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Exercício 10.10.

Determinar os esforços solicitantes nas seções indicadas e traçar os diagramas dos esforços
solicitantes.

Figura 10-12. Exercício 10.10.

1) Diagrama de Corpo Livre:

2) Cálculo das Reações:

 F  0 → H  20kN  0 → H  20kN ,
x A A

 M  0 →  R  8  40  2  20  8  8  6  0 → R  24kN ,
B A A

 F  0 → R  R  40  8 → R  48  R  48  (24) → R
y A B B A B  72kN .
2 2
E o ângulo  será tg   →   arctg   →   25,56
4 4

3) Determinação dos Esforços Solicitantes:


Umas conhecidas as orientações verdadeiras das reações, pode ser de maior praticidade que
os esforços solicitantes sejam determinados a partir da adoção dos sentidos das reações
obtidos nas condições de equilíbrio, como indicado a seguir:

Seção α: Seção β:

N   24kN , N  0 ,
V  H A  20kN , V  40kN ,
M   20  4  80kNm . M   40kN  m .

Seção :

Esforços devido à RA:


N RA  RA sen   24sen(26,56) → N RA  10, 733kN ,
VRA   RA cos   24 cos(26,56) → VRA  21, 466kN .

Esforços devido à HA
N HA  H A cos   20 cos(25,56) → N HA  17,889kN ,
VHA  H A sen   20sen(26,56) → VHA  8,944kN .

Esforços devido à q(x) com x válido entre 0 e 4m:


N q ( x )  2 x sen   2 x sen(26,56) ,
Vq ( x )  2 x cos   2 x cos(26, 56) .

Logo, os reforços são obtidos pela superposição dos efeitos:

N   N RA  N HA  N q ( x )  10, 733  17,889  2 x sen(26,56) → N   28, 622  0,894 x ,


V  VRA  VHA  Vq ( x )  21, 466  8, 944  2 x cos(26,56) → V  12,522  1, 789 x .
M    RA x  H A (8  x / 2)  2 x  x / 2 → M   24 x  20(6  x / 2)  x 2 .

Substituindo x nas equações anteriores, os esforços solicitantes na seção  podem ser


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obtidos. Portanto, fazendo-se tg   → x   , tem-se:
x tg  2
4
N   28, 622  0,894  2  30, 41kN ,
V  12, 522  1, 789  2  16,10 kN ,
M   24  2  20(6  2 / 2)  22  88, 00kNm .

4) Diagramas:

4.1 Esforço Normal: 4.2 Esforço Cortante:

Barra CD - Quando: Barra CD - Quando:

x  0 → N C  28, 622kN , x  0 → VC  12,522kN ,


x  4 → N D  31,199kN . x  4 → VD  19, 677 kN .

Barra DE:

Contribuições da força vertical de 40kN e da reação vertical RB:

N 40 kN  40sen   40sen(26,56) → N RB   RB sen   72sen(26,56) →


N 40 kN  17,885kN N RB  32,199kN ,
V40 kN  40 cos   40 cos(26,56) → VRB  RB cos   64cos(26,56) →
V40 kN  35, 779kN VRB  64,399kN .

Normal e cortante na barra DE:

N DE  32,199  17,885 → N DE  14,311kN ,


VDE  64,399  35, 779 → VDE  28, 622kN .

DEN (kN) DEC (kN)

M C  20  6  120
DMF (kNm) M D   RA  4  H A  8  8  2  48
M E  40  2  80
Para simples conferência, pela direita:
M D  40  6  72  4  48kN  m
2  42
f   4kN  m
8

Pode-se usar a expressão obtida anteriormente para a barra CD (0 ≤ x ≤ 4)


x
M CD   RA x  H A (6  x tg  )  q  x 
2
x
M CD  24 x  20(6  x tg  )  2  x 
2
M CD  24 x  20(6  x tg  )  x 2
(com tg   1 ).
2

Portanto, quando: x  0 → M C  120 ,


x  2 → M D  48 .

Exercício 10.11.
Considere-se o arco tri-articulado ABC dado na figura abaixo. Determinar os esforços
solicitantes na seção , indicada.

Figura 10-13. Exercício 10.11.

1) DCL:

2) Condições de equilíbrio (Reações):

F x  0 → HA  HB ,
F y  0 → RA  RB  2 ,
M A  0 → RB 10  2  (5  5cos 45) → RB  0, 29tf ,
M Direita
C  0 → RB  5  H B  5  0 → RB  H B ∴ H B  0, 29tf ∴ RA  2  0, 29 →
RA  1, 71tf .

