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Treinamento Básico em Ar Condicionado

APRESENTAÇÃO

Os sistemas de ar-condicionado do tipo expansão direta existentes nas plantas


de diversas empresas públicas ou privadas são na grande maioria o objeto de
estudo desta apostila e que tem por finalidade rever os conceitos básicos de
climatização nos diversos equipamentos envolvidos.

Trataremos os princípios de refrigeração analisando um circuito frigorífico


simples, faremos uma análise de um circuito de comando simples, estudaremos
os diversos componentes de um circuito frigorífico, veremos como fazer ajustes
no balanceamento de um circuito frigorífico e como obter seu melhor
rendimento.

Faremos uma tournée pelos diversos tipos de ferramentas e instrumentos


aplicados em manutenção de ar-condicionado e a sua correta utilização, desde
um simples alicate de corte até o uso de instrumentos mais sofisticados.

Revisaremos os processos de carga de Gás refrigerante, vácuo no circuito


frigorífico, dicas de solda oxiacetileno, limpeza de circuitos frigoríficos, etc.

Apresentaremos os módulos da série “Ar-Condicionado” do “Manual de


Manutenção da Planta de Sistemas de Ar Condicionado” bem como veremos a
maneira correta de preenchimento das planilhas de campo.

Durante o curso faremos alguns questionamentos relacionados aos temas já


vistos apenas para acompanhar a evolução dos treinandos.

De modo geral o trabalho está voltado para técnicos e auxiliares técnicos de


O&M (Operação e Manutenção) que atuam em Sistemas de Infraestrutura da
Planta Interna de diversas empresas em que a EQS tem vínculo contratual.

1 AR-CONDICIONADO TIPO EXPANSÃO DIRETA

1.1 INTRODUÇÃO

Os sistemas de ar-condicionado visam melhorar as condições climáticas para os


diversos tipos de ambientes de modo a proporcionar conforto térmico para
pessoas ou condições especiais exigidas por equipamentos e processos.

Tecnicamente condicionamento de ar é um processo que controla


simultaneamente:

 Temperatura do ar (aquecendo ou refrigerando);


 Umidade relativa do ar (retirando ou colocando vapor de água no ar);
 Pureza do ar (filtros);
 Distribuição do ar de um ou mais ambientes (ventilação direta, rede de
dutos, difusores, etc.).

1.2 CIRCUITO FRIGORÍFICO - FUNÇÃO E PRINCÍPIO DE


FUNCIONAMENTO

A função do ar-condicionado é climatizar ambientes de um recinto fechado


acordo com as características de ocupação, ou para conforto ou para
equipamentos e processos.

O princípio de funcionamento do circuito frigorífico do ar-condicionado resume-


se na troca de calor do ar do ambiente pela passagem do ar pela serpentina de
um dispositivo denominado EVAPORADOR que em contato com a sua superfície
tem a queda da temperatura do ar, isto define o tipo de sistema como
expansão direta.

O ar é sugado por um ventilador e passa pela serpentina do evaporador que


contém R22, um gás em estado líquido que após ser expandido pelo dispositivo
de expansão muda do estado líquido para vapor, a uma temperatura de ± 7 °C,
o ar é então resfriado e retorna ao ambiente.

No processo da passagem do ar pela serpentina, o estado físico do R22, devido


às suas características físico-químicas muda do estado líquido para o gasoso. O
gás é então sugado pelo compressor que após ser comprimido vai para o
CONDENSADOR à alta pressão e temperatura para o onde ocorre outra troca de
calor entre o ar externo e a serpentina do condensador fazendo com que haja
uma perda de temperatura do R22 que então passa do estado gasoso para ao
líquido que segue pela linha de alta pressão para outro dispositivo denominado
VÁLVULA DE EXPANSÃO onde o R22 no estado líquido ao passar por esta
válvula perde pressão e se resfria até ± 7 °C e novamente passa pelo
EVAPORADOR repetindo assim o processo frigorífico.

Nota: Todo ambiente climatizado por equipamentos de ar-condicionado é


pressurizado, por isso devem-se manter portas, janelas, frestas, divisórias,
etc., fechados, para evitar perdas e consumo excessivo de energia.

Na figura 1 vemos um modelo de circuito frigorífico básico de ar-condicionado


que ilustra o que ocorre no processo do ciclo de refrigeração.
Figura 1: Circuito frigorífico básico

Alguns dados adicionais sobre o R22

O gás refrigerante R22 (quimicamente e conhecido


como: monoclorodifluorometano) e tem como características físico-
químicas:

 Baixo ponto de ebulição: -40 °C;


 Não corrosivo;
 Não tóxico (nos serviços de solda o calor torna os resíduos de R22
altamente tóxicos);
 Ser estável;
 Aplicação em sistema de refrigeração de média e baixa temperatura;
 Garrafas com 13,620 kg;
 NECESSÁRIO REGISTRO NO IBAMA.

A figura abaixo mostra um circuito frigorífico básico do tipo condensação a ar e


servirá de referência no desenvolvimento deste curso:
Figura 2: Modelo de circuito frigorífico básico

Baseados no circuito frigorífico da figura 2, analisaremos cada parte que


compõe o circuito, como funciona, qual a função, detalhes construtivos, dicas
de ajustes, como e quando substituir alguns componentes, aplicações com
ferramentas apropriadas, como os componentes interagem durante o
funcionamento do processo de refrigeração, uma visão de quem faz a
manutenção e quem projeta o equipamento.

2 COMPONENTES BÁSICA DO SISTEMA DE AR-CONDICIONADO TIPO


EXPANSÃO DIRETA

2.1 Compressores:

A função principal do compressor é fazer com que o gás refrigerante circule


pelo circuito frigorífico aumentando sua pressão com pouca perda de calor para
o ambiente.

O compressor pode ser considerado o coração do sistema, ou seja, aquele que


faz o sistema funcionar.

Tem como finalidade comprimir o gás refrigerante do sistema à alta pressão


através de pistões, palhetas, espiral ou parafuso de rosca sem-fim interna.

A alta pressão é fator fundamental para que ocorra o processo de expansão e


refrigeração.

Como o compressor faz isto é que define o tipo do compressor bem como a sua
aplicação.

a) Compressor do tipo aberto: Todo compressor que necessite de um motor


elétrico externo para fazer mover o motor mecânico e fazer o gás refrigerante
circular é chamado de compressor aberto. O compressor automotivo é do tipo
aberto, outro exemplo são os compressores de câmaras de supermercado para
alimentos, etc. Na figura 3 temos um modelo do tipo de compressor aberto.
Também é um compressor semi-hermético, onde podemos substituir peças ou
partes.
Figura 3: Compressor do tipo Aberto

b) Compressor Hermético: É todo compressor que possui internamente todos


os componentes como motor mecânico e elétrico envoltos por uma carcaça
metálica selada, ou seja, não há como acessar peças ou partes internas do
compressor, na queima ou quebra é necessário substituir o compressor e não
partes do mesmo, daí o nome hermético. Nas figuras 4 e 5 vemos alguns tipos
de compressor do tipo hermético.

Figura 4: Compressor do tipo Hermético

Figura 5: Exemplos de Compressor Hermético - Scroll Danfoss

No site abaixo temos uma animação de como funciona internamente este tipo
de compressor.

Copeland Scroll Compressor - YouTube

c) Compressor Semi-Hermético: É todo compressor onde podemos acessar suas


partes internas como motor mecânico e elétrico e substituir peças e partes do
conjunto, retificando camisas, cilindros, trocando placas de válvulas, pistões,
anéis, etc., tornando o compressor praticamente novo. Na figura 6 abaixo
vemos alguns exemplos de compressor semi-hermético e na figura 7 vemos um
desenho em corte visualizando as partes internas deste tipo de compressor.

Figura 6: Compressores Semi-Herméticos

Figura 7: Compressor Semi-Hermético em corte

d) Compressor Scroll: Os compressores herméticos do tipo Scroll,


possuem um caracol excêntrico que faz com que o compressor seja
mais silencioso, mais eficiente e tenha um baixo custo comparado a
outros tipos. A figura 8 abaixo ilustra o compressor internamente e
como funcionam o caracol excêntrico e a figura 9 mostra alguns
modelos de compressores scroll.

Figura 8: Partes internas do compressor Scroll e funcionamento do caracol


Figura 9: Compressores Scroll

e) Compressor do tipo parafuso: O compressor tipo parafuso é


atualmente utilizado em sistemas industriais de grande capacidade. São
conhecidos como compressores de deslocamento positivo e possui dois
rotores acoplados, montados em mancais montados numa cavidade
cilíndrica com uma tolerância muita estreita. Este tipo de compressor
trabalha em alta rotação e necessita de uma lubrificação do tipo injeção
de óleo na câmara de compressão para lubrificação, vedação e
resfriamento. O óleo é posteriormente separado do refrigerante por
centrifugação.

Figura 10: Compressor tipo parafuso

Na figura abaixo temos uma visão de como funciona o compressor parafuso .


Figura 11: Como funciona o compressor parafuso e uma montagem industrial

Resumindo: Os compressores, independentemente do tipo, todos tem a


finalidade de fazer circular pelo circuito frigorífico o gás refrigerante.
Podem ser de vários modelos e capacidades conforme classificação
abaixo.

 Conforme a posição do motor e acesso ao interior: Aberto, Hermético e


Semi-Hermético, nestes modelos pode-se acessar o compressor
internamente para reparos, e no hermético é inacessível;
 São classificados quanto ao tipo de compressão: tipos Rotativos,
Alternativos, Centrífugos, Parafuso e Scroll;
 Rotativo - Os compressores herméticos do tipo rotativo (rolete
excêntrico) possuem alta eficiência energética aliado com baixo nível de
ruído, garantindo baixo custo de operação e funcionamento suave e
progressivo;
 Alternativo - É o tipo de compressor que comprime o gás refrigerante,
com um sistema parecido com um pistão de carro (aspiração,
compressão e descarga). Por isso o nível de ruído é mais elevado, com
maior desgaste das peças (menor ciclo de vida) e necessidade de maior
consumo de energia para executar o trabalho;
 Compressor do tipo parafuso é utilizado em sistemas de grande volume
de refrigeração;

 Os compressores utilizados em refrigeração têm a função de:

a. Comprimir o gás refrigerante para que as propriedades físico-químicas


sejam modificadas;
b. De fazer circular o gás refrigerante pelo circuito frigorífico;
c. Manter as pressões internas altas para aproveitar as características de
gás;
d. Elevar a temperatura do gás para que haja expansão no evaporador;
e. Nenhuma das anteriores.

