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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Departamento de Engenharia de Materiais


Manutenção de Motores Endotérmicos
Professor: Humberto Data: 30/07/2018

Aluno(a): Ana Luiza da Silva Teixeira Curso / Turma: Mec 3A

Trabalho de Pneumática

1. Compressor

O Compressor é aquilo que comprime (prensa, oprime, reduz para um menor volume). O
termo é usado para designar qualquer máquina que, graças a um aumento de pressão, é capaz
de deslocar fluidos comprimíveis como, por exemplo, os gases. Em uma visão mais voltada a
prática destes equipamentos, compressores são máquinas operatrizes que transformam
trabalho mecânico em energia comunicada a um gás, preponderantemente sob forma de
energia de pressão. Graças a essa energia de pressão que adquire, isto é, à pressurização, o gás
pode: Deslocar-se a longas distancias em tubulações; Ser armazenado em reservatórios para
ser usado quando necessário, isto é, acumulo de energia; Realizar trabalho mecânico, atuando
sobre dispositivos, equipamentos e máquinas motrizes (motores a ar comprimido, por
exemplo).

2. Tipos de compressores

Figura 1 – Tipos de compressores

Fonte: researchgate.net
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 Compressores Volumétricos

Nos compressores volumétricos ou de deslocamento positivo, a elevação de pressão é


conseguida através da redução do volume ocupado pelo gás. Na operação dessas máquinas
podem ser identificadas diversas fases, que constituem o ciclo de funcionamento:
inicialmente, uma certa quantidade de gás é admitida no interior de uma câmara de
compressão, que então é cerrada e sofre redução de volume. Finalmente, a câmara é aberta e o
gás liberado para consumo. Trata-se, pois, de um processo intermitente, no qual a compressão
propriamente dita é efetuada em sistema fechado, isto é, sem qualquer contato com a sucção e
a descarga. Conforme iremos constatar logo adiante, pode haver algumas diferenças entre os
ciclos de funcionamento das máquinas dessa espécie, em função das características
específicas de cada uma. Os principais tipos de compressores volumétricos são os alternativos
e os rotativos. Nos compressores alternativos o ar é comprimido através do movimento do
pistão enquanto os compressores rotativos comprimem o através de elementos giratórios.

Figura 2 – Compressor Alternativo Figura 3 – Compressor Rotativo

Fonte: maquinasmissao.blogspot.com Fonte: slideplayer.com.br

 Compressores Dinâmicos

Os compressores dinâmicos ou turbos compressores possuem dois órgãos principais:


impelidor e difusor. O impelidor é um órgão rotativo munido de pás que transfere ao ar a
energia recebida de um acionador. Essa transferência de energia se faz em parte na forma
cinética e em outra parte na forma de entalpia. Posteriormente, o escoamento estabelecido no
impelidor é recebido por um órgão fixo denominado difusor, cuja função é promover a
transformação da energia cinética do ar em entalpia, com consequente ganho de pressão. Os
compressores dinâmicos efetuam o processo de compressão de maneira contínua, e, portanto
corresponde exatamente ao que se denomina, em termodinâmica, um volume de controle. Os
principais tipos de compressores dinâmicos são os centrifugo e o axial. Os compressores
centrífugos diferem dos axiais na saída de ar, enquanto o último é paralelo ao eixo, a saída de
ar do compressor centrifugo é perpendicular ao eixo.

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Figura 4 – Compressor centrifugo Figura 5 – Compressor axial

Fonte: carpointnews.com.br Fonte: slideplayer.com.br

3. Preparação do ar comprimido

Antes de ser distribuído pela rede aos consumidores, o ar comprimido deve passar por
processos de tratamento e preparação, indicados no sistema abaixo:

Figura 6 – Sistema de Preparação de ar comprimido

Fonte: Ebah

1. Filtro de sucção 6. Filtro da entrada do secador

2. Compressor 7. Secador

3. Resfriador 8. Filtro da saída do secador

4. Separador de água 9. Tomada de ar comprimido

5. Reservatório de ar 10. Unidade de conservação

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Figura 7 – Sistema de preparação de ar comprimido

Fonte: eletropneumaticaeeletrohidraulica.blogspot.com

 Unidade de conservação

Unidade de conservação é a combinação de: filtro de ar, regulador de pressão, manômetro e


lubrificador. Sua finalidade é a de entregar ao equipamento pneumático ar comprimido limpo,
com pressão constante, calibrada e com quantidade adequada de óleo, indispensável para o
bom funcionamento do equipamento.

No emprego da unidade de conservação, deve-se observar os seguintes pontos:

• A vazão total de ar em Nm³/h, é determinada para o tamanho da unidade. Demanda


(consumo) de ar muito grande provoca queda de pressão nos aparelhos. Devem-se observar
rigorosamente os dados indicados pelo fabricante.

• A pressão de trabalho, nunca deve ser superior à indicada no aparelho.

• A temperatura ambiente não deve ser superior a 50º C (máxima para copos de material
sintético).

