoramento.
Tabela 4.11 – Máxima força de tração segundo os métodos de equilíbrio limite (tieback) –
Muro 2.
Elevação
Camada Máxima força de tração (kN/m)
(m)
Steward Broms Murray Collin Bonaparte FHWA
Método
(1977) (1978) (1980) (1986) (1987) (2001)
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(tieback) – Muro 2.
Elevação
Tprevisto Tmedido
Normalizada
Steward Broms Murray Collin Bonaparte FHWA
Método
(1977) (1978) (1980) (1986) (1987) (2001)
0,90H 6,55 18,55 4,29 18,26 4,29 3,29
0,75H 15,62 22,12 10,19 14,54 10,19 7,85
0,50H 35,63 30,26 23,26 19,89 23,26 17,95
0,30H 27,09 16,43 17,69 10,80 17,69 13,63
Valor Médio 21,22 21,84 13,86 15,87 13,86 10,68
110
Campo
1,5
0,5
Ko
Ka
0
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 4.4 – Valores de força de tração máxima medidos (campo) e previstos (equilíbrio
limite – tieback) – Muro 2.
Segundo a Tabela 4.12 observa-se que todos os métodos apresentam valores
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forças de tração máxima com formato mais parecido com o de campo que os
outros métodos.
A Tabela 4.13 apresenta os resultados obtidos de forças de tração máxima
distribuídas em diferentes camadas pelos métodos de slope stability. A Tabela
111
4.14 apresenta os valores de Tprevisto Tmedido para quatro das dez camadas de
Tabela 4.13 – Máximas forças de tração segundo os métodos de equilíbrio limite (slope
stability) – Muro2.
Máxima força de tração (kN/m)
Leshchinky e Leshchinky e
Camada Elevação Boedeker Perry
Schmertmann Jewell
No (m) (1989) (1989)
(1987) (1991)
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tração máxima.
Conforme a Figura 4.6 todos os métodos previram resultados abaixo da
linha de condição ativa Ka.
O método de Leshchinsky e Perry (1989) superestima aproximadamente
12,2 vezes os valores medidos em campo. O método em sua hipótese assume uma
superfície de ruptura linear de Rankine e não considera a inclinação da face do
muro.
112
Tabela 4.14 – Valores de Tprevisto Tmedido para quatro camadas de reforço instrumentadas
(slope stability) – Muro 2.
Tprevisto Tmedido
Leshchinky e Leshchinky e
Elevação Boedeker Perry
Schmertmann Jewell
Normalizada (1989) (1989)
(1987) (1991)
Reforço Reforço Reforço Reforço.
Horiz. Inclin. Horiz. Inclin.
0,90H 3,68 2,03 1,90 2,58 2,35 3,19
0,75H 8,77 7,31 6,81 9,23 8,46 7,62
0,50H 19,95 16,68 15,53 21,11 19,32 17,37
0,30H 15,17 12,69 11,68 16,03 14,66 13,20
Valor Médio 11,89 9,68 9,01 12,24 11,20 10,35
Campo
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2,5
Elevação (m)
1,5
0,5
Ka
0
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00
Figura 4.5 – Valores de máxima força de tração medidos (campo) e previstos (equilíbrio
limite – slope stability) – Muro 2.
O método de Leshchinsky e Boedeker (1989) foi o que menos superestimou
os valores medidos em campo. Provavelmente, porque em sua hipótese ele assume
uma superfície espiral logarítmica e considera a inclinação da face do muro.
Em conclusão, os métodos de equilíbrio limite superestimam largamente as
tensões no reforço, neste caso do muro 2. As maiores deformações registradas
foram iguais a 0,60%. Provavelmente os reforços não foram carregados por três
razões:
113
Figura 4.6 – Análises de estabilidade de talude de muro 2 sob condições estáticas sem
reforço. (Slide 5.0).
4.6.3.
Métodos baseados nas condições de trabalho
Tabela 4.15 – Máximas forças de tração segundo os métodos baseados nas condições
de trabalho – Muro2.