E, como H A  H B → H A  0, 29tf .

Cálculo dos esforços solicitantes na seção α:

N RB   RB cos 60 (Normal devido à RB)


VRB   RB sen 60 (Cortante devido à RB)

N H B   H B sen 60 (Normal devido à HB)


VH B  H B cos 60 (Cortante devido à HB)

A determinação dos esforços resultantes na seção indicada é feita somando-se as parcelas


devido a cada reação, com os seus respectivos sinais:

Esforço normal:

N  N RB  N H B ⸫
N   RB cos 60  H B sen 60 ,
N  0, 29 cos 60  0, 29sen 60 → N  0, 40tf .

Esforço cortante:

V  VRB  VH B ⸫
V   RB sen 60  H B cos 60 ,
V  0, 29sen 60  0, 29 cos 60 → V  0,11tf .

Momento fletor:

M   RB (5  5cos 60)  H B (5sen 60) ,


M   0, 29  (5  5cos 60)  0, 29  (5sen 60) → M   0,54tf  m .

Para ampliar a discussão sobre o problema, pode-se incluir todo o arco na análise. Assim, as
equações anteriores serão escritas em função de um ângulo genérico  Portanto, para a seção
, cujo equacionamento que já se encontra realizado, o ângulo específico de 60º deve ser
substituído por . Cabe observar que essas equações só terão validade no intervalo
compreendido entre 0 ≤  < 135º

Logo, as expressões para os esforços solicitantes ficam:

Seção  (0 ≤ < 135º):

N     RB cos    H B sen   ,
V     RB sen    H B cos   ,
M    RB  r  r cos     H B  r sen    .

Para considerar o restante da semicircunferência, se faz necessária a inclusão de uma nova
seção, designada por  definida por um ângulo (), válida no intervalo entre
135º ≤  ≤ 180º, como indicado abaixo. A adoção desse ângulo permite que a análise dos
esforços seja feita pela esquerda da seção, facilitando a projeção das componentes das
reações nas direções radial e tangencial à circunferência, que são as direções dos esforços
cortante e normal, respectivamente.

Seção  (135º ≤  ≤ 180º):

N     RA cos   ( )   H A sen   ( )  ,
V    RA sen   ( )   H A cos   ( ) 
M    RA  r  r cos   ( )    H A  r sen   ( )   ,

com  ( )  180º   .

r nas expressões do momento para ambas as seções, e , é o raio da circunferência.

Uma vez definidas as funções para os esforços solicitantes, é possível traçar os gráficos que
representam a variação desses esforços com a variação de . Observe-se que o artifício de
colocar o sinal negativo no ângulo nos gráficos a seguir visa fazer coincidir o do lado direito
dos gráficos com o apoio B, fazendo com que o ângulo tenha orientação trigonométrica.

Esforço normal:
Em coordenadas retangulares N- Em coordenadas polares N-

Esforço cortante:

Em coordenadas retangulares N- Em coordenadas polares V-

Momento fletor:

Em coordenadas retangulares N- Em coordenadas polares M-

Deve ser registrado que, mesmo que os gráficos anteriores forneçam os valores máximos e
suas posições, a melhor opção para o traçado dos diagramas é sobre a geometria original do
sistema. Essa opção, além de fornecer informações sobre os máximos valores e suas
posições, permite realizar o detalhamento da estrutura além da tomada de decisões no campo
da análise estrutural. Para fazer esse traçado uma opção é o uso do método dos elementos
finitos (MEF) por meio da modelagem computacional. Cabe mencionar que o MEF é um
método de discretização do continuum, criando elementos conectados por meio de nós ou
juntas, onde os seus deslocamentos são as incógnitas do problema. Os elementos formam
subdomínios que possuem coordenas locais que são relacionadas às coordenadas globais do
sistema por meio de equações de transformação.

Assim, tem-se:

1) Geometria e condições de contorno:

Rótula ou articulação

Apoio fixo Apoio fixo

2) Discretização do meio:

Elemento

Diagrama de carregamento (Valor em tf):


Reações (Valores em tf):

Diagrama do esforço normal (Valores em tf):


Diagrama do esforço cortante (Valores em tf):

Diagrama do momento fletor (Valores em tf.m):

(Observe-se que o diagrama é traçado para a região tracionada do sistema).

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