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Dissertação de Mestrado
Rio de Janeiro
Abril de 2007
Jean Rodrigo Ferreira Aguilera
Ficha Catalográfica
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510725/CA
119f.:il.;30 cm
Aos Meus Pais, Claudio Alberto Aguilera e Maria Antonia, pelos ensinamentos de
berço, ajudando a formar a pessoa que sou.
Aos meus irmãos, Junior, Kewin, James e Taís, pelos incentivos que serviram de
apoio nos momentos difíceis dessa caminhada, apesar da distância, sempre
estiveram ao meu lado em pensamentos.
À minha adorada Nice por estar ao meu lado todos esses anos, sempre me
incentivando e me dando forças para chegar cada vez mais longe.
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Ao meu amigo, Rafael Araújo de Sousa pelo seu companheirismo desde a época
da graduação.
Aos amigos Klessis, Ygor, Adenilson, Silvio, Renato, Léo, Clebson e Plínio. Por
compartilharem um lar familiar no decorrer do mestrado, mostrando-se
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Palavras-chave
Vento; Torres Esbeltas; Linhas de Transmissão; Torre de TV.
Abstract
Aguilera, Jean Rodrigo Ferreira; Roehl, João Luis Pascal (Adivisor). Light
Lattice Structures Under Wind Action. Rio de Janeiro, 2007. 119p. Msc.
Dissertation – Department of Civil Engineering - Departamento de
Engenharia Civil, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
and a 193m tall trussed TV tower, built in Brasilia-DF. The wind action on the
tower members is computed according to the brazilian recommendation, NBR-
6123. In a preliminary study, a simplified procedure is proposed to evaluate the
wind forces on the LT-103 tower sections and to conveniently distribute them on
the main tower model nodes (joints). The TV Tower is evaluated under the static
and dynamic action of the wind forces, either by isolated pulses or by a train of
them to model a wind gust. The tower response is computed under a linear and
non-linear P-Delta behavior; some faulting spots are identified in the response
reports and a combined vibration control solution is proposed incorporating steel
tendons conjugated with multiple tuned mass absorbers. A comparison is also
made with the NBR 15307 recommendation and a couple of comments are
addressed to those who may intend to apply this regulation to investigate the
behavior of slender trussed tower structures.
Keywords
Wind; Dynamic; Towers; Transmission Lines; Tower of TV.
Sumário
1 Introdução 18
1.1. Motivação 19
1.2. Objetivo 21
1.3. Escopo 22
2 Estudos complementares 24
2.1. Efeitos do vento 24
2.1.1. Consideração de ações dinâmicas do vento 25
2.1.2. Determinação da velocidade do vento 28
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3 Cenário Geral 39
3.1. Apresentação 39
3.2. Classificação das estruturas 40
3.3. Elementos de estrutura treliçadas 43
3.3.1. Membros 43
3.3.2. Conectores ou junções 44
3.3.3. Classificação dos elementos 45
3.4. Cargas e vulnerabilidades 46
3.5. Normas nacionais e internacionais 47
3.5.1. Dimensionamento de estrutura de aço 47
3.5.2. Dimensionamento para efeito do vento 48
3.5.3. Dimensionamento dos perfis 49
3.5.4. Cálculo das forças do vento segundo a NBR 6123 53
3.5.5. Aplicação nas faces da estrutura 56
3.5.6. Aplicação das cargas nos nós da estrutura 56
4 Cenários particulares 57
4.1. Torre de linhas aérea de transmissão LT103 57
4.1.1. Descrição da torre 57
4.1.2. Participação e acompanhamento de estudo realizado na UFPa 58
4.1.3. Estudos a realizar sobre o modelo LT103 59
4.1.4. Resultados Experimentais 59
4.1.5. Descrição do monitoramento dinâmico 60
4.1.6. Resultados da análise 61
4.2. Torre de antenas de TV 64
4.2.1. Situação Geral 64
4.2.2. Situação particular 65
4.2.3. Resultados da monitoração dinâmica 66
Anexo A 114
Anexo B 118
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Lista de figuras
Figura 6.7 – Modo de vibração da torre com AMSM, Hipótese 2, análise modal,
com controle de vibração. 98
Figura 6.8 – Verificação dos perfis com os AMS, velocidades de 35 m/s,Trecho II
e III, análise dinâmica. 101
Lista de tabelas
C Matriz de amortecimento
D Diâmetros da barra
D Vetor de deslocamento da estrutura
E Módulo de elasticidade do aço
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f (t ) Função do tempo
F(x) Vetor de força
Fy Tensão de escoamento do aço
Fcr Tensão crítica de flambagem
K Comprimento efetivo de flambagem
K Matriz de rigidez
KE Matriz de rigidez elástica
Kg Matriz de rigidez geométrica da estrutura
l Comprimento do perfil
mo Massa de referência
Pu Solicitação de cálculo
x Deslocamento
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x Velocidade
x Aceleração
ωn Freqüência natural do sistema
transmissão, por exemplo, passam por diversas localidades nem sempre de fácil
acesso e, para transpor certos obstáculos, como rios e montanhas, utilizam-se
torres treliçadas com alturas elevadas.