Tabela 4.16 – Valores de Tprevisto Tmedido para quatro camadas de reforço instrumentadas
(nas condições de trabalho) – Muro 2.
Elevação Tprevisto Tmedido
Normalizada
Allen et al. Ehrlich e Mitchell
Método
(2003) (1994)
0,90H 1,90 0,31
0,75H 7,27 1,08
0,50H 9,05 1,95
0,30H 5,40 2,11
Valor Médio 6,13 1,47
115
4
Campo
2.5
Elevação (m)
1.5
0.5
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 4.7 – Valores de força de tração máxima medidos (campo) e previstos (nas
condições de trabalho) – Muro 2.
O método de Ehrlich e Mitchell (1994) toma em conta o efeito da coesão do
solo, mas foi desenvolvido para muros de face verticais. Entretanto, os resultados
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4.7.
Aplicação dos métodos ao Muro 3
4.7.1.
Dados de entrada
4.7.2.
Métodos de equilíbrio limite
0,6, 2,4, 3,0 e 3,4m de elevação. Na Figura 4.8 compara-se a máxima força de
tração prevista pelos métodos de projeto Tieback com os resultados medidos
durante o monitoramento.
Conforme a Figura 4.8 observa-se que, em geral, para as camadas inferiores
(elevações menores que 2,5m), os resultados dos métodos foram superiores aos
medidos em campo.
Segundo a Figura 4.8, o método de Broms (1978) superestimou os valores
medidos em campo a favor da segurança. Conforme a Tabela 4.19, Broms (1978)
apresentou os maiores valores médios de Tprevisto Tmedido , em torno de 1,8 vezes os
Camada Elevação
Máxima força de tração (kN/m)
No (m)
Steward Broms Murray Collin Bonaparte FHWA
Método
(1977) (1978) (1980) (1986) (1987) (2001)
1 4,00 0,92 9,99 0,61 1,57 0,61 0,61
2 3,40 3,66 9,99 2,44 6,28 2,46 2,44
3 3,00 5,49 9,99 3,66 6,59 3,73 3,66
4 2,40 9,88 9,99 6,59 7,91 6,86 6,59
5 1,80 13,18 9,99 8,78 7,91 9,46 8,78
6 1,20 16,47 9,99 10,98 7,91 12,35 10,98
7 0,60 9,88 9,99 6,59 3.96 23,53 19,76
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Tabela 4.19 – Valores de Tprevisto Tmedido para quatro camadas de reforço instrumentadas
(tieback) – Muro 3.
Elevação
Tprevisto Tmedido
Normalizada
Steward Broms Murray Collin Bonaparte FHWA
Método
(1977) (1978) (1980) (1986) (1987) (2001)
0,81H 0,39 1,07 0,26 0,67 0,26 0,26
0,71H 1,17 2,13 0,78 1,41 0,80 0,78
0,57H 1,73 1,75 1,15 1,38 1,20 1,15
0,14H 1,55 2,36 1,04 0,62 3,70 3,11
Valor Médio 1,21 1,83 0,81 1,02 1,49 1,33
118
4,5
Campo
Método Steward (1977)
4
Método Broms (1978)
Método Murray (1980)
2,5
1,5
0,5
Ka Ko
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 4.8 – Valores de força de tração máxima medidos (campo) e previstos (equilíbrio
limite – tieback) – Muro 3.
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Tabela 4.20 – Máxima força de tração segundo os métodos de equilíbrio limite (slope
stability) – Muro 3.
Máxima força de tração (kN/m)
Leshchinky e Leshchinky e
Boedeker Perry
Camada Elevação Schmertmann Jewell
(1989) (1989)
(1987) (1991)
Reforço Reforço Reforço Reforço
Horiz. Inclin. Horiz. Horiz.
