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Faculdade de Ciências Agrárias

Licenciatura em Ciências Agrarias

Cadeira: Mecanização Agraria

Regime: Semi-Presencial

Ano: 3º Ano, Turma: A

Sistema de arrefecimento do Motor

Discentes:
Adriano Zito Zacarias
Cleide Fernando Mileia
Fernando Nurdine Melo

Docente:
Eng. Pedro Vitor Rodrigues

Nampula, Agosto de 2021

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Índice

1. Introdução..............................................................................................................3

2. Objectivos..............................................................................................................3

3. Metodologia............................................................................................................3

4. Sistema de arrefecimento do motor.......................................................................4

4.1. Tipos de Sistemas fundamentais....................................................................4

5. Arrefecimento por Liquido......................................................................................4

5.1. Vantagem de termossifão...............................................................................5

6. Arrefecimento por Ar..............................................................................................6

Conclusão.....................................................................................................................8

Bibliografia....................................................................................................................9

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1. Introdução

No presente trabalho, abordou-se sobre os sistemas de arrefecimento do motor, ao


longo da elaboração do trabalho pudemos perceber que, nos automóveis mais
antigos, providos de motores com baixa eficiência volumétrica e altos valores de
tolerância e folgas internas, existia somente a preocupação de se dissipar o calor
gerado pelo motor, que trabalhava em temperaturas baixas se comparado aos
atuais. O sistema de arrefecimento é o responsável pelo controle da temperatura de
um motor a combustão interna.

2. Objectivos

2.1. Objectivo geral


 Abordar sobre o sistema de arrefecimento do motor.
2.2. Objectivo específico
 Apresentar esquemas relacionados com o arrefecimento do motor, para
melhor compreensão do tema a ser abordado neste trabalho.

3. Metodologia

O presente trabalho, realizou-se com base em manuais eletrónicos, trabalhos já


existentes, que nos foram facultados pelos colegas estudantes do curso de
mecânica auto, do Instituto Industrial e Comercial Fevereiro.

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4. Sistema de arrefecimento do motor

O sistema de arrefecimento tem que eliminar o excesso de calor gerado nos


cilindros e manter uma temperatura óptima de funcionamento (cerca de 90º C), a
qual deve ser atingida logo no início e o mais rapidamente possível, mantendo-se
sempre, mesmo que o motor trabalhe a plena carga.

Isto é extremamente importante, visto que se um motor trabalhar demasiado quente


dá-se a queima de êmbolos e válvulas, lubrificação insuficiente e até deformação de
peças; demasiado frio (abaixo de 60º C) deposita-se, no carter, ácido sulfuroso que
origina uma rápida deterioração e decomposição do óleo, bem como vapor de água
que dá origem à formação de lamas e corrosões nas paredes dos cilindros; há
também um maior consumo e maior desgaste. Um motor a funcionar a 50º C
desgasta-se várias vezes mais do que à temperatura normal, a qual nos é dada pelo
indicador de temperatura, que se situa no painel de instrumentos.

Pelo exposto é fácil deduzir qual a importância deste sistema e do seu bom estado
de funcionamento, tanto mais que absorve entre 5 e 10 % da potência total do
motor.

4.1. Tipos de Sistemas fundamentais


Há dois sistemas fundamentais:

 Arrefecimento por líquido


 Arrefecimento por ar

5. Arrefecimento por Liquido

O líquido de arrefecimento, normalmente a água, passa, através do termóstato, do


bloco do motor para a parte superior do radiador e daí, pelas condutas, à parte
inferior, passando novamente ao bloco, em circulação forçada mediante a bomba
de água.

Há 3 tipos: termo-sifão, misto e bomba; este último é constituído (Fig 10.1.1),


essencialmente, por:

 Radiador – órgão por onde passa o líquido de arrefecimento, a fim de ser


arrefecido;

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 Tampão – tapa o radiador e permite o trabalho do motor a uma temperatura
mais elevada, sem que o líquido ferva;
 Ventoinha – força a circulação do ar que atravessa o radiador;
 Bomba de água – faz circular a água por todo o sistema;
 Termóstato – faz o líquido atingir a temperatura de serviço o mais
rapidamente possível, mantendo-a;
 Tubos de ligação – unem os elementos do sistema;
 Camisas de água – local, à volta dos cilindros, onde circula o líquido de
arrefecimento;
 Líquido de arrefecimento – produto que, durante o circuito, recebe o calor
de radiação que é necessário eliminar.

