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Escola Superior de Ciências Náuticas

Departamento de engenharia de Máquinas

Engenharia de Máquinas Marítimas

Cadeira: MCI-III

Tema: Componentes do Sistema de arrefeciemnto de água doce


(Tanque de expansão, Controlador de temperatura, Desaerador e pré-
aquecimento)

Docente: Mário Jonas

Discente:

Ailton Stélio Daniel Machango

Maputo, Julho de 2022


Escola Superior de Ciências Náuticas

Departamento de engenharia de Máquinas

Engenharia de Máquinas Marítimas

Cadeira: MCI-III

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Máquinas de
Combustão Interna 3, orientada
Discente:
pelo docente Mário Jonas.
Ailton Stélio Daniel Machango

Maputo, Julho de 2022

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Índice
Introdução ............................................................................................................................. 4
Objectivos ............................................................................................................................. 5
O sistema de arrefeciemento .................................................................................................. 6
Componentes ........................................................................................................................ 7
Tanque de expansão (Header tank no esquema) ..................................................................... 7
Desaerador (Dearator no esquema) ........................................................................................ 8
O controlo de temperatura ..................................................................................................... 9
Pre-aquecedor (Heater no esquema) ...................................................................................... 9
Conclusão ........................................................................................................................... 10
Referências Bibliográficas................................................................................................... 11

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Introdução
Sendo a temperatura máxima atingida pelos gases durante o ciclo de funcionamento superior
a 2000 K, muito superior portanto à temperatura m´axima admissível para os metais que
de limitam a câmara de combustão, tornam-se necessários sistemas de arrefecimento
adequados. É aqui onde entra o sistema de arrefecimento.

O trabalho falará somente de alguns componentes específicos do sistema de arrefecimento de


agua doce.

O sistema de arrefecimento tem como função garantir que a temperatura de serviço no


interior do motor nunca ultrapasse um valor predeterminado, a fim de evitar o
superaquecimento das peças e dos lubrificantes.

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Objectivos

Gerais:

 Dar uma visão geral do sistema de arrefecimento.

Específicos:

 Falar dos componentes (Tanque de expansão; Controlador de temperatura;


Desaerador e pré-aquecimento).

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O sistema de arrefeciemento
De acordo com (Tillman, 2013) o sistema de arrefecimento tem por objetivo impedir que os
elementos mecânicos do motor atinjam uma temperatura muito elevada ao contato com os
gases da combustão, ou seja, controlar a temperatura ideal dentro da faixa de operação do
motor.

Os processos de transmissão de calor ocorrem em função das leis da termodinâmica, ciência a


qual define as transformações do calor e do trabalho mecânico e o estudo das leis às quais
obedecem os gases durante suas evoluções desde sua entrada no cilindro até sua saída para a
atmosfera. Especificamente no caso dos motores de combustão interna, os gases são
comprimidos, queimados, dilatados e expandidos sob o efeito da temperatura ou de um
trabalho mecânico.

A manutenção da temperatura ideal de trabalho evita o desgaste, detonação da mistura. As


folgas adequadas e a viscosidade do lubrificante são responsabilidade do sistema de
refrigeração. A perda de calor do sistema durante os cursos de compressão e expansão
contribui para redução em potência e eficiência, até cerca de 10% da potência e da eficiência
do ciclo equivalente de ar/combustível.

Além do calor transmitido do fluido de trabalho durante os cursos de compressão e expansão,


uma parcela ponderável é transmitida para a estrutura do cilindro e, consequentemente, para o
meio refrigerante, durante o processo de descarga, além do atrito provocado pelo pistão que
também constitui uma fonte de fluxo de calor. Assim, o fluxo total de calor no sistema de
refrigeração é muito maior do que o fluxo de calor dos gases durante o ciclo de trabalho. O
sistema de arrefecimento é o responsável pela troca de calor do motor com o meio ambiente,
regulando sua temperatura de trabalho.

Um bom sistema de arrefecimento garante trabalho motor na faixa ideal de funcionamento,


permitindo maior vida aos componentes internos e reduzindo consumo de combustível. O
processo de refrigeração envolve o fluxo de calor dos gases, sempre que a temperatura destes
excede à da parede do cilindro. O atrito gerado pelas partes móveis do motor também é uma
fonte geradora do fluxo de calor para as diversas partes do motor. O atrito mecânico eleva a
temperatura do lubrificante e das partes envolvidas, resultando em fluxo de calor para as
partes vizinhas ao resfriador e de lá para o fluido refrigerante. (Trindade,2014)

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Componentes

fig.1. Sistema de arrefecimento

Os componentes que serão aqui abordados são: os desaeradores; o tanque de expansão; o


controlador de temperatura e o arrefecedor de ar.

Tanque de expansão (Header tank no esquema)


Tem por missão compensar as variações de volume devido às variações de densidade e
compensar eventuais fugas que se possam verificar no sistema de circulação.

Para criar uma cabeça estática, o tanque de expansão é instalado acima do motor e garante
que o sistema de circulação de refrigeração do motor seja preenchido com água. Ao mesmo
tempo, o ar é expelido deste sistema através do tanque de expansão.

Este tanque é também utilizado para manter uma pressão potencial residual no circuito, e para
permitir a saída de eventuais fugas de gás quente, que serão controladas pela variação do
nível desta caixa. (Tilman, 2013)

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Desaerador (Dearator no esquema)
Primeiro desaeração é o processo mecânico de retirada de gases não condensáveis,
dissolvidos na água, feito por um desaerador. Dois exemplos desses gases são o oxigênio (O 2)
e o dióxido de carbono (CO2). A presença desses elementos na água dificulta o seu uso, seja
em equipamentos industriais, seja como ingrediente de alimentos. Por isso, eles precisam
passar por esse procedimento de remoção. Nem todo o sistema de arrefecimento consta o
desaerador, eles efectuam a remoção de ar dissolvido na agua.

O equipamento do desaerador é alimentado com água cuja composição inclui os gases


dissolvidos e que precisam ser retirados, fica localizado próximo ao tanque de expansão.

O aumento da temperatura da água faz com que a solubilidade desses gases diminua, ou seja,
fica mais difícil para eles manterem-se misturados à agua. Não conseguindo mais se dissolver
no líquido, esses gases, então, são expelidos.

fig.2. um outro sistema de arrefecimento de agua doce em que consta o desaerador

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O controlo de temperatura
O controlo de temperatura é efectuado por uma válvula termostática de 3 vias, que faz com
que a água de circulação faça “by-pass” ao arrefecedor de água de circulação, até ser atingida
a temperatura normal de circulação. É aconselhável manter uma temperatura média de
circulação entre 70 e 80 º C no motor. A válvula termostática controla as quantidades de água
que passam pelo arrefecedor ou por fora dele (by-pass).

Sensor de temperatura do circuito de refrigeração interno, que fornece leituras do dispositivo


indicador e inclui alarmes sonoros e luminosos em caso de superaquecimento;

Um termostato que aciona a circulação da água do mar no trocador de calor somente após a
temperatura do circuito interno atingir os parâmetros operacionais.

Se a temperatura estiver abaixo do valor pré-definido no controlador, o controlador posiciona


a válvula reguladora de temperatura de forma a que toda a água vá directamente para a
aspiração das bomba. Quando, o motor está a trabalhar, a temperatura de circulação atinge o
valor estabelecido e o controlador faz com que a válvula reguladora de temperatura comece a
dar passagem da água do circuto de baixa temperatura, permitindo manter constante o valor
da temperatura do circuito de AT. (Optolov, s.d)

Pre-aquecedor (Heater no esquema)


O pré-aquecedor tem por finalidade colocar a máquina em aquecimento após paragem
prolongada de forma a prepará-la para entrar em manobras ou antes do motor dar partida.

É necessário ao preparar o motor para dar partida em lugares com um clima extremamente
baixo, para evitar problemas térmicos no motor.

Antes de começar o sistema de pré-aquecimento o tanque de expansão deve ser verificado se


está com quantidades correctas, de seguida verificar se as válvulas envolvidas no processo
estão correctamente posicionadas e de seguida reguladas.

Quando o motor atingir a temperatura o nível pretendido o motor pode ser ligado e o sistema
de pré-aquecimento desligado. Este pré-aquecimento da água de circulação é efectuado ou à
custa de vapor ou através da água de circulação dos Diesel-geradores. (Varela,2010)

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Conclusão
O estudo das perdas de calor no motor é importante não apenas do ponto de vista da
eficiência, mas também para o projeto do sistema de refrigeração.

É muito importante que o sistema de arrefecimento seja bem cuidado, isto é, fazer sempre um
chekup para ver se tudo está nos conformes pois o correcto desempenho do sistema de
arrefecimento é uma condição essencial para assegurar a longevidade do motor com baixos
consumos e emissões.

Os sistemas de arrefecimento podem variar consoante o navio em que se encontra, vimos por
exemplo o caso do Desaerador que nem sempre consta lá, mas o principio de funcionamento
sempre é o mesmo.

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Referências Bibliográficas
Optolov. (s.d.). Sistema de refrigeração de água doce. Frigoríficos em navios. O que é
melhor chiller ou drycooler. Disponível em: Sistema de refrigeração de água doce. Frigoríficos
em navios. O que é melhor chiller ou drycooler (optolov.ru)

Tillman,C.(2013). Motores de Combustão Interna e seus Sistemas. Instituto Federal de


Educação, Ciência e Tecnologia. Pelotas, Sul-Rio

Trindade, J. (2014). Motores de Combustão Interna. Engenharia Mecânica

Varela, C & Santos, G. (2010). Noções Básicas de Motores Diesel. Universidade Federal
Rural. Rio de Janeiro.

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