Focalizando-se o carregamento que age nesses tipos de estrutura, surge logo
o efeito da ação do vento. Pode-se, também, considerar o deslocamento de base do
terreno, conhecido como terremotos. Porém, devido à pouca incidência deste
fenômeno no Brasil, geralmente, não é dada ênfase a esse tipo de carregamento no
dimensionamento das estruturas.
A representação do carregamento do vento num modelo matemático é
bastante complexa, visto que se trata de um fenômeno natural com
comportamento não-determinístico. Diversos são os estudos em laboratório,
através de ensaios em “túneis de vento”. Esses estudos são avaliados por métodos
probabilísticos, e levam ao reconhecimento de diversos fatores de importância
fundamental; esses fatores, se devidamente considerados, permitem maior
segurança no cálculo da ação do vento.
As condições de laboratório diferem das condições da estrutura em serviço,
pelo simples fato da estrutura estar diretamente exposta ao fenômeno natural do
vento que, por sua vez, é agravado por turbulências atmosféricas, rajadas de
vento, tornados e qualquer outro tipo de fenômeno relacionado ao vento. Sendo
assim, a influência desses efeitos, principalmente das rajadas de vento, provoca
um aumento na resposta do sistema. Assim, é preciso levar em consideração não
19
1.1.Motivação
torres, ocorridos sem testemunhas, podem ser a eles atribuídos. Essa problemática
está sendo tratada pelo mesmo projeto que estuda a ação direta do vento sobre as
estruturas objeto desta dissertação.
1.2.Objetivo
Em termos gerais:
- desenvolver atitudes e incorporar procedimentos computacionais no grupo
de estudo do projeto das estruturas treliçadas leves para apoio de linhas de
transmissão de energia elétrica e para suporte de antenas de telecomunicação, isto
é, torres para apoio de linhas e de antenas.
Em termos específicos:
- considerar a torre de linha de transmissão de energia denominada como
torre LT103 - Guamá-Vila do Conde, localizada na cidade de Belém-Pará e, após
realizar a sintonia do modelo matemático com base em resultados medidos em
campo, propor procedimento simplificado para a consideração das forças devidas
ao vento sobre a estrutura, de modo a reduzir o número de graus de liberdade.
- verificar as condições de serviço da torre de TV de Brasília, submetida ao
vento de projeto de acordo com a NBR 6123[4], a partir de avaliação preliminar
realizada na torre fundamentada em ensaios de campo segundo a NBR 15307[6].
22
1.3.Escopo
Simiu e Scanlan [38] relatam que o principal efeito do vento natural (ou
movimento do ar) é devido ao aquecimento na atmosfera terrestre, e inicia pela
diferença de pressão entre pontos de mesma elevação. Tais diferenças acontecem
sob o efeito de fenômenos termodinâmicos e mecânicos que ocorrem na atmosfera
não uniforme. Acarretam, como conseqüência, o surgimento de diversas
manifestações naturais induzidas pelo vento como a formação de ciclones,
anticiclones, tormentas elétricas, tornados, tempestades, etc.
Davenport classifica o vento em função de sua velocidade conforme
mostrado na Tabela 2.1.