2.2 Componentes de proteção do compressor:


No circuito frigorífico o principal componente é o compressor, além de ser a
peça mais cara, requer cuidados e proteções que garantam que durante a
operação não seja submetido às sobrecargas ou pressões internas que
danifiquem partes mecânicas provocando quebras. Para se evitar tais quebras
ou minimizar seus efeitos, além de prolongar a vida do compressor, utilizamos
alguns componentes que protegem o compressor durante a operação. Estes
componentes são conhecidos como pressostatos de alta e baixa pressão,
pressostatos de óleo, sensores de temperatura, relés de sobrecarga, disjuntor-
motor, circuitos eletrônicos de proteção contra sobre correntes, etc.

a) Pressostato de alta: quando a pressão na saída da descarga atinge valores


acima dos parâmetros ajustados, o pressostato abre seus contatos NF na linha
de comando do compressor desernegizando o contator do compressor
protegendo-o de possíveis danos internos. Na fig. 12 alguns modelos de
pressostatos utilizados em refrigeração.

Figura 12: Pressostatos de Alta e Baixa (duplo e simples) e tipo Cartucho ou


Pêrinha ou Minigard

b) Parâmetros de ajuste: Os valores de ajustes dos pressostatos de alta (PSI


ou Bar) de acordo com sistemas em que estão aplicados devem estar conforme
tabela abaixo:

(Ver no Anexo I, no final desta apostila, a Tabela de Conversão de


Unidades).
c) Pressostato de baixa: quando a pressão na entrada de sucção fica abaixo
do valor mínimo do parâmetro ajustado, o pressostato abre seus contatos NF
na linha de comando do contator do compressor protegendo-o de trabalhar com
pouca carga de gás ou em vazio. Os pressostatos da fig. 12 podem ser de alta
e baixa.

d) Os parâmetros de ajuste dos pressostatos de baixa para os diversos


sistemas devem ser ajustados conforme tabela abaixo:

Dica 1: Para testar o pressostato de alta e verificar qual o valor de ajuste de


desarme, instalar o “manifold” na alta, desligar no comando a atuação do
ventilador do condensador (pode ser a inibição do contator ou desligar o
disjuntor do motor) e ligar o compressor até o pressostato atuar, ler no
manômetro de alta o valor da pressão de desarme.

Dica 2: Com o manifold instalado na baixa, inibir o ventilador do evaporador,


ou abrir as tampas do evaporador e observar a queda de pressão no
manômetro de baixa até o pressostato atuar, ler o valor da pressão no
momento do desarme.

Os valores lidos devem estar dentro de uma tolerância de ± 5% da nominal ou


valor ajustado de pressão.

e) Pressostato de óleo: Os pressostatos de óleo são utilizados como proteção


contra uma pressão de sucção demasiadamente baixa ou uma pressão de
descarga excessiva em compressores (principalmente do tipo Semi-Herméticos
que possuem bomba de óleo) para instalações de refrigeração e ar
condicionado.

O pressostato de óleo somente opera após um tempo de retardo que varia


conforme o fabricante, 90s para Bitzer e Copeland/DWM e 60s para
Carlyle/Carrier;

Quando existem dois Pressostatos de baixa pressão o regulado mais alto é o de


operação e de regulagem mais baixa é o limite mínimo para operar.
Pressostato de óleo: 30 psig (com diferencial de 10 a 15 PSI) o desarme
depende do fabricante do compressor exemplo: Bitzer e Copeland/DWM 9,5
PSI; Carlyle/Carrier 4,5 PSI;

Figura 13: Pressostatos de óleo

Figura 14: Vista interna do modo de atuação do pressostato de óleo

Dica: Para testar a operação do pressostato de óleo, tire a alimentação do


compressor ou iniba a atuação do contator do compressor e aguarde cerca de
90 segundos para que o pressostato atue. Aguarde alguns minutos para que a
resistência do elemento bi metálico esfrie e religue o compressor.
f) Proteções do circuito de comando

Além das proteções acima mencionadas, temos as proteções relacionadas ao


circuito de comando do equipamento, como os relés de falta de fase, os relés
de sobrecarga e fusíveis (equipamentos mais antigos), disjuntor-motor, PIC –
Proteção Interna do Compressor, TIC – Termostato Interno do Compressor, etc.

Os relés de falta de fase ou circuitos de supervisão de fases dos PLCs


(Programador Lógico Controlado) monitoram as fases de entrada CA e quando
ocorre a falta de uma ou mais fases o relé atua e tira a alimentação do circuito
de comando desligando o equipamento como meio de proteção. Ver exemplos
na figura 15.

Figura 15: Exemplos de relé de falta de fase

Existem também os chamados relés de máximo e mínimo que monitoram os


valores máximos e mínimos de tensão de entrada CA, e de modo análogo
também desligam o comando principal, figura 16.

Figura 16: Relés de Máxima e Mínima tensão

Outra proteção é o relé de sobrecarga que atua quando a corrente em uma ou


mais fases do compressor ultrapassa o valor de corrente pré-ajustado em
relação à nominal.

Figura 17: Relés de Sobrecarga


Os fusíveis são outro tipo de proteção que de acordo com a capacidade abrem o
circuito de potência do compressor indicando um problema maior e que
necessita de uma verificação mais apurada, como um curto-circuito por
exemplo. Figura 18.

Os chamados PIC (Proteção Interna do Compressor) ou TIC (Termostato


Interno do Compressor) são dispositivos de proteção instalados no enrolamento
do motor e abrem por sobrecarga ou temperatura e outros são do tipo bi
metálico e instalados na carcaça do compressor e abrem por temperatura.

Figura 19: PIC ou TIC instalados no enrolamento do motor e funcionamento

Figura 20: Protetores térmicos bi metálico

Chaves Seccionadoras ou Chaves de comutar circuitos tripolares, bipolares ou


unipolares.

São chaves utilizadas para ligar ou desligar circuitos de potência sem interferir
no comando. Pode-se desligar a alimentação do compressor
independentemente do comando para verificações e outros testes que se
fizerem necessários. Figura 21.
Figura21: Chaves seccionadoras tripolares

Disjuntores magnéticos e termomagnéticos

Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que funciona


como um interruptor automático, destinado a proteger uma
determinada instalação elétrica contra possíveis danos
causados por curto-circuitos e sobrecargas elétricas. Podemos
utilizar este dispositivo para substituir chaves seccionadoras,
fusíveis, etc. Figura 22.

Figura 22: Tipos de disjuntores

g) Condensadores: são trocadores de calor com uma grande área aletada


(tipo radiador de veículos) envolvendo uma serpentina de tubos de cobre e sua
função é condensar o gás refrigerante para que mude seu estado físico de gás a
alta pressão para líquido em alta pressão e podem ser do tipo:

 Resfriado a ar – o ar externo é sugado ou forçado por um ventilador a


passar pelas aletas que trocam o calor com o ar que é forçado para a
atmosfera;
 As montagens podem ser do tipo horizontal ou vertical como também
em ângulo para aumentar a área de condensação.

Nas figuras 23 a 25 abaixo, vemos alguns tipos de condensadores a ar com as


aletas e a serpentina, montagem de condensador remoto de grande capacidade
e vários estágios.
Figura 23: Condensadores de aletas

Figura 24: Condensador do tipo aletado espiral

Figura 25: Condensadores em montagens vertical e horizontal com vários


estágios

h) Evaporador: como o condensador também é um trocador de calor e são


construídos com uma grande área de tubos aletados tal qual o condensador. O
evaporador tem por finalidade trocar de calor o ar com o ambiente climatizado
fazendo com que o gás mude de estado físico do líquido para vapor à baixa
pressão que é sugada pelo compressor e reiniciar o ciclo frigorífico. No
evaporador com serpentina e aletas o ar passa pelas aletas e troca calor com o
gás circulante pela serpentina. Nas figuras 26 a 29 vemos alguns
evaporadores: à ar com as aletas e a serpentina, tipo evaporador de placas.

Figura 26: Evaporadores aletados


Figura 29: Evaporador tipo placas ou trocador tipo placas

O evaporador do tipo placas é mais compacto, tem melhor desempenho


térmico, mas tem como desvantagem de ter excessiva perda de carga, o gás
não fica bem distribuído e sofre com incrustações devido à circulação de água e
que podem perfurar internamente causando vazamentos de gás ou infiltração
de água no circuito frigorífico.

i) Válvula de Expansão Termostática: A válvula de expansão termostática


(VET) tem como função regular a quantidade de gás refrigerante que entra e
sai do evaporador, mas principalmente garantir que o gás que é succionado
pelo compressor seja vapor.

A VET também tem a função de reduzir a pressão do gás que vem do


condensador e entra no evaporador.

A VET possui um bulbo sensor de equalização interna de pressões, que


normalmente é instalado na saída do evaporador que pela variação de
temperatura neste ponto faz com que estas variações influenciem diretamente
no diafragma da VET que age numa mola interna da válvula regulando assim a
passagem do fluído refrigerante de modo a manter uma temperatura constante
na saída do evaporador, este processo chama-se no jargão usado em
refrigeração de superaquecimento que detalharemos mais adiante. Nas figuras
30 a 32 temos alguns exemplos de VET e no endereço do site vemos como
ocorre este processo.

Figura 30: Desenho em corte de uma Válvula de Expansão Termostática

1. Referência de pressão na saída do evaporador;


2. Bulbo sensor de temperatura na saída do evaporador;
3. Pino cursor que é acionado pelo diafragma da cabeça da VET na mola de
regulagem do fluxo do gás;
4. Entrada de gás refrigerante no estado líquido;
5. Saída do gás expandido para a entrada do evaporador pelo distribuidor
de líquido;
6. Canal que vai para o orifício da válvula que determina a capacidade da
máquina.

Figura 31: Válvula de Expansão Termostática típica

Figura 32: Válvula de Expansão Termostática típica em corte

j)Filtro secador: Os filtros secadores instalados no circuito frigorífico têm com


função reter umidade e a acidez no circuito, também retém pequenas partículas
provenientes do desgaste natural de peças móveis do compressor, resíduos de
solda, limalhas, etc., impedindo que percorram o circuito e causem maiores
danos ao compressor, à válvula de expansão, válvula solenóide, etc., ou outro
componente que possa ser obstruído, causando perda de rendimento no
equipamento.

São fabricados com vários tipos materiais higroscópicos ou dessecantes, por


exemplo: molecular sieves, alumina e carvão ativado, que tem uma alta
capacidade de absorção de umidade.

Possui telas que retém partículas sólidas soltas em movimento com o


refrigerante do circuito.

As figuras 33 a 36 mostram os diversos tipos de filtros secadores.


