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ÍNDICE
CALDEIRA E ACESSÓRIOS
___________________________________________________________________________
Descrição ...........................................................................................................................3
Instalação ..........................................................................................................................5
Equipamentos ................................................................................................................. 24
SISTEMA DE COMBUSTÃO
___________________________________________________________________________
Descrição ......................................................................................................................... 33
Controle de combustão .................................................................................................. 66
TRATAMENTO DA ÁGUA
___________________________________________________________________________
Fundamentos .................................................................................................................. 92
Parâmetros de controle ................................................................................................. 100
Condicionamento da água ............................................................................................. 101
OPERAÇÃO
___________________________________________________________________________
1
ÍNDICE
MANUTENÇÃO
___________________________________________________________________________
APÊNDICE
___________________________________________________________________________
2
DESCRIÇÃO
DESCRIÇÃO
A caldeira MISSIONTM 3-Pass é do tipo flamotubular, horizontal, com três passagens
de gases, própria para a queima de combustíveis líquidos e gasosos ou ambos,
alternativamente.
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DESCRIÇÃO
Ainda à frente da caldeira, situa-se a caixa de ar, ligada diretamente à fornalha, que é
uma câmara onde é captado e distribuído todo o ar necessário à combustão. É na caixa de ar
que é montado o combustor principal e o damper de regulagem do ar proveniente do
ventilador.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
INSTALAÇÃO DA CALDEIRA
CASA DE CALDEIRAS
Esta deve ser ampla, limpa, bem arejada, bem iluminada e com rede de esgoto para a
devida lavagem e drenagem. Sua construção deve seguir basicamente o desenho "Esquema
de Instalação, Fundações e Cargas", devendo também ser observadas as prescrições
contidas na NR-13 (Portaria no 23 de 27/12/94 da Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho - SSST), transcritas a seguir:
REQUISITOS LEGAIS:
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
OUTRAS RECOMENDAÇÕES:
• Deve haver espaço suficiente em torno da unidade, a fim de permitir livre acesso
para inspeção e manutenção. A área de circulação e os espaços em torno da
caldeira devem constituir uma faixa livre de 70 centímetros, no mínimo. Na parte
dianteira e traseira do gerador, em especial, recomenda-se deixar espaço suficiente
para a limpeza periódica da tubulação (vide desenho de instalação);
• O iluminamento mínimo deve ser de 150 lux, através de equipamento de
iluminação com proteção externa adequada;
• No interior da Casa de Caldeiras, em local de fácil acesso e visualização, devem
ser instalados extintores de incêndio tipo “químico seco” ou "dióxido de carbono",
de acordo com os requisitos da NR-23;
• Uma vez que o trabalho do operador é realizado predominantemente de pé, deve
haver assento para descanso em locais que possam ser utilizados durante as pausas.
• Ao executar as canaletas para as tubulações de óleo, água e descarga, estas deverão
ter uma inclinação de 1/250 a 1/400, em direção ao ralo. Deverão possuir tampas
em chapa ou similar, removíveis, de forma que impeçam a queda de objetos ou
pessoas;
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
Para as caldeiras com atomização por fluido auxiliar e que não sejam equipadas com
compressor próprio, é necessário um ponto de ar comprimido na Casa de Caldeiras. Este
ponto será também conveniente para auxílio à limpeza e manutenção.
A caldeira deve ser colocada sobre a sua base, construída conforme o desenho
"Esquema de Instalação, Fundações e Cargas" e, após, nivelada longitudinal e
transversalmente. Para o bom funcionamento da caldeira e principalmente do sistema de
controle de nível da água é imprescindível o perfeito nivelamento da unidade. Para tanto, faça
o nivelamento pela última camada de tubos, primeiro no sentido longitudinal ao eixo da
caldeira e depois no sentido transversal.
Após feito o nivelamento devem também ser fixados às suas bases o ventilador, a
plataforma de operação (se houver) e o painel de comando, caso não tenham sido montados
diretamente na caldeira.
Dependendo do meio de transporte e/ou das condições específicas de cada caldeira,
alguns de seus equipamentos auxiliares são fornecidos desacoplados, sendo necessário a
montagem e interligação destes.
O próximo passo é a interligação da caldeira ao restante da instalação e aos seus
auxiliares.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
Deve-se ter o devido cuidado, quando da instalação da rede de água, uma vez que esta
é primordial para o bom funcionamento da caldeira. De fato, em caso de irregularidade ou
insuficiência da rede de água, esta acarretará constantes problemas à caldeira, podendo até
mesmo causar graves acidentes.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
O tanque deverá ser instalado a uma altura mínima de 2 (dois) metros acima da sucção
da bomba, em caso de utilizar-se água fria, de 4 (quatro) metros, em caso de água a 50°C e 6
(seis) metros para água a 80°C. Observe que a altura especificada é a diferença de cota entre a
saída de água do tanque e a entrada da bomba d'água.
A saída de água do tanque de suprimento deve ser instalada a uma altura de no
mínimo 50 mm do fundo, evitando assim a aspiração de lama depositada no fundo do tanque.
Recomenda-se instalar, no tanque, um indicador de nível d'água e um termômetro, este
último no caso de utilizar-se água quente.
A fim de evitar-se que o nível de água no tanque baixe além de 200 mm acima da
saída de água, recomenda-se a instalação de um alarme sonoro que possa ser ouvido
claramente no interior da Casa de Caldeiras.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
As caldeiras que irão consumir óleo combustível devem ser instaladas com um tanque
de serviço intermediário entre o tanque de armazenamento de óleo e a bomba de combustível.
O tanque de serviço é fornecido juntamente com a caldeira e torna prática e fácil a operação
desta, aproveitando o retorno do óleo aquecido. Para a instalação e construção da rede de óleo
devem ser observadas as recomendações a seguir:
1. A fim de evitar problemas, tais como flutuação de carga, baixa temperatura de
bombeamento, etc, a rede geral de óleo combustível não deve ligar diretamente o
tanque de armazenamento ao gerador de vapor. O tanque de serviço deve ser instalado
no circuito, o mais próximo da bomba de óleo, tendo antes um filtro e uma válvula de
bloqueio.
2. O tanque de serviço é normalmente fornecido com uma resistência elétrica para
aquecimento do óleo, um termostato para controle e um termômetro para indicação da
temperatura de aquecimento. Todos os acessórios são instalados em luvas apropriadas
existentes no tanque.
3. Em locais de clima frio ou em instalações para óleos ultraviscosos devem ser previstos
aquecimento da tubulação de óleo através de “tracer” a vapor ou elétrico e total
isolamento térmico da mesma, a fim de se manter a temperatura do óleo acima do
ponto de fluidez.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
4. Quando o nível de óleo do tanque de armazenamento é mais alto que o nível de óleo
do tanque de serviço, deve ser instalada uma válvula solenóide ou bóia macho na
entrada de óleo do tanque de serviço.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
necessário. Coloque próximo a esta válvula e em local bem visível uma placa de identificação
com os dizeres: "válvula de bloqueio manual de gás".
Normalmente a pressão de gás na estação de medição é superior à pressão necessária a
operação. Por isso, a caldeira sai equipada com uma válvula reguladora de pressão que reduz
e ajusta automaticamente a pressão ao valor necessário a operação. Quando isto não ocorre,
ou seja, a pressão na estação de medição se aproxima da pressão necessária a operação, a
válvula reguladora de pressão não é fornecida, devendo portanto o gás ser fornecido com
pressão constante, no valor necessário a operação.
Em caldeiras com produção de vapor acima de 1000 kg/h, entre as válvulas de
bloqueio automático do sistema de gás, existe uma válvula de “vent”, que tem a finalidade de
despressurizar o sistema de gás em caso de parada ou vazamento na primeira válvula de
bloqueio. Após esta válvula de “vent” existe um borbulhador onde poderão ser visualizados
possíveis vazamentos. Neste borbulhador existe uma conexão que deverá ser canalizada para
fora da Casa de Caldeiras em local seguro, usando tubo de mesmo diâmetro da conexão do
borbulhador.
O ponto de descarga deverá estar sempre livre, e distante no mínimo três metros de
qualquer componente elétrico ou fonte de energia aberta, e deverá estar localizado no mínimo
a três metros acima do telhado. A sua extremidade deverá ser voltada para baixo a fim de
evitar a penetração de água da chuva e detritos.
Em local visível dentro da Casa de Caldeiras recomenda-se a colocação de avisos de
segurança do tipo: "proibido fumar", "proibido acender fósforos ou isqueiro", "perigo,
explosivo", etc.
Duas redes de drenagem devem ser previstas: uma que trabalhará sob a pressão da
caldeira e outra que estará à pressão atmosférica. Não construa um sistema de drenagem
único, pois redundará em sérios problemas. O sistema fechado tenderá a dar escape pelo
sistema aberto, o que além de danificar toda a pintura e sujar o gerador de vapor, impedirá a
rotina diária de manutenção, que obrigatoriamente deve ser feita, podendo ainda causar sérios
acidentes.
A rede sob pressão deve ser construída em tubo de diâmetro 3" ou maior, e levará até
o exterior da Casa de Caldeiras a água sob pressão e alta temperatura, proveniente das
descargas de fundo e da coluna de nível. Esta água não deve ser reaproveitada, pois
normalmente possui alta concentração de sólidos dissolvidos (lama).
Os pontos (válvulas para descarga de fundo - uma, duas ou três, dependendo do
tamanho da caldeira - e válvula para descarga da coluna de nível) deverão ser interligados
entre si e a água coletada nestes pontos deverá ser conduzida até uma caixa de drenagem
apropriada ou um tanque de descarga. A pressão e temperatura elevadas em que se encontra a
água drenada poderá destruir um sistema de esgoto normal. Por isso recomenda-se instalar um
tanque de descarga entre a caldeira e o esgoto, onde o impacto e a temperatura elevada da
água serão eliminados.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
Nota: É importante a ancoragem da rede sob pressão, para evitar sérios acidentes.