Tabela 2.1 – Escalas de intensidade da velocidade do vento. (www.blwtl.uwo.ca)
(a) (b)
Figura 2.1 – (a) Resposta da estrutura; (b) espectro de potência dos esforços
devidos à ação de rajadas do vento [8].
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Martelamento
Desprendimento de vórtices
acima do terreno.
31
• Consideração de análise
As torres treliçadas de aço assumem comportamento simples de treliça, ou
seja, possuem ligações rotuladas e seus elementos estão sujeitos somente a
esforços axiais. Um dos problemas de modelagem em estruturas treliçadas é a
questão de qual análise considerar para os elementos da estrutura; a principal
indagação é: considerar o elemento sendo de treliça ou elemento de viga espacial.
O elemento de treliça é o mais simples elemento estrutural de análise, não
possui rigidez à flexão, apenas a rigidez axial da barra. Já o elemento de viga
possui todas as forças agindo no elemento: esforço axial, cortante, de torção e
flexão.
O principal motivo desse questionamento é evitar possíveis ocorrências de
instabilidades, ao trabalhar com o modelo da estrutura, pois podem ocorrer
mecanismos estruturais incluindo nós livres que comprometam a estabilidade.
Sendo assim, pode ocorrer instabilidade numérica acarretando erros de
convergência na análise.
O que se faz, geralmente, quando ocorre instabilidade ao se modelar uma
estrutura de treliça, é acrescentar elementos de barra estabilizantes na estrutura,
cuja funcionalidade é travar a estrutura ligando os nós livres; essas barras são
32
(a) (b)
Figura 2.4 – Seção transversal de uma torre qualquer: (a) seção original, (b) seção com
elementos de barra fictícios (Dummy).
Geralmente, na literatura, encontra-se que as estruturas treliçadas esbeltas
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são modeladas como pórtico. A seguir é realizada uma comparação entre as duas
análises.
(a) (b)
Figura 2.5 – Barra engastada: (a) configuração indeformada; (b) configuração
deformada.
A solução da equação linear (2.4) não pode mais ser usada para o efeito de
mudanças na geometria; sendo assim, o carregamento aplicado é aumentado e se
pode obter o deslocamento D, tratando o problema não-linear em uma seqüência
de passos lineares, cada passo representando um incremento de carga.
Entretanto, por causa da presença de grandes deflexões, a equação contém
termos não lineares, que devem ser incluídos no cálculo da matriz de rigidez K.
Assim, a matriz de rigidez elástica e geométrica é calculada para cada elemento da
estrutura e acumulada dentro de uma matriz de rigidez total.
K = KE + KG (2.6)
35
• Análise dinâmica
As propriedades atribuídas a um sistema mecânico são: massa, rigidez e
amortecimento, respectivamente responsáveis pelas forças inerciais, elásticas e
dissipativas.
+ Cx + Kx = F( x ). f (t )
Mx (2.7)
Onde: M é a matriz de massa, C é a matriz referente ao amortecimento, K é
a matriz de rigidez da estrutura.
x, x e x são os vetores de aceleração, velocidade
e deslocamento, respectivamente. F(x) é o vetor de força e f (t ) é uma função do
tempo.
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- Análise modal
O problema da identificação das freqüências de vibração de um determinado
sistema é resolvido com base na análise do movimento em regime livre e sem
amortecimento. Nestas condições as equações de equilíbrio dinâmico adquirem
uma forma mais simplificada
(t ) + Kx(t ) = {0}
Mx (2.10)
Para que o sistema da Equação (2.13) tenha uma solução não trivial (esta
seria Φ = {0} ) é necessário que se anule o determinante da matriz K − ω 2 M .
(a) (b)
Figura 2.6– Absorsor de massa sintonizado em uma estrutura: (a) AMS1; (b) AMSM.
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3.1. Apresentação
de difícil acesso, e vários aspectos, além dos técnicos, devem ser considerados no
projeto. A linha deve ser projetada de forma que não cause interferências em
outros setores de atividade, e cause o menor impacto ambiental possível,
preservando a segurança das pessoas.
manobras; nesses casos, uma estrutura especialmente projetada para esse fim é
utilizada.