5.1. Vantagem de termossifão


A vantagem do termossifão é a simplicidade.

As desvantagens

 Exige camisas e tubulações mais amplas para facilitar a circulação da água.


 Se a água se encontrar abaixo do nível normal haverá formação de bolsões
de ar acarretando superaquecimento.

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6. Arrefecimento por Ar

O excesso de calor tem que ser extraído directamente das paredes quentes do
motor para o ar exterior (Fig 10.2.1) sem nenhum elemento intermédio, tal como o
líquido no sistema anterior.

Como o coeficiente de condutibilidade calorífica do metal com o ar é menor que com


a água há, neste sistema, diferenças de construção significativas, tais como o uso
de materiais à base de ligas de alumínio, pela maior condutibilidade ao calor. Os
cilindros são independentes, para que o ar possa circular entre eles e com alhetas,
para aumentar a superfície de irradiação do calor (Fig 10.2.2).

Um elemento fundamental deste sistema é a turbina (Figs 10.2.1 e 10.2.3), a qual


lança o ar directamente sobre as partes a arrefecer; difere das ventoinhas
especialmente em duas características fundamentais: volume e velocidade do ar
impulsionado.

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Tendo em atenção que o espaço calorífico entre as alhetas e o ar que as rodeia é,
aproximadamente, o dobro do que entre o radiador e o ar que o atravessa, pode-se
chegar a uma temperatura de saída mais elevada; portanto, para a extracção total
de calor é necessária uma quantidade de ar relativamente menor.

Como o ar tem que alcançar os cilindros mais distantes da turbina é necessário dar-
lhe maior pressão, ou seja imprimir-lhe maior velocidade, a qual costuma ser de,
aproximadamente, 10 metros por segundo; as turbinas têm, portanto, que ser
potentes e, muitas vezes, estão equipadas com deflectores.

Tal como no sistema anterior, há motores com reguladores automáticos para a


velocidade da turbina, consoante a temperatura do mesmo.

As grandes vantagens deste sistema consistem na eliminação de todo o circuito e


elementos auxiliares que constituem o anterior, desaparecendo os problemas de
corrosão e incrustação; o motor atinge mais rapidamente a temperatura de serviço
por serem menores as massas a aquecer, o que encurta o período de
funcionamento em condições críticas.

Para funcionar bem tem que estar sempre limpo; as alhetas não devem estar,
nunca, com incrustações de sujidade ou outras e a correia, ou correias, da turbina
deve estar com a tensão correcta.

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Conclusão

Após feito o trabalho pudemos concluir que, em qualquer das soluções utilizadas é
importante verificar a temperatura do motor, com a maior frequência possível,
durante o trabalho. Uma preciosa indicação sobre esta temperatura é fornecida pelo
termómetro da água ou do óleo, conforme o tipo de arrefecimento.

Portanto, quando o sistema de arrefecimento trabalha na temperatura ideal, o motor


terá maior durabilidade, menor desgaste e atrito, maior economia de combustível,
menos manutenção, emitirá menos gases poluentes e aumentará seu desempenho.

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Bibliografia

Carvalho, Rui Fernando de Carvalho, O Tractor, 1ª Edição, Lisboa, Publicações


Ciência e Vida (1986)

Palácio, Vicente Ripoll, El Tractor, Milagro Ediciones (1972)

Briosa, F. (1984). Glossário ilustrado de mecanização agrícola. Sintra. Galucho.

CEMAGREF (1991). Les tracteurs agricoles. Technologies de l'agriculture. Antony.


CEMAGREF.

CNEEMA- Livre du maitre. (1976). Tracteurs et machines agricoles. Antony.


CNEEMA.

Estévez, S. (1976). Tecnologia do automóvel. Lisboa. Plátano Editora.

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