1 4,00 0,54 0,86 0,75 0,86 0,71 0,60
2 3,40 2,16 3,42 3,04 3,38 2,87 2,42
3 3,00 3,24 5,13 4,57 5,07 4,30 3,62
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Tprevisto Tmedido
Leshchinky e Leshchinky e
Elevação Boedeker Perry
Schmertmann Jewell
Normalizada (1989) (1989)
(1987) (1991)
Reforço Reforço Reforço Reforço
Horiz. Inclin. Horiz. Inclin.
0,81H 0,23 0,37 0,33 0,36 0,31 0,20
0,72H 0,69 1,09 0,97 1,07 0,91 0,77
0,57H 1,02 1,35 1,20 1,33 1,13 1,14
0,15H 1,83 2,42 2,15 2,39 2,03 2,05
Valor Médio 0,94 1,31 1,16 1,29 1,10 1,06
120
4,5
Campo
Método Jewell (1991) (apud Koerner 1994)
4 Método Schmertmann (1987)
Leshchinsky e Boedeker Ref. Incl.
Leshchinsky e Boedeker Ref. Hor.
3,5 Leshchinsky e Perry Ref. Incl.
Leshchinsky e Perry Ref. Hor.
3
Elevação (m)
2,5
1,5
0,5
Ka
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 4.9 – Valores de máxima força de tração medidos (campo) e previstos (equilíbrio
limite – slope stability) – Muro 3.
4.7.3.
Métodos baseados nas condições de trabalho
quatro das dez camadas de reforço localizadas a 0,6, 2,4, 3,0 e 3,4m de elevação.
Na Figura 4.10 compara-se a máxima força de tração prevista pelos métodos de
projeto com os resultados medidos durante o monitoramento.
Segundo a Figura 4.11, o método de Ehrlich e Mitchell (1994) estimou
valores acima dos resultados de campo, ou seja a favor da segurança neste caso.
Conforme a Tabela 4.23, o método de Ehrlich e Mitchell (1994) superestimou em
torno de 2,1 vezes os resultados de campo. Neste caso, o método estimou em todas
as camadas que a máxima tensão vertical é dada pela compactação (134,64
kN/m2). Segundo a Figura 4.11, as maiores forças de tração previstas pelo método
situam-se nas camadas onde são maiores a rigidez e espaçamento do reforço.
Tabela 4.22 – Máximas forças de tração segundo os métodos baseados nas condições
de trabalho – Muro 3.
Forças de tração máxima (kN/m)
Elevação
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0521511/CA
4.50
Método Allen et al.(2003)
4.00 campo
3.00
Elevação (m)
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 4.10 – Muro 3 – Valores de força de tração máxima medidos (campo) e previstos
(nas condições de trabalho).
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0521511/CA
4.8.
Conclusões
Com base nos resultados medidos em campo e nos resultados previstos pelos
métodos de projeto dos muros avaliados, algumas conclusões podem ser
ressaltadas.
As maiores forças de tração registrados para os muros 1 e 3 foram de 8kN/m
a 9kN/m, provavelmente devido a duas razões:
• Os muros 1 e 3 utilizam como reforço geogrelhas de alta rigidez. No
caso do muro 1, utiliza-se reforços com rigidez de 759kN/m e
1210kN/m. No muro 3 utiliza-se reforços com rigidez de 700kN/m e
1100kN/m.
• Os muros 1 e 3 foram compactados com equipamentos de alta
energia (rolo compactador), com carga estática equivalente de 160kN
e 380 kN, respectivamente.
123
5.1.
Introdução
5.2.
Características gerais da simulação
5.2.1.
Programa utilizado
5.2.2.
Tipos de elementos finitos utilizados
5.2.3.
Modelos e propriedades dos materiais
5.2.3.1.
Modelo Elástico
5.2.3.2.
Modelo Mohr – Coulomb
5.2.3.3.
Modelo Hardening Soil
−
1 q − −
εa = ⋅ para q < q f 5.1
2 E50 1 − q− / q−
a
q
_
qa Assíntota
_
qf Linha de ruptura
(Brinkgreve, 2004).
