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Climatização (C) 2021SV

Apontamentos de Climatização (C)

Miguel Carvalho Nº45386

Relativo à cadeira de
Climatização (C)
(4º semestre)

Docentes:
Cláudia Sofia Séneca da Luz Casaca - claudia.casaca@isel.pt
João Antero Nascimento dos Santos Cardoso - joao.cardoso@isel.pt

18 de outubro de 2021

Miguel Carvalho Nº 45386 1


Climatização (C) 2021SV

ÍNDICE
ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
2. PSICROMETRIA ..................................................................................................... 5
2.1. Ar Atmosférico ...................................................................................................... 5
2.1.1. Parâmetros Ar Húmido ..................................................................................... 5
2.1.1.1. Parâmetros Ar Seco (a).................................................................................... 6
2.1.1.2. Vapor de Água (v) ............................................................................................ 7
2.2. Propriedades da Mistura....................................................................................... 8
2.2.1. Temperatura ..................................................................................................... 8
2.2.2. Pressão ............................................................................................................ 8
2.2.3. Volume Específico............................................................................................ 8
2.2.4. Entalpia (H) ...................................................................................................... 9
2.2.5. Entalpia Especifica (h)...................................................................................... 9

2.2.6. Humidade Específica ou Absoluta () ............................................................. 9

2.2.7. Humidade Específica ou Absoluta de Saturação (s) ..................................... 9

2.2.8. Humidade Relativa (𝜑) ................................................................................... 10

2.2.9. Grau de Saturação () ................................................................................... 10


2.2.10. Temperatura Ponto de Orvalho (TPO) ............................................................. 10
3. PROCESSOS DE AR HÚMIDO ............................................................................ 12
3.1. Introdução ............................................................................................................ 12
3.1.1. Tipos de Ganhos/Cargas ............................................................................... 12
3.1.2. Fator de Calor Sensível (FCS) ....................................................................... 13
3.1.3. Tipos de Processos de Ar Húmido ................................................................. 13
3.2. Aquecimento Simples ou Sensível .................................................................... 14
3.3. Humidificação com Vapor .................................................................................. 15
3.4. Arrefecimento com Humidificação .................................................................... 16
3.5. Arrefecimento com Desumidificação ................................................................ 17
3.6. Baterias Húmidas ................................................................................................ 18
3.6.1. Temperatura Equivalente de Superfície ou ADP (TADP) ................................. 18
3.6.2. Factor de By-Pass (FB) .................................................................................. 19
3.7. Mistura de Caudais ............................................................................................. 19
3.8. Análise de uma Sala ............................................................................................ 20
REVISÃO DE PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 1 .............................................. 21
TRABALHO 1 – LABORATÓRIO DA UTA ................................................................. 23
EXERCÍCIOS ............................................................................................................... 33

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Ilustração Esquemática de um sistema de climatização e suas variáveis. ................................. 4


Figura 2: Equação Esquemática do Ar Húmido. ........................................................................................ 5
Figura 3: Ar na tabela termodinâmica das constantes críticas. .................................................................. 6
Figura 4- Água na tabela termodinâmica das constantes críticas. ............................................................. 7
Figura 5: Esquema das quantidades de Ar seco e vapor de água presentes no Ar húmido. ..................... 8
Figura 6: Legenda da Carta Psicrométrica. .............................................................................................. 11
Figura 7: Exemplo de cargas sensíveis (A-B) e cargas latentes (I-II). ..................................................... 12
Figura 8: Esquema das baterias de aquecimento a água aquecida......................................................... 14
Figura 9: Processo de aquecimento simples ou sensível. ....................................................................... 14
Figura 10: Esquema do sistema de Humidificação com Vapor. ............................................................... 15
Figura 11: Humidificação com Vapor. ...................................................................................................... 15
Figura 12: Esquema do Arrefecimento com Humidificação...................................................................... 16
Figura 13: Arrefecimento com Humidificação. .......................................................................................... 16
Figura 14:Esquema Arrefecimento com desumidificação. ....................................................................... 17
Figura 15: Arrefecimento com Desumidificação. ...................................................................................... 17
Figura 16: Esquema da Bateria Húmida com enfase no tubo. ................................................................. 18
Figura 17: Como achar a Temperatura Equivalente de Superfície ou ADP. ............................................ 18
Figura 18: Esquema do ciclo frigorígeno. ................................................................................................. 21
Figura 19: Gráfico do ciclo frigorígeno. .................................................................................................... 21
Figura 20: Excerto da Folha do ensaio: Dados da saída do condensador (Ponto 3). .............................. 21
Figura 21: Excerto da Folha do ensaio: Dados da saída do evaporador (Ponto 1). ................................ 21
Figura 22: Legenda do diagrama de Mollier para o R12. ......................................................................... 22
Figura 23: Dados do ensaio para praticar. ............................................................................................... 23
Figura 24: Unidade laboratorial de ar condicionado A573. ...................................................................... 24
Figura 25: Carta do ensaio 1. ................................................................................................................... 28
Figura 26: Diagrama de Mollier Ensaio 1. ................................................................................................ 29

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1. INTRODUÇÃO

Figura 1: Ilustração Esquemática de um sistema de climatização e suas variáveis.

❖ Climatização é um setor da refrigeração, que se dedica ao estudo das condições atmosféricas do ar, de
forma a torná-lo apropriado quer para aplicações de conforto humano, como para aplicações industriais.

❖ Na climatização o fluido de trabalho é o Ar;

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2. PSICROMETRIA
➢ Psicrometria é o ramo da termodinâmica que estuda o ar atmosférico ou o ar húmido;

➢ Do estudo das propriedades termodinâmicas de uma mistura, aplicando ao caso da climatização, o


ar atmosférico é constituído por: O2; N2; CO2; gases raros e H2O.

2.1. Ar Atmosférico
➢ O ar seria uma mistura perfeita (obedece a lei dos gases perfeitos) se não pelo facto de este
possuir vapor de água.

NOTA 1: A lei dos gases perfeitos é dada por:


𝑃×𝑉 =𝑛×𝑅×𝑇
P= Pressão do gás [Pa];
V= Volume [m3];
n= Nº moles [mol];
R= Const. Universal gases perfeitos = 8,314 [m3.Pa/mol.K];
T= Temperatura [K].

➢ Chama-se ar seco á mistura de O2; N2; CO2; gases raros. É uma massa de fluido atmosférico
aproximadamente constante, apenas com pequenas variações normalmente consideradas
desprezáveis. A sua composição volúmica é aproximadamente de 78% de Nitrogénio, 21% de
oxigénio e 1% de outros gases.

➢ O vapor de água é uma massa de fluido contida no ar seco que varia de 0 (ar completamente seco),
a um valor máximo (ar húmido saturado). Neste último caso o ar não suporta mais vapor de água,
e uma redução brusca na sua temperatura provoca a sua precipitação.

2.1.1. Parâmetros Ar Húmido

Ar Húmido Ar Seco Vapor de O2 N2; CO2;


Água H2O
gases raros

Figura 2: Equação Esquemática do Ar Húmido.

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2.1.1.1. Parâmetros Ar Seco (a)

Constante do gás (ra):


A constante de um gás é dada pela fórmula:
𝑅
𝑟=
𝑀
o É conhecido R (constante universal dos gases perfeitos) = 8,314 [m3.Pa/mol.K] e sabe-se das tabelas da
termodinâmica das constantes criticas:

Figura 3: Ar na tabela termodinâmica das constantes críticas.