- Disposição em um plano ou lençol horizontal – quando todos os
condutores de fase de um mesmo circuito estão em um plano horizontal.
- Disposição em lençol vertical - quando todos os condutores de fase de um
mesmo circuito estão em um plano horizontal.
- Disposição triangular – neste caso, os condutores de fase são dispostos
segundo os vértices de um triângulo.
3.3.1. Membros
funcionalidade, utilizam-se perfis tubulares, por vários motivos, entre eles cita-se
a redução do numero de contraventamentos.
Gabrielli [22] realiza em seu trabalho uma comparação entre torres de linhas
de transmissão de perfis tubulares com as de perfis cantoneiras. Com o intuito de
investigar a viabilidade técnica e o custo das construções de torres de transmissão,
é apresentada uma das vantagens da seção de perfil tubular como sendo a redução
no número de contraventamentos secundários.
(a) (b)
Figura 3.4 – Conexões entre montante e outros membros. (a) perfil cantoneira; (b) perfil
tubular.
45
fundação.
Nas torres de telecomunicação, não deve haver efeito de grandes
deslocamentos que provoque uma rotação considerável na estrutura, pois elas
perdem a eficiência no funcionamento quando expostas a grandes inclinações.
para suportes não usuais, muito esbeltos, cuja freqüência natural seja menor que 2
Hz. Não se recomenda a utilização de suportes com freqüência fundamental
menor que 1 Hz.
Elementos λ
Montante 150
Comprimidos Braços 150
Diagonais 200
Cantoneiras 375
Tracionados
tubos 300
Redundantes 250
l
λe = K (3.2)
r
Onde K é um fator de comprimento efetivo de flambagem, que serve para
ajustá-lo, de acordo com as condições de apoio e de carregamento nas
extremidades do perfil.
Para as várias alternativas de carregamentos e conexões, os índices de
esbeltez efetiva são os da Tabela 3.2.
λ Carregamento e conexão λe
Concêntricos nas extremidades λe = λ
λ ≤ 120 Concêntrico numa e excêntrica na outra λe = 30 +0,75 λ
Excêntrico nos dois extremos λe = 60 +0,5 λ
120<λ ≤ 200 Elementos rotulados nos dois extremos λe = λ (K=1)
120<λ ≤ 225 Engastado num e rotulado no outro λe = 28,6 + 0,762 λ
120<λ ≤ 250 Engastado nos dois extremos λe = 46,2 + 0,615 λ
Essas condições são válidas, para o perfil do tipo cantoneira; já para o perfil
tubular, apenas as condições de carregamento nas extremidades influenciam no
dimensionamento.
51
E 2
λr ≤ λ ≤ λ2 → Q = 0,379 + (3.6)
Fy ⋅ λ 3
KL Fy
λc = (3.7)
rπ E
Calcula-se a Fcr:
2
Para λc ⋅ Q ≤ 1,5 → Fcr = Q ⋅ (0, 658Qλc ) ⋅ Fy (3.8)
52
0,877
Para λc ⋅ Q > 1, 5 → Fcr = ⋅ Fy (3.9)
λc
Com a obtenção da tensão crítica de flambagem, chega-se na resistência à
compressão:
Pnc = Ag ⋅ Fcr (3.10)
Para as barras sob o efeito de tração, deve ser considerado o estado limite de
escoamento da seção bruta e o estado limite da seção líquida efetiva.
1) Estado limite de escoamento da seção bruta, Ag, é calculado pela
equação:
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Pnt = φt ⋅ Ag ⋅ Fy (3.11)
Pnt = 0, 75 ⋅ Ae ⋅ Fy (3.12)
Ae = A '⋅U (3.13)
Consideração estática
Onde Ab é a área de todas as barras de uma das faces da torre; Aef é a área
Consideração dinâmica
mi 2
∑β x
i =1
i i
A zi
p
qob Ao n
ξ Cai i
m0 Ao zr
∑ψ x
i =1
i i
2
Ela é uma torre autoportante do tipo delta que tem função estrutural de
sustentação da linha de transmissão, possui uma altura aproximada de 74 m,
composta de perfis em cantoneira de aço, com seções variáveis ao longo da altura.