−
Na equação anterior q a é o valor assintótico de resistência e E50 o módulo
−
de deformabilidade correspondente a 50% da tensão desviadora de ruptura q r . A
−
expressão para determinar a tensão desviadora de ruptura q r é derivada do
− −
critério de ruptura Mohr-Coulomb, enquanto q a é uma fração de q r , conforme as
equações seguintes:
6senφ '
( )
−
q f = p + c ' cot anφ ' 5.2
3 − senφ '
−
− qf
qa = 5.3
Rf
− −
Quando q = q f , o critério de ruptura é satisfeito e ocorre a plasticidade
ref
Figura 5.2 – Determinação do valor de E oed em ensaios de adensamento (Brinkgreve,
2004).
A mesma dependência potencial se apresenta de novo para obter a rigidez
em relação a compressões unidimensionais mediante o módulo edométrico Eoed,
expresso por:
m
' '
ref σ 1 + c cot anφ
'
E oed = E oed 5.8
σ ' + c cot anφ '
ref
Na Equação 5.8, utiliza-se a componente de tensão σ 1' ao invés de σ 3' , pois
ref
E oed é obtido pela inclinação da curva σ 1' − ε a para a tensão σ ref
'
, conforme a
Figura 5.2.
Brinkgreve (2004) apresentam valores típicos de Eur e E oed em função de
senφ m − senφ cs
senψ = 5.11
1 − senφ m senφ cs
O ultimo parâmetro requerido pelo modelo HS é o coeficiente de pressão
lateral de terra para solos normalmente consolidados K onc . O qual pode ser
considerado aproximadamente igual a 0,5.
Resumindo, o modelo HS requer um total de 11 parâmetros, os quais são
apresentados na Tabela 5.1.
Tabela 5.1 – Parâmetros do modelo Hardening Soil.
Resistência c Coesão kPa
φ Ângulo do atrito efetivo [o]
ψ Ângulo de dilatância [o]
Deformabilidade E50ref Rigidez secante em ensaios triaxiais kPa
ref
E oed Rigidez tangente em ensaios edométricos kPa
m Função de potência --
Avançados E urref Rigidez em descarregamento/recarregamento kPa
5.2.4.
Elementos de reforço
5.3.
Técnicas usadas para a simulação numérica
5.3.1.
Geração do modelo
5.3.2.
Condições de contorno
5.3.3.
Efeitos de compactação
5.3.4.
Sistema de face
5.3.5.
Simulação da construção do muro
Camada 1
Camada 1
Camada 1
Camada 2
Camada 1
5.4.
Resultados da simulação numérica
5.4.1.
Dados de entrada
Nas Tabelas 5.2 a 5.4, são apresentados os parâmetros de entrada dos muros
1, 2 e 3, necessários para as respectivas simulações numéricas.
Tabela 5.2 – Parâmetros de entrada para a simulação numérica do muro 1.
Material c E 50ref ref
E oed E urref Pref
φ( )
o
ψ( )
o
m Rf
(kPa) (kPa) (kPa) (kPa) kPa
Aterro 10 34,2 2,7 9,5E+03 9,5E+03 2,85E+04 0,50 100 0,98
Face de
10 34,2 2,7 9,5E+04 9,5E+04 2,85E+05 0,50 100 0,98
sacarias
Nota: Para todos os materiais do muro 1: γ =17,9 kN/m3 e ν = 0,20
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Material E
c (kPa) φ(o) ψ(o)
(kPa)
Fundação 15 32,0 10,0 5,0E+04
Nota: Para todos os materiais do muro 2: γ =18,0 kN/m3 e ν = 0,20
Material E (kPa) ν
Face de blocos 1,25 E+6 0,20
Nota: Para todos os materiais do muro 3: γ =18,3 kN/m3 e ν = 0,20
134
5.4.2.
Resultados do Muro 1
Tabela 5.6 – Forças de tração máximas em diferentes camadas obtidas pelo MEF para o
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muro 1.
