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Exercício 12.4.

Dada à barra da figura, calcular o alongamento total:

Figura 12-2. Exercício 9.4

Dados:

l1  l2  l3  25cm
P '  5000kgf
P  2500kgf
E  21 105 kgf / cm 2
A  6cm2

Definindo seções na barra nos trechos de interesse é possível estudar o equilíbrio dessas
seções por meio dos esforços internos em cada segmento:

Seção 1:

A seção 1 é uma seção genérica situada entre o ponto A e vizinhança à direita do ponto B.
Visualizando o problema em termos do conjunto de forças atuantes na seção, tem-se que:

A condição de equilíbrio imposta à seção 1 é a de que:

F x  0 →  R1  P '  0 → R1  P ' .

A deformação absoluta do segmento l1 é encontrada analisando-se o efeito produzido pelo


esforço interno R1, de forma que:

l1 R1
l1  .
E1 A1

Como, no equilíbrio, e admitida a hipótese de proporcionalidade entre esforços internos e


externos, R1  P ' e tendo em vista que E1 A1  EA , pois se trata de uma barra prismática, ou
seja, de área constante, e feita de mesmo material, a equação anterior pode ser escrita como:
l1 P '
l1  ,
EA

o que permite obter o deslocamento do segmento l1 em função da força externa conhecida,


P’.

Seção 2:

A seção 2 é uma seção genérica, situada entre a vizinhança à esquerda do ponto B e a


vizinhança à direita do ponto C. O diagrama do corpo livre, que contempla a força interna,
R2, e o conjunto das forças externas, P e P’, é:

A condição de equilíbrio, representada pelo somatório nulo das forças, é dada por:

F x  0 →  R2  P  P '  0 → R2  P ' P .

A deformação absoluta do segmento, escrita em termos do esforço interno, será:

l2 R2 l ( P ' P )
l2  . Como R2  P ' P e E2 A2  EA → l2  2 .
E2 A2 EA

Seção 3:

A seção 3 é uma seção genérica, situada entre a vizinhança à esquerda do ponto C e o ponto
D na extremidade esquerda da barra. Com isso:

Pela condição de equilíbrio: P '  R3 .

l3 R3 l P'
A deformação do segmento é: l3  . Como P '  R3 e E3 A3  EA → l3  3 .
E3 A3 EA

O alongamento total da barra é o somatório dos alongamentos de cada trecho. Assim:

n
lt  l1  l2  ...  ln , com n sendo o número de segmentos existentes → lt   li .
i 1

No presente caso, existem apenas três segmentos, de forma que: lt  l1  l2  l3 . Como
l1  l3 , pois l1  l3 , pode-se escrever que: lt  2l1  l2 . Com isso, e substituindo-se
adequadamente as parcelas calculadas anteriormente, é possível escrever que o alongamento
total será dado por:
 l P '   l ( P ' P ) 
lt  2  1    2 .
 EA   EA 

Como l1  l2 e colocando EA em evidência, pode ser escrito que:

l1 l
lt  (2 P ' P ' P ) → lt  1 (3P ' P) ⸫
EA EA

25cm
lt  (3  5000kgf  2500kgf ) → lt  0, 0248cm .
2110 kgf / cm 2  6cm 2
5

Uma vez calculada a deformação absoluta, pode-se determinar a deformação específica


apresentada pela barra. No formato usualmente apresentado, essa deformação específica é:

0, 0248cm
  330, 67 x10 6 .
3  25cm

Adicionalmente, é possível traçar o diagrama do esforço normal na barra e calcular as


tensões em cada uma de suas partes:

DEN (kgf)

5000kgf kgf 2500kgf kgf


1   3  2
 833.33 2 e  2  2
 416, 67 2 (Todas de tração).
6cm cm 6cm cm

Com o DEN traçado, é possível verificar a segurança do sistema e/ou tomar decisões de
projeto.

Exercício 12.5.
Uma barra supostamente rígida está suspensa por dois cabos que a mantém em posição
horizontal sob a ação da força conhecida P, Figura 12-3. Determinar a posição desta carga,
sabendo-se que a barra deverá permanecer na horizontal.

Dados:
3
lBB '  1,5l AA ' ; EBB '  E AA ' ; ABB '  2 AAA ' .
5

Figura 12-3. Exercício 12.5.


Solução:

1) Diagrama do corpo livre

Obs.: Os cabos só permitem esforços axiais, pois são bi-rotulados. Por serem flexíveis, só
admitem esforço de tração. O problema impõe a que a barra permaneça na horizontal. Para
isso, a deformação do cabo AA’ tem que ser igual à do cabo BB’. Portanto:

l AA '  lBB ' .

1) Cálculo dos esforços nos cabos. (Condições de equilíbrio da Estática).

 F  0 , (Essa equação não se aplica, pois não há esforços segundo essa direção)
x

F  0 → R R  P,
y AA ' BB ' (I)
Px
 M  0 → P  x  R  5  0 → R  5 .
A BB ' BB ' (II)

Verifica-se que esse é um problema estaticamente indeterminado, pois as equações de


equilíbrio da Estática são insuficientes para resolvê-lo. Portanto, há a necessidade de mais
uma equação para tornar o sistema determinado. Essa equação será obtida por meio do
estudo das deformações do sistema.

2) Pela Resistência dos Materiais. (Compatibilidade das deformações)

l AA '  lBB ' (Pela condição do problema),

RAA 'l AA ' R l RAA 'l AA ' R 1,5l AA '


 BB ' BB ' →  BB ' ⸫
E AA ' AAA ' EBB ' ABB ' E AA ' AAA ' 3 E  2 A
AA ' AA '
5
5 1, 5
RAA '  RBB ' → RAA '  1, 25 RBB ' . (III)
3 2

Substituindo (III) em (I):

P
1, 25RBB '  RBB '  P → 2, 25RBB '  P → RBB '  . (IV)
2, 25

Igualando (IV) e (II):

Px P 5
 → x → x  2, 22m .
5 2, 25 2, 25

Exercício 12.6.
Determinar a intensidade da força P para que a tensão normal seja a mesma em ambas as
barras cilíndricas da figura abaixo.

Figura 12-4. Exercício 12.6.

Solução:

A condição imposta é a de que  AB   BC (ambas são de compressão).

 P   P  40 
     ⸫
 AAB   ABC 

P  ABC  ( P  40)  AAB → P  ABC  P  AAB  40  AAB → P  ABC  AAB   40  AAB ⸫



40 
d AB 2
40  AAB 4 40  d AB 2
P → P → P ⸫
ABC  AAB  d BC 2  d AB 2
(d BC 2  d AB 2 )
4
40  30 2
P 2 → P  22,5kN .
50  302

Exercício 12.7.
Determine a intensidade da força P para que a tensão de tração na barra AB tenha a mesma
intensidade que a tensão de compressão na barra BC, da figura.

Figura 12-5. Exercício 12.7.

Solução:

 AB   BC (Condição do problema)
P  P  260 
   → P  ABC   P  AAB  260 AAB
AAB  ABC 

P  ABC  P  AAB  260 AAB → P( ABC  AAB )  260 AAB


260   502
260  AAB 4 260  502
P   2 → P  80kN .
ABC  AAB  (752  502 ) 75  502
4

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