A AALBORG,
mediante pedido,
fornece tanques de
descargas tipo
horizontal ou vertical,
para locais onde não se
permite alta
temperatura na rede de
esgoto. Este tanque,
previamente abastecido
com água fria ao nível
do "ladrão" ao receber
a água saturada
proveniente da
descarga da caldeira,
primeiramente absorve Caixa de drenagem
o choque, liberando em
seguida o vapor "flash" formado em seu interior e, após misturar a descarga com a água fria,
libera para a rede de esgoto normal igual quantidade de água recebida, sem pressão e
resfriada.
Outra alternativa, quando não se possui o tanque de descarga é a construção de uma
caixa de drenagem conforme indicado acima.
A rede aberta poderá ser constituída de uma tubulação de diâmetro nominal 2" ou
mesmo a própria canaleta. Esta coletará os drenos dos seguintes pontos:
● Dreno do indicador de nível;
● Coletor de vazamento de água pelas gaxetas da bomba d'água.
Todos os tubos de dreno deverão estar inclinados em direção ao ponto de conexão
com a rede de esgoto, sendo o seu escoamento por gravidade.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
mais direta possível; se houver necessidade de curvas, estas deverão ser de grande raio de
curvatura.
A saída do vapor não
deverá ser voltada para local onde
seja possível a presença de pessoas,
mesmo que esporádica, nem sobre
outro equipamento.
Deve ser prevista uma boa
ancoragem para a tubulação de
descarga, de modo que, ao
descarregar o vapor, a reação deste
saindo para o ambiente, não incida
sobre a válvula. Esta ancoragem
não deve ser feita através da parede
da Casa de Caldeiras, devendo
haver uma folga de Canalização horizontal das válvulas de segurança
aproximadamente 10 mm na
passagem da tubulação pela parede.
Tanto na válvula quanto na tubulação de descarga devem ser instalados drenos
perenes, de forma a evitar o acúmulo de condensado no corpo da válvula e no interior da
descarga.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
ÁGUA DE RESFRIAMENTO
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
A chave geral é requerida por norma de segurança e normalmente não vai instalada no
painel da caldeira. Esta chave deve ser providenciada pelo cliente à época da instalação e
recomendamos instalá-la em armário independente. A localização deverá ser o mais próximo
possível do painel de comando;
Seu dimensionamento deverá ser de acordo com as normas vigentes;
Se utilizar chave faca com porta fusíveis, atentar na instalação para que a faca não se
feche através de seu próprio peso. Observar também que os fusíveis deverão estar do lado da
carga.
3. Observações importantes:
• Antes de fazer a ligação definitiva, verifique se está correta a rotação dos motores.
• As caldeiras AALBORG são construídas e equipadas para funcionar em 220, 380 ou
440 V e 50 ou 60 Hz, conforme seja especificado no pedido do cliente.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
ATERRAMENTO DA CALDEIRA
1. Após encher de água até a metade da coluna de nível da caldeira, adicione 0,9 kg de
soda cáustica dissolvida para cada 1.000 litros de água na caldeira. Faça funcionar em
baixa combustão (elevação de temperatura da água inferior à 50ºC em uma hora) até a
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – INSTALAÇÃO
pressão do vapor atingir de 196 a 294 kPa (2 a 3 kg/cm2 = 28 a 43 psig). Manter esta
pressão durante 4 horas.
2. No dia seguinte, quando estiver fria, drene por completo e, em seguida encha de água
limpa, para efetuar uma lavagem completa na caldeira.
3. Além da soda cáustica, podem ser utilizados outros compostos alcalinos, tais como
fosfato trissódico, barrilha ou silicato de sódio na concentração de 1 a 5% e
procedendo-se como descrito para a soda cáustica.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTOS
Para o seu funcionamento, o gerador de vapor, além do vaso de pressão constituído
pelo corpo, fornalha, espelhos e tubos, complementado pelas câmaras de passagem dos gases
de combustão, requer uma série de equipamentos que serão descritos a seguir. Outros
equipamentos serão abordados em tópicos próprios como “Sistema de Combustão” e “Sistema
de Controle”.
BOMBAS D'ÁGUA
INSTALAÇÃO:
Tubulação de sucção:
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – EQUIPAMENTOS
OPERAÇÃO:
MANUTENÇÃO:
Verifique periodicamente:
• Alinhamento da bomba com o motor - A análise mais rápida desta situação pode
ser feita examinando a luva elástica na junção dos dois eixos. Aproveite para
examinar o estado da junta de borracha do acoplamento.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – EQUIPAMENTOS
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – EQUIPAMENTOS
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – EQUIPAMENTOS
• Sobrecarga do motor:
• Bomba vibrando:
Falta de alinhamento;
Falta de rigidez da fixação ao chassi;
Rotor parcialmente entupido causando desequilíbrio;
Peças móveis atritando-se;
Rolamentos gastos;
Cavitação (sucção demasiada, operando com água quente).
VÁLVULAS DE SEGURANÇA
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – EQUIPAMENTOS
Para assegurar esta performance, elas devem ser submetidas a sistemáticas inspeções,
perfeita manutenção, além de serem corretamente manuseadas.
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – EQUIPAMENTOS
Vazamentos:
Quando ocorre vazamento, à pressão operacional, é importante um pronto reparo. A
permanência desta condição tende a causar danos e inutilizações de certos componentes, o
que viria a comprometer os custos de manutenção. As causas prováveis de vazamentos são as
seguintes:
• Assentamento prejudicado por corpo estranho - Em primeiro lugar, isto não deve
ocorrer quando todo o sistema tenha sido limpo e libertado de qualquer matéria
estranha. Partículas sólidas encravadas no assentamento impedem a boa vedação.
Provocando-se uma descarga pela alavanca de levantamento, é provável que o
material estranho seja expulso e que o vazamento desapareça. Se este
procedimento não conduzir a resultado satisfatório, é possível que as sedes tenham
sido danificadas e, se assim for, requeiram o recondicionamento.
• Deformações decorrentes de tensões da tubulação - O vazamento assim provocado,
poderá ser corrigido pelo alívio das tensões geradas, procedendo-se ao
ancoramento apropriado ou outras modificações da tubulação.
• Pressões de operação e abertura muito próximas - Uma válvula em perfeitas
condições de montagem e ajuste, deverá apresentar vedação total até um valor de
pressão 10% abaixo do de ajuste.
• Falhas nas remontagens ou ensaios - Antes da montagem, todos os componentes
das válvulas devem ser limpos e os assentos recondicionados de acordo. Na
montagem é preciso grande atenção com todas as peças, principalmente os
assentos, para que se obtenham o alinhamento correto e a perfeita vedação.
Trepidação:
Assim é designado o fenômeno de repetidas aberturas e fechamento das válvulas, com
freqüência muito alta. São causas determinantes desta falha:
I. Válvula com excesso de capacidade;
II.Uma restrição na entrada da válvula;
III.Linha de descarga mal instalada e subdimensionada.
Para eliminar a primeira causa, basta usar válvula menor. A segunda causa provoca
uma espécie de "emperramento" à abertura da válvula, criando uma pressão de entrada
variável que, sendo de suficiente magnitude, poderá causar danos e, portanto, exigirá correção
imediata. As linhas de descarga podem desenvolver altas contrapressões, em função de
subdimensionamento, curvaturas imperfeitas, estrangulamentos e outras falhas capazes de
provocar trepidação.
MANUTENÇÃO:
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – EQUIPAMENTOS
PAINEL DE COMANDO
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CALDEIRA E ACESSÓRIOS – EQUIPAMENTOS
Os defeitos mais comuns são: queima de bobinas, mau contato, contatos colados e
queima do alarme sonoro. Observe que a queima de fusíveis normalmente ocorre por curto-
circuito ou excessiva corrente elétrica, não devendo ser considerada como normal ou falha do
fusível e antes da substituição do mesmo, deverá ser feita uma criteriosa análise para
verificação da causa do rompimento do elo fusível. Verifique se a tensão de alimentação tem
o valor dentre os limites de ± 10% (dez por cento) da nominal;
Não altere a regulagem dos reles térmicos ou a capacidade dos fusíveis. Estes são
elementos de proteção e deverão estar corretamente ajustados ou dimensionados para sua
perfeita atuação.
Antes de proceder a qualquer reparo ou verificação no interior do painel de comando,
desligue antes a caldeira e abra a chave seccionadora geral que alimenta o mesmo. Lembre-se
que ao desligar a caldeira os seus equipamentos param e o circuito de comando é
desenergizado, entretanto o barramento, os fusíveis e a entrada das chaves contactoras dos
motores ainda possuem tensão até que se desligue a chave geral da caldeira.
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
SISTEMA DE COMBUSTÃO
O sistema de combustão utilizado nas caldeiras AALBORG é inteiramente
automático, sendo especialmente projetado para a queima de óleo e gás e atendendo
rigorosamente as mais rígidas normas internacionais de segurança.
COMBUSTOR PRINCIPAL
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
COMBUSTORES MPR
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Essa lavagem contribui grandemente para conservar limpo o atomizador, porém é uma
boa prática, antes de paradas prolongadas, retirar a lança de óleo e colocá-la verticalmente,
com o atomizador mergulhado em uma pequena vasilha com óleo Diesel. Assim o óleo Diesel
dissolverá o restante do combustível que tenderia a formar uma crosta no atomizador.
Quando colocar a lança de óleo no lugar, fixe-a bem, observando se está na posição
correta.