8,314
𝐫𝐚 = = 𝟎, 𝟐𝟖𝟕 [𝐤𝐉/𝐤𝐠 ∙ 𝐊]
28,97

NOTA: Nesta cadeira de climatização pode-se utilizar o valor 0,287 [kJ/kg.K] do ra diretamente, isto é,
não é preciso fazer a dedução.

Volume Específico (va):


O volume específico é dado pela fórmula:
𝑉
𝑣𝑎 =
𝑚

O volume específico pode ser obtido pela equação dos gases perfeitos:

R × Ta 𝐫𝐚 × 𝐓
P × V = n × R × T ⟹ va = ⟺ 𝐯𝐚 = [𝐦𝟑 /𝐤𝐠]
M × Pa 𝐏𝐚

Número de moles (na):


O número de moles (n) é obtido através da equação dos gases perfeitos:
Pa × Va 𝐏𝐚 × 𝐕𝐚
P × V = n × R × T ⟹ na = ⟺ 𝐧𝐚 = [𝐦𝐨𝐥]
R × Ta 𝐑×𝐓

Calor Específico (Cpa):


• O calor específico é quantidade de calor necessário fornecer a uma unidade de massa
para aumentar 1 [ºC], a pressão constante.

• Para a pressão atmosférica (101,325 [kPa]) a temperatura toma valores no intervalo: [-


40 ; 60] ºC e o Cpa toma valores no intervalo [0,997 ; 1,023] kJ/kg.K.

• Em climatização só se vai trabalhar com valores de temperatura 0 [ºC] a 30 [ºC] logo Cpa
= 1,006 [kJ/kg.K].

Entalpia Especifica (ha):


• Quantidade de energia por unidade de massa.
ha = Cpa × (Ta − Treferencia ) ⟺ ha = Cpa × (Ta − 0) ⟺ 𝐡𝐚 [𝐤𝐉/𝐤𝐠] = 𝟏, 𝟎𝟎𝟔 × 𝐓[°𝐂]

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2.1.1.2. Vapor de Água (v)

Constante do gás (rv):


A constante de um gás é dada pela fórmula:
𝑅
𝑟=
𝑀

o É conhecido R (constante universal dos gases perfeitos) = 8,314 [m3.Pa/mol.K] e sabe-se das tabelas da
termodinâmica das constantes criticas:

Figura 4- Água na tabela termodinâmica das constantes críticas.


8,314
𝐫𝐯 = = 𝟎, 𝟒𝟔𝟏𝟓 [𝐤𝐉/𝐤𝐠 ∙ 𝐊]
18,015

NOTA: Nesta cadeira de climatização pode-se utilizar o valor 0,4615 [kJ/kg.K] do rv diretamente, isto é,
não é preciso fazer a dedução.

Volume Específico (vv):


O volume específico é dado pela fórmula:
V
vv =
m

Para temperatura inferior a 65 [ºC] pode-se admitir que o vapor de água se comporta como um gás perfeito,
logo pode-se a equação dos gases perfeitos:
R × Tv 𝐫𝐯 × 𝐓
P × V = n × R × T ⟹ va = ⟺ 𝐯𝐯 = [𝐦𝟑 /𝐤𝐠]
M × Pv 𝐏𝐯

Número de moles (nv):


O número de moles (n) é obtido através da equação dos gases perfeitos:
Pv × Vv 𝐏𝐯 × 𝐕𝐯
P × V = n × R × T ⟹ nv = ⟺ 𝐧𝐯 = [𝐦𝐨𝐥]
R × Tv 𝐑×𝐓

Calor Específico (Cpv):


• O calor específico é quantidade de calor necessário fornecer a uma unidade de massa
para aumentar 1 [ºC], a pressão constante.

• A variação do calor especifico do vapor saturado ou vapor sobreaquecido, em função da


temperatura é muito fraco.

• Cpv = 1,84 [kJ/kg.K].

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Entalpia Especifica (hv):
• Quantidade de energia por unidade de massa.
hv = Cpv × Tv + hvap ⟺

• Calor latente (hvap) é a quantidade de calor que uma unidade de massa de determinada
substância deve receber ou ceder para mudar de fase. No caso do vapor de água hvap =
2500,7 [kJ/kg]
⟺ 𝐡𝐯 [𝐤𝐉/𝐤𝐠] = 𝟐𝟓𝟎𝟎, 𝟕 + 𝟏, 𝟖𝟒 × 𝐓[°𝐂]

2.2. Propriedades da Mistura

Ar Húmido Ar Seco Vapor de Água

Figura 5: Esquema das quantidades de Ar seco e vapor de água presentes no Ar húmido.

2.2.1. Temperatura

• Quando se mede a temperatura do ar num certo local medimos a temperatura da mistura,


sendo esta homogénea não existe diferenças entre a temperatura da mistura e a
temperatura do Ar seco ou do vapor de água.

2.2.2. Pressão

• A pressão da mistura (Ar Húmido) será a soma da pressão do Ar Seco com a pressão
do vapor de água, isto porque, cada partícula exerce uma pressão diferente e se estas
tiverem numa mistura a pressão total exercida será a soma destas.

• A lei de Dalton estabelece que a pressão de uma mistura gasosa é igual à soma das
pressões que cada um dos seus constituintes exerceria se estivesse isolado.
𝐏 = 𝐏𝐚 + 𝐏𝐯 (Lei de Dalton)

2.2.3. Volume Específico

• O volume específico é dado por:


𝐯 = 𝐯𝐚 = 𝛚 × 𝐯𝐯 [𝐦𝟑 /𝐤𝐠]

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2.2.4. Entalpia (H)

• O entalpia (H) é dada por:


𝐇 = m × h = 𝐇𝐚 + 𝐇𝐕

2.2.5. Entalpia Especifica (h)

• O entalpia (h) é dada por:


𝐡 = 𝐡𝐚 + 𝛚 × 𝐡𝐕 [𝐤𝐉/𝐤𝐠]

2.2.6. Humidade Específica ou Absoluta ()

➢ É a quantidade de vapor misturada com cada quilograma de ar seco, ou seja, a massa de vapor
contida no volume v.
➢ A humidade absoluta ou especifica () é dada pela fórmula:
𝐦𝐯
𝛚= [𝐤𝐠 𝐯 /𝐤𝐠 𝐚 ]
𝐦𝐚

➢ Esta expressão pode tomar outra configuração se aplicar a equação dos gases perfeitos e a lei de
Dalton:

−−−−−− −−−−−−
P = Pa + Pv
Pv × V −−−−−−
mv =
Pv × V = mv × rv × T rv × T
−−−−−−
⟺ Pa × V ⟺
Pa × V = ma × ra × T ma =
ra × T Pv × V
( )
mv r ×T
ω= ω= v
ma mv P ×V
ω= ( a )
{ { ma { ra × T
Pa = P − Pv Pa = P − Pv Pa = P − Pv

−−−−−− −−−−−− −−−−−−


⟺ ⟺ ⟺
−−−−−− −−−−−− −−−−−−

ra Pv ra Pv 𝐏𝐯
ω= × ω= × 𝛚 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟐 × [𝐤𝐠 𝐯 /𝐤𝐠 𝐚 ]
{ rv Pa { rv P − Pv { 𝐏 − 𝐏𝐯

𝐏𝐯
𝛚 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟐 × [𝐤𝐠 𝐯 /𝐤𝐠 𝐚 ]
𝐏 − 𝐏𝐯

2.2.7. Humidade Específica ou Absoluta de Saturação (s)

➢ Quantidade máxima de vapor de água que cada kg de ar seco pode conter à pressão atmosférica
normal e à temperatura considerada.
➢ A humidade absoluta ou especifica de Saturação (s) é dada pela fórmula:
𝐩𝐒
𝛚𝐒 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟐 × [𝐤𝐠 𝐯 /𝐤𝐠 𝐚 ]
𝐩 − 𝐩𝐒

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2.2.8. Humidade Relativa (𝜑)

➢ Indica em percentagem a relação entre a pressão parcial do vapor e a sua pressão de saturação
(pressão a que o vapor começa passar para o estado líquido, deixando por isso de existir na
mistura na forma de vapor) à temperatura considerada.