Figura 33: Filtro secador – vista interna

Figura 34: Filtros secadores tipo rosca e flange

Figura 35: Filtros secadores para ar-condicionado de janela

Figura 36: Filtro Secador tipo carcaça e elementos filtrantes

Resumo: Os filtros são um dos componentes auxiliares mais importantes em


qualquer sistema de refrigeração. Eles estão localizados estrategicamente antes
do dispositivo de expansão, que é o ponto de menor diâmetro do sistema, e
onde pode haver obstrução. Sua finalidade é a retenção das impurezas contidas
no interior do sistema e absorver a umidade. Cada filtro possui uma capacidade
higroscópica diferente, que se refere à absorção de umidade. Nesses filtros
deverá ser obedecida a posição quanto à colocação.

k) Visor de líquido: tem como função permitir a visualização do fluxo de


refrigerante pela linha de líquido, a coloração do líquido pode indicar casos de
contaminação por óleo, falta de líquido na linha para a válvula de expansão
termostática, verificação de presença de umidade pela cor do indicador de
umidade, falta de gás, obstrução parcial do filtro secador ou até mesmo sub-
resfriamento baixo.
É frequente constatarmos pequenos vazamentos no visor de líquido devido às
pressões neste ponto e às vibrações da máquina que com o tempo causam uma
fadiga no anel borracha e consequentemente vazamentos. Com uma
ferramenta especial fazendo-se um pequeno aperto na rosca com cuidado para
não trincar o vidro.

O visor de líquido normalmente vem com um indicador de cor que na presença


de umidade muda de cor, sendo verde sem umidade ou umidade
extremamente baixa e amarelo indicando a presença de umidade no
refrigerante. Esta situação é reversível, ou seja, quando o circuito está seco ou
desidratado a cor volta a ficar verde. Nas figuras 37 a 39 abaixo exemplos de
visor de líquido.

Figura 37: Vista interna de um visor de líquido típico

Figura 38: Tipos de visor de líquido

Figura 39: Visor de líquido acoplado no filtro secador (observe a seta indicando
o fluxo do gás)

l) Válvula solenóide: Outro componente importante que dependendo da


configuração do sistema é utilizado para que ocorra o recolhimento do gás, que
é simplesmente fechar a linha de líquido impedindo a passagem de líquido para
a válvula de expansão provocando a atuação do pressostato de baixa e o
consequente desligamento do compressor automaticamente independente de
controles como termostatos ou controladores redundantes.

A válvula solenóide é comandada eletricamente pelo acionamento da bobina


que uma vez energizada faz o pino de fechamento e abertura mover-se do local
do assento do orifício piloto, liberando a passagem do líquido pelo diafragma
que contém uma série de orifícios de diâmetro maior que por diferença de
pressão faz o diafragma levantar liberando o líquido para a VET. Nas figuras 40
e 41 abaixo alguns modelos de válvula solenóide.

Figura 40: Válvulas Solenóide

Figura 41: Operação da válvula solenóide

m) Distribuidor de líquido: Este componente normalmente é montado na


saída da VET para o evaporador e tem por finalidade facilitar a distribuição do
refrigerante líquido à baixa pressão que entra no evaporador de modo a
preencher toda a área serpentina do evaporador onde ocorre a troca de calor
do ar do ambiente climatizado. Na figura 42 temos alguns distribuidores de
líquido.

Figura 42: Distribuidores de líquido

n) Outros componentes:

 Filtros de ar: tem a finalidade de reter a poeira e partículas do ar que


possam afetar a operação de equipamentos elétricos e eletrônicos,
dependendo do grau de pureza do ar exigido estes filtros devem atender
à norma ABNT NBR 16401. De um modo geral utiliza-se nas instalações
da Oi o tipo G3 ou G2;

Figura 43: Mantas Filtrantes G3

 Ventiladores e rotores: tem a finalidade de movimentar as massas de ar


do ambiente climatizado para o evaporador ou forçar/ sugar o ar externo
para as trocas de calor com os condensadores. São ventiladores do tipo
Hélice, Sirocco ou turbina;

Figura 44: Rotor, caracol e hélices

 Motores elétricos: provém a força mecânica necessária para os


ventiladores e rotores que movimentam as massas de ar;

Figura 45: Motores Elétricos

 Polias e correias: a relação de polias proporciona a RPM (rotações por


minuto) necessária para os ventiladores e rotores (essa relação deve ter
um equilíbrio tal que o rendimento da máquina seja o melhor possível);

Figura 46: Polia Motora (Rb) e Movida (Ra)


Figura 47: Polia Ajustável e simples ou fixa e dupla

Figura 48: Medindo diâmetro do eixo e diâmetro externo

Figura 49: Correia lisa e dentada

 Caixa de expansão direta: são utilizadas em ambientes abertos sem a


necessidade de dutos de distribuição, também conhecidas como caixas
pleno;

Figura 50: Caixas de expansão direta e pleno

 Rede de dutos: utilizados para uma melhor distribuição do ar insuflado


no ambiente climatizado;

Figura 51: Redes de dutos

 Duto de ar de retorno ou grelhas de retorno: trazem o ar insuflado para


o ciclo da climatização do ambiente;
Figura 52: Dutos de retorno

 Sistemas de aquecimento: aquecem o ar no inverno para que seja


mantido dentro dos parâmetros de temperatura exigidos pelas normas
tanto para equipamentos como para conforto;

Figura 52: Resistências de Aquecimento

 Sistemas de umidificação: mantém a umidade do ar dentro dos


parâmetros de temperatura exigidos pelas normas tanto para
equipamentos como para conforto;

Figura 53: Umidificadores

Vimos então até agora um resumo de alguns dos componentes que compõem o
circuito frigorífico individualmente de modo a proporcionarem o melhor
aproveitamento do conjunto trazendo resultados expressivos na aplicação para
a qual foram projetados.

Histórico
Nos anos 70, 80, 90 e 2000 a então Telepar desenvolveu inúmeros trabalhos,
cursos, treinamentos, visitas aos fornecedores, etc., e através do então EDM-1
(Engenharia Desenvolvimento e Manutenção – Metodologias e Processos)
elaborou através de seu Staff um programa de manutenção preventiva
Que, criou uma série de rotinas, especificações, tabelas, descritivos e manuais
técnicos específicos para cada tipo de equipamento de ar-condicionado baseado
sempre nas especificações construtivas dos fornecedores destes equipamentos
existentes na planta da Telepar na época.

Tivemos o privilégio de participar de alguns trabalhos juntamente com esta


equipe no desenvolvimento de ideias, modificações, adaptações, padronização
de métodos e processos e na elaboração de descritivos técnicos, tradução de
alguns documentos de relevância na atualização de rotinas de manutenção.

Os documentos a seguir listados são o resultado final da elaboração destas


rotinas, que ora são apresentadas em formatação padrão ABNT e montagem
das tabelas e planilhas de campo que são preenchidas após execução das
rotinas de cada módulo envolvido.

PROCEDIMENTOS DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO PREVENTIVA (O & M)

Os procedimentos de O & M nos sistemas de Ar-condicionado instalados na


Planta Interna da Empresas estão definidos no “Manual de Manutenção de
Planta de Ar Condicionado”, módulos AR-00 até AR-19” conforme resumo
a seguir:

A seguir adaptamos este grupo que está constituído dos seguintes módulos, e
nesta primeira parte do curso veremos inicialmente os módulos tarjados em
amarelo que estão relacionados ao sistema de expansão direta.

Módulo AR-00 – Sumário

Módulo AR-01 – Manutenção Preventiva de Equipamento do tipo:


Aparelho Condicionador de Ar de Janela – ACJ;

Módulo AR-02 – Manutenção Preventiva de Equipamento do tipo: Self-


Contained com Condensação a Ar ou Água, Split System e Wall-Mount;

Módulo AR-03 – Manutenção Preventiva de Equipamento do tipo:


Resfriador de Líquido com Condensação a Ar e Água – Chiller;

Módulo AR-04 – Manutenção Preventiva de Equipamentos do tipo: Fan


& Coil e Ventilador / Exaustor;

Módulo AR-05 – Manutenção Preventiva de Equipamento do tipo: Torres


de Resfriamento, Bombas e Redes Hidráulicas;

Módulo AR-06 – Manutenção Preventiva de Equipamento de:


Umidificação, Aquecimento e Quadro Elétrico de Força e Comando,
Controle e Supervisão de Sistemas de Ar-Condicionado;

Módulo AR-07 – Manutenção Preventiva de Redes de Dutos para:


Sistemas de Ar-Condicionado e Ventilação / Exaustão Mecânica;

Módulo AR-08 – Manutenção Preventiva de Equipamento de Ar-


condicionado Balanceamento do Circuito Frigorífico;
Módulo AR-08 – Anexo - 1a: Tabelas de Valores de Superaquecimento e
Sub-resfriamento recomendados para Self Contained, Split System e
Wall Mount;

Módulo AR-08 – Anexo - 1b: Tabelas de Valores de Superaquecimento


e Sub-resfriamento recomendados para Self Contained, Split System e
Wall Mount;

Módulo AR-08 – Anexo - 2 – Planilha de Balanceamento do Circuito


Frigorífico;

Módulo AR-08 – Anexo - 3a: Tabelas de Valores de Superaquecimento e


Sub-resfriamento recomendados pelos fabricantes de Unidades
Resfriadores de Líquido (URL);

Módulo AR-08 – Anexo - 3b: Tabelas de Valores de Superaquecimento


e Sub-resfriamento recomendados pelos fabricantes de Unidades
Resfriadores de Líquido (URL);

Módulo AR-08 – Anexo - 4: Tabela de Pressão Manométrica (Psig) x


Temperatura (C) - Vapores Saturados de R–22;

Módulo AR-09 – Manutenção Preventiva de Equipamentos de Ar-


Condicionado Balanceamento do Sistema de Distribuição do Ar;

Módulo AR-10 – Manutenção Preventiva de Equipamentos de Ar-


Condicionado Balanceamento do Sistema de Distribuição de Água;

Módulo AR-11 – Procedimentos para Troca de Óleo em Compressores


Alternativos Semi-Herméticos;

Módulo AR-12 – Manutenção Corretiva de Queima de Compressores de


Sistemas de Ar-Condicionado;

Módulo AR-17 – Manutenção de sistemas de ar condicionado de uso


público e coletivo;

Módulo AR-18 - Tratamento de Água de Sistemas de Ar Condicionado e


Arrefecimento de Grupo Motor Gerador;

Módulo AR-19 - Procedimentos na Utilização de Refrigerantes


Frigoríficos;

MÓDULO AR-01 - Manutenção Preventiva de Equipamento do tipo:


Aparelho Condicionador de Ar de Janela – ACJ

1 Objetivo

Definir procedimentos de manutenção preventiva de equipamento do tipo


aparelho condicionador de ar de janela - ACJ.
2 Referências técnicas

a) Na realização das atividades deve-se ter o manual dos equipamentos para


dirimir quaisquer dúvidas;

b) Módulo AR-06 - Manutenção preventiva nos equipamentos de


umidificação, aquecimento, quadros elétricos de força, comando, controle e
supervisão de sistemas de ar condicionado.

3 PERIODICIDADE

Estes procedimentos devem ser executados quando for detectada a sua


necessidade, através de:

a. Programação de atividade preventiva com intervalo de tempo definido


por contrato;
b. Quando o técnico de infraestrutura abrir uma Ordem de Serviço (OS) ou
for acionado pelo Cliente através de uma OS.