A caixa de ar é um dispositivo integrante do conjunto do queimador, destinado a
receber o ar secundário do ventilador e distribuí-lo adequadamente para alimentar a
combustão.
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Nota: Para evitar maior freqüência desta limpeza, mantenha limpo o ambiente da Casa
de Caldeiras.
Difere apenas na lança, na qual o gás é admitido diretamente no tubo externo saindo
por orifícios calibrados para cada tipo de gás, na extremidade da lança.
A caixa de ar é idêntica à da MPR para combustível líquido.
Combustor QG M3P
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
COMBUSTORES MY-JET
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Cuidados Gerais:
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Ao executar este procedimento, não solte a lança do flange de fixação, pois isto
alterará a posição de avanço da lança. Caso haja realmente a necessidade de soltá-lo, faça
antes uma marca no tubo para facilitar a montagem posterior.
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
VENTILADORES
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
LIMPEZA DO ROTOR:
Notas:
• Para evitar maior freqüência desta limpeza, mantenha limpo o ambiente da
Casa de Caldeiras.
• Nos ventiladores com acoplamento direto, os cuidados com os mesmos se
restringem à limpeza do rotor e da caixa, visto que por ser o rotor acoplado
diretamente ao eixo do motor elétrico, dispensa-se a aplicação do mancal,
polias e correias de acionamento.
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Os defeitos possíveis são bem poucos e remotos, desde que a manutenção seja
eficiente. Os mancais sofrem desgaste com o uso, porém a vida útil dos mesmos é longa. Se
faltar lubrificação, o desgaste será imediato. Em tudo o mais a estrutura é sólida e não dará
problemas.
ABAFADOR DE RUÍDOS:
Com a finalidade de atenuar o ruído emanado com o funcionamento normal do
ventilador, este pode ser equipado com um abafador de ruídos instalado na boca de sucção.
Este equipamento é constituído de uma carcaça de aço revestida internamente com
isolação acústica.
• Tanque de serviço, com a finalidade de permitir uma partida a frio rápida, além de
ajudar na estabilização da temperatura e pressão do óleo combustível. É equipado
com os seguintes acessórios:
• Resistência elétrica de aquecimento;
• Termostato;
• Termômetro.
• Filtro vertical simples, à sucção da bomba de óleo, e após o aquecedor de óleo.
• Bomba de óleo do tipo engrenagens, com alívio interno, para recalque do óleo do
tanque de serviço.
• Válvulas de bloqueio manual.
• Válvulas de retenção.
• Válvula solenóide para bloqueio do vapor de aquecimento (aquecedores mistos).
• Válvula solenóide ou pneumática para bloqueio da entrada de óleo combustível no
queimador.
• Válvula de alívio do aquecedor de óleo.
• Aquecedor de óleo elétrico ou misto (elétrico e vapor), com a finalidade de elevar a
temperatura do óleo combustível até a temperatura ideal de queima. Possui válvula
para dreno da água depositada no fundo e pode ser "contornado", dependendo do
tamanho do aquecedor, para funcionamento da caldeira com Diesel (sem
aquecimento).
• Purgador do condensado formado no interior da serpentina do aquecedor de óleo
(aquecedores mistos).
• Termo-elemento do controlador da temperatura do óleo combustível à saída do
aquecedor.
• Termômetro para indicação da temperatura do óleo à saída do aquecedor.
• Manômetros para indicação da pressão do óleo na válvula comando de fogo e do
óleo na entrada do queimador (apenas caldeiras M3P-8.0 e maiores).
• Válvula comando de fogo (veja sistema de modulação).
• Válvula para sangria de ar e gases (“vent”).
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
• Combustor (veja item neste mesmo tópico).
• Tanque auxiliar para lavagem da rede com Diesel, quando de paradas por tempo
prolongado, e suprimento de Diesel para o piloto.
Estes elementos não deverão ter suas posições relativas modificadas sem prévia
consulta a AALBORG e em caso de necessidade de substituição de algum elemento, este não
deverá ter sua especificação ou qualidade alterada. Alguns equipamentos e acessórios
mostrados são mais bem explanados em sua função, modo de operar, ajustes e manutenção
em tópicos à parte.
De modo geral, desde que não haja modificação significativa no óleo combustível
utilizado, não deverão ser alterados os valores de temperaturas e pressões ajustados pelo
nosso pessoal técnico à ocasião do acendimento da caldeira. Em caso necessário, estas
alterações e regulagens deverão ser feitas por técnico especializado.
Periodicamente verifique a estanqueidade das válvulas solenóide ou pneumática.
Vazamentos na válvula principal que bloqueia o óleo para o queimador podem trazer sérias
conseqüências se não detectados no início, quando ainda são pequenos, causando a formação
de "borra" no queimador e em casos extremos a explosão na fornalha quando da ignição.
Vazamentos na válvula que bloqueia o vapor de aquecimento trazem a instabilidade da
combustão devido à temperatura do óleo combustível estar demasiadamente alta, pois quando
o controlador de temperatura do aquecedor detecta a alta temperatura do óleo e fecha a
válvula, esta estando defeituosa permite ainda a passagem de vapor, o que superaquece o óleo.
Caso seja constatado o problema em alguma das válvulas solenóides, prontamente a substitua
ou faça a troca de reparos ou bobina da mesma.
As caldeiras que utilizam óleos ultraviscosos em seu sistema de combustão são
equipadas com dois aquecedores de óleo, um localizado após a bomba de óleo combustível,
que pré-aquece todo o óleo bombeado até uma temperatura intermediária, e outro, instalado
após a válvula comando de fogo, complementa o aquecimento, até a temperatura requerida,
somente do óleo que será efetivamente queimado. Com este processo, evita-se o retorno do
óleo não queimado a altas temperaturas para o tanque de serviço, o que poderia causar
transtornos tais como transbordamento do óleo no tanque.
Além do segundo aquecedor, as caldeiras destinadas à queima de óleos ultraviscosos
possuem um sistema de limpeza da lança de óleo com vapor, para evitar o endurecimento do
óleo em seu interior, no caso de paradas.
Nota: Recomenda-se que as tubulações que conduzem óleo combustível ultraviscoso sejam
dotadas de meios de aquecimento e isoladas termicamente.
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Regulagem da válvula:
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Remontagem da válvula:
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Sempre que a bomba não alimentar a tempo deve-se, geralmente, a alguma das
seguintes condições:
• Entradas de ar na tubulação de sucção;
• A extremidade da tubulação de sucção não fica bem submersa no líquido;
• Sucção demasiado alta, com tubulação de diâmetro muito pequeno;
• A sucção é tão alta, que o líquido vaporiza-se antes de chegar à bomba.
Uma vez que a bomba esteja funcionando corretamente, deve-se dar atenção à caixa
de gaxetas. Nunca aperte a preme-gaxeta ao colocar a bomba em andamento pela primeira
vez; é melhor que a gaxeta fique um pouco solta. Assim, é reduzido o aquecimento.
A gaxeta nova requer ajuste inicial. É uma boa prática colocar a bomba em andamento
e logo após detê-la, com intervalos de 1 a 2 minutos. Deve-se manter ligeiro escape de líquido
pela caixa para lubrificar a gaxeta. Recomenda-se não apertar a preme-gaxeta tanto, que não
passe nenhum líquido pela caixa.
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
- Sucção muito alta. A pressão absoluta de sucção deve ser, pelo menos, 14 kPa
(0,14 kgf/cm2 = 2 psi) maior que a pressão de vaporização do óleo, na
temperatura que se bombeia;
- Filtro parcialmente obstruído. Limpe a tela;
- Entrada de ar na tubulação de sucção. Elimine as entradas de ar;
- Baixa velocidade - Examine o motor e certifique-se da velocidade para
determinar se está sobrecarregado;
- Válvula de alívio mal ajustada. Examine a válvula de alívio para certificar-se
de que assenta bem.
• A bomba funciona e logo perde a sucção:
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
- Líquido mais viscoso que o previsto para a bomba - Aqueça o líquido para
reduzir a viscosidade;
- Obstruções na tubulação de descarga fazem a bomba funcionar numa pressão
maior do que a especificada. Obstruções ou válvulas parcialmente fechadas na
tubulação de descarga aumentam a pressão de descarga;
- Gaxeta muito apertada - A gaxeta muito apertada produz aquecimento.
Afrouxe a gaxeta;
- Eixo deformado - Verifique o alinhamento do eixo da bomba e do motor. Se o
eixo estiver deformado troque-o por um novo;
- Desalinhamento da bomba - Verifique o alinhamento da bomba e do motor;
- Desgaste excessivo nos componentes rotativos - Tire a tampa da bomba e
certifique-se de que as peças rotativas não estejam travadas.
REPARO DA BOMBA:
ENGAXETAMENTO:
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
CUIDADOS NA OPERAÇÃO:
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SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Não ligue as resistências quando o aquecedor estiver vazio, pois estas em pouco tempo
se danificarão;
Cuide para que o termo-elemento do controlador de temperatura não se desloque do
seu poço de proteção instalado no aquecedor, pois a temperatura do óleo ficará sem controle
podendo subir demasiadamente e causar sério acidente;
No uso de óleo combustível pesado, antes de uma parada prolongada da caldeira, é
preciso limpar todo o percurso do mesmo com óleo Diesel para evitar o endurecimento do
óleo pesado na tubulação, válvulas, etc. Neste caso, deve-se tomar cuidado para que o óleo
Diesel não passe pelo aquecedor, conforme procedimento abaixo indicado.