58
Figura 4.2 – Torre LT103 à margem do rio Guamá e seu modelo computacional.
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procedência LYNX®. Essa análise tem como objetivo obter o registro da resposta
da estrutura em função do tempo.
A aquisição dos dados é realizada por meio do sistema ADS 1000 com uma
freqüência de amostragem de 100 Hz; os dados são tratados em “software”
próprio e, além do aparelho de aquisição de dados, mais alguns equipamentos de
monitoração são utilizados.
Os acelerômetros são dispostos em dois diafragmas horizontais, sendo o
primeiro posicionado aproximadamente a meia altura da torre e o outro no
diafragma junto ao delta. A Figura 4.4 apresenta o posicionamento dos
acelerômetros nas seções A e B, onde os acelerômetros ao instalados.
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(a)
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(b)
Figura 4.5 – Resposta em deslocamento, acelerômetro longitudinal esquerdo número 2
(AEL02): (a) sinal completo do ensaio; (b) trecho de uma das amplitudes máximas de
vibração.
Sobre os resultados das medições em séries temporais aplica-se a
transformada de Fourier, passando a resposta do domínio do tempo para o
domínio da freqüência e, assim, podem-se representar os registros auto-espectros
das vibrações medidas.
Na Figura 4.6 estão apresentados os auto-espectros das vibrações medidas,
onde esta indicada, a primeira freqüência da torre. De maneira semelhante
identificam-se as demais freqüências. Quanto à freqüência de 0,25 Hz, ela não é
identificada pelo analisador de espectros, provavelmente em razão, da freqüência
63
de corte do aparelho. Entretanto, ela está bem caracterizada nos sinais temporais e
pode ser considerada, talvez, como a freqüência de um sistema isolado, ou parte
do sistema principal. Os espectros são obtidos por meio do ‘software’
AqDAnalysis.
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Freqüências Freqüências
Modo Medidas Medidas
Processos estocático
1 1,66 -
2 1,78 1,78
3 1,86 1,86
4 2,15 2,15
64
4.2.Torre de antenas de TV
(a) (b)
Figura 4.7 – Torre TV de Brasília: (a) vista geral; (b) vista do pavimento térreo da torre
(museu)
Modo de Freqüência
vibração medida (Hz)
1 0,35
2 0,36
3 0,46
4 0,53
5 0,60
6 1,05
7 1,10
8 1,19
9 1,25
(Hz) (Hz)
1 1,66 1,67
2 1,79 1,79
3 1,84 1,83
4 2,15 2,27
5 2,77 2,59
6 2,94 2,95
7 3,10 3,08
8 3,83 3,29
Força de arrasto
Módulo
(kN)
7 44,43
6 25,66
5 34,84
4 17,43
3 32,39
2 31,16
1 14,22
Total 200,13
Figura 5.4 - Aplicação das cargas nós módulos, vista lateral, Torre LT103.
Hipótese Nós Fx Fy Fz
345 34,14 -50,20 251,07
649 -34,35 -49,72 250,96
Original
781 -34,15 -50,34 -251,07
809 34,37 -49,85 -250,96
345 33,35 -50,03 245,26
649 -33,63 -50,04 245,26
I
781 -33,36 -50,03 -245,26
809 33,36 -50,03 -245,26
345 33,92 -51,58 251,41
649 -34,42 -50,86 249,85
II
781 -34,05 -51,54 -251,41
809 34,54 -50,76 -249,85
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REAÇÃO em y x Nó
REAÇÃO em y (KN)
-43,00
-48,00
-53,00
-58,00
345 649 781 809
Nó
ORIGINAL I II III IV V
Figura 5.5 – Comparação das reações nas fundações, na direção do vento, LT103.
75
Hipótese Nós Fx Fy Fz
345 0,98 1,00 0,98
649 0,98 1,01 0,98
I
781 0,98 0,99 0,98
809 0,97 1,00 0,98
345 1,00 1,02 1,00
649 1,00 1,02 1,00
II
781 1,00 1,02 1,00
809 1,00 1,02 1,00
345 1,01 1,00 1,00
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Com base nos resultados apresentados na Tabela 5.5, observa-se que há uma
boa coerência para todas as hipóteses ensaiadas.