Método Máxima força de tração (kN/m)
Elevação 0,40m 0,80m 1,30m 1,90m 2,50m 3,10m 3,70m 4,30m
MEF 10,30 14,13 14,37 14,17 14,67 10,02 7,90 1,96
Tprevisto Tmedido
Método
0,09H 0,42H 0,82H Média
MEF 1,25 1,71 1,55 1,50
137
4 MEF
campo
3
Elevação (m)
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Força de traçao máxima (kN/m)
Figura 5.8 – Comparação entre as forças de tração previstas e medidas para o muro 1.
Conforme a Figura 5.8, o formato da curva de campo é parecido com a
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5.4.3.
Resultados do Muro 2
das dez camadas de reforço localizadas a 1,2, 2,0, 2,8 e 3,6m. Estes resultados são
apresentados na Tabela 5.9. A Figura 5.10 compara os resultados previstos pela
simulação numérica com os medidos durante o monitoramento.
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Tabela 5.8 – Forças de tração máximas em diferentes camadas obtidas pelo modelo
numérico para o muro 2.
Método Máxima força de tração (kN/m)
Elevação 0,80m 1,20m 1,60m 2,00m 2,40m 2,80m 3,20m 3,60m
MEF 0,47 0,36 0,28 0,23 0,19 0,14 0,09 0,06
139
Tprevisto Tmedido
Método
0,30H 0,50H 0,70H 0,90H Média
3,5 Campo
MEF
2,5
Elevação (m)
1,5
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0,5
0
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 5.10 – Comparação entre as forças de tração previstas e medidas para o muro 2.
5.4.4.
Resultados do Muro 3
4.5
4 MEF (Plaxis)
3.5
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Campo
3
Elevação (m)
2.5
1.5
0.5
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 5.12 – Comparação entre as forças de tração previstas e medidas para o muro 3.
se tem duas medições nestas alturas. A média dos valores de forças de tração
máxima pelo MEF foi 1,57 vezes os valores medidos em campo.
Conforme a Figura 5.12, o formato da curva de MEF é parecido com uma
distribuição trapezoidal, devido provavelmente ao fato de considerar uma face de
blocos de concreto e assumir uma condição de contorno fixa na fundação. A
redução da força de tração na camada mais baixa é devido ao fato de considerar
uma fundação rígida. Nas camadas intermediárias, foram utilizados dois tipos de
reforço. Nestas camadas se localiza a maior força de tração e os resultados
previstos mudam quando variam de tipo de reforço.
5.5.
Conclusões
6.1.
Introdução
6.2.
Métodos de projeto
6.3.
Aplicação dos métodos aos casos reais
6.3.1.
Muro 1
A Tabela 6.2 apresenta os valores de Tprevisto Tmedido para três das nove
Tabela 6.2 – Cálculo de Tprevisto Tmedido para três camadas de reforço instrumentadas –
Muro 1.
Tprevisto Tmedido
Camada Elevação
No Steward Collin Bonaparte FHWA Ehrlich Allen
MEF
(1977) (1986) (1987) (2001) (1994) (2003)
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5
Steward et al. (1977)
Collin (1986)
4,5
Bonaparte (1987)
FHWA (2001)
4 Ehrlich e Mitchell (1994)
Allen et al.(2003)
3,5 MEF
Campo
3
Elevação (m)
2,5
1,5 Ko
0,5
Ka
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 6.1 – Valores de máxima força de tração medidos (campo) e previstos – Muro 1.
146
6.3.2.
Muro 2
3,6m de elevação. A Figura 6.2 compara a máxima força de tração prevista pelos
métodos de projeto com os resultados medidos durante o monitoramento.
Tabela 6.3 – Cálculo de Tprevisto Tmedido para quatro camadas de reforço instrumentadas –
Muro 2.