➢ Dá-nos uma ideia sobre a possibilidade de ocorrerem condensações nas superfícies frias dum
determinado local (por exemplo vidros de janelas exteriores), na estação fria.

➢ A humidade relativa entalpia (𝜑) é dada por:


𝐩𝐯
𝛗= × 𝟏𝟎𝟎 [%]
𝐩𝐒

2.2.9. Grau de Saturação ()

➢ Indica a percentagem de vapor contido na mistura relativamente à quantidade máxima de vapor


que a mistura pode conter à mesma temperatura.

NOTA: O seu valor é sempre muito próximo do valor da humidade relativa.

➢ O grau de Saturação () é dado por:


𝛚
𝛘= × 𝟏𝟎𝟎 [%]
𝛚𝐒

2.2.10. Temperatura Ponto de Orvalho (TPO)

É a temperatura que o ar húmido atinge quando é arrefecido até a pressão de saturação ( = 100 [%]).
▪ T  TPO – Temos uma redução da massa de vapor de água (devido à condensação), logo,
a humidade absoluta () diminui;
▪ T > TPO – Mantem-se a massa de vapor.

𝟒𝟎𝟒𝟐, 𝟗
𝐓𝐏𝐎 = 𝟑𝟕, 𝟓𝟖 −
𝐥𝐧(𝐏𝐯 − 𝟐𝟑, 𝟓𝟕𝟕𝟏)

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Figura 6: Legenda da Carta Psicrométrica.

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3. PROCESSOS DE AR HÚMIDO

3.1. Introdução

3.1.1. Tipos de Ganhos/Cargas

Existem 2 categorias de ganhos térmicos:


➢ Ganhos Sensíveis(𝐐̇𝐒 )provocam uma variação da temperatura seca do ar húmido (TBS), e
consequentemente da sua entalpia (h) e humidade relativa (), sem alteração da sua humidade
específica (). Na carta psicrométrica dão origem a evoluções segundo linhas horizontais
(ver figura abaixo).

➢ Ganhos Latentes (𝐐𝐋̇ )provocam alterações da humidade específica (), e consequentemente


da sua entalpia (h) e humidade relativa (), sem variação significativa da temperatura seca (TBS).
Na carta psicrométrica dão origem a evoluções segundo retas verticais (ver figura abaixo).

Figura 7: Exemplo de cargas sensíveis (A-B) e cargas latentes (I-II).

NOTA: Os ganhos sensíveis são designados de “sensíveis” pois nos somos sensíveis a mudanças
de temperatura do ar que nos rodeia.

NOTA: Os ganhos latentes são designados de “latentes” pois, embora impliquem alterações da
entalpia do ar húmido, somos pouco sensíveis a variações do teor de humidade (exceto variações
superiores a cerca de 10% em torno da humidade relativa de 50%).

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3.1.2. Fator de Calor Sensível (FCS)

O Fator de Calor Sensível (FCS) tem de ser usado com o ponto de referencia da carta
psicométrica (24 [oC] ;  = 50 [%] ; FCS = 1).

A reta que obtemos através da escala do FCS e do ponto de referência tem um declive e este é
proporção ideal de carga, isto é, a carga a ser insuflada tem de ter esta proporção (declive).

O Fator de Calor Sensível (FCS) pode ser calculado por:


𝐐̇𝐒 𝐐̇𝐒
𝐅𝐂𝐒 = =
𝐐𝐓̇ 𝐐̇𝐒 + 𝐐𝐋̇

3.1.3. Tipos de Processos de Ar Húmido

Processos de Ar Húmido são os processos de que nos podemos servir para alterar as condições do
estado do ar, por forma a que possamos contrariar os efeitos das cargas térmicas que sobre ele atuam.

Os processos de ar húmido mais vulgarmente utilizados são:


✓ Aquecimento Simples ou Sensível;
✓ Humidificação com Injeção de Vapor de Água;
✓ Arrefecimento com Humidificação;
✓ Arrefecimento com ou sem Desumidificação.

NOTA: Em qualquer dos processos consideraremos que o caudal de ar seco permanecerá constante,
podendo eventualmente variar o teor de vapor de água (humidade específica: ), a ele associado.

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3.2. Aquecimento Simples ou Sensível


O aquecimento simples ou sensível é um processo de troca de calor sem que se alterem as
proporções de ar seco e de vapor de água- sendo, portanto, um processo a humidade específica ()
constante.

O aquecimento simples ou sensível é um processo efetuado em baterias de aquecimento a


água aquecida, vapor, baterias de condensação de ciclos frigoríficos (bombas de calor), ou de
resistências elétricas cada vez mais raramente utilizadas e apenas para pequenas potências.

1 2

Figura 8: Esquema das baterias de aquecimento a água aquecida.

Características do
Consequência
processo
𝐦𝐁𝐒𝟏̇ = 𝐦𝐁𝐒𝟐
̇
𝐓𝐁𝐒𝟏 < 𝐓𝐁𝐒𝟐
̇ = 𝐦𝐁𝐇𝟐
𝐦𝐁𝐇𝟏 ̇
𝐡𝟏 < 𝐡𝟐
𝛚𝟏 = 𝛚𝟐

Figura 9: Processo de aquecimento simples ou sensível.

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3.3. Humidificação com Vapor


A Humidificação com Vapor consiste na adição de água ao escoamento de ar de forma a aumentar
o seu conteúdo de humidade.

A Humidificação com Vapor é um processo efetuado em humidificadores de vapor, normalmente


do tipo de elétrodos submersos, ou por injeção de vapor produzido num gerador.

3 4

Figura 10: Esquema do sistema de Humidificação com Vapor.

Características do
Consequência
processo
̇ = 𝐦𝐁𝐒𝟒
𝐦𝐁𝐒𝟑 ̇ 𝛚𝟑 < 𝛚𝟒
𝐓𝐁𝐒𝟑 ≅ 𝐓𝐁𝐒𝟒 𝐡𝟑 < 𝐡𝟒

Figura 11: Humidificação com Vapor.

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3.4. Arrefecimento com Humidificação


O Arrefecimento com Humidificação processo efetuado em lavadores de ar ou saturadores
adiabáticos, no qual se consegue baixar a temperatura seca a um fluxo de ar injetando água
pulverizada.

A água pulverizada em pequenas gotas muda de fase passando ao estado gasoso absorvendo
ao fluxo de ar o calor necessário à mudança de fase, baixando a temperatura da mistura.

5 6

Figura 12: Esquema do Arrefecimento com Humidificação.

Características do
Consequência
processo
̇ = 𝐦𝐁𝐒𝟔
𝐦𝐁𝐒𝟓 ̇
𝛚𝟓 < 𝛚𝟔
𝐓𝐁𝐇𝟓 = 𝐓𝐁𝐇𝟔
𝐓𝐁𝐒𝟓 > 𝐓𝐁𝐒𝟔
𝐡𝟓 ≅ 𝐡𝟔

Figura 13: Arrefecimento com Humidificação.