Mas, a opção que apresenta mais coerência nos resultados para com as
reações de apoio, sendo praticamente igual à “original”, é a hipótese III, forças
aplicadas a sotavento.
O gráfico da Figura 5.5 mostra os valores de Fy da Tabela 3, e idealiza a
relação entre a “original” e as demais hipóteses.
76
5.2.2.Deslocamentos máximos
Módulos I II III IV V
7 0,91 0,92 0,96 0,94 0,94
6 0,97 0,98 1,02 0,96 0,97
5 1,18 0,97 1,01 0,99 0,99
4 0,99 1,04 1,01 1,00 0,99
3 0,99 1,05 1,00 1,00 1,03
2 1,02 1,06 1,00 1,02 1,14
1 1,04 1,05 1,04 1,04 1,12
77
5.3.Síntese conclusiva
Freqüência Freqüência
Freqüência
Modo de Vibração Modelada Modelada ajustada
Medida
(sem antena) (com antenas)
(Hz)
(Hz) (Hz)
Segundo a NBR 15307, os cinco primeiros modos são suficientes para obter
uma boa calibração para o sistema, visto que são os modos mais baixos os que
mais contribuem na resposta da estrutura.
(a) (b)
Figura 6.2 – Modos de vibração do modelo da estrutura da torre de TV: (a) modo 1 , (b)
modo 3, análise modal.
(a) (b)
Figura 6.3 – Modos de vibração do modelo da estrutura da torre de TV: (a) modo 5 , (b)
modo 6, análise modal.
85
norma.
Com as cargas do vento calculadas, utiliza-se o método de redução de
cargas na estrutura proposto no capítulo 4, aplicado como a seguir:
- divisão da torre em módulos, igualmente como ilustrado da tabela 5.1;
- calculo das forças do vento sobre os módulos, de acordo com a área de
projeção das barras;
- aplicação desse carregamento, metade sobre os nós superiores dos
módulos e a outra metade sobre os inferiores.
São calculadas as forças para velocidade do vento de 5, 10, 20, 35 e 50 m/s.
Tais resultados encontram-se no Anexo B, apenas para a velocidade de 5 m/s,
visto que, sendo os parâmetros equivalentes, as forças resultam em função do
quadrado da velocidade, conforme apresentado no Capítulo 3.
As ações do vento sobre as antenas são consideradas, neste caso, apenas
pelo efeito estático nas mesmas, levando-se em conta a altura e as áreas das
antenas, com um coeficiente de arrasto de 1,6 (Anexo B).
Figura 6.4 – Função temporal para a velocidade horizontal do vento, Pulso sucessivos.
Tabela 6.5 – Panorama das tensões axiais relativas máximas, análise estática não-linear
P-Delta, vento na direção x-x.
que apresentam sobrecargas, onde o nível 1(em negrito na figura) significa que o
limite de resistência admissível é ultrapassado.
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Figura 6.5 – Análise das tensões axiais relativas máximas. Análise estática não-linear P-
Delta, vento de 50 m/s, na direção x.
Não-Linear P-Delta
d152 14 57 204 616 1245
d167 21 89 328 996 2016
d192 41 176 653 1986 4044
Tabela 6.7 - Panorama das tensões axiais relativas máximas, análise dinâmica não-
linear P-delta.
50 Sobrecarga
*4 pernas e 4 barras de contraventamento
Figura 6.6 - Panorama das tensões axiais relativas máximas. Análise dinâmica, vento de
35 m/s, na direção x.
92
V Nível de Danos
10 –30 Nenhum
30 - 40 Danos leves
40 – 50 Danos severos
50 – 60 Colapso
93
Reconhece-se que o prognóstico obtido da tabela 6.8, pode servir como uma
primeira aproximação para o problema em estudo, ainda que não seja um
procedimento específico para torres treliçadas esbeltas.
A tabela 6.9 fornece os valores desse índice e a classificação de danos,
salientada pelo sombreamento de fundo, para as diversas situações da torre em
estudo.