As resistências devem ser retiradas periodicamente, para verificação e limpeza, com a
remoção da crosta formada pelo superaquecimento localizado do óleo;
Caso a pressão do óleo venha subir por qualquer motivo, e for além da pressão
máxima (vide tabela no tópico relativo à operação da caldeira, item aquecimento do óleo
combustível), que é a pressão ajustada na válvula de alívio, esta se abrirá e o excesso de
pressão será aliviado;
Ao operar-se o gerador com óleo Diesel ou outro combustível que não necessite de
aquecimento, deve-se fechar a válvula à entrada do óleo do aquecedor e abrir o "by-pass" do
mesmo. Como medida de segurança o controlador de temperatura deve ser regulado para zero
grau ou desligado e fechada a válvula de bloqueio do vapor (se aplicável).
Nota: No caso de aquecedor de pequeno diâmetro (geralmente elétrico com uma única
resistência) que não seja equipado com "by-pass", o óleo Diesel deverá passar pelo mesmo,
tomando-se o cuidado para que a resistência esteja desligada.
REGULAGEM DA TEMPERATURA:
52
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
53
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
OPERAÇÃO:
54
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
REDE DE ATOMIZAÇÃO
Estes elementos também não deverão ter suas posições relativas alteradas sem prévia
consulta à AALBORG e, em caso de necessidade de substituição de algum deles, a
especificação e a qualidade deverá ser respeitada.
Para início de funcionamento, ou quando a pressão de vapor na caldeira M3P for
inferior a 483 kPa (5 kgf/cm2 = 70 psig), faz-se necessário o suprimento de ar comprimido
externo ou vapor de outras caldeiras, para atomização.
O valor da pressão de atomização ajustada pelo técnico da AALBORG, por ocasião do
acendimento, não deverá ser alterada. Caso necessário, a alteração e regulagem deverá ser
feita por pessoal técnico especializado.
Periodicamente verifique a estanqueidade da válvula solenóide, pois um vazamento
permitirá passagem de vapor para o queimador, sem necessidade. Constatado algum
problema, substitua a solenóide ou faça a troca de reparos ou bobina da mesma.
Examine também periodicamente o funcionamento da válvula reguladora de pressão.
Qualquer anormalidade nesta válvula acarretará oscilação na pressão de atomização,
ocasionando deficiências na combustão. Caso seja detectada alguma anormalidade nesta
válvula, procure saná-la imediatamente, substituindo a parte defeituosa ou até mesmo a
própria válvula.
Limpe periodicamente o filtro "Y", pois acúmulo de sujeira implicará em alterações na
pressão de atomização.
55
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
As caldeiras AALBORG equipadas com combustor a óleo, com atomização por fluido
auxiliar, utilizam ar comprimido, por um período limitado, isto é, até que a pressão do vapor
atinja 483 kPa (5 kgf/cm2 = 70 psig), quando a atomização passa a ser feita pelo próprio vapor
gerado pela caldeira.
MANUTENÇÃO:
Lubrificação:
FABRICANTE MARCA
Shell Talpa 30
Esso Esstic 150
Mobiloil Mobil DTE EH
Texaco Alcad 100
Petrobrás Marbrax TR-68
Ipiranga Ipitur AW 150 G
Castrol Hyspin-AWS 100
O fluxo contínuo do óleo que circula pela unidade mantém lubrificados os rolamentos
e as superfícies de deslizamento das palhetas.
56
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
Mantenha o nível do óleo sempre dentro do visor. Quando o nível estiver baixo, pare o
compressor e reabasteça o reservatório pelo respectivo bujão. Quando a coloração do óleo se
tornar escura é hora de trocá-lo.
Filtro de ar:
O filtro deve ser perfeitamente lavado com querosene, trocando-se o óleo. O tempo
entre duas limpezas consecutivas dependerá do ambiente em que está instalado o gerador de
vapor.
57
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
- Excesso de óleo - reduza a lubrificação; se não der resultado, faça uma limpeza
completa no seu interior, como indicado acima;
- Óleo viscoso demais - troque-o pelo óleo recomendado acima.
58
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
MANUTENÇÃO:
59
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
BOMBAS PILOTO
As caldeiras a óleo combustível e mistas são equipadas com bomba piloto, que serve
para inflamar a chama do combustor principal a óleo. Ela é do tipo de engrenagens, dotada de
uma válvula reguladora de pressão, destinada a manter a necessária pressão do óleo Diesel no
atomizador do combustor piloto.
Para minimizar o retorno de óleo da câmara sob pressão para a câmara de sucção, a
engrenagem e os demais componentes em contacto com esta são temperados e lapidados em
máquinas de alta precisão, com tolerâncias da ordem de microns, o que resulta em alta
performance, longa vida e baixo nível de ruído. Para prevenir danos causados pela presença
de impurezas neste mecanismo de precisão, a bomba incorpora um filtro de tela metálica.
Quando a pressão do óleo excede o nível requerido, a força exercida no lado esquerdo
do pistão causa uma compressão na mola, abrindo a passagem de retorno do óleo. Uma parte
do óleo é desviado para esse retorno, aliviando a pressão em excesso.
60
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
MANUTENÇÃO
A bomba piloto pode operar perfeitamente por muitos anos, se forem observados os
seguintes pontos:
• Limpe periodicamente o filtro, ou substitua-o, se necessário. Na mesma ocasião,
limpe também o filtro do atomizador do combustor piloto;
• Limpe regularmente o tanque de serviço de óleo Diesel, verificando que não se
acumule água no fundo. A água é o maior inimigo da bomba, causando corrosão na
carcaça e nas peças internas, principalmente se a bomba ficar parada por um longo
período.
• Verifique periodicamente se os mecanismos de ligamento e desligamento, as juntas
da tubulação e quaisquer dispositivos de segurança estão em ordem, funcionam
eficientemente, e não existe evidência de perdas de combustível;
• Uma vez por ano, verifique se os valores de vácuo se acham dentro dos limites
sugeridos (máximo 49 kPa = 0,5 kgf/cm2 = 7 psig). Para esse fim, recomenda-se
instalar um vacuômetro na conexão apropriada, no lado de sucção da bomba.
Em caso de danos ou revisão geral na bomba, recomenda-se entrar em contato com a
Assistência Técnica da AALBORG.
61
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
• Vácuo instável
- Infiltração de ar na linha de sucção;
- Nível de óleo no tanque;
- Ar na bomba;
- Filtros ou linha de sucção parcialmente bloqueada.
• Ruído
- Nível muito alto de vácuo;
- Ar na linha de sucção ou na bomba.
• Nível muito alto de vácuo
- Bloqueamento sério do filtro da bomba;
- Bloqueamento sério do filtro da linha;
- Bloqueamento sério da linha de sucção;
- Linha de sucção muito longa;
- Defeito na válvula solenóide a montante da bomba;
- Defeito ou posicionamento errado da válvula de retenção;
- Diâmetro insuficiente da linha de sucção.
• Baixa pressão no atomizador do combustor piloto
- Capacidade do atomizador muito grande para a bomba;
- Ar na bomba;
- Engrenagem com desgaste;
- Rotação insuficiente do motor;
- Mola da válvula reguladora de pressão quebrada.
• Pressão instável
- Ar na bomba;
- Ar na linha de sucção;
- Presença de água;
- Aditivos ou impurezas no óleo;
- Bloqueamento parcial do filtro ou da linha de sucção;
- Engrenagem com desgaste.
62
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
• Válvula de bloqueio manual do gás para o combustor com chaves fim de curso para
comprovar válvula aberta ou fechada. Esta válvula opera totalmente aberta,
funcionando com gás ou totalmente fechada, funcionando com óleo. Nas caldeiras
somente a gás não são necessárias as chaves fim de curso;
• Válvula solenóide para “vent” (somente em caldeiras com produção superior a
1.000 kg/h);
• Borbulhador (em sistemas com “vent”).
Em hipótese alguma altere os valores de pressão ajustados pelo nosso pessoal técnico
à ocasião do acendimento da caldeira. A inobservância quanto a este ponto poderá trazer
sérias conseqüências ao equipamento bem como a seus operadores. Necessitando de
alterações ou regulagens, estas deverão ser feitas por técnicos especializados.
Periodicamente verifique a estanqueidade das válvulas de bloqueio automático e
válvula solenóide, simule a ocorrência de pressão alta e baixa do gás combustível para checar
o sistema de segurança. Mantenha sempre limpos o vidro e a água do borbulhador, pois isto
facilitará a visualização de possíveis vazamentos de gás pelas válvulas de bloqueio.
Limpe periodicamente a tela do filtro e verifique o funcionamento das válvulas
reguladoras de pressão. Em reguladoras de pressão com tomada de impulso externo à válvula,
proteja o tubo de impulso contra choques mecânicos, pois o seu rompimento trará sérias
conseqüências ao sistema. Caso seja constatado algum problema, corrija-o imediatamente.
Os gases combustíveis normalmente utilizados são o gás natural, nafta ou GLP e ainda
gases residuais ou obtidos por processos de gaseificação diversos. A rede de gás é
dimensionada para o tipo de gás mencionado no pedido do cliente, não devendo ser trocado
por outro tipo sem prévia consulta à AALBORG.
A descarga da válvula de alívio deverá ser dirigida para local seguro da mesma forma
que o “vent”.
63
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
As recomendações para a rede de gás combustível são válidas, onde aplicáveis, para
este sistema.
O teste de estanqueidade é executado, conforme a seqüência abaixo:
• A válvula solenóide de “vent” é fechada;
• É testada a estanqueidade da 1a válvula de bloqueio. Havendo vazamento, a pressão
entre as válvulas de bloqueio aumentará e acionará o pressostato de pressão alta de
teste interrompendo a seqüência e ativando o alarme. Caso contrário, passa-se para
a etapa seguinte;
• A 1a válvula de bloqueio é acionada, pressurizando o trecho entre as válvulas de
bloqueio. Nesta ocasião, é testada a estanqueidade da 2a válvula de bloqueio.