Figura 8 – Unidade de conservação

Fonte: Ebah

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 Secadores

Os secadores servem para retirar a umidade do ar comprimido, esteja ela em estado líquido o
em forma de vapor. Após ser comprimido e devidamente resfriado, é preciso remover toda a
umidade do ar. Isto pode ser feito antes ou depois de ser armazenado no reservatório. É
importante salientar, entretanto, que o ar deve ser secado antes de ser distribuído na rede,
devido ao fato de os componentes pneumáticos, em sua maioria, serem metálicos, e, portanto,
sujeitos à corrosão.

O ar comprimido pode ser secado de três maneiras diferentes:

Figura 9 – Secadores

Fonte: Ebah

 Secagem por absorção


Trata-se de um processo químico que consiste no contato do ar comprimido com o elemento
secador. A água ou vapor, em contato com esse elemento, mistura-se quimicamente com ele
formando um barro que deverá ser removido periodicamente do absorvedor. Portanto, o
elemento secador deve ser trocado de duas a quatro vezes por ano, dependendo da umidade
relativa do ar da região.

 Secagem por adsorção

A secagem por adsorção é um processo físico em que o ar comprimido entra em contato com
um elemento secador que tem a função de reter a umidade e liberar o ar seco. Esse elemento,
constituído de quase 100% de dióxido de silício (SiO2), é conhecido no mercado como sílica
gel.

 Secagem por resfriamento

A secagem por resfriamento é feita diminuindo a temperatura do ar comprimido, para que a


umidade nele contida se condense e passe ao estado líquido. O ar comprimido quente sai do
compressor e entra no secador onde encontra uma serpentina na qual passa ar frio, gás freon
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ou água fria. Em contato com a superfície fria da serpentina, a umidade se condensa, volta ao
estado líquido, e é eliminada do secador através de um dreno automático (purgador). Com
isso o ar comprimido entra no secador quente e úmido e sai frio e seco. Por esse motivo, a
secagem por resfriamento é a mais usada na indústria pois, além de secar, esfria o ar
comprimido.

4. Rede de Distribuição de Ar Comprimido


 Rede condutora principal

Figura 10 – Rede Condutora

Fonte: Ebah

Cada máquina, cada dispositivo requer quantidades adequadas de ar, que é fornecida pelo
compressor, através da rede distribuidora.

O diâmetro da tubulação deve ser escolhido de maneira que, mesmo com um consumo de ar
crescente, a queda de pressão, do reservatório até o equipamento não ultrapasse 0,1 bar; uma
queda maior de pressão prejudica a rentabilidade do sistema e diminui consideravelmente a
sua capacidade. A escolha do diâmetro da tubulação não é realizada por quaisquer fórmulas
empíricas ou para aproveitar tubos por acaso existentes em depósito, mas sim considerando:

* Volume corrente (vazão);

* Comprimento da rede;

* Queda de pressão admissível;

* Pressão de trabalho;

* Número de pontos de estrangulamento na rede.

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Nota: Na distribuição do ar comprimido deve-se estar atento a possíveis vazamentos na rede,
para que não haja perdas de pressão e elevação nos custos.

O Rede de distribuição em circuito aberto:

As tubulações, em especial nas redes em circuito aberto, devem ser montadas com um declive
de 1% a 2%, na direção do fluxo. Por causa da formação de água condensada, é fundamental,
em tubulações horizontais, instalar os ramais de tomadas de ar na parte superior do tubo
principal.

Figura 11 – Circuito aberto

Fonte: Ebah

Dessa forma, evita-se que a água condensada que eventualmente esteja na tubulação principal
possa chegar às tomadas de ar através dos ramais. Para interceptar e drenar a água condensada
devem ser instaladas derivações com drenos na parte inferior na tubulação principal.

O Rede de distribuição em circuito fechado:

Figura 12 – Circuito fechado

Fonte: Ebah

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Partindo da tubulação principal, são instaladas as ligações em derivação. Quando o consumo
de ar é muito grande, consegue-se, mediante esse tipo de montagem, uma manutenção de
pressão uniforme. O ar flui em ambas as direções.

 Material de tubulação

A) Tubulações principais: Na escolha do material da tubulação temos várias possibilidades:

Cobre Tubo de aço preto Aço-liga Latão Tubo de aço zincado (galvanizado) Material sintético

B) Tubulações secundárias: Tubulações à base de borracha (mangueiras) somente devem ser


usadas onde for requerida uma certa flexibilidade e onde, devido a um esforço mecânico mais
elevado, não possam ser usadas tubulações de material sintético. Hoje, as tubulações à base de
polietileno e poliamida.

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5. Referências

Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Compressor Acesso em: 30/07/2018

Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABleAAJ/08-apostila-p-distribuicao-


ar-comprimido Acesso em: 30/07/2018

Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABleIAF/10-apostila-p-preparacao-


ar-comprimido Acesso em: 30/07/2018

Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe57IAK/tipos-compressores Acesso


em: 30/07/2018

Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/18370420/preparacao-do-ar-


comprimido Acesso em: 30/07/2018

Disponível em: https://www.trabalhosgratuitos.com/Exatas/Engenharia/Tipos-De-


Compressores-421081.html Acesso em: 30/07/2018

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