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3.5. Arrefecimento com Desumidificação


O Arrefecimento com Desumidificação é um processo onde ar sofre uma diminuição na sua
temperatura e no seu conteúdo de humidade, devido ao ar húmido contactar com uma superfície fria
com valores de temperaturas inferiores ao do ponto de orvalho do ar. As características deste
processo são:
𝛚𝟕 > 𝛚𝟖

𝐓𝐁𝐒𝟕 > 𝐓𝐁𝐒𝟖

{ 𝐡𝟕 > 𝐡𝟖

O Arrefecimento com Desumidificação processo efetuado em baterias de arrefecimento, a água


arrefecida em unidades arrefecedoras de água usualmente designadas por chillers, ou evaporadores
de ciclos frigoríficos, no caso de baterias de expansão direta.

Figura 14:Esquema Arrefecimento com desumidificação.

Figura 15: Arrefecimento com Desumidificação.

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3.6. Baterias Húmidas

3.6.1. Temperatura Equivalente de Superfície ou ADP (TADP)


O ar é arrefecido quando passa pela serpentina, quando este está próximo dos tubos ou alhetas
da serpentina a temperatura do ar desce de tal maneira que condensa. Este processo de
condensação cria um filme de água condensada em volta dos tubos ou das alhetas (ver figura
abaixo):

Tubo da Serpentina

Filme Água condensada


1 2

Figura 16: Esquema da Bateria Húmida com enfase no tubo.

Aquele filme de água condensada que está em contacto com os tubos ou alhetas, vai ter a mesma
temperatura destes, a esta temperatura chamamos de Temperatura Equivalente de Superfície ou
ADP (abreviatura em língua inglesa, do ponto de orvalho da bateria).

A Temperatura Equivalente de Superfície ou ADP pode ser achada seguinte forma (ver figura
abaixo): Dado um processo de arrefecimento (1-2) sabemos que no ponto 1 está a entrada da bateria
e no ponto 2 está a saída. Se nos perlongarmos a reta do processo de arrefecimento até intersetar a
curva da humidade relativa de saturação ( = 100%) por sabemos que a água está a Temperatura
Equivalente de Superfície ou ADP.

Figura 17: Como achar a Temperatura Equivalente de Superfície ou ADP.

NOTA: No caso da temperatura equivalente de superfície (TADP), ter um valor superior ao ponto de
orvalho do ar que entra na bateria, o ar não atingirá a saturação, não sofrendo alteração o teor de vapor
nele contido, tratando-se de um processo a humidade específica constante – arrefecimento simples,
referido quando estudámos o aquecimento simples ou sensível, não ocorrendo, neste caso,
desumidificação. Então Baterias a Seco não tem TADP.

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3.6.2. Factor de By-Pass (FB)

Repare que na figura mostrada anteriormente está uma seta verde, esta se representa um caudal
de ar que não está a ser afetado pela serpentina, mantendo assim na pior das hipóteses as
condições iniciais (não sofreu alteração).

O estado final (na figura: estado 2) vai ser resultante da mistura de ar nas condições de entrada
(na figura: estado 1) com ar nas condições de contacto com a bateria. O estado final dependerá
de uma característica da bateria designada por Fator de By-Pass.

O Fator de By-Pass é calculado da seguinte forma:


𝐓𝟐 − 𝐓𝐀𝐃𝐏 𝛚𝟐 − 𝛚𝐀𝐃𝐏 𝐡𝟐 − 𝐡𝐀𝐃𝐏
𝐅𝐁 = = =
𝐓𝟏 − 𝐓𝐀𝐃𝐏 𝛚𝟏 − 𝛚𝐀𝐃𝐏 𝐡𝟏 − 𝐡𝐀𝐃𝐏

3.7. Mistura de Caudais


É usual, nos dispositivos de ar condicionado, ser necessário fazer uma mistura de caudais de ar
húmido (Ver figura abaixo):

Figura 18: Mistura de Caudais.

Figura 19: Carta psicrométrica do exemplo da mistura de caudais.

Com base na figura em acima, é possível escrever as seguintes equações:


➢ Balanço Mássico do ar seco:
̇ = 𝐦𝐚𝟏
𝐦𝐚𝟑 ̇ + 𝐦𝐚𝟐̇

➢ Balanço da Humidade Absoluta ():


𝐦𝐚𝟑̇ × 𝛚𝟑 = 𝐦𝐚𝟏
̇ × 𝛚𝟏 + 𝐦𝐚𝟐
̇ × 𝛚𝟐

➢ Balanço Energético:
̇ × 𝐡𝟑 = 𝐦𝐚𝟏
𝐦𝐚𝟑 ̇ × 𝐡𝟏 + 𝐦𝐚𝟐
̇ × 𝐡𝟐

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̇
𝐦𝐚𝟐
Agora considere o ponto de mistura: 𝐲 = ̇
, então podemos rescrever as seguintes equações:
𝐦𝐚𝟑
➢ Balanço Mássico do ar seco:
(𝟏 − 𝐲) + 𝐲 = 𝟏

➢ Balanço da Humidade Absoluta ():


𝛚𝟑 = (𝟏 − 𝐲) × 𝛚𝟏 + 𝐲 × 𝛚𝟐

➢ Balanço Energético:
𝐡𝟑 = (𝟏 − 𝐲) × 𝐡𝟏 + 𝐲 × 𝐡𝟐

3.8. Análise de uma Sala

Ventilador de Insuflação
Ventilador de Extração

AN
Bateria de Frio
M
Figura 20: Sistema de arrefecimento de uma sala.

➢ Balanço Mássico do ar seco:


̇ = 𝐦̇ 𝐑 + 𝐦𝐀𝐍
𝐦𝐌 ̇

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REVISÃO DE PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 1

3 2
Condensador P
3 Condensador 2

Válvula de
Expansão
Compressor
Válvula de Compressor
Expansão 4 Evaporador 1

4 1 h
Evaporador Figura 22: Gráfico do ciclo frigorígeno.
Figura 21: Esquema do ciclo frigorígeno.

1º. Vamos traçar as pressões do evaporador e do condensador;

2º. Para traçar o ciclo no diagrama de Mollier usamos os dados da saída do condensador, ponto 3, (ver
figura abaixo para saber onde está os valores a retirar a saída do condensador) de modo achar o
ponto 4 (saída da válvula entrada do evaporador), visto que, a processo da válvula de expansão ocorre
a entalpia (h) constante. O ponto 4 vai ficar na linha de entalpia do ponto 3, mas à pressão do ponto
4;

Figura 23: Excerto da Folha do ensaio: Dados da saída do condensador (Ponto 3).

3º. Para traçar o ciclo no diagrama de Mollier usamos os dados da saída do evaporador, ponto 1, (Ver
figura abaixo para saber onde está os valores a retirar a saída do evaporador, Ponto 1) de modo achar
o ponto 2, visto que, a processo no compressor ocorre a entropia (s) constante. Por isso o ponto 2 vai
ficar na linha de entropia que passa pelo ponto 1 e interseta a pressão do condensador;

Figura 24: Excerto da Folha do ensaio: Dados da saída do evaporador (Ponto 1).

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Figura 25: Legenda do diagrama de Mollier para o R12.

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TRABALHO 1 – LABORATÓRIO DA UTA

Figura 26: Dados do ensaio para praticar.