Tabela 6.9 - Índice de vibração e níveis de danos, Análise dinâmica.
V (m/s)
TRECHOS
5 10 20 35 50
Linear
II (152m) 29 42 54 64 70
II(167m) 34 46 58 68 74
III(192m) 39 51 64 74 80
Não-linear P- Delta
II (152m) 31 43 54 64 70
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II(167m) 35 47 59 68 74
III(192m) 40 53 64 74 80
6.6.1. Preliminares
- Opção 1:
A Tabela 6.10 apresenta os resultados dessa opção, e a partir da coluna 5
faz-se uma relação com a estrutura original.
Tabela 6.10 - Deslocamentos máximos (mm), vento na direção x, análise estática,
opção1.
- Opção 1:
A Tabela 6.11 apresenta as freqüências referentes aos quatro primeiros
modos de vibração da estrutura, e mostra que ocorre um pequeno enrijecimento do
sistema, aumento em 9 % nas duas freqüências fundamentais e de 3,5 % nas duas
seguintes.
Tabela 6.11 - Freqüências do sistema, Hz, opção 1.
1 2 3 4
0,38 0,39 0,56 0,58
- Opção 2:
A Tabela 6.13 mostra as freqüências da torre com o AMSM; nota-se que a
primeira freqüência é reduzida em 51%.
1 2 3 4 18 19 20
0,17 0,26 0,284 0,286 0,36 0,54 0,55
- Opção 3:
Constitui-se na combinação dos absorsores e dos contraventamentos e,
assim, a resposta estática é a mesma da opção 1. A Tabela 6.15 mostra as
freqüências do sistema em Hz.
Tabela 6.15 – Freqüências do sistema, Hz, opção 3.
1 2 3 4 18 19 20
0,18 0,26 0,284 0,286 0,39 0,55 0,56
LINEAR
d152 7 121 368 0,61 0,62 0,62
d167 10 168 514 0,55 0,55 0,55
d192 18 298 910 0,48 0,49 0,50
Não-Linear P-Delta
d152 8 124 373 0,58 0,61 0,61
d167 13 184 545 0,58 0.56 0,55
d192 23 350 1028 0,57 0,54 0,52
Tabela 6.17 – Comparação dos deslocamentos máximos da torre (mm), vento de 35m/s.
Análise original 1 2 3
Linear (Estático) 1160 1057 - 1057
NLPD (Estático) 1192 1109 - 1109
Linear (Dinâmico) 1839 1597 1125 910
NLPD (Dinâmico) 1986 1699 1146 1028
hipótese que controla o efeito estático do vento na estrutura; para efeito dinâmico,
os AMS apresentam eficiência com redução dos deslocamentos satisfatória.
Tabela 6.18 - Panorama das tensões axiais relativas máximas, análise dinâmica, com
controle de vibração.
50 Normal
Figura 6.8 – Verificação dos perfis com os AMS, velocidades de 35 m/s,Trecho II e III,
análise dinâmica.
102
V (m/s)
TRECHOS
5 20 35
Linear
II (152 m) 16 40 50
II (167m) 20 44 54
III (192m) 26 50 60
Não-linear P-Delta
II (152 m) 17 41 50
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510725/CA
II (167m) 21 45 55
III (192m) 27 51 61
80
70
60
Nível de dano
50
40
30
20
10
II (152 m) II (167m) III (192m)
TRECHO - Altura (m)
Figura 6.9 – Gráfico de Nível de dano de vibração em função da altura, torre sem e com
controle de vibração, análise dinâmica não-linear P-Delta.
103
f o = 0, 35 Hz → V = 50 ⇒ A1 = 122mm
f o = 0, 35 Hz → V = 30 ⇒ A1 = 12mm
f o = 0,18 Hz → V = 50 ⇒ A4 = 327 mm
f o = 0,18 Hz → V = 30 ⇒ A4 = 33mm
Nessas circunstâncias, com a freqüência de 0,18Hz no 1º modo a torre
passaria para uma situação de danos leves, V = 30 , com um deslocamento de
33 mm no nível 167; e, passaria para danos pesados, V = 50 , com um
deslocamento de 327 mm. No caso de fo = 0,35 Hz , a torre passaria para danos
104
leves com 12 mm e para danos pesados com 122 mm. Todos esses níveis de
deslocamento não têm expressão na presença da altura de medição de 167 m.