4 RESPONSABILIDADES

4.1 Programação

O Cliente é responsável pela programação da necessidade de execução dos


procedimentos de programação e despacho do OS de manutenção preventiva.

4.2 Execução

Os técnicos de O & M são responsáveis pelas medidas e execuções dos testes,


bem como, pela remoção das anormalidades ou defeitos detectados pelo
Cliente e/ou Sistema de Supervisão e Alarmes.

5 RECOMENDAÇÕES GERAIS

a. Antes de executar as atividades de manutenção preventiva, deverão ser


inibidos os sinais de alarmes e comandos do sistema de telessupervisão;
b. Eventuais irregularidades devem ser relatadas ao fiscal do Cliente para
que este tome as devidas providências;
c. Caso não se aplique (m) alguns dos procedimentos propostos, ignorar
sua execução;
d. No caso de existir mais de uma unidade na mesma sala, executar estes
procedimentos em cada unidade;
e. Será obrigatório o uso de equipamento individual de segurança (EPI)
adequado a cada atividade;
f. Todas as situações que comprometam a operação e manutenção
deverão ser relatadas para a fiscalização do Cliente.

6 Instrumentos e ferramentas especiais

a. Os seguintes instrumentos e ferramentas são fundamentais para a


execução desses procedimentos:
o Termômetro eletrônico, termo higrômetro ou psicrômetro;

o Multímetro digital de precisão com escala de leitura (rms – root mean


square);
o Alicate amperímetro;
o Lavadora de alta pressão.

a. Todos os instrumentos deverão estar aferidos a menos de 360 (trezentos


e sessenta) dias da data de início dos trabalhos, sendo que essas
aferições deverão ser executadas em instituições habilitadas, com
apresentação de certificados.

7 Procedimentos

7.1 Testes com o (s) equipamento (s) desligado (s):

7.1.1 Executar

a. Limpeza ou substituição da manta filtrante do tipo "G1";


b. Limpeza das serpentinas do evaporador e condensador;
c. Limpeza no (s) gabinete (s);
d. Limpeza do (s) dreno (s).

7.1.2 Verificar na parte elétrica do aparelho:

a. Estado geral.

7.1.3 Verificar ou executar no quadro elétrico de força, comando e


transferência automática:

a. Contatos do (s) contator (es);


b. Lâmpada (s) de sinalização;
c. Estado da fiação elétrica;
d. Aperto das conexões elétricas;
e. Transferência automática;
f. Aperto dos fusíveis.

7.2 Testes com o (s) equipamento (s) em operação:

7.2.1 Medir

a. Corrente de operação do aparelho;

o Comparar a corrente medida com a corrente nominal do aparelho,


podendo a mesma exceder em até no máximo 10% da corrente.

a. Tensão de operação do aparelho.

7.2.2 Verificar no conjunto ventilador e compressor:


a. Ruídos e vibrações anormais.

7.2.3 Verificar no painel do aparelho

a. Funcionamento da chave seletora em todas as posições;


b. Funcionamento do termostato.

7.2.4 Verificar no gabinete do aparelho

a. Tampas ou painéis soltos.

7.2.5 Medir no (s) ambiente (s) climatizado (s)

a. Temperatura de bulbo seco (conferir e aferir com o sistema de


supervisão local). A temperatura ambiente deverá estar na faixa de 23 a
28ºC;
b. Umidade relativa (conferir e aferir com o sistema de supervisão local). A
umidade ambiente deverá estar na faixa de 20 a 80%.

8 Após a manutenção

a. Desinibir os sinais de alarmes e comandos do sistema de Supervisão;


b. Testar os alarmes junto com a Supervisão.

9 Anexo(s)

9.1 Planilha(s) de campo

a. Nessa(s) planilha(s) está (ão) resumido(s) todo(s) o(s) procedimento(s)


descrito(s) neste módulo e deverão ser preenchida(s) em campo, pelo
técnico responsável pela manutenção;
b. No caso de manutenção corretiva, deverão ser preenchidos apenas os
campos onde existirem intervenções;
c. Todas as peças e/ou materiais substituídos deverão constar no campo de
observações.

9.2 Relação de Planilha(s)

a. Anexo 1: Condicionador de ar do tipo aparelho de janela - ACJ.


MÓDULO AR-02 - Manutenção Preventiva de Equipamento do tipo: Self-
Contained com Condensação a Ar ou Água, Split System e Wall-Mount

1 Objetivo

Definir procedimentos de manutenção preventiva nos equipamentos do tipo


Self-Contained com condensação a ar e água, split system e wall-mount.

1 Referências técnicas

a. Na realização das atividades deve-se ter o manual dos equipamentos


para dirimir quaisquer dúvidas;
b. Módulo AR-05 - Manutenção preventiva de equipamento do tipo torre de
resfriamento, bombas e rede hidráulica;
c. Módulo AR-06 - Manutenção preventiva nos equipamentos de
umidificação, aquecimento, quadros elétricos de força, comando,
controle e supervisão dos sistemas de ar-condicionado.

2 Periodicidade

Estes procedimentos devem ser executados quando for detectada a sua


necessidade, através de:

a. Programação de atividade preventiva com intervalo de tempo definido


por contrato;
b. Quando o técnico de infraestrutura abrir um Bilhete de Atividade (BA) ou
for acionado pelo CNGR através de um BA.

3 RESPONSABILIDADES

3.3 Programação

O Cliente é responsável pela programação da necessidade de execução dos


procedimentos de programação e despacho do OS de manutenção preventiva.

3.4 Execução

Os técnicos de O & M são responsáveis pelas medidas e execuções dos testes,


bem como, pela remoção das anormalidades ou defeitos detectados pelo
Cliente e/ou Sistema de Supervisão e Alarmes.

4 RECOMENDAÇÕES GERAIS

a. Antes de executar as atividades de manutenção preventiva, deverão ser


inibidos os sinais de alarmes e comandos do sistema de telessupervisão;
b. Eventuais irregularidades devem ser relatadas ao Fiscal para que este
tome as devidas providências;
c. Caso não se aplique(m) alguns dos procedimentos propostos, ignorar
sua execução;
d. No caso de existir mais de uma unidade na mesma sala de máquinas,
executar estes procedimentos em cada unidade;
e. Será obrigatório o uso de equipamento individual de segurança
adequado a cada atividade;
f. Todas as situações que comprometam a operação e manutenção
deverão ser relatadas para a fiscalização do Cliente.

5 Instrumentos e ferramentas especiais

a. Os seguintes instrumentos e ferramentas são fundamentais para a


execução desses procedimentos:

o Termômetro eletrônico, termo higrômetro ou psicrômetro;


o Alicate amperímetro;
o Multímetro digital de precisão com escala de leitura de tensão (RMS);
o Lava jato de alta pressão.

a. Todos os instrumentos deverão estar aferidos a menos de 360 (trezentos


e sessenta) dias da data de início dos trabalhos, sendo que essas
aferições deverão ser executadas em instituições habilitadas, com
apresentação de certificados.

6 PROCEDIMENTOS

6.1 Testes com o(s) equipamento(s) desligado(s)

6.1.1 Executar

a. Limpeza do(s) dreno(s);


b. Limpeza ou troca do(s) filtro(s) de ar (usar manta filtrante do tipo G3
ABNT);
c. Limpeza ou troca do(s) filtro(s) da(s) tomada(s) de ar exterior (usar
manta filtrante do tipo G3 ABNT);
d. Limpeza da(s) grelha(s) da(s) tomada(s) de ar exterior;
e. Limpeza das bandejas coletoras de água;
f. Limpeza geral do(s) equipamento(s);
g. Limpeza da sala de máquinas.

6.1.2 Executar somente nos equipamentos com condensação a ar

o Limpeza da(s) veneziana(s) do condensador, quando incorporado.

6.1.3 Executar nas serpentinas evaporadora e condensadora


(condensação a ar)

o Lavar as serpentinas com jatos de alta pressão, em forma de leque,


utilizando detergente neutro biodegradável.

6.1.4 Verificar e se necessário executar


a. Ajuste da(s) correia(s)/alinhamento de polia(s);

o Deve-se tomar cuidado para não desalinhar as polias por ocasião de


eventual ajustagem;
o Para a verificação do ajuste, a correia deve ser comprimida com o
polegar no centro do vão e apresentar uma flecha de ± 10 mm;

a. Acoplamento entre ventilador (es) do evaporador/condensador;


b. Aperto da(s) polia(s) do(s) motor (es) elétrico(s) e ventilador (es);
c. Funcionamento do resistor de carcaça de cada compressor;

o Fazer a verificação colocando-se a mão no cárter de cada compressor,


quando o mesmo estiver parado.

a. Vazamento no circuito frigorífico;


b. Aperto de todas as conexões elétricas;
c. Aperto da(s) turbina(s) de ventilação;
d. Nível de óleo lubrificante no cárter do(s) compressor (es);

o O nível deve estar em torno de 1/2 do visor quando o compressor estiver


parado;
o Caso seja necessário completar o nível de óleo lubrificante do cárter
do(s) compressor(es) deve-se manter o óleo que já vinha sendo
utilizado;
o Em caso de dúvida esgotar o óleo remanescente e introduzir óleo novo;
o O óleo recomendado deverá ser anticongelante e de grau ISO 32;
o No caso de dúvida consultar o módulo AR-11, item 7, 3º inciso.

6.1.5 Verificar e se necessário executar, somente nos


equipamentos com condensação a ar

a. Lubrificação nas articulações da veneziana dos operadores de pressão


ou servomotor atuador;

o Lubrificar principalmente as articulações e haste do (s) operador (es) de


pressão ou servomotor atuador com óleo lubrificante o excêntrico com
graxa;

6.1.6 Verificar na serpentina condensadora com condensação a


água:

a. Necessidade de limpeza mecânica ou química;

o Caso seja necessário retirar as tampas laterais, tomar o cuidado para


não danificar as juntas, que poderão ser reaproveitadas ou trocadas;
o Em seguida remover todos os resíduos, lama, limo, detritos, calcário,
óxidos, etc., acumulados nos tubos, com uma escova de haste comprida
e de cerdas duras (nylon);
o Se os detritos estiverem muito endurecidos usar escova com cerdas de
latão.

a. Após a limpeza, e recolocação das tampas, observar a existência de


vazamentos.

6.2 Testes com o(s) equipamento(s) em operação

6.2.1 Medir

a. Corrente elétrica nos compressores;

o Comparar a corrente medida com a corrente máxima de trabalho (MCC


ou FLA) de cada compressor, sendo que a medida não deve exceder a
máxima de trabalho;

a. Corrente elétrica nos ventiladores;

o Comparar a corrente medida com a corrente nominal de placa de cada


ventilador, podendo a mesma exceder em até 10% (dez por cento) da
corrente de placa.

a. Tensão entre fases na entrada de energia do equipamento;

o Comparando com a tensão nominal da rede elétrica local;


o A variação permitida é de ±10% (dez por cento) da tensão nominal da
concessionária de energia elétrica.