Observações
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Climatização (C) 2021SV
Entregar os diagramas psicrométricos e/ou Mollier que entenderem serem necessários para validar o
desenvolvimento do seu trabalho. Se necessário, considerar uma pressão barométrica de 101,325 kPa
para a mistura de ar húmido. Analisar os dados e justificar devidamente todos os resultados com clareza
e objetividade.

Introdução
A realização deste trabalho de laboratório pretende possibilitar a aplicação experimental das matérias
abordadas em aula. Pretende-se que os alunos analisem e verifiquem experimentalmente, através da
unidade laboratorial representada esquematicamente na Figura 1, alguns dos processos típicos presentes
numa Unidade de Tratamento de Ar (UTA).

Figura 27: Unidade laboratorial de ar condicionado A573.

Os alunos deverão responder às questões enunciadas neste protocolo laboratorial em conformidade com

Miguel Carvalho Nº 45386 24


Climatização (C) 2021SV
os dados experimentais propostos. Deverão ter sentido crítico relativamente aos dados experimentais,
bem como aos resultados obtidos no desenvolvimento do trabalho. Adicionalmente, pretende-se que
consigam relacionar os fenómenos presentes neste estudo, com as matérias lecionadas no curso.

Procedimento
1. Identifique todos os processos do ar húmido e equipamentos encontrados na Figura 1:
A. Ventilação de ar 1. Ventilador
B. Aquecimento sensível 2. Bateria de Pré-aquecimento (BPA)
C. Arrefecimento com desumidificação 3. Bateria de Arrefecimento (BA)
D. Aquecimento sensível 4. Bateria de Reaquecimento (BRA)
5. Orifício Calibrado

2. Descreva sucintamente todos os processos do ar húmido presentes na unidade laboratorial,


utilizando para o efeito a numeração sugerida anteriormente.
❖ No ponto A, o ventilador fornece ar à unidade de tratamento de ar, sendo a velocidade regulável;
❖ No ponto B, ocorre um aquecimento sensível/simples num par de resistências à saída do
ventilador, o que permite aumentar a temperatura do ar antes deste atravessar a unidade de
desumidificação. Este processo limita-se a trocar calor, sem que se alterem as proporções de ar
seco e de vapor de água;
❖ No ponto C, o ar atravessa o evaporador da unidade, levando a uma diminuição da humidade e
da temperatura do ar. Esta diminuição, é devida ao ar húmido contactar com uma superfície fria
com valores de temperaturas inferiores ao ponto de orvalho;
❖ No ponto D, como no ponto B, ocorre um aquecimento sensível/simples noutro par de resistências
à saída da bateria de arrefecimento, onde o ar ao aquecer, diminui a sua humidade relativa e vai
aumentar o seu potencial de remoção do vapor de água ao espaço a climatizar.

3. Identifique todos os processos e equipamentos, com a referida numeração, representados


na Figura 1:

i. Compressor vi. Caudalímetro


ii. Medição de pressão e temperatura à saída do vii. Medição de pressão e temperatura à saída do
evaporador condensador
iii. Evaporador viii. Secador
iv. Medição da temperatura à entrada do ix. Condensador
evaporador x. Recipiente do condensado
v. Válvula de Laminagem

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Climatização (C) 2021SV
4. Identifique o que se pretende analisar nos componentes identificados por numeração romana
e descreva sucintamente todas as evoluções teóricas aí processadas, estado e fluido de
trabalho, utilizando para o efeito a numeração.
❖ No ponto i), o compressor comprime o fluído frigorígeno no estado gasoso, onde este aparece
como vapor saturado à pressão de evaporação, saindo do compressor como vapor sobreaquecido
à pressão de condensação. É necessário fornecer trabalho ao compressor e este, normalmente,
é do tipo alternativo;
❖ No ponto ii), efetua-se a medição da pressão de evaporação, ou seja, a pressão à entrada do
compressor. Neste ponto, é também efetuada a medição da temperatura do fluído frigorígeno à
saída do evaporador/entrada do compressor;
❖ No ponto iii), no evaporador, ocorre uma evaporação isobárica, sendo a pressão medida no ponto
anterior, a pressão presente no evaporador, uma vez que esta é considerada constante;
❖ No ponto iv), é medida a temperatura do fluído frigorígeno à entrada do evaporador;
❖ No ponto v), o líquido saturado à pressão do condensador é estrangulado na válvula de laminagem,
de modo que a pressão decaia até ao valor correspondente à pressão da evaporação. Existe,
assim, um efeito de “resfriamento” no fluído frigorígeno, uma vez que a redução de pressão é
acompanhada por uma redução acentuada da temperatura;
❖ No ponto vi), é calculado o caudal do fluído frigorígeno;
❖ No ponto vii), é efetuada a medição da pressão de condensação, ou seja, a pressão à saída do
condensador, admitindo que não existem perdas no secador. Também é efetuada a medição da
temperatura de saída do condensador;
❖ No ponto viii), o secador remove a humidade do refrigerante. Caso não existisse, o fluido
frigorígeno congelava nas tubagens, restringindo o caudal do fluido;
❖ No ponto ix), o condensador, efetua a condensação isobárica do fluído frigorígeno;
❖ No ponto x), são armazenados os condensados, provenientes da condensação do vapor de água
presente no ar húmido, sobre os tubos do evaporador.

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5. Apresente os valores experimentais propostos para o primeiro ensaio do estudo da UTA.
Potência das resistências: BPA - 1 x 1.0 kW = 1 kW
BRA - 2 x 0.5 kW = 1 kW ______
Velocidade do ar: 12,5 [m/s]

NOTA: Ventilador a 100%

Humidade Humidade
Ponto na TBS TBH Entalpia Observaçõ
Descrição Abs. Relativa
Fig. 1 (ºC) (ºC) (Kj/Kg) es
(kg/kg) (%)
À entrada da 42,5
A 23 15,2 (CARTA) (CARTA)
unidade (CARTA)
À entrada da Bat.
B 30 19,9 (CARTA) (CARTA) (CARTA)
Arref.
À entrada da BRA C 19 15 (CARTA) (CARTA) (CARTA)

À saída da BRA D 21,2 16,4 (CARTA) (CARTA) (CARTA)

Ponto na Fig. T (entrada) m (kg/s)


Descrição P (kPa) T (saída) (ºC)
1 (ºC)
Evaporador iii 430 4 9 0,0185
Condensador ix 825 ??? 33 0,0185

6. Analise os dados, critique e justifique todos os pontos a serem considerados. Construa


outra tabela ou adicione a informação que achar necessária para caracterizar a instalação.
Represente as evoluções psicrométricas utilizando diagramas ou software para o efeito,
identificando a respetiva fonte.

7. Represente, quantifique e analise os processos do ciclo frigorífico obtido. Para o efeito


deverá utilizar um diagrama de Mollier do fluido frigorígeno R12 e apresentar, em forma de
tabela, as suas quantificações.

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Figura 28: Carta do ensaio 1.

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Figura 29: Diagrama de Mollier Ensaio 1.