Acrescenta-se a circunstância que a velocidade do vento de 35 m/s é uma
velocidade extrema, para uma recorrência de 50 anos e que, ocorrendo, será de
curta duração.
Conclui-se que o critério de índice de vibração não é eficaz para torres
esbeltas como a em consideração.
Dessa maneira, prossegue-se com a verificação das condições de serviço da
torre sob o critério das tensões.
6.7.Observações conclusivas
[7] BATTISTA, R.C., RODRIGUÊS R.S, PFEIL M.S. Dynamic Behavior and
Stability of Transmission Line Towers Under Wind Forces. Journal of Wind
Engineering and Industrial Aerodynamics, 91, pp. 1051-1067, 2003.
[9] BLESSMANN, J., Acidentes Causados pelo Vento. 4.Ed. Porto Alegre.
Editora da UF RGS, 2001.
[12] CHANG, C.C., Tornado Wind Effects on Buildings and Structures with
Laboratory Simulation. Proceedings, 3rd International Conference on Wind
Effects on Buildings and Structures, pp. 213-240, 1971.
[15] DAVENPORT, A.G., How Can We Simplify and Generalize Wind Loads.
Journal of Wind Engineering and Industrial Aerodynamics, 54/55 pp. 657-669,
1995.
[24] JU, F., CHOO, Y.S., F. ASCE. Dynamic Analysis of Tower Cranes.
Journal of Engineering Mechanics; January, Pages 88-96, 2005.
[32] PFEIL. W., Estruturas de aço. 2.Ed. Rio de Janeiro. Livros Técnicos e
Científicos, 508p. 1977.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510725/CA
[35] SAVORY, E., PARKE, G.A.R., ZEINODDINI, M., TOY, N., DISNEY, P.,
2001, Modelling of Tornado and Microburst-Induced Wind Loading and
Failure of a Lattice Transmission Tower. Engineering Structures, 23, pp. 365-
375.
•
•
Fator Estatístico
Fator topográfico
115
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0510725/CA
•
Determinação do coeficiente de arrasto
116
117
ANEXO B
Tabela B1 – Cálculo das forças de arrasto na torre de TV, devido ao efeito dinâmico do vento na direção x, conforme a NBR 6123.
119
Tabela B2 – Forças de arrasto devido ao vento nas antenas, efeito estático, conforme a NBR 6123.
2
Cota(SAP) z (m) Amódulo Ca S2 Vk (m/s) q (N/m ) Fa (N)
182 207.65 4.16 1.6 1.05 5.78 20.44 136.07
176.65 201.65 4.16 1.6 1.05 5.78 20.44 136.07
170 195 4.16 1.6 1.04 5.72 20.06 133.50
162 187 7.68 1.6 1.04 5.72 20.06 246.45
157 182 7.68 1.6 1.03 5.66 19.67 241.74
152 177 7.68 1.6 1.03 5.66 19.67 241.74
146 171 7.68 1.6 1.02 5.61 19.29 237.06
140 165 2 1.6 1.015 5.58 19.10 61.13
134 159 4.5 1.6 1.01 5.56 18.92 136.19
128 153 4.5 1.6 1 5.5 18.54 133.51
110 135 1.86 1.6 0.985 5.42 17.99 53.50
105 130 1.65 1.6 0.98 5.39 17.81 47.02
100 125 2.19 1.6 0.975 5.36 17.63 61.85
95 120 3.04 1.6 0.97 5.335 17.45 84.84
90 115 0.56 1.6 0.965 5.31 17.27 15.53
85 110 3.25 1.6 0.96 5.28 17.09 88.87
80 105 4.52 1.6 0.95 5.22 16.74 121.11
75 100 0.51 1.6 0.94 5.17 16.38 13.40
70 95 2.85 1.6 0.93 5.11 16.04 73.01
65 90 3.12 1.6 0.92 5.06 15.70 78.35