6.2.2 Verificar

a. Ruídos e vibrações anormais;


b. O desequilíbrio entre fases;

o Observar que o desequilíbrio entre fases não deve ser superior a 2 %. E


deve-se calcular conforme indicado a seguir:

O desequilíbrio entre fases máximo é calculado pegando-se a maior diferença


entre , dividindo-se pela média das tensões e multiplicando por :

Exemplo:

Tensões medidas: RS = 243; RT = 236; ST = 238;


6.2.3 Verificar no painel da unidade e/ou outro quadro elétrico

a. Existência de lâmpadas, leds e displays danificados;


b. Anormalidade no quadro elétrico incorporado ao equipamento.

6.2.4 Verificar

a. Funcionamento do(s) filtro(s) secador (es);

o Através da diferença de temperatura entre a entrada e a saída do(s)


filtro(s), devendo ser aproximadamente a mesma.
o No caso de dúvida medir a temperatura, com termômetro eletrônico, na
entrada e na saída do filtro, verificando na tabela de temperatura de
saturação do R-22 (pressão X temperatura) as pressões correspondentes
às temperaturas medidas, não devendo a diferença ser maior que 3 PSI.

a. Fluxo de refrigerante no(s) visor (es)/indicador(es) de umidade da linha


de líquido.

o Este deve estar sem indício de bolhas e ainda não existir a indicação de
umidade no circuito frigorífico (verde escuro=seco; verde
claro=meio úmido; amarelo=úmido);

6.2.5 Verificar somente nos equipamentos com condensação a ar

Funcionamento do(s) dispositivo(s) de controle de pressão de condensação.


Proceder conforme relação abaixo e tipo aplicável:

a. Para o(s) operador (es) de pressão;

o Verificar se estão modulando a veneziana de controle de vazão do ar


para o condensador do condicionador de ar;

a. Para o(s) pressostato(s) de controle de funcionamento do motor elétrico


de dupla polaridade do ventilador do condensador;
o Verificar se estão comutando nos valores de pressão indicados pelo
fabricante do condicionador de ar;

a. Para o(s) termostato (s) de controle de funcionamento do motor elétrico


de dupla polaridade do ventilador do condensador;

o Verificar se estão comutando nos valores de temperatura indicados pelo


fabricante do condicionador de ar;

a. Para o(s) conjunto(s) com sensor de temperatura, através de controle


do servomotor de modulação da veneziana de controle de vazão do ar,
para o condensador;

o Verificar se estão modulando o damper de controle de vazão de ar para


o condensador, na temperatura indicada pelo fabricante do
condicionador de ar;

a. Para o(s) controlador (es) de pressão de condensação através de


válvula(s) pressostática (s);

o Verificar se estão mantendo as pressões de descarga do circuito


frigorífico, dentro dos valores indicados pelo fabricante do condicionador
de ar;

a. Para o(s) pressostato(s) de comando de válvulas solenóides de abertura


e fechamento do damper, de controle da vazão de ar para o
condensador;

o Verificar se estão comutando nos valores de pressão, indicados pelo


fabricante do condicionador de ar;

a. Para os conjuntos com sensor de pressão, através do servomotor de


modulação do damper de controle de vazão do ar de condensação;

o Verificar no controlar se o damper está modulando no Set Point


estabelecido para pressão de alta.

6.2.6 Medir no (s) ambiente (s) climatizado (s) das


centrais/estações/repetidoras

a. Temperatura de bulbo seco (conferir e aferir com o sistema de controle e


supervisão local). A temperatura ambiente deverá estar na faixa de 23 a
28ºC;
b. Umidade relativa (conferir e aferir com o sistema de telessupervisão
local). A umidade relativa ambiente deverá estar na faixa de 20 a 80%.

7 Após a manutenção

a. Desinibir os sinais de alarmes e comandos do sistema de supervisão;


b. Testar os alarmes junto com o sistema de supervisão se existir.
8 Anexo(s)

8.1 Planilha(s) de campo

a. Nessa(s) planilha(s) estão resumido (s) todos os procedimentos


descritos neste módulo e deverão ser preenchida(s) em campo pelo
técnico responsável pela manutenção;
b. No caso de manutenção corretiva, deverão ser preenchidos apenas os
campos onde existirem intervenções;
c. Todas as peças e/ou materiais substituídos deverão constar no campo
de observações.

8.2 Relação de planilha(s)

o Anexo 1: Self Contained Split System e Wall Mount.


MÓDULO AR-06 - Manutenção Preventiva de Equipamento de:
Umidificação, Aquecimento e Quadro Elétrico de Força e
Comando, Controle e Supervisão de Sistemas de Ar-Condicionado

1 Objetivo

Definir procedimentos de manutenção preventiva nos equipamentos de


umidificação, aquecimento, quadro elétrico de força, comando, controle e
supervisão, incorporados ou externos aos equipamentos, de todos os tipos de
sistemas de ar condicionado.

2 Referências técnicas

a. Na realização das atividades deve-se ter o manual dos equipamentos


para dirimir quaisquer dúvidas;
b. Módulo AR-02 - Manutenção preventiva de equipamento do tipo Self-
Contained com condensação a ar e água, split system e wall-mount;
c. Módulo AR-04 - Manutenção preventiva de equipamento do tipo Fan &
Coil e ventilador/exaustor;

3 PERIODICIDADE

Estes procedimentos devem ser executados quando for detectada a sua


necessidade, através de:

a. Programação de atividade preventiva com intervalo de tempo definido


pelo contrato;
b. Quando o técnico de O & M abrir um Ordem de Serviço (OS) ou for
acionado pelo fiscal através de uma OS.

4 RESPONSABILIDADES

4.1 Programação

A empresa contratada é responsável pela programação das necessidades de


execução dos procedimentos de programação e despacho da OS de
manutenção preventiva.

4.2 Execução

Os técnicos de O & M são responsáveis pelas medidas e execuções dos testes,


bem como, pela remoção das anormalidades ou defeitos detectados pelo
Cliente e/ou Sistema de Supervisão e Alarmes.

5 RECOMENDAÇÕES GERAIS

a. Antes de executar as atividades de manutenção preventiva, deverão ser


inibidos os sinais de alarmes, comandos do sistema de supervisão;
b. Eventuais irregularidades devem ser relatadas ao Fiscal para que este
tome as devidas providências;
c. Caso não se aplique(m) alguns dos procedimentos propostos, ignorar
sua exceção;
d. No caso de existir mais de uma unidade na mesma sala de máquinas,
executar estes procedimentos em cada unidade;
e. Será obrigatório o uso de equipamento individual de segurança
adequado a cada atividade;
f. Todas as situações que comprometam a operação e manutenção
deverão ser relatadas para a fiscalização do Cliente.

6 Instrumentos e ferramentas especiais

Os seguintes instrumentos e ferramentas são fundamentais para a execução


desses procedimentos;

o Alicate amperímetro;
o Multímetro digital de precisão com escala de leitura de tensão (RMS –
Root Mean Square);

Todos os instrumentos deverão estar aferidos a menos de 360 (trezentos e


sessenta) dias da data de início dos trabalhos, sendo que essas aferições
deverão ser executadas em instituições habilitadas, com apresentação de
certificados.

7 Procedimentos

7.1 Procedimentos para quadros elétricos de força e comando

7.1.1 Executar

a. Limpeza no(s) quadro(s) elétrico(s) de todo o sistema de ar


condicionado;
b. Aperto das conexões elétricas;
c. Aperto dos parafusos de ajuste e fusíveis.

7.1.2 Verificar se necessário executar

No(s) quadro(s) elétrico(s) de comando da(s) unidade(s) e outro(s) quadro(s)


elétrico(s) de comando e força de todo o sistema de climatização:

a. Contatos dos contatores;


b. Estado da fiação elétrica;
c. Ajuste do (s) relé (s) de sobrecarga do (s) motor (es) elétrico (s) do (s)
ventilador (es), do (s) condicionador (es) de ar, do (s) Fan & Coil, do (s)
sistema (s) de ventilação e exaustão e da (s) torre (s) de resfriamento;

Verificar que o valor ajustado esteja 10% (dez por cento) acima da corrente
nominal de placa de seus respectivos motor (es) elétrico(s);
a. Ajuste do(s) relé(s) de sobrecarga do(s) compressor (es) Verificar se os
valores ajustados estejam conforme abaixo:

o Para partida do tipo direta, ajustar no valor indicado pelo fabricante


do(s) compressor (es) (FLA ou MCC);

Nota 1:

FLA ou Full Load Amperage – Corrente à Plena Carga – É uma medida


obtida em laboratório quando é exigido do compressor sua máxima potência
e corrente para a capacidade dimensionada. Este valor serve para definir
bitolas de fios, valores de sobrecarga, dispositivos de partida (direta,
estrela-triângulo, etc.), e proteções do motor.

Nota 2:

MCC ou Maximun Continuous Current – Máxima Corrente Contínua (não é


corrente-contínua) ou ainda MCA – Maximun Continuous Amperage. MCC e
MCA significam a mesma coisa, e é um valor obtido pelos fabricantes em
laboratório para definir qual a máxima corrente que faz abrir o protetor
interno do enrolamento do motor elétrico para garantir sua proteção.

o Para partida do tipo estrela-triângulo, com relé(s) de sobrecarga


submetido(s) a corrente de fase, ajustar no valor indicado pelo
fabricante do(s) compressor (es) (FLA ou MCC) dividido por 2, isto é:

o Para partida do tipo estrela-triângulo, com relé(s) de sobrecarga


submetido(s) a corrente de linha, ajustar no valor indicado pelo
fabricante do(s) compressor (es) (FLA ou MCC):

a. Ajuste do(s) relê(s) de sobrecarga da(s) bomba(s) de água de


condensação e gelada. Verificar se os valores ajustados estejam
conforme abaixo:
b. Para partida do tipo direta com acionamento por contator, ajustar em
10% (dez por cento) acima da corrente elétrica nominal do motor
elétrico;

o Para partida do tipo estrela-triângulo com acionamento por contator,


ajustar em 10% (dez por cento) acima da corrente elétrica nominal de
fase do motor elétrico, isto é:

o Para partida do tipo estrela-triângulo com acionamento através de


disjuntor motor, ajustar em 10%(dez por cento) acima da corrente
elétrica nominal de placa do motor elétrico.
a. Funcionamento/ajuste do relé falta/sequenciador de fase;

o Verificar o funcionamento retirando um dos fusíveis de alimentação do


relé ou invertendo uma das fases;

a. Funcionamento do relé supervisor de tensão de máxima e mínima;


b. Funcionamento do(s) relógio(s) do tipo “timer”;

o Ajuste de hora e de programação;

a. Funcionamento dos Inversores de frequência;

o Verificar se o mesmo modula a frequência de rotação das bombas e/ou


ventiladores;

a. Aterramento do quadro e equipamentos, através do reaperto de todas as


conexões elétricas de aterramento.