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8. Calcule o caudal de ar da unidade, a temperatura equivalente de superfície e o fator de by-pass
da bateria de arrefecimento (BF).
1º Passo) Cálculo do Caudal Volúmico de Ar:
d 2
𝐕̇ = 𝐯𝐚𝐫 × 𝐀 ↔ var × (π × ( ) ) =
2
var foi dado em cima

2º Passo) Determinação do volume específico do ar à entrada:


• Com recurso ao software PsychroCalc, de modo a retirar automaticamente o volume específico
do ar à entrada da unidade, obteve-se:
𝐓 =
{ 𝐁𝐒 → 𝐯 = [𝐦𝟑 /𝐤𝐠]
𝐓𝐁𝐇 =

3º Passo) Cálculo da densidade do ar à entrada:


𝟏
𝛒𝐚𝐫 = =
𝐯

4º Passo) Cálculo do caudal mássico do ar:


𝐦̇ = 𝛒𝐚𝐫 × 𝐕̇ =

Uma vez que existe conservação do caudal mássico em toda a unidade de tratamento de ar, o caudal
calculado à entrada da UTA é igual para qualquer ponto no interior desta.

5º Passo) Determinação da temperatura equivalente:


A temperatura equivalente é determinada com recurso do diagrama psicrométrico, efetuando-se uma reta
horizontal desde o ponto A até intersectar a temperatura de bolbo seco retirada do termómetro.
𝑻𝑨𝑫𝑷 =

6º Passo) Cálculo do fator de By-Pass:


𝐓𝐂 − 𝐓𝐀𝐃𝐏
𝐅𝐁 = =
𝐓𝐁 − 𝐓𝐀𝐃𝐏

9. Calcule as capacidades da(s) resistência(s) de pré-aquecimento (BPA) e da(s) resistência(s) de


reaquecimento (BRA).

1º Passo) Cálculo da Capacidade da Resistência de Pré-Aquecimento (BPA):


𝐐̇𝐁𝐏𝐀 = 𝐦̇ × (𝐡𝐁 − 𝐡𝐀 ) =

2º Passo) Cálculo da Capacidade da Resistência de Reaquecimento (BRA)


𝐐̇𝐁𝐑𝐀 = 𝐦̇ × (𝐡𝐃 − 𝐡𝐂 ) =

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10. Calcule a capacidade total da bateria de arrefecimento (BF) e o respetivo fator de calor sensível.

1º Passo) Cálculo da capacidade total da bateria de arrefecimento (BF):


𝐐̇𝐓 = 𝐦̇ × (𝐡𝐂 − 𝐡𝐁 ) =

2º Passo) Cálculo da capacidade latente da bateria de arrefecimento (BF):


𝐐̇𝐋 = 𝐦̇ × (𝛚𝐂 − 𝛚𝐁 ) =

3º Passo) Cálculo do fator de calor sensível (FCS):


𝐐̇𝐓 − 𝐐̇𝐋
𝐅𝐂𝐒 = =
𝐐̇𝐓

11. Analise os resultados, critique e justifique todos os resultados que considere características
das evoluções psicrométricas da unidade de tratamento de ar. Compare os resultados com os
valores teóricos. Justifique cientificamente as alterações encontradas evitando mencionar
questões triviais como erros de leitura, etc.

Valores retirados do laboratório Valores


Teóricos
TBS TBH Humidade TBS TBH Humidade
(ºC) (ºC) Absoluta (ºC) (ºC) Absoluta

12. Apresente os valores experimentais considerados para o segundo ensaio do estudo da UTA
(valores já validados). Partindo do pressuposto que as considerações que foram efectuadas no
ponto 6, ainda se consideram válidas neste ensaio. Se essa situação não se verificar, identifique
e justifique as alterações que não foram consideradas nesse ponto.
Potência das resistências: BPA -
BRA -
Velocidade do ar:
Ponto
TBH
Descrição na Fig. TBS (ºC) Observações
(ºC)
1

Ponto na Fig. 𝐦̇ [kg/s]


Descrição P [kPa] Tin [ºC] Tout [ºC]
1

Considerações:

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Climatização (C) 2021SV
13. Quantifique os valores para o segundo ensaio, considerando o raciocínio apresentado nos
pontos entre 7-10, e apresente os valores finais na tabela. Não se pretende que se voltem a
desenvolver os cálculos. Se houve outra interpretação, esta deverá ser justificada em nota
adicional à tabela.

Ensaio 1 Ensaio 2 Observações


Débito de ar [ ]
Tadp [ ]
FB
𝐐̇𝐁𝐏𝐀 [ ]
𝐐̇𝐁𝐑𝐀 [ ]
𝐐̇𝐁𝐅 [ ]

14. Represente na carta psicrométrica e no diagrama de Mollier as evoluções encontradas nos


respectivos processos.

15. Identifique a alteração efectuada no ensaio 2 e o que foi observado com essa modificação.
Compare os resultados obtidos com os valores teóricos. Justifique cientificamente as
alterações encontradas evitando mencionar questões triviais como erros de leitura, etc.

16. Justifique cientificamente as diferenças encontradas entre os valores obtidos no ensaio 1 e no


ensaio
2. Compare as evoluções obtidas com as que obteve no ensaio 1, justificando eventuais
discrepâncias relativamente ao que era esperado.

17. Descreva outras considerações que julgue importantes para a compreensão do trabalho
realizado.

Referências utilizadas

Anexos:

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EXERCÍCIOS

1) Pretende-se determinar a massa de ar de uma sala com as medidas de 3 [m] × 6 [m] × 2 [m]. A
pressão do ar nesta é de 1,013 [bar]e a temperatura de 22 [C].

Passo 1) Calcular o Volume da sala:


𝐕𝐬𝐚𝐥𝐚 = 3 × 6 × 2 = 𝟑𝟔 [𝐦𝟑 ]

Passo 2) Calcular a Massa de Ar através da Lei dos Gases (Rar = 287 [J.kg/K]):
𝐏 × 𝐕 = 𝐦𝐚𝐫 × 𝐑 𝐚𝐫 × 𝐓 ⟺ (1,013 × 105 ) × 36 = mar × 287 × (22 + 273,15) ⟺
⟺ 𝐦𝐚𝐫 = 𝟒𝟑, 𝟕𝟕 [𝐤𝐠]

2) Determine a pressão do ar, tendo este uma temperatura de 0℃ e uma densidade de 2,5 [kg/m3].
Passo 1) Analisar os Dados e o que sabemos:
𝐏 × 𝐕𝐚𝐫 = 𝐦𝐚𝐫 × 𝐑 𝐚𝐫 × 𝐓 −−−−
{ 𝐦𝐚𝐫 ⟺{
𝛒𝐚𝐫 = mar = ρar × Var
𝐕𝐚𝐫
P × Var = (ρar × Var ) × R ar × T
⟺{ ⇒ 𝐏 = 𝛒𝐚𝐫 × 𝐑 𝐚𝐫 × 𝐓
mar = ρar × Var

Passo 2) Calcular a Pressão do Ar através da Lei dos Gases (Rar = 287 [J.kg/K]):
𝐉
𝐏 = 𝛒𝐚𝐫 × 𝐑 𝐚𝐫 × 𝐓 = 2,5 × 287 × (0 + 273,15) = 𝟏𝟗𝟓𝟗𝟖𝟓 [ 𝟑 ] = 𝟏𝟗𝟓𝟗𝟖𝟓 [𝐏𝐚] ≈ 𝟏, 𝟗𝟔 [𝐛𝐚𝐫]
𝐦

3) Num volume de 25 [m3] encontra-se ar húmido a uma pressão de 1 [atm] e à temperatura de 20


[C], com uma massa de vapor de água de 300 [g]. Calcule:

a) A densidade do vapor de água;


𝐦𝐯 0,3
𝛒𝐯 = = = 𝟎, 𝟎𝟏𝟐 [𝐤𝐠⁄𝐦𝟑 ]
𝐕𝐚𝐫 25

b) A pressão de vapor de água;