Tprevisto Tmedido
Camada Elevação
Steward Collin Bonaparte FHWA Ehrlich Allen
No MEF
(1977) (1986) (1987) (2001) (1994) (2003)
8 0,90H 6,55 18,26 4,29 3,29 0,31 1,90 0,19
6 0,75H 15,62 14,54 10,19 7,85 1,08 7,27 0,54
4 0,50H 35,63 19,89 23,26 17,95 1,95 9,05 1,21
2 0,30H 27,09 10,80 17,69 13,63 2,11 5,4 1,03
Media 21,22 15,87 13,86 10,68 1,47 6,13 0,74
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4
Steward et al. (1977)
Collin (1986)
3,5 Bonaparte (1987)
FHWA (2001)
Ehrlich e Mitchell (1994)
3 Allen et al.(2003)
MEF
Campo
2,5
Elevação (m)
1,5
0,5 Ko
Ka
0
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00
Força de tração máxima (kN/m)
Figura 6.2 – Valores de máxima força de tração medidos (campo) e previstos – Muro 2.
6.3.3.
Muro 3
3,4m de elevação. A Figura 6.3 compara a máxima força de tração prevista pelos
métodos de projeto com os resultados medidos durante o monitoramento.
Tabela 6.4 – Cálculo de Tprevisto Tmedido para quatro camadas de reforço instrumentadas –
Muro 3.
Tprevisto Tmedido
Camada Elevação
Steward Collin Bonaparte FHWA Ehrlich Allen
No MEF
(1977) (1986) (1987) (2001) (1994) (2003)
6 0,81H 0,39 0,67 0,26 0,26 1,17 0,17 0,98
5 0,71H 1,17 1,41 0,80 0,78 2,38 0,45 2,46
4 0,57H 1,73 1,38 1,20 1,15 2,40 0,39 2,12
1 0,14H 1,55 0,62 3,70 3,11 2,57 0,18 0,72
Média 1,21 1,02 1,49 1,33 2,13 0,30 1,57
149
4,5
Steward et al. (1977)
Collin (1986)
4 Bonaparte (1987)
FHWA (2001)
3,5 Ehrlich e Mitchell (1994)
Allen et al.(2003)
MEF
3 Campo
Elevação (m)
2,5
1,5
0,5
Ka Ko
0
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Força de tração máxima (kN/m)
0,67.
Os métodos simplificados da FHWA (2001) e o método de Bonaparte
(1987) apresentam valores parecidos, por ser um muro de face vertical. Ambos
métodos fornecem resultados acima dos medidos em campo para as camadas
intermediárias. Entretanto, os métodos fornecem valores elevados de forças de
tração para a camada mais baixa devido ao espaçamento vertical maior. Enquanto
para as camadas superiores (acima de 2,5m) os dois métodos subestimaram os
valores de forças de tração e para as camadas superiores ambos métodos alcançam
valores de Tprevisto Tmedido em torno de 0,25 (Tabela 6.4).
150
Para este muro, nenhum dos métodos avaliados apresentou curvas com
formato parecido com os pontos de campo, conforme a Figura 6.3.
6.4.
Conclusões
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0521511/CA
7.1.
Conclusões
7.2.
Sugestões
Berkeley, Califórnia.
4. ALLEN, T.M. AND BATHURST, R.J. (2001.a). Application of the
Ko-stiffness method to reinforced soil wall limit states design.
Washington State Department of Transportation, Report WA-RD
528.1, 100 pp.
5. ALLEN, T.M. AND BATHURST, R.J. (2001.b). Prediction of Soil
reinforcement Loads in Mechanically Stabilized Earth (MSE) Walls
at Working Stresses, Washington State Department of
Transportation, Report WA-RD 522.1, 353 pp.
6. ALLEN, T.M. AND BATHURST, R.J. (2002). Soil Reinforcement
Loads in Geosynthetic Wall at Working Stress Conditions.
Geosynthetics International, 9 (5 – 6): 525 – 566.
7. ALLEN, T.M. BATHURST, R.J., HOLTZ, R.D.; WALTERS, D.;
LEE W.F. (2003). A new working stress method for prediction of
reinforcement loads in geosynthetics walls. Canadian Geotechnical
Journal, 40. Pp. 976 – 994.
8. ALLEN T.M.. BATHURST R.J., 2003. Prediction of reinforced
loads in reinforced. Washington State Department of
Transportation, Report WA-RD 522.2, 291 pp.
156