7.1.3 Medir

a. Tensão entre fases na entrada de energia do quadro, comparando com a


tensão nominal da rede local.

o A variação permitida é de ±10% (dez por cento) da tensão nominal da


concessionária.

7.2 Procedimentos para quadros elétricos de supervisão e controle

7.2.1 Executar

a. Limpeza no(s) quadro(s) elétrico(s) de todo o sistema;


b. Teste de comunicação do sistema de controle;
c. Revezamento dos equipamentos, através de simulação de falhas e
programação horária.

7.2.2 Verificar e se necessário executar

No(s) quadro(s) elétrico(s) de supervisão e controle de todo o sistema:

a. Set Points do sistema;

Nota: nos sistemas onde não tenha umidificador o set point de


umidificação será o mesmo, porém o controle será apenas na
desumidificação.

a. Leitura das entradas analógicas e digitais;

o Comparar as leituras registradas pelo controlador com aquelas


registradas pelos instrumentos de medição. A diferença deve ficar no
máximo, na faixa de ± 5%;
a. Estado dos sensores de fluxo de ar e água;
b. Atuadores de válvulas e dampers motorizados;

o Deve-se forçar o sinal analógico para modulação das válvulas e registros


e verificar se ocorre a operação dos atuadores.

7.3 Procedimentos para equipamentos de umidificação do ar

7.3.1 Verificar se necessário executar

a. Funcionamento através da atuação dos controles automáticos e/ou


umidostatos;

o Verificar o funcionamento atuando no controle e/ou umidostato de cada


estágio do dispositivo de umidificação;
o Após a verificação do funcionamento do dispositivo de umidificação, não
se esquecer de reajustar o controle automático e/ou o umidostato
ambiente no quadro de sensores/controles automáticos.

a. Lâmpadas e/ou leds de sinalização;

o Observar a existência de lâmpadas e/ou leds queimados e/ou


sinalizações de anormalidade no painel da unidade umidificadora de ar
e/ou outros quadros;

a. Operação da boia de reposição de água do reservatório, verificar se a


mesma está repondo água normalmente;
b. Atuação do micro interruptor (chave de nível);

o Simular falta de água e verificando se o mesmo atua desoperando o


circuito de comando do dispositivo de umidificação;

a. Limpeza do reservatório de água;


b. Contatos dos contatores;
c. Aperto das conexões elétricas e fusíveis;
d. Estado da fiação elétrica;
e. Estado dos resistores de imersão;

o Verificar o equilíbrio de corrente em cada fase do resistor;


o Caso se observe um desequilíbrio de corrente constata-se a queima de
um dos elementos, deve-se portanto providenciar a substituição do
mesmo;
o Na substituição do resistor de imersão, aplicar na rosca do novo resistor,
graxa resistente a altas temperaturas.

7.3.2 Medir

a. Corrente elétrica verificando o equilíbrio de fases;


o Observar que a falta de corrente nas fases pode ser devido a falha no
micro interruptor (chave de nível).

7.4 Procedimentos para dispositivos de aquecimento do ar

7.4.1 Verificar (se necessário executar)

a. Funcionamento através da atuação dos controles automáticos e/ou


termostatos;

o Verificar o funcionamento atuando no controle e/ou termostato de cada


estágio do dispositivo de aquecimento;
o Após a verificação do funcionamento do dispositivo de aquecimento, não
se esquecer de reajustar o controle automático e/ou o termostato no
quadro de sensores/controles automáticos;

a. Lâmpadas e/ou leds de sinalização;

o Observar a existência de lâmpadas e/ou leds queimados e/ou


sinalizações de anormalidade no painel da unidade condicionadora de ar
e/ou outros quadros;

a. Ajuste do termostato de segurança; quando for do tipo ajustável;

o O mesmo deve estar em aproximadamente 60ºC.

a. Palheta da chave bandeira ou AFS (Air Flow Switch - chave de fluxo de


ar) ou pressostatos de ar;

o Observar se está atuando normalmente o micro interruptor.

a. Estado dos resistores de aquecimento;

o Verificar o equilíbrio de corrente em cada fase do resistor;


o Caso se observe um desequilíbrio de corrente constata-se a queima de
um dos elementos, deve-se portanto providenciar a substituição do
elemento.

a. Contatos dos contatores;


b. Aperto das conexões elétricas e fusíveis;
c. Estado da fiação elétrica.

7.4.2 Medir

a. Corrente elétrica verificando o equilíbrio de fases.

o Observar que a falta de corrente nas fases pode ser devido à falha na
operação da chave de fluxo e/ou termostato de segurança desarmado.

8 Após a manutenção
a. Desinibir os sinais de alarmes e comandos do sistema de supervisão;
b. Testar os alarmes junto com o sistema de supervisão.

9 Anexo(s)

1.1 Planilhas(s) de campo

a. Nessa(s) planilha(s) estão resumidos todos os procedimentos descritos


neste módulo e deverão ser preenchida(s) em campo pelo técnico
responsável pela manutenção;
b. No caso de manutenção corretiva, deverão ser preenchidos apenas os
campos onde existirem intervenções;
c. Todas as peças e/ou materiais substituídos deverão constar no campo de
observações.

1.2 Relação de planilha(s)

a. Anexo 1: Umidificadores, baterias de aquecimento e quadros elétricos.


MÓDULO AR-07 - Manutenção Preventiva de Redes de Dutos
para: Sistemas de Ar-Condicionado e Ventilação / Exaustão
Mecânica
1 Objetivo

Definir procedimentos de manutenção preventiva nas redes de dutos para


sistemas de ar condicionado e ventilação/ exaustão mecânica.

2 Referências técnicas

Na realização das atividades deve-se ter o projeto da rede de dutos para


dirimir qualquer dúvidas.

3 PERIODICIDADE

Estes procedimentos devem ser executados quando for detectada a sua


necessidade, através de:

a. Programação de atividade preventiva com intervalo de tempo definido


pelo contrato;
b. Quando o técnico de O & M abrir uma Ordem de Serviço (OS) ou for
acionado pelo Fiscal através de uma OS.

4 RESPONSABILIDADES

4.1 Programação

A empresa contratada é responsável pela programação das necessidades de


execução dos procedimentos de programação e despacho da OS de
manutenção preventiva.

4.2 Execução

Os técnicos de O & M são responsáveis pelas medidas e execuções dos testes,


bem como, pela remoção das anormalidades ou defeitos detectados pelo
Cliente e/ou Sistema de Supervisão e Alarmes.

5 RECOMENDAÇÕES GERAIS

a. Antes de executar as atividades de manutenção preventiva, deverão ser


inibidos os sinais de alarmes e comandos do sistema de telessupervisão;
b. Eventuais irregularidades devem ser relatadas ao Fiscal para que este
tome as devidas providências;
c. Caso não se aplique(m) alguns dos procedimentos propostos, ignorar
sua exceção;
d. No caso de existir mais de uma unidade na mesma sala de máquinas,
executar estes procedimentos em cada unidade;
e. Será obrigatório o uso de equipamento individual de segurança
adequado a cada atividade;
f. Todas as situações que comprometam a operação e manutenção
deverão ser relatadas para a fiscalização do Cliente.

6 Instrumentos e ferramentas especiais

a. Os seguintes instrumentos e ferramentas são fundamentais para a


elaboração desses procedimentos:

o Anemômetro digital;
o Termômetro eletrônico;
o Alicate amperímetro;
o Calculadora.

a. Todos os instrumentos deverão estar aferidos a menos de 360 (trezentos


e sessenta) dias da data de início dos trabalhos, sendo que essas
aferições deverão ser executadas em instituições habilitadas, com
apresentação de certificados.

7 PROCEDIMENTOS

7.1 Testes com o(s) equipamento(s) em operação

7.1.1 Verificar

a. Necessidade de ajuste/regulagem de vazão nos "dampers", "troffers",


difusores e grelhas de distribuição de ar;

o Fazer a verificação das vazões corretas, comparando-as com as


indicadas nas plantas "as built" relativas às redes de dutos de ar,
utilizando os instrumentos específicos; quais sejam: anemômetro ou
velômetro.

a. Pontos na rede de dutos onde exista condensação de umidade do ar


provocando gotejamento de água. Fazer a verificação de falhas no
isolamento térmico;
b. Ruídos e vibrações;
c. Operação dos registros de gravidade;

o Verificando se ocorre o acionamento mecânico das pás do registro.

7.2 Testes com o(s) equipamento(s) desligado(s)

7.2.1 Verificar, se necessário executar

a. Necessidade de limpeza interna das redes de dutos de distribuição de ar;

o Fazer a verificação interna da rede de dutos, retirando-se elementos


terminais de distribuição de ar;
o Observar a quantidade de acúmulo de pó nos mesmos;
o Caso seja necessária a limpeza, a mesma deve ser executada
contratando-se empresas especializadas neste tipo de trabalho.
a. Estado geral do isolamento térmico;

o Fazer a verificação observando-se o estado geral do isolamento térmico,


principalmente com relação à fixação do isolante às paredes externas
dos dutos de ar.

a. Verificar a fixação de todas as grelhas e/ou difusores de ar;

o Se necessário efetuar o reaperto dos parafusos.

a. Limpeza das grelhas e/ou difusores;


b. Vedação das conexões;
c. Estado dos suportes. Caso haja necessidade, providenciar o retoque da
pintura;
d. Estado da pintura dos dutos;

o Caso haja necessidade, providenciar retoques ou até mesmo pintura


total.

8 Após a manutenção

a. Desinibir os sinais de alarmes e comandos do sistema de


telessupervisão;
b. Testar os alarmes junto com o CNGR.

9 Anexo(s)

9.1 Planilha(s) de campo

a. Nessa(s) planilha(s) estão resumido(s) todo(s) o(s) procedimento(s)


descrito(s) neste módulo e deverão ser preenchida(s) em campo, pelo
técnico responsável pela manutenção;
b. No caso de manutenção corretiva, deverão ser preenchidos apenas os
campos onde existirem intervenções;
c. Todas as peças e/ou materiais substituídos deverão constar no campo de
observações.

9.2 Relação de planilha(s)

a. Anexo 1: Redes de dutos de ar condicionado e ventilação/exaustão


mecânica.
MÓDULO AR-08 – Manutenção Preventiva de Equipamento de
Ar-condicionado Balanceamento do Circuito Frigorífico

1 Objetivo

Definir os procedimentos de manutenção preventiva, ajustes e balanceamentos


do circuito frigorífico dos equipamentos dos sistemas de ar condicionado.

2 REFERÊNCIAS TÉCNICAS

a. Na realização das atividades deve-se ter o manual dos equipamentos


para dirimir quaisquer dúvidas;
b. Módulo AR-02 – Manutenção preventiva de equipamento do tipo Self
Contained, Split System e Wall-Mount;
c. Módulo AR-03 – Manutenção preventiva de equipamento do tipo
Resfriador de Líquido com condensação a ar e água;
d. Módulo AR-06 – Manutenção preventiva de equipamento de
umidificação, aquecimento e quadro elétrico de força, comando, controle
e supervisão dos sistemas de ar condicionado.
e. Módulo AR-19 – Procedimentos de Utilização de Refrigerantes
Frigoríficos.

3 PERIODICIDADE
Estes procedimentos devem ser executados quando for detectada a sua
necessidade, através de:

a. Programação de atividade de manutenção preventiva com intervalo de


tempo definidos pelo contrato;
b. Quando o técnico de O & M abrir uma Ordem de Serviço (OS) ou for
acionado pelo Fiscal através de uma OS.

4 Responsabilidades

4.1 Programação

A empresa contratada é responsável pela programação das necessidades de


execução dos procedimentos de programação e despacho da OS de
manutenção preventiva.

4.2 Execução

Os técnicos de O & M são responsáveis pelas medidas e execuções dos testes,


bem como, pela remoção das anormalidades ou defeitos detectados pelo
Cliente e/ou Sistema de Supervisão e Alarmes.

5 Recomendações gerais

a. Antes de executar as atividades de manutenção preventiva, deverão ser


inibidos os sinais de alarmes e comandos do sistema de telessupervisão;
b. Eventuais irregularidades devem ser relatadas ao Coordenador de
infraestrutura da Filial para que este tome as devidas providências.
c. Caso não se aplique(m) alguns dos procedimentos propostos, ignorar
sua execução;
d. Será obrigatório o uso de equipamento individual de segurança
adequado a cada atividade;
e. No caso de existir mais de uma unidade na mesma sala de máquinas,
executar esta atividade em cada unidade.

6 Documentação necessária

As seguintes documentações são necessárias para execução do


balanceamento dos circuitos frigoríficos dos equipamentos do sistema de ar
condicionado:

Tabela de saturação do refrigerante utilizado;

Carta psicrométrica na altura do local da instalação (para o caso de


verificação da capacidade do equipamento);

Informações de ajustes dos pressostatos de alta e baixa do


equipamento.
7 Instrumentos e ferramentas especiais

a. Os seguintes instrumentos são necessários para execução do


balanceamento do lado do refrigerante:

o Conjunto de manômetros e mangueiras de alta e baixa pressão


(manifold);
o Termômetro eletrônico com no mínimo 5 pontos de leitura, com pontas
de termopares para leitura por contato;
o Termo higrômetro eletrônico ou psicrômetro (para o caso de verificação
da capacidade do equipamento);
o Anemômetro eletrônico;
o Multímetro digital de precisão com escala de leitura de tensão (RMS);

a. Todos os instrumentos deverão estar aferidos a menos de 360 (trezentos


e sessenta) dias da data de início dos trabalhos, sendo que essas
aferições deverão ser executadas em instituições habilitadas, com
apresentação de certificados.

8 Verificações iniciais

8.1 Nas tubulações, acessórios e equipamentos

Deve ser verificado antes do início dos procedimentos do balanceamento:

a. Se todas as tubulações, acessórios e equipamentos que compõem o


circuito frigorífico estão limpos e isentos de óleo que indiquem
vazamentos;
b. Se os procedimentos de manutenção preventiva referente ao sistema
foram recentemente aplicados.

9 Procedimentos antes e durante a partida do(s) compressor (es)

Os seguintes procedimentos deverão ser efetuados antes e durante a partida


dos compressores:

a. Instalar um conjunto de manômetros e mangueiras de alta e baixa


pressão (manifold), nas válvulas de serviço de sucção e descarga do
compressor;
b. Instalar sensores de temperatura, utilizando termômetro digital com no
mínimo 5 pontos de medição, nos seguintes pontos:

o Tubo de sucção, próximo do bulbo da válvula de expansão, ou seja, na


saída do evaporador;
o Tubo da linha de líquido, imediatamente antes da válvula de expansão,
ou seja, após o filtro secador;
o Na descarga de ar do ventilador do evaporador, ou seja, na lona flexível,
em condicionadores de ar do tipo expansão direta acoplada à rede de
dutos;
o Na entrada e saída de água do evaporador, em unidades de resfriamento
de líquido do tipo expansão indireta (Chiller), caso não haja termômetro
já instalado na tubulação e com leitura confiável.

Nota: Esses sensores deverão ser isolados termicamente, para que a


medida de temperatura seja a mais real possível.

a. Após a partida do compressor, deve se esperar um tempo de 10 (dez)


minutos para que o sistema entre em regime permanente;
b. Devem ser medidas e anotadas as correntes de cada compressor e a
tensão na entrada do quadro elétrico de força e comando.

10 Procedimentos para efetuar o balanceamento

Os testes do balanceamento devem sempre iniciar pela verificação do


superaquecimento, a seguir o sub-resfriamento, verificação das proteções e por
último a capacidade de refrigeração (quando se achar necessário). O
balanceamento somente poderá iniciar se as condições de temperaturas de
condensação estiverem de acordo com o descrito abaixo:

a) temperatura de saída do ar de condensação, entre 35º C e 40º C, para


equipamentos com condensação a ar;

Nota: caso a temperatura do ar externo esteja muito baixa, dificultando a


obtenção das condições acima, poderá ser obstruída a aspiração de ar do
condensador, com o intuito de aumentar a temperatura do ar.

b) temperatura de saída de água, entre 30º C e 35º C, para equipamentos


com condensação a água;

Nota: caso a temperatura do ar externo esteja muito baixa, dificultando a


obtenção das condições acima, poderão ser desligados os ventiladores das
torres de refrigeração, com o intuito de aumentar a temperatura da água.

10.1 Verificação do superaquecimento

O superaquecimento é um dos parâmetros mais importantes no circuito


frigorífico. É o responsável pela proteção do compressor contra golpes de
refrigerante líquido, pelo resfriamento adequado do motor elétrico do próprio
compressor e pela eficiência do equipamento. Consiste em um aquecimento
adicional do vapor que se formou no evaporador para assegurar a inexistência
de refrigerante líquido sendo succionado pelo compressor.

Os seguintes procedimentos são necessários para a verificação do


superaquecimento:

a. Verificar se as vazões de ar ou água no equipamento estão de acordo


com as vazões nominais de projeto. A vazão deve ficar na faixa de
±10% (dez por cento) da nominal do equipamento;
b. Efetuar as medidas de temperatura de linha de líquido (TLS) e pressão
de sucção (PB);
c. Com a pressão de sucção (PB) medida, entrar na tabela de temperatura
de saturação do refrigerante utilizado e verificar a temperatura de
saturação (TS) correspondente à aquela pressão;
d. Superaquecimento é determinado pela subtração da temperatura de
linha de sucção medida (TLS) e a temperatura de saturação (TS) do
refrigerante utilizado, obtida na tabela de saturação do refrigerante.

Nota: quando a temperatura de saturação (TS), correspondente a (PB),


for negativa, as temperaturas TLS e TS deverão ser somadas.

a. Superaquecimento medido deverá estar dentro da faixa indicada pelo


fabricante do equipamento, conforme anexo 1;
b. Se o superaquecimento não estiver dentro da faixa permitida, deverá ser
regulado a válvula de expansão termostática e/ou retirar ou acrescentar
refrigerante, repetindo-se os procedimentos dos itens a até d,
aguardando sempre 10 (dez) minutos, para permitir que o sistema se
estabilize.

10.2 Verificação do sub-resfriamento

O sub-resfriamento é o resfriamento adicional que se dá ao refrigerante


liquefeito no condensador, para a melhoria da eficiência do sistema.

Os seguintes procedimentos são necessários para a verificação do sub-


resfriamento:

a. Verificar se as vazões de ar ou água no equipamento estão de acordo


com as vazões nominais de projeto. A vazão deve ficar na faixa de
±10% (dez por cento) da nominal) do equipamento;
b. Verificar as medidas de temperatura de linha de líquido (TLL) e a
pressão de descarga (PA);
c. Com a pressão de descarga medida (PA), entrar na tabela da
temperatura de saturação do refrigerante utilizado e verificar a
temperatura de saturação (TS) correspondente à aquela pressão;
d. O sub-resfriamento é determinado pela subtração da temperatura de
saturação obtida na tabela de saturação do refrigerante e a temperatura
medida na linha de líquido:

SUB – RESFRIAMENTO = (TS-TLL)

a. O sub-resfriamento medido deverá estar dentro da faixa indicada pelo


fabricante do equipamento, conforme anexo I;
b. Se o sub-resfriamento não estiver dentro da faixa permitida, deverá ser
regulado a válvula de expansão termostática e/ou retirar ou acrescentar
refrigerante, repetindo-se os procedimentos dos itens a até d,
aguardando sempre 10 (dez) minutos, para permitir que o sistema se
estabilize;
c. Caso seja necessária à regulagem da válvula de expansão termostática
e/ou retirar ou acrescentar refrigerante, o técnico ou executor deverá
verificar novamente o superaquecimento, tendo em vista que as
condições do sistema de refrigeração foram alteradas. O balanceamento
somente poderá ser concluído se o superaquecimento e o sub-
resfriamento estiverem dentro da faixa indicada pelo fabricante.

Nota: Para o caso de Chillers de fabricação Carrier, modelos FLOTRONIC


II e DIALOG PLUS, verificar os valores de sub-resfriamento e
superaquecimento através do display do quadro de controle do próprio
resfriador, não sendo necessária a instalação de sensores de temperatura.

10.3 Tabela de ajuste do superaquecimento e sub-resfriamento.

A tabela 1 a seguir serve como orientação no ajuste do superaquecimento e do


sub-resfriamento.

Tabela 1

10.4 Verificação das proteções

10.4.1 verificação da proteção de baixa pressão (Pressostato de


Baixa)

Os seguintes procedimentos com o equipamento em funcionamento são


necessários para a verificação das proteções de baixa pressão:

a. Fechar a válvula de serviço da linha de líquido ou desenergizar à válvula


solenóide, para casos onde a mesma é utilizada para recolhimento de
refrigerante, com o equipamento em funcionamento;
b. Será iniciado o recolhimento do refrigerante dentro do condensador e a
pressão de baixa cairá até que o pressostato de baixa desarme o
equipamento;
c. Deverá ser medida a pressão que ocorreu o desarme e verificar se essa
pressão está dentro da faixa recomendada pelo fabricante;
d. Caso essa pressão não esteja dentro da faixa, deverá ser regulado o
pressostato de baixa ou efetuar a sua substituição onde não for possível
a regulagem;
e. No caso da necessidade de regulagem do pressostato, deverá ser aberta
a válvula de serviço que foi fechada, colocar novamente o equipamento
em funcionamento e repetir os procedimentos dos itens a até c.

10.4.2 Verificação da proteção de alta pressão (Pressostato de


Alta)

Os seguintes procedimentos são necessários para a verificação das proteções


de alta pressão:

a. No caso de condensador resfriado a ar, deverá ser provocada a elevação


da pressão no condensador, de forma artificial, pela obstrução da
aspiração do ar do condensador, desligar o motor do condensador pela
chave seccionadora ou pela retirada da correia de transmissão entre a
polia do motor e a polia do ventilador do condensador, verificando-se a
eventual necessidade de jumpeamento de algum dispositivo de proteção
ou intertravamento de fluxo ar;
b. No caso de condensador resfriado a água, deverá ser provocada a
elevação da pressão no condensador, de forma artificial, pelo
desligamento os ventiladores das torres de refrigeração, pela redução ou
fechamento do fluxo de água de condensação, verificando-se a eventual
necessidade de jumpeamento de algum dispositivo de proteção ou
intertravamento de fluxo água;
c. Observar a elevação da pressão de alta até que o pressostato de alta
desarme o equipamento;
d. Deverá ser medida a pressão que provocou o desarme e verificar se essa
pressão está dentro da faixa recomendada pelo fabricante;
e. Caso essa pressão não esteja dentro da faixa, deverá ser regulado o
pressostato de alta ou efetuar a sua substituição onde não for possível a
regulagem;
f. Após a regulagem do pressostato, repetir os procedimentos dos
itens a até d;

Atenção: Durante todo o procedimento deverão ser observados os cuidados


necessários para se evitar que a pressão se eleve a valores que possam
comprometer a integridade do equipamento e a segurança das pessoas
envolvidas no trabalho.

10.4.3 Verificação da proteção contra falta de pressão de


óleo (Pressostato de Óleo)

Para verificar funcionamento do pressostato de óleo de cada compressor,


proceder conforme segue:

a. Retirar a alimentação elétrica de força individual do compressor através


dos fusíveis localizados no quadro elétrico de comando de cada unidade
resfriadora de líquido, ou desligar a seccionadora do compressor
correspondente ao teste;
b. Com o circuito de comando energizado, alimentar, através do
CONTROLADOR DE TEMPERATURA DA ÁGUA GELADA, o contator de
alimentação do compressor e a partir de seu energizamento,
cronometrar o tempo até o seu desarme;
c. O tempo cronometrado deve ser comparado com as faixas de tempo do
PRESSOSTATO DE ÓLEO instalado;
d. Após o teste, aguardar 5 (cinco) minutos para resfriamento do térmico;
e. Recolocar os fusíveis de alimentação do compressor;
f. Apertar o "reset" no pressostato de óleo (rearme manual).

10.4.4 Verificação da proteção contra congelamento ( Termostato


Anti-Congelamento )

Para verificar funcionamento do termostato anticongelante (baixa


temperatura);

a. Remover o bulbo do sensor do termostato anticongelante do poço


localizado na saída do evaporador;
b. Colocar o bulbo e um termômetro de vidro em um recipiente com água.
Usando gelo picado, reduzir a temperatura no recipiente até atingir a
temperatura de desarme indicada pelo fabricante da unidade resfriadora
de líquido;
c. Apertar o botão de rearme manual e recolocar o sensor no poço;

10.5 Verificação da capacidade de refrigeração (realizar apenas


quando se julgar necessário)

10.5.1 Para equipamentos do tipo expansão direta (Self


Contained, Split System ou Wall-Mount)

Os seguintes procedimentos são necessários para a verificação da capacidade


de refrigeração:

a. Medir a vazão de ar insuflado Var;


b. Medir as temperaturas de insuflação e retorno de ar;
c. Medir a umidade relativa do ar de insuflação e retorno;
d. Com a temperatura e umidade relativa, verificar as entalpias
correspondentes, utilizando uma carta psicrométrica na altitude do local
da instalação;
e. Aplicar a fórmula (f1):
Se a capacidade não estiver dentro da faixa abaixo, poderá até ser necessária a
substituição de alguns componentes do mesmo:

o mais ou menos 5% da capacidade nominal do equipamento.

10.5.2 Para equipamentos do tipo expansão indireta (Unidade


Resfriadora de Líquido - Chiller)

a) medir a vazão de água gelada no evaporador (Vágua);

b) medir as temperaturas de entrada e saída de água no evaporador;

c) aplicar a fórmula (f2):


11 Após a manutenção

a. Desinibir os sinais de alarmes e comandos do sistema de


telessupervisão;
b. Testar os alarmes junto com o CNGR.

12 Anexo(s)

12.1 Tabela(s) e planilha(s) de campo

a. Na tabela em anexo são apresentados os valores de superaquecimento e


sub-resfriamento por fabricante de cada tipo de equipamento e que são
necessários para execução do balanceamento descrito neste módulo;
b. Na planilha estão resumidos todos os procedimentos descritos nesse
módulo e deverá ser preenchido em campo pelo técnico responsável pela
manutenção;
c. Todas as peças e/ou materiais substituídos deverão constar no campo de
observações da planilha em anexo;

12.2 Relação de anexos

a. Anexo 1a: Tabela de valores de superaquecimento e sub-resfriamento


recomendados pelos fabricantes de Self Contained, Split System e Wall-
Mount;
b. Anexo 1b: Tabela de valores de superaquecimento e sub-resfriamento
recomendados pelos fabricantes de Self Contained, Split System e Wall-
Mount;
c. Anexo 2: Planilha de balanceamento de circuitos frigoríficos.
d. Anexo 3a: Tabela de valores de superaquecimento e sub-resfriamento
recomendados pelos fabricantes de Unidades Resfriadoras de Líquido
(URL);
e. Anexo 3b: Tabela de valores de superaquecimento e sub-resfriamento
recomendados pelos fabricantes de Unidades Resfriadoras de Líquido
(URL);
f. Anexo - 4: Tabela de Pressão Manométrica (Psig) x Temperatura (ºC) -
Vapores Saturados de R–22;

MÓDULO AR-08 _ Anexo 1a: Tabelas de Valores de


Superaquecimento e Sub-resfriamento recomendados pelos
fabricantes de Self Contained, Split System e Wall Mounted.
Tabela 1 - Relação de superaquecimento e sub-resfriamento para condicionadores de
ar equipados com compressores alternativos semi-herméticos

Tabela 2 - Relação de superaquecimento e sub-resfriamento para condicionadores de


ar equipados com compressores scroll herméticos.
Tabela 3 - Relação de superaquecimento e sub-resfriamento para condicionadores de
ar equipados com compressores rotativos herméticos.

Tabela 4 - Relação de superaquecimento e sub-resfriamento para condicionadores de


ar equipados com compressores alternativos herméticos
Tabela 5 - Relação de superaquecimento e sub-resfriamento para condicionadores de
ar equipados com compressores scroll herméticos.
MÓDULO AR-08 _ Anexo 1b - Tabelas de Valores de
Superaquecimento e Sub-resfriamento recomendados pelos
fabricantes de Self Contained, Split System e Wall-Mount.
Tabela 1 - Relação de superaquecimento e sub-resfriamento para resfriadores de
liquido equipados com compressores alternativos semi-herméticos

Tabela 2 - Relação de superaquecimento e sub-resfriamento para resfriadores de


liquido equipados com compressores scroll herméticos.
Módulo AR-08 ANEXO 2: BALANCEAMENTO DO
CIRCUITO FRIGORÍFICO
MÓDULO AR-08 – Anexo - 4: Tabela de Pressão
Manométrica (Psig) x Temperatura (ºC) de Vapores
Saturados de R–22
ANEXO I

Tabela de Conversão de Unidades


Normas técnicas, Bibliografia e Referências

Cada aplicação exige que o sistema atenda às especificações brasileiras e


internacionais para sistemas de climatização determinadas nas legislações
pertinentes:

 ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Resolução RE nº 9,


de 16 de janeiro de 2002 (Padrões Referenciais de Qualidade do Ar
Interior);
 CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente – Padrões de Qualidade
do Ar;
 DECRETO 99280 de 26 de junho de 1990 - Convenção de Viena para a
Proteção da Camada de Ozônio e do Protocolo de Montreal sobre
substâncias que Destroem a Camada de Ozônio;
 NBR 14679 (ABNT) – Sistemas de Condicionamento de Ar e Ventilação -
Execução de Serviços e Higienização;
 NBR 16401:2008 (ABNT) - Instalações centrais de ar condicionado –
Sistemas centrais e unitários:

Parte 1 - Projeto das instalações;

Parte 2 - Parâmetros de conforto térmico;


Parte 3 - Qualidade do ar interior.

Imagens de componentes, peças, sistemas de ar-condicionado, etc., obtidas


pela internet em diversos sites e catálogos de fabricantes de acessórios de uso
nos equipamentos.

Apostilas e monografias de estudantes, cursos de fabricantes, manuais de


instalação e operação de equipamentos como, Carrier, Danfoss, PENN, Sporlan,
Parker, Emerson, Copeland, Bristol, Tecumseh, Tropical, Trane, Dupont, Freon,
etc.

Material didático dos cursos de ar-condicionado ministrados nos anos 80 e 90


na Telepar e cursos particulares da LGDF a partir do ano de 2000.

REFERÊNCIAS

SILVA, J.C.,

Refrigeração Comercial e Climatização Industrial

Hemus, 2004.SILVA, J. G.,

Introdução à Tecnologia da Refrigeração e da Climatização

São Paulo: Artliber, 2004.SILVA, J. C.; SILVA, A. C. G. c.,

Refrigeração e Climatização para Técnicos e Engenheiros

Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2007.STOECKER, W. F.; JONES, J. P.,

Refrigeração e Ar Condicionado

São Paulo: MCGraw-Hill, 1985.WYLEN, W.; GORDON, J.,

Fundamentos da Termodinâmica Clássica

Rio de Janeiro: Edgard Bücher, 1981. HITACHI Ar Condicionado do Brasil,


Catálogo Eletrônico V1.0, DVD, 2008.MULTIBRAS S.A., Boletim Técnico BT
0142, 1994 CONSUL, Manual de Serviços Condicionadores de Ar, 118/94,
1994. Bitzer, www.bitzer.com.br, Bola Preta, www.bolapreta.com.br,
Embraco, www.embraco.com.br, Gree, www.gree.com.br,
Hitachi, www.hitachisa.com.br NT Editorial, www.nteditorial.com.br, Revista
do Frio, www.revistadofrio.com.br, Springer Carrier, www.springer.com.br,
Tecumseh, www.tecumseh.com.br Toshiba, www.toshibacarrier.com.br,
Trane, www.trane.com.br, Whirlpool, www.whirlpool.com.br

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