𝐩𝐯 × 𝐕 = 𝐦𝐯 × 𝐑 𝐯 × 𝐓 ⟺ pv × 25 = 0,3 × (0,4615 × 103 ) × (20 + 273,15) ⟺
𝐉
⟺ 𝐩𝐯 = 𝟏𝟔𝟐𝟑, 𝟓 [ 𝟑 ] = 𝟏𝟔𝟐𝟑, 𝟓 [𝐏𝐚]
𝐦

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c) A pressão de saturação do vapor de água;
Foi-se a tabela 1 do formulário (Água Saturada por Temperatura) e retira-se para a temperatura
de 20 [C] a pressão de saturação:

𝐏𝐬𝐚𝐭 = 𝟐, 𝟑𝟑𝟗 [𝐤𝐏𝐚] = 𝟐𝟑𝟑𝟗 [𝐏𝐚]

d) A humidade absoluta;
𝐩𝐯 1623,5
𝛚 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟐 × = 0,622 × = 𝟎, 𝟎𝟏𝟎 [𝐤𝐠⁄𝐤𝐠]
𝐩 − 𝐩𝐯 101325 − 1623,5

e) A humidade absoluta de saturação;


𝐩𝐬𝐚𝐭 2339
𝛚𝒔 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟐 × = 0,622 × = 𝟎, 𝟎𝟏𝟓 [𝐤𝐠⁄𝐤𝐠]
𝐩 − 𝐩𝐬𝐚𝐭 101325 − 2339

f) O grau de saturação;
𝛚 0,010
𝛘= × 𝟏𝟎𝟎 = × 100 = 𝟔𝟖, 𝟗 [%]
𝛚𝒔 0,015

g) A humidade relativa.
𝐩𝐯 1623,5
𝛗= × 𝟏𝟎𝟎 = × 100 = 𝟔𝟗, 𝟒 [%]
𝐩𝐒 2339

4) Calcule a entalpia de uma mistura de ar seco à temperatura de 20 [C] com uma humidade
absoluta de 0,010 [kg/kg].
Passo 1) Analisar os Dados e calcular se possível:
𝐡 = 𝐡𝐚 + 𝛚 × 𝐡𝐯 h = ha + 0,010 × hv 𝐡 = 𝟒𝟓, 𝟒𝟗 [𝐤𝐉⁄𝐤𝐠]

𝐡𝐚 = 𝟏, 𝟎𝟎𝟔 × 𝐓[°𝐂] ⟺ ha = 1,006 × 20 ⟺ 𝐡𝐚 = 𝟐𝟎, 𝟏𝟐 [𝐤𝐉⁄𝐤𝐠]

{𝐡𝐯 = 𝟐𝟓𝟎𝟎, 𝟕 + 𝟏, 𝟖𝟒 × 𝐓[°𝐂] {hv = 2500,7 + 1,84 × 20 {𝐡𝐯 = 𝟐𝟓𝟑𝟕, 𝟓 [𝐤𝐉⁄𝐤𝐠]

𝐡 = 𝟒𝟓, 𝟒𝟗 [𝐤𝐉⁄𝐤𝐠]

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5) Para uma mistura à pressão atmosférica, com uma humidade absoluta de 0,010 [kg/kg], calcule
a temperatura do ponto de orvalho.
Passo 1) Analisar os Dados:
O ponto de orvalho dá-se quando 𝛗 = 𝟏𝟎𝟎 [%]
𝐩𝐯
𝛚 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟐 × = 𝟎, 𝟎𝟏𝟎 [𝐤𝐠⁄𝐤𝐠]
𝐩 − 𝐩𝐯 𝐩𝐯 = 𝟏𝟔𝟎𝟑, 𝟐𝟒 [𝐏𝐚]

𝐩 = 𝟏 [𝐚𝐭𝐦] = 𝟏𝟎𝟏 𝟑𝟐𝟓 [𝐏𝐚] 𝐩 = 𝟏𝟎𝟏 𝟑𝟐𝟓 [𝐏𝐚]



𝐩 = 𝐩𝐚 + 𝐩𝐯 𝐩 = 𝐩𝐚 + 𝐩𝐯

𝐩𝐯 {𝐩𝐯 = 𝐩𝐒
𝛗= × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟏𝟎𝟎 [%]
{ 𝐩𝐒

Passo 2) Cálculo da temperatura do ponto de orvalho (TPO):


𝟒𝟎𝟒𝟐, 𝟗 4042,9
𝐓𝐏𝐎 = 𝟑𝟕, 𝟓𝟖 − = 37,58 − = 𝟐𝟖𝟕, 𝟐 [𝐊]
𝐥𝐧(𝐩𝐯 ) − 𝟐𝟑𝟓𝟕𝟕𝟏 ln(1603,24 ) − 235771
= 𝟏𝟒, 𝟎𝟏 [°𝐂]

6) Determina as humidades absoluta, absoluta de saturação e relativa para uma mistura de ar


húmido a uma pressão de 101325 [Pa], com uma temperatura seca de 20 [C] e com uma
temperatura de bolbo húmido de 15 [C].
Passo 1) Analisar os Dados:
𝐩 = 𝟏𝟎𝟏 𝟑𝟐𝟓 [𝐏𝐚]
{𝐓𝐚 = 𝟐𝟎 [°𝐂]
𝐓𝐯 = 𝟏𝟓 [°𝐂]

Passo 2) Determinar a pressão de saturação para a temperatura do bolbo húmido:

𝐩𝐬𝐚𝐭@𝟏𝟓°𝐂 = 𝟏, 𝟕𝟎𝟔 [𝐤𝐏𝐚] = 𝟏𝟕𝟎𝟔 [𝐏𝐚]

Uma vez que para o bolbo húmido φ = 100 [%], temos pv  psat@15C

Passo 3) Determinar a Humidade relativa de Saturação:


𝐩𝐬 1706
𝛚 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟐 × = 0,622 × = 𝟎, 𝟎𝟏𝟏 [𝐤𝐠⁄𝐤𝐠]
𝐩 − 𝐩𝐬 101325 − 1706

Passo 4) Determinar a pressão de saturação para a temperatura do bolbo seco:

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Climatização (C) 2021SV

𝐩𝐬𝐚𝐭@𝟐𝟎°𝐂 = 𝟐, 𝟑𝟑𝟗 [𝐤𝐏𝐚] = 𝟐𝟑𝟑𝟗 [𝐏𝐚]

Passo 5) Determinar a entalpia de ar húmido saturado:


𝐡𝐬𝐚𝐭 = 𝐡𝐚 + 𝛚𝐬𝐚𝐭 × 𝐡𝐯 = 𝐡𝐚 + 𝛚𝐬𝐚𝐭 × (𝟐𝟓𝟎𝟎, 𝟕 + 𝟏, 𝟖𝟒 × 𝟏𝟓) = 𝟒𝟐 [𝐤𝐉⁄𝐤𝐠]

Passo 6) Determinar a Humidade absoluta:


𝐡 = 𝐡𝐚 + 𝛚 × 𝐡𝐯 = (𝟏, 𝟎𝟎𝟔𝐓) + 𝛚 × (𝟐𝟓𝟎𝟎, 𝟕 + 𝟏, 𝟖𝟒𝐓) ⟺
⟺ 42 = (1,006 × 20) + ω × (2500,7 + 1,84 × 20) ⟺ 𝛚 = 𝟎, 𝟎𝟗 [𝐤𝐠⁄𝐤𝐠]

Passo 7) Determinar a Pressão do Vapor de Água á Temperatura Seca:


𝐩𝐬 pv
𝛚 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟐 × ⟺ 0,09 = 0,622 × ⟺ 𝐩𝐯 = 𝟏𝟑𝟖𝟕, 𝟐 [𝐏𝐚]
𝐩 − 𝐩𝐬 101325 − pv

Passo 8) Cálculo da Humidade relativa Determinar a Pressão do Vapor de Água á Temperatura


Seca:
𝐩𝐯
𝛗= × 𝟏𝟎𝟎 = 𝟓𝟗, 𝟑 [%]
𝐩𝐬𝐚𝐭

7) Uma sala à pressão atmosférica, 101325 Pa, está a uma temperatura de 25℃ e tem numa
humidade relativa de 50%, sendo inserido nesta, ar húmido a uma temperatura seca de 16℃. Um
caudal de ar húmido exterior, com o caudal volúmico de 5000 m3/h e que se encontra a uma
temperatura de 33℃ e com uma humidade relativa de 45%, é misturado com o caudal volúmico
da sala. Sabe-se que a potência total do calor da sala é de 100 𝑘𝑊 sendo a potência sensível 90
𝑘𝑊.

Calcule:
a) A temperatura do ponto equivalente TADP;

Dados:
Sala: QT = 100 kW e Qsen = 90 kW.
➢ Insuflação (I): TI = 16 [C];
➢ Ar retorno (R): TR = 25 [C]; pR = 101325 [Pa]; φ = 50 [%];
m3 5000×103 dm3
➢ Ar Novo (AN): Q vAN = 5000 [ ]= [ ] = 1388,89 [l⁄s]; TAN = 33 [C]; e φ = 45 [%]
h 60×60 s

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Climatização (C) 2021SV
Passo 1) Calcular o volume da mistura através da fórmula do calor sensível da sala:
NOTA: O volume que entra na sala é o volume da mistura repare no circuito (sai do ponto de mistura
vai ate ponto de insuflação).
̇ = 𝟏, 𝟐𝟑 × 𝐕𝐌̇ (𝐓𝐑 − 𝐓𝐈 ) ⟺ 90 × 103 = 1,23 × VṀ (25 − 16) ⟺ 𝐕𝐌̇ = 𝟖𝟏𝟑𝟎, 𝟎𝟖 [𝐥⁄𝐬]
𝐐𝐬𝐞𝐧

Passo 2) Calcular o volume da sala (retorno):


𝐕𝐌̇ = 𝐕𝐀𝐍
̇ + 𝐕𝐑̇ ⟺ 8130,08 = 1388,89 + VṘ ⟺ 𝐕𝐑̇ = 𝟔𝟕𝟒𝟏, 𝟏𝟗 [𝐥⁄𝐬]

Passo 3) Carta psicométrica: para o ponto de retorno e de ar novo tiramos as entalpias e as


humidades absolutas:
𝐡𝐀𝐍 = 𝟔𝟗, 𝟓 [𝐤𝐉⁄𝐤𝐠]
𝛚𝐀𝐍 = 𝟏𝟒 [𝐠⁄𝐤𝐠] = 𝟏𝟒 × 𝟏𝟎−𝟑 [𝐤𝐠⁄𝐤𝐠]
𝐡𝐑 = 𝟓𝟎 [𝐤𝐉⁄𝐤𝐠]
−𝟑
{𝛚𝐑 = 𝟗, 𝟖 [𝐠⁄𝐤𝐠] = 𝟗, 𝟖 × 𝟏𝟎 [𝐤𝐠⁄𝐤𝐠]

Passo 4) Calcular a entalpia da mistura (hM):


𝐕𝐌̇ × 𝐡𝐌 = 𝐕𝐀𝐍
̇ × 𝐡𝐀𝐍 + 𝐕𝐑̇ × 𝐡𝐑 ⟺ 8130,08 × hM = 1388,89 × 69,5 + 6741,19 × 50 ⟺ 𝐡𝐌 = 𝟓𝟔, 𝟑𝟑 [𝐥⁄𝐬]

Passo 5) Calcular a entalpia da mistura (M):


𝐕𝐌̇ × 𝛚𝐌 = 𝐕𝐀𝐍
̇ × 𝛚𝐀𝐍 + 𝐕𝐑̇ × 𝛚𝐑 ⟺ 8130,08 × ωM = 1388,89 × 14 + 6741,19 × 9,8 ⟺ 𝛚𝐌 = 𝟏𝟎, 𝟓𝟐 [𝐠⁄𝐤𝐠]

Passo 6) Calcular o Fator de Calor Sensível (FCS):


𝐐̇ 90
𝐅𝐂𝐒 = 𝐬𝐞𝐧 = = 𝟎, 𝟗
𝐐𝐓̇ 100

Passo 7) Carta psicométrica: tendo hM e M o marcamos o ponto de mistura;

Passo 8) Carta psicométrica: Traçar uma reta desde de FCS = 0,9 ate ao ponto especial (T = 24
[C] e humidade relativa 50%), depois traça-se uma reta paralela a esta que passe no ponto de
Mistura e vai ate a uma humide relativa de 100 %. Este é onde está a TADP, neste caso TADP = 14
[C]

b) O fator de by-pass, FB;

𝐓𝐈 − 𝐓𝐀𝐃𝐏 16 − 14
𝐅𝐁 = = = 𝟎, 𝟏𝟔 = 𝟏𝟔 [%]
𝐓𝐌 − 𝐓𝐀𝐃𝐏 26,4 − 14

c) Potências calorifica total, sensível e latente da serpentina, e o fator de calor sensível da


serpentina;
Passo 1) Calcular o Potência sensível da serpentina:
NOTA: O volume que entra na UTA é o volume da mistura repare no circuito (sai do ponto de mistura
vai ate ponto de insuflação).
̇
𝐐𝐬_𝐬𝐞𝐫𝐩 = 𝟏, 𝟐𝟑 × 𝐕𝐌̇ (𝐓𝐑 − 𝐓𝐈 ) = 1,23 × 8130,08 × (25 − 16) = 𝟏𝟎𝟒𝟎𝟎𝟎 [𝐖]

Passo 2) Calcular o Potência latente da serpentina:

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Climatização (C) 2021SV
̇
𝐐𝐋_𝐬𝐞𝐫𝐩 = 𝟑, 𝟎 × 𝐕𝐌̇ (𝛚𝐌 − 𝛚𝐈 ) = 3,0 × 8130,08 × (10,52 − 10) = 𝟏𝟐𝟏𝟗𝟓, 𝟏 [𝐖]

Passo 3) Calcular o Potência Total da serpentina:


̇
𝐐𝐓_𝐬𝐞𝐫𝐩 ̇
= 𝐐𝐬_𝐬𝐞𝐫𝐩 ̇
+ 𝐐𝐋_𝐬𝐞𝐫𝐩 = 104000 + 12195,1 = 𝟏𝟏𝟔𝟏𝟗𝟓 [𝐖]

Passo 4) Calcular o Fator de Calor Sensível da serpentina (FCSserp):


̇
𝐐𝐬_𝐬𝐞𝐫𝐩 104000
𝐅𝐂𝐒𝐬𝐞𝐫𝐩 = = = 𝟎, 𝟖𝟗
̇
𝐐𝐓_𝐬𝐞𝐫𝐩 116195

d) O que representam as diferenças entre as potências calorificas totais e sensíveis da sala com
a da serpentina?

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