Havendo vazamento nesta, a pressão no trecho cairá e acionará o pressostato de
pressão baixa de teste, interrompendo a seqüência e ativando o alarme. Caso
contrário, dá-se início à seqüência de partida pelo programador de combustão.
64
SISTEMA DE COMBUSTÃO – DESCRIÇÃO
*******
65
SISTEMA DE COMBUSTÃO - CONTROLE
CONTROLE DE COMBUSTÃO
Para um melhor entendimento do funcionamento do combustor, que é um
equipamento fundamental para a operação segura e eficiente da caldeira, é necessário que se
esteja familiarizado com os princípios básicos da combustão e seu controle. Para tanto,
explanamos a seguir estes princípios, sem nos atermos aos aspectos mais teóricos ou a
maiores detalhes.
Combustão ou queima de um combustível, é uma reação química, denominada
oxidação, entre dois elementos básicos, ou seja, o combustível e o comburente. Esta reação
química apresenta aspectos físicos bem determinados, como: luminosidade, calor e ruído e
desprende como produtos finais da reação os gases e partículas, denominados genericamente
gases de combustão.
A combustão espontânea raramente se dá. É necessário uma fonte de energia externa
que provoque o início da reação de combustão. Além disso, para combustíveis líquidos, é
preciso também verificar-se certas condições propícias à queima do mesmo, devendo este ser
pulverizado ou gaseificado, para que, com a ignição, se dê início à combustão.
COMBUSTÃO DE GASES
Os combustíveis gasosos são os mais fáceis de entrar em combustão. Uma vez tendo-
se uma mistura adequada de gás combustível e ar, uma simples faísca fará com que se inicie a
reação, que prosseguirá sem dificuldade, mantida pela alta temperatura obtida na combustão.
Desta relativa facilidade para início da combustão, resulta a necessidade de grande atenção
com a segurança na utilização de gases combustíveis. Veja tópico a respeito neste manual.
COMBUSTÃO DE ÓLEOS
PODER CALORÍFICO
66
SISTEMA DE COMBUSTÃO - CONTROLE
VISCOSIDADE
67
SISTEMA DE COMBUSTÃO - CONTROLE
AR DE COMBUSTÃO
EXCESSO DE AR
68
SISTEMA DE COMBUSTÃO - CONTROLE
seu estado físico, a forma de injeção do ar, o próprio queimador, etc, influem no processo de
combustão e, na prática, torna-se necessária a injeção de quantidade de ar superior à teórica.
A relação entre as quantidades de ar real e teórico é chamada excesso de ar. O valor do
excesso de ar varia grandemente em função dos fatores referidos anteriormente, sendo
encontrado na prática, para o óleo combustível, valores entre 10 e 40%.
Esquema da combustão
CONTROLE DA COMBUSTÃO
69
SISTEMA DE COMBUSTÃO - CONTROLE
70
SISTEMA DE COMBUSTÃO - CONTROLE
REGULAGEM DA COMBUSTÃO
Esta somente poderá ser feita por pessoal técnico especializado, pois requer certa
habilidade para que se consiga o ponto de melhor equilíbrio entre os diversos fatores
envolvidos. Normalmente o processo de regulagem da combustão requer tempo, paciência e
observação, sendo também um processo interativo, ou seja, vão sendo feitos diversos ajustes
até que se obtenha a melhor performance possível. Desta forma, não há como se estabelecer
um roteiro exato para a regulagem; entretanto, procuramos a seguir estabelecer os critérios de
julgamento, com os meios possíveis de ajuste ou verificação.
71
SISTEMA DE COMBUSTÃO - CONTROLE
Sem alterações físicas no combustor normalmente não é possível fixar-se uma carga
mínima abaixo dos limites estabelecidos anteriormente, sob pena de vir a ocorrerem
problemas constantes de falha de ignição, instabilidade na combustão, baixo teor de CO2, etc.
O limite superior é fixado pela máxima capacidade da caldeira, que não deverá nunca exceder
à máxima produção de vapor nominal.
O teor de CO2 medido à saída dos gases na caldeira também é um indicativo seguro da
qualidade da combustão, mostrando indiretamente o excesso de ar com que a mesma se
realiza. É normal encontrar-se teores de CO2 mais baixos quando em "fogo mínimo" e mais
altos quando em "fogo máximo". Os valores considerados bons são:
• Para óleo combustível: Entre 12 e 14%
• Para gás natural: Entre 9 e 11%
72
SISTEMA DE COMBUSTÃO - CONTROLE
ESTABILIDADE DA CHAMA
Mesmo conseguindo-se bons valores para o teor de CO2 nos gases e bom aspecto para
a chama na fornalha, o resultado pode ser insatisfatório, caso a chama não se apresente estável
e a combustão não se dê de forma contínua e sim com pulsações ou vibrações. Os
combustores possuem dispositivos para a adequada estabilização da chama, feita através da
correta distribuição do ar.
73
SISTEMA DE COMBUSTÃO - CONTROLE
REGULAGEM DA ATOMIZAÇÃO
*******
74
SISTEMA DE CONTROLE
CONTROLE AUTOMÁTICO
Os objetivos do controle automático são:
Para esse fim, as caldeiras AALBORG são dotadas dos seguintes dispositivos:
75
SISTEMA DE CONTROLE
76
SISTEMA DE CONTROLE
Ajuste de Pressão
Para ajustar a pressão, gire o parafuso de regulagem de pressão até o valor desejado.
Para a regulagem do diferencial, gire o parafuso de regulagem até o valor desejado.
Cuidado ao regular o pressostato através dos valores de pressão indicados no
manômetro principal da caldeira!
Com o passar do tempo este manômetro vai perdendo a elasticidade e passa a indicar
valor de pressão diferente do real, devendo então ser substituído. Para ajuste do pressostato
deve-se utilizar manômetro calibrado.
Manutenção
77
SISTEMA DE CONTROLE
Sua ligação não requer nenhum cuidado especial, devendo os fios ser ligados aos
bornes do programador. Uma vez instalado, o sensor não requer ajustes ou manutenção. Se o
sistema funciona mal, verifique se as ligações estão corretas. Persistindo o problema, troque o
sensor.
Os sensores de chama tipo fotorresistor são aplicados nas caldeiras a óleo.
Este instrumento detecta a radiação ultravioleta emitida pela chama. Ele é conjugado
ao programador de combustão e é usado como detector de chama do sistema de segurança da
combustão a gás ou óleo combustível. Ele detecta apenas a radiação ultravioleta e, por essa
razão, opera corretamente, sem ser influenciado pela luminosidade da parede da fornalha,
como pode ocorrer com sistema tipo fotorresistor, que detecta a radiação infravermelha.
Toda chama produz radiação ultravioleta, invisível ao olho humano, mas detectada
pelo sensor ultravioleta. Por razões de segurança, o detector não deve ficar exposto a outras
fontes de radiação ultravioleta, que não a da chama da fornalha. A fonte falsa de radiação
ultravioleta mais comum é a centelha do combustor piloto. Outras fontes de radiação
ultravioleta são: refratário quente (acima de 1400°C), arcos de solda ou outra forma de
centelhas, raio laser, lâmpadas germicidas, analisadores por difração, microscópios
eletrônicos, aparelhos de raios-X, disjuntores a vácuo, TV defeituosa e rádio isótopos.
O sensor não deve ser exposto a temperatura acima de 100°C. Na sua instalação deve-
se ter em conta que o circuito é em corrente contínua e o tubo polarizado. Assim, o fio azul
deve ser conectado ao borne correspondente do programador e o mesmo com o fio branco. A
troca destes poderá inutilizar o sensor. Os cabos devem ser os mais curtos possível e irem
direto aos bornes do programador. Deve-se usar cabo blindado com dreno eletrostático para
ligação da ultravioleta. Após a instalação, o sensor não requer ajustes ou manutenção. Se o
sistema funciona mal, verifique se as ligações estão corretas e limpe o vidro do sensor com
pano macio e limpo. Se o problema persistir, deve-se trocar o sensor.
Os sensores de chama ultravioleta são aplicados nas caldeiras a gás, mistas (óleo e
gás) ou a pedido do cliente.
SISTEMA DE MODULAÇÃO
Quando uma caldeira opera a baixas condições de carga, isto é, quando o consumo de
vapor é muito menor que a sua capacidade, as paradas e partidas do sistema automático de
combustão tornam-se muito freqüentes, ou seja, a caldeira cicla muitas vezes. Em cada ciclo,
o fluxo de ar da pré e pós-purga remove calor da caldeira e joga-o fora pela chaminé. Após a
caldeira desligada, a cada vez que parte, ela deve entrar numa seqüência de partida para
garantir a segurança. Isso requer cerca de um a dois minutos para repor a caldeira na linha, e,
se houver uma súbita demanda de carga, a resposta do gerador não será imediata. A
reciclagem freqüente também acelera o desgaste dos componentes da caldeira. A manutenção
78
SISTEMA DE CONTROLE
aumenta, e - mais importante - a chance de falha também. Devido a todos esses efeitos, a
reciclagem freqüente da caldeira é altamente indesejável.
A fim de equilibrar, dentro de certos limites, a produção com o consumo de vapor, o
gerador é equipado com um sistema capaz de reduzir a combustão, quando a demanda cai.
Este sistema diminui, coordenadamente, o fluxo de combustível e o de ar de combustão,
quando a pressão do vapor se aproxima de seu máximo valor, agindo de forma a aumentá-los
novamente, quando a pressão cai a certo valor, previamente ajustado.
Para um melhor controle da pressão do vapor gerado na caldeira, esta é dotada de um
sistema de modulação proporcional ou "ponto a ponto". Isto quer dizer que a caldeira tem
capacidade para modular sua produção de vapor, dentro de uma certa faixa, de forma
contínua, o que possibilita menores flutuações na pressão do vapor. O sistema de modulação é
do tipo elétrico, com sinal potenciométrico e é composto de:
• um pressostato proporcionador, que através da variação da pressão do vapor,
comanda o servo motor;
• um servo-motor que aciona o conjunto de cames que por sua vez aciona as válvulas
de ar e combustível, posicionando suas aberturas de acordo com a variação da
pressão do vapor;
• um potenciômetro com chave automático/manual, de forma a possibilitar o
comando manual do sistema de modulação;
• um damper para regulagem da vazão de ar de combustão;
• uma válvula três vias divergente com regulagem de pressão, chamada válvula
comando de fogo, para regulagem da vazão e pressão do óleo combustível;
• uma válvula borboleta acionada pelo servo-motor, nas caldeiras a gás ou mistas
(óleo e gás);
• um conjunto de cames de regulagem com alavancas e outros dispositivos para
regulagem da combustão (somente nas caldeiras a óleo ou mistas).
Em ambos os casos, o pressostato é interligado ao programador de combustão de
forma que, ao ser dada a partida na caldeira, esta seja sempre na posição de "fogo mínimo".
PRESSOSTATO PROPORCIONADOR
79
SISTEMA DE CONTROLE
Gráfico de modulação
Para o modelo L 91 B 1050, usado em caldeiras com pressão até 1.034 kPa
(10,55 kgf/cm2 = 150 psig), temos:
• Faixa de atuação: 34 a 1.034 kPa (0,35 a 10,55 kgf/cm2 = 5 a 150 psig)
• Diferencial: escala graduada de A até F, sendo mínimo em A e cada divisão
correspondente a 54 kPa (0,55 kgf/cm2 = 7,8 psig).
Para o modelo L 91 B 1068, usado em caldeiras com pressão maior que 1.171 kPa
(11,95 kgf/cm2 = 170 psig), temos:
• Faixa de atuação: 69 a 2.067 kPa (0,70 a 21,09 kgf/cm2 = 10 a 300 psig)
• Diferencial: escala graduada de A até F, sendo mínimo em A e cada divisão
correspondente a 113 kPa (1,15 kgf/cm2 = 16,4 psig).
Nos ajustes do pressostato proporcionador, deve-se ter em conta o seu funcionamento
em conjunto com o pressostato limite, que faz o corte da combustão, para que se tenha o
melhor aproveitamento do recurso da modulação "ponto a ponto". Observe a figura abaixo:
P1: Pressão ajustada no pressostato proporcionador (mínima desejada).
P2: P1 + diferencial ajustado no pressostato proporcionador.
P3: Pressão máxima de operação (cerca de 0,9 x PMTA) - (desliga caldeira).
P4: P3 - diferencial ajustado no pressostato limite (liga caldeira).
80
SISTEMA DE CONTROLE
Analisando-se a figura, vemos que ao se dar partida em uma caldeira fria, esta sairá do
ponto A (zero de pressão e carga mínima). Após alguns segundos o sistema de modulação
começará a atuar levando-a para o ponto B (zero de pressão e carga máxima) e a pressão
começará a subir, passando pelo ponto P4 e ao atingir o ponto P1, o sistema de modulação
voltará a atuar, diminuindo a carga em proporção à pressão do vapor. Enquanto o consumo de
vapor se mantiver dentro dos limites do controle proporcional, a caldeira atuará entre os
pontos P1 e P2. Caso o consumo venha a cair demasiadamente, a caldeira passará a funcionar
no ponto P2 e a partir daí se manterá em carga mínima e a pressão ao continuar a subir,
atingirá o ponto P3, sendo então desligado o queimador, indo até o ponto C. Durante o
período em que permanecer parada, o vapor sendo consumido fará com que a pressão caia até
o ponto D, quando então se dará nova partida no ponto E, repetindo-se a partir daí o ciclo de
funcionamento.
A figura analisada mostra o funcionamento ideal desejado; entretanto em função de
situações diversas pode vir a ser necessário outro posicionamento relativo dos pressostatos
proporcionador e de limite.
O pressostato não requer cuidados especiais, devendo-se apenas ter o cuidado de
manter a tampa do instrumento sempre no lugar para proteção quanto a sujeira e deposição de
pó. Rotineiramente deve ser efetuada cuidadosa limpeza interna para remoção principalmente
de poeira que pode provocar mau contato. Uma rápida verificação do funcionamento pode ser
feita com um Ohmiter, conforme indicado abaixo:
1. Ligação interna do pressostato:
2. Resistência entre B e W deve ser cerca
de 135 Ohms.
3. Resistência entre R e W, com ajuste no
máximo da escala, deve ser próxima de
135 Ohms. Movendo-se o ajuste para o
mínimo da escala a resistência cairá até
próximo de zero.
Ligação do pressostato
Defeitos mais comuns do pressostato: proporcionador
SERVO MOTOR
De acordo com a variação da resistência do pressostato proporcionador, o eixo do
servo-motor se posiciona, girando para a direita ou esquerda controlando simultaneamente as
borboletas do ar e a válvula comando de fogo. O eixo visto pela frente, gira em sentido oposto
ao ponteiro do relógio, pela ação da elevação da pressão na caldeira.
81
SISTEMA DE CONTROLE
82
SISTEMA DE CONTROLE
POTENCIÔMETRO MANUAL
Limpeza da válvula:
Válvula comando de fogo
Em caso de observar-se qualquer
irregularidade no volume de chama ou
quando a pressão do óleo não se estabilizar
durante o funcionamento, pode ser que a sede da válvula esteja presa por sujeira ou entrada de
ar na linha de sucção antes da bomba (ou manômetro defeituoso).
Nas agulhas da válvula pode haver detritos que se depositam durante o funcionamento
da caldeira, esse fenômeno irá diminuindo paulatinamente o fluxo de óleo para o combustor.
Sendo necessário limpar a válvula, proceda da seguinte forma:
83
SISTEMA DE CONTROLE
Nas caldeiras a gás ou mistas, a quantidade de gás combustível é controlada por uma
válvula borboleta de modulação. Esta válvula é acionada através do conjunto de cames de
regulagem.
84
SISTEMA DE CONTROLE
Nota: Nas caldeiras mistas, para trocar de um combustível para outro, faz-se
necessário desconectar a alavanca de acionamento da válvula comando de fogo
e conectá-la à válvula borboleta de modulação do gás ou vice-versa.
INTERTRAVAMENTOS DE SEGURANÇA
Nas caldeiras a gás ou mistas, além dos dispositivos de segurança já citados, são
encontrados os seguintes:
85
SISTEMA DE CONTROLE
COLUNA DE NÍVEL
Trata-se de um vaso cilindrico-vertical, montado na lateral da caldeira, com três
eletrodos de nível na parte superior, indicador de nível e válvula de descarga.
A coluna de nível é interligada à caldeira através de tubos que conectam a parte
superior da coluna à câmara de vapor e a inferior à parte que contém a água. No caso de
entupimento da interligação inferior com a caldeira, retire o "plug" localizado no lado oposto
da conexão do corpo e com a caldeira fria, faça limpeza com pedaço de arame para retirar
lama e crostas, devendo-se ainda, desmontar a válvula de dreno da coluna a fim de que
pequenos fragmentos não danifiquem a sede da válvula.
86
SISTEMA DE CONTROLE
Coluna de nível
87
SISTEMA DE CONTROLE
INDICADOR DE NÍVEL
Este é do tipo tubular com hastes protetoras para o vidro visor. O vidro visor deve ser
mantido sempre limpo e, para sua limpeza em operação, basta abrir a válvula de dreno do
indicador por alguns segundos, repita a operação quantas vezes for necessário. De modo
geral, recomenda-se descarregar o indicador, ao menos uma vez por dia. O vidro sujo ou não
transparente deve ser substituído por um outro novo de mesmas dimensões. O vidro utilizado
é o tubular de diâmetro 5/8", devendo também à ocasião, ser trocada a gaxeta.
Caso o visor seja danificado com a caldeira pressurizada, aja com calma, protegendo-
se do vapor e água quente e fechando rapidamente as válvulas de bloqueio do indicador de
nível. Em seguida, retire os fragmentos de vidro e substitua a gaxeta, corte o novo vidro na
medida correta, recoloque-o e reaperte as gaxetas cuidadosamente. Não se esqueça de abrir as
válvulas de bloqueio, que, se apresentarem vazamentos, devem ter as gaxetas de vedação
reapertadas.
Nas caldeiras com PMTA superior a 1.200 kPa (12.0 kgf/cm2 = 174 psig), o
o
indicador de nível é do tipo pesado com vidro n 5. Para limpeza ou substituição dos vidros,
feche as válvulas de bloqueio do indicador de nível, solte vagarosamente as porcas da tampa
do corpo, (cuidado nesta operação, pois caso a caldeira esteja pressurizada, haverá pressão no
interior da câmara do indicador de nível), retire as tampas do corpo, limpe ou substitua os
vidros, substitua as juntas de vedação (duas entre o corpo e os vidros e duas entre os vidros e
as tampas), recoloque as tampas. O aperto das porcas deverá ser feito com critério, para que
não haja empenamento da tampa bem como quebra dos vidros, na ordem indicada na figura
abaixo.
ELETRODOS DE NÍVEL
88
SISTEMA DE CONTROLE
Eletrodo de nível
Assim temos:
O eletrodo no 9 comanda a parada da bomba d'água, quando a água atinge este nível;
O eletrodo no10 dá partida na bomba d'água, quando o nível desce até este ponto;
A diferença de comprimento entre estes dois eletrodos (no 9 e 10) é o normal do nível
da água do interior da caldeira;
O eletrodo no11 comanda a interrupção da combustão, por falta de água na caldeira,
fazendo soar o alarme;
No corpo da caldeira, existe mais 1 (um) eletrodo no13, para segurança suplementar,
em caso de falha do contido na coluna de nível.
CONTROLE DE NÍVEL
89
SISTEMA DE CONTROLE
Não existindo água na coluna de nível, não se precipite em abastecer com água. A
primeira providência é desligar a caldeira, a chave geral de alimentação do painel de comando
e examinar o volume de água existente no momento. Esfrie a caldeira calmamente e faça uma
inspeção no interior da mesma.
Os defeitos mais comuns do sistema de nível são:
• Eletrodos sujos, provocando mau contato com a água;
• Fios na coluna ou no corpo danificados;
• Eletrodo dando passagem para a terra devido a danos no isolador de teflon;
• Indicador de nível com as torneiras fechadas ou entupidas, não dando a
indicação correta do nível na caldeira;
• Entupimento por lama da coluna de nível ou suas interligações;
• Alarme sonoro ou sinalizadores queimados;
• Mau contato na chave comutadora "automático/manual" da bomba d’água;
• Relé térmico do motor da bomba d'água desarmado ou fusíveis queimados;
• Água acumulada no topo da coluna de nível, provocando passagem de corrente
entre os eletrodos;
• Chave contactora da bomba d' água com defeito.
90
SISTEMA DE CONTROLE
• Não há retorno de condensado, o que facilita o uso da água quente para múltiplos
consumidores operando a temperaturas muito diversas;
• Os sistemas líquidos proporcionam vazão positiva através do consumidor, com um
mínimo de desaeração.
As caldeiras AALBORG podem ser fornecidas na versão para água quente, com as
seguintes mudanças principais:
Quanto aos demais dispositivos e características, tudo que foi explanado para caldeiras
a vapor, onde aplicável, é válido para as caldeiras de água quente.
*******
91
TRATAMENTO DA ÁGUA - FUNDAMENTOS
FUNDAMENTOS
Estruturalmente a caldeira resulta de um cálculo cuidadoso e de uma construção
aprimorada, prevista para resistir durante muitos anos de trabalho, desde que sejam seguidas
as instruções deste manual. Contudo, fenômenos não previstos no projeto da mesma podem
abreviar sensivelmente a sua vida útil.
Entre as maiores causas da inutilização de caldeiras, indiscutivelmente, estão a
falta de tratamento de água ou o tratamento inadequado da água da caldeira.
Do ponto de vista da operação da caldeira, a água pode ser considerada como matéria
prima para obtenção do vapor, que é o produto final desejado. Assim deve ser dada a devida
importância a esta, para que o vapor tenha a qualidade mínima desejada.
A água para a caldeira é obtida em diversas fontes, tais como rios, lagos, represas,
poços, rede pública, etc. Na água, a não ser a destilada, estão misturadas substâncias
prejudiciais que são também introduzidas na caldeira, acarretando-lhe problemas.
Todos conhecemos o ciclo básico da água que evapora, condensa, retorna ao solo
como chuva e infiltra-se ou corre sobre o mesmo. A água é um excelente solvente e como tal,
ao percorrer seu ciclo absorve impurezas diversas.
A água da chuva relativamente contém poucas impurezas, mas à medida que se
precipita é sujeita à agregação de fuligem, gases industriais, oxigênio, materiais solúveis e
insolúveis. Ao escoar-se ou infiltrar-se no solo, poderá, também, dissolver rochas e terras,
absorver gases presentes no ar e carregar sólidos em suspensão e matéria orgânica.
De modo geral, a água presente na superfície apresenta-se saturada de oxigênio e com
uma pequena quantidade de gás carbônico devido ao equilíbrio com o ar atmosférico, em
contraste com as águas subterrâneas que podem conter considerável quantidade de diversos
gases oriundos da decomposição de matéria orgânica.
Com relação a matérias em suspensão, as águas subterrâneas contêm quantidades
mínimas, pois a medida que se infiltra no subsolo a água é filtrada. As impurezas presentes
em águas superficiais refletem a natureza do solo local e podem variar grandemente.
92
TRATAMENTO DA ÁGUA - FUNDAMENTOS
A água para uso em geradores de vapor requer tratamento adequado, sob pena de vir a
ter-se problemas operacionais ou de manutenção, conforme mostrado na tabela.
Assim, os três principais objetivos do tratamento de água para caldeiras são:
Impedir a formação de depósitos e incrustações;
Controlar e reduzir a ocorrência de corrosão;
Impedir o arraste de água da caldeira.
Para definir do tratamento a ser empregado, deve-se procurar a assessoria de uma
empresa ou técnico especializado, de comprovada competência, que procederá a análises e
estudos para escolha dos métodos, equipamentos e produtos químicos necessários e fará o
acompanhamento periódico, por meio de análises, procedendo às possíveis correções e
ajustes.
Os principais problemas nos geradores de vapor, devido ao tratamento da água são a
seguir explanados.
INCRUSTAÇÃO
93
TRATAMENTO DA ÁGUA - FUNDAMENTOS
Perda ( % ) ≅ 2 x espessura em mm
94
TRATAMENTO DA ÁGUA - FUNDAMENTOS
SEDIMENTAÇÃO
Os sólidos dissolvidos, que não são retirados pelos filtros, associados a compostos em
suspensão presentes na água da caldeira, vão se concentrando devido à vaporização contínua
da água que é liberada na forma de vapor, até atingirem o seu limite máximo de concentração
na água, a partir do qual precipitam-se para o fundo da caldeira formando depósitos de lama.
Ao contrário da incrustação, a lama assim formada é de consistência mais mole e
menos aderente, sendo portanto de fácil remoção através de descargas de fundo.
Muitas vezes, a formação de lama está associada aos produtos químicos empregados
no tratamento, que atuam como anti-incrustantes, formando compostos que ficam em
suspensão na água da caldeira, até atingir o ponto de saturação, quando se precipitam para o
fundo na forma de lama.
A lama, a princípio de fácil remoção, e portanto inócua, pode vir a tornar-se
problemática na presença de elementos que são denominados ligantes e formam depósitos de
maior consistência, dificultando, assim, a sua remoção. Os principais ligantes encontrados no
interior da caldeira são o óxido de ferro, o fosfato básico de magnésio, a sílica, os óleos e
outros materiais orgânicos, que devem ser evitados, removidos ou controlados por tratamento
adequado.
A lama, caso não seja eficientemente eliminada, e estando sujeita à alta temperatura
decorrente do contato com os tubos e principalmente a fornalha, será "cozida", endurecendo e
tendo também características isolantes, tornando a caldeira sujeita a risco de deformação ou
até explosão, de modo similar às incrustações.
A eliminação da lama depositada no fundo da caldeira, é feita com a caldeira em
operação, através de descargas de fundo periódicas. Para que seja eficaz, a descarga de fundo
deve ser feita com uma freqüência adequada, sendo função das características da água de
alimentação e do tratamento utilizado, devendo ser fixada pelo responsável pelo tratamento da
água.
Recomendamos como mínimo, que a descarga seja efetuada três vezes ao dia,
permanecendo a válvula aberta por aproximadamente 5 segundos e que seja realizada
alternadamente nos diferentes pontos de descarga do corpo.
Nos períodos de manutenção, devem ser abertos os tampões no corpo da caldeira,
examinando o seu interior e, removido, por meio de jatos de água, com auxílio de ferramentas
mecânicas, todo e qualquer depósito.
95
TRATAMENTO DA ÁGUA - FUNDAMENTOS
CORROSÃO
Sob pena de ter-se a vida útil da caldeira drasticamente reduzida, torna-se necessário
também o controle da corrosão. De outra forma, ao ocorrer corrosão fora da caldeira, os
produtos decorrentes desta são carregados pela água para dentro da caldeira, trazendo
problemas diversos caso não venham a ser corretamente combatidos.
Uma das principais causas da corrosão na caldeira, é a presença de oxigênio dissolvido
na água de alimentação, pois este faz com que o catodo de qualquer célula de corrosão se
despolarize, sustentando assim o processo de corrosão.
A corrosão devida ao oxigênio é normalmente encontrada na forma localizada, sendo
mais conhecida como "pitting". A concentração de oxigênio deve ser mantida a mais baixa
possível na água de alimentação, podendo este vir a ser removido da água, mecanicamente
através do emprego de um desaerador, e/ou com a adição de produtos químicos conhecidos
como "seqüestrantes de oxigênio", que são adicionados normalmente no desaerador, em
complementação à remoção mecânica, ou no tanque de água da caldeira.
Os produtos químicos empregados com este fim são o sulfito de sódio e a hidrazina,
sendo o primeiro recomendado principalmente quando o vapor da caldeira entra em contato
direto com produtos alimentícios ou farmacêuticos.
Outra forma importante de corrosão que pode ocorrer no interior da caldeira, é a
devida ao baixo pH, ou seja, o ataque ácido. Este se dá de forma generalizada por todas as
superfícies internas, sendo entretanto agravado nas superfícies dos tubos e fornalha devido ao
efeito da alta temperatura aí existente. Assim o pH deve ser cuidadosamente controlado
devendo ser mantido sempre acima de 7,0 ou seja, alcalino.
Quedas bruscas do pH interno da caldeira, são normalmente devidas à contaminação
do condensado retornado por ácidos orgânicos ou minerais. O controle do pH é feito mediante
a adição de produtos químicos alcalinos, normalmente associados a outros empregados, por
exemplo, como anti-incrustantes. Outras formas de corrosão são:
A corrosão sob os depósitos ou incrustações, devido a presença de sais de sódio
associados à alta temperatura;
A corrosão cáustica, decorrente de um excesso de hidróxido de sódio que é largamente
empregado no tratamento de água de caldeiras;
A corrosão sob tensão que torna o aço quebradiço devido ao efeito associado da tensão
e do ambiente corrosivo. É comum ocorrer esta forma de corrosão nos espelhos e tubos,
próximo a região de mandrilhamento;
Embora não seja uma forma de corrosão, a fragilidade cáustica pode ocorrer
principalmente na região de mandrilamento dos tubos, tendo a forma de trincas no sentido
circunferencial e é devida a concentração de alcalinidade hidróxida na fenda formada pelo
mandrilamento;
Associada à existência de oxigênio dissolvido na água, pode também ocorrer a
corrosão devida à correntes elétricas residuais decorrentes dos motores e equipamentos
elétricos que compõem a caldeira. Um bom aterramento da caldeira faz com que estas
correntes fluam em direção à terra, eliminando o problema.
96
TRATAMENTO DA ÁGUA - FUNDAMENTOS
ARRASTE
• Sólidos totais;
• Alcalinidade total;
• Sólidos suspensos;
• Matéria orgânica.
97
TRATAMENTO DA ÁGUA - FUNDAMENTOS
Quanto aos três primeiros, é fundamental o controle de seus níveis dentro da caldeira,
pois a alcalinidade promove a formação de espuma, dando condições para haver o arraste de
gotículas de água, contendo dissolvidos os sólidos totais e sólidos em suspensão.
A contaminação da água de caldeira por matéria orgânica, poderá dar condições de
haver saponificação dessa matéria oleosa e orgânica pela alcalinidade da água, resultando na
formação de espuma e conseqüentemente arraste.
De certa maneira o arraste químico e arraste mecânico, estão interelacionados, uma
vez que a excessiva concentração dos compostos aumentarão a possibilidade de arraste, se
ocorrer em qualquer das condições operacionais mostradas no tópico sobre arraste mecânico.
Os teores de sólidos totais poderão ser controlados pela descarga ou por tratamento
externo. A alcalinidade poderá ser controlada pelas descargas, controle de adição de produtos
alcalinos e tratamento externo. Os sólidos suspensos serão controlados por tratamento externo
com filtração, descargas e controle dos tratamentos à base de precipitação.
Em alguns casos, em decorrência da contaminação do condensado retornado, pode vir
a ser necessário a utilização de produtos químicos de características antiespumante, pois
modificações operacionais ou aumento de descargas não surtirão efeito sobre a formação de
espuma devido à água contaminada.
Ao serem introduzidos, dentro da caldeira, esses antiespumantes têm como
características se insolubilizarem e se dirigirem para a superfície, devido ao efeito da
temperatura e do nível de eletrólitos. Na superfície irão atuar sobre as bolhas formadas,
alterando sua tensão superficial e dando condições para que estas se tornem maiores,
quebrando-se com mais facilidade e, assim, liberando o vapor.
É importante ressalvar que, ao se procederem análises do vapor gerado na caldeira,
deve-se ter em conta o título do mesmo, que corresponde à relação entre a massa de vapor
seco contido no vapor gerado e a massa total deste. O título do vapor gerado pelas caldeiras
AALBORG é da ordem de 0,95 à 0,98 ou seja, de cada quilograma de vapor gerado de 5 à 2%
é constituído de água saturada e não vapor, não sendo estes valores considerados como
arraste.
As exigências gerais quanto ao tratamento da água, dependem da pressão de operação
da caldeira e de sua forma construtiva. Quando revemos os últimos 50 anos de
condicionamento interno de água de caldeira, muitas mudanças podem ser observadas, tanto
no tipo de equipamento usado para geração de vapor, quanto no tipo de produtos químicos
aplicados para inibir depósitos e corrosão interna. Entre os avanços nos equipamentos,
citamos os seguintes:
• Mais ênfase no sistema de pré-tratamento para remover impurezas da água,
antes de ingressar na caldeira (troca de íons);
• Geração de vapor a maior pressão;
• Menor e mais eficiente equipamento de geração de vapor.
98
TRATAMENTO DA ÁGUA - FUNDAMENTOS
As caldeiras modernas estão transferindo calor em áreas muito menores. Padrões mais
rigorosos de água de caldeira são um resultado direto desse aumento na eficiência de geração
de vapor, pois um trabalho mais duro em cima das superfícies de troca de calor, torna
imperativo que se mantenham limpos tanto o lado da água quanto o lado do fogo. As
superfícies são menos acessíveis à inspeção e limpeza, o que confere uma importância maior
ao bom tratamento da água e à manutenção.
O controle da manutenção dos valores limites é feito através da análise periódica da
água de alimentação e da caldeira, devendo ser feita diariamente pelo operador ou pessoa
responsável através de kits próprios para análise da água. A fim de facilitar a obtenção das
amostras, a AALBORG pode fornecer mediante solicitação especial do cliente, resfriador de
amostra que coleta e resfria a água da caldeira para que possa ser analisada e, deste modo,
definido o tratamento da água da caldeira.
O resfriador de amostras consta de um tubo ligado à descarga, de um flange com placa
de orifício para redução de pressão e de uma serpentina em invólucro cilíndrico para
resfriamento da amostra. Este aparelho permite retirar amostras de água em qualquer pressão
da caldeira.
O melhor meio de injeção dos produtos químicos para tratamento da água é o
contínuo, através de bomba dosadora ou outro equipamento auxiliar.
Mediante solicitação especial do cliente, as caldeiras AALBORG podem vir a ser
fornecidas com válvula para descarga de superfície ou dessalinizadora e ainda válvula para
descarga de fundo automática ou manual.
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99
TRATAMENTO DA ÁGUA - PARÂMETROS
PARÂMETROS DE CONTROLE
Após minuciosos estudos e pesquisa, foram delimitados os valores a serem mantidos
na água de alimentação das caldeiras AALBORG conforme tabela a seguir. Em função de
características específicas tanto da água quanto do regime de operação, estes valores podem
vir a ser alterados pelo responsável do tratamento.
VALORES LIMITES
Parâmetro Unidade Recomendação
caldeira M3P
pH a 25°C - 7,0 a 9,0
Dureza total ppm CaCO3 <30
Água de
alimentação Matéria orgânica ppm próximo a zero
Oxigênio ppm O2 manter baixo
dissolvido
pH a 25°C - 11,0 a 11,8
Alcalinidade M ppm CaCO3 100 a 800
Alcalinidade P ppm CaCO3 80 a 600
Sólidos ppm < 3.500
dissolvidos
Água da -
Cloretos ppm Cl < 400
Caldeira
Fosfato livre ppm PO4 -3 20 a 40
Sulfitos ppm SO3 -2 10 a 20
Condutividade µS/cm < 4.000
Sílica ppm SiO3 < 200
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100
TRATAMENTO DA ÁGUA - CONDICIONAMENTO
CONDICIONAMENTO DA ÁGUA
DESCARGA DE FUNDO
A caldeira, à medida que produz vapor vai concentrando os sólidos que ingressaram
com a água. A concentração pode ser mantida abaixo do limite máximo, a partir do qual há
precipitação que concorre para incrustação, arraste de partículas sólidas pelo vapor e
formação de espuma.
É a descarga da caldeira que mantém a concentração destes sólidos dentro dos limites
aceitáveis, além de arrastar o lodo que se acumula na parte inferior do costado.
A descarga de fundo serve para o controle dos limites de sólidos totais dissolvidos,
alcalinidade e sílica, além da remoção da lama precipitada no fundo da caldeira. Para a
eliminação de lama do fundo, são mais eficientes as descargas freqüentes de curta duração,
pois a lama é arrastada em maior quantidade no momento de abertura da válvula de descarga.
101
TRATAMENTO DA ÁGUA - CONDICIONAMENTO
Recomenda-se executar, no mínimo, uma descarga por dia, porém a quantidade ideal
deve ser determinada pelo tratamento da água executado na caldeira.
1. Antes de drenar, certifique-se de que não há pessoas por perto e de que não há
anormalidade na saída da descarga.
2. A fim de evitar uma flutuação na pressão do vapor, deve-se escolher o momento
oportuno para a descarga, não devendo ser feita quando a caldeira estiver em carga
máxima.
3. Não descarregue a água da caldeira demasiadamente, até atingir o nível mínimo de
água. De preferência, essa operação deve ser realizada com duas pessoas, uma
observando o indicador de nível e a outra operando a descarga.
4. A quantidade de água a ser descarregada depende da freqüência com que é feita a
descarga e dos valores dos sólidos presentes na água de alimentação. Uma vez
definido o intervalo entre uma e outra descarga e a quantidade de água a ser
drenada, uma forma prática para o controle desta é efetuar-se marcas no indicador
de nível para melhor controle e facilidade de operação.
5. Abra rápida e totalmente a válvula de descarga para uma eliminação mais eficiente
da lama e conservação da válvula, pois os detritos arrastados podem danificar sua
sede, caso a válvula opere parcialmente fechada e os detritos venham a depositar-se
na sede.
6. Ao terminar a operação de drenagem, certifique-se de que não exista vazamento nas
válvulas. Se encontrar vazamentos ou anormalidades, faça os reparos devidos.
7. Execute a descarga alternadamente em cada um dos pontos de descarga.
8. Caso possível, recomenda-se realizar a operação de descarga de fundo, com a
pressão da caldeira próxima de 207 kPa (2,1 kgf/cm2 = 30 psig). Em caldeiras com
operação contínua, em que não é possível executar a descarga em baixa pressão,
recomenda-se a instalação de válvulas do tipo descarga rápida, após as válvulas
normais de bloqueio.
102
TRATAMENTO DA ÁGUA - CONDICIONAMENTO
TRATAMENTOS EXTERNOS
Além do tratamento primário recebido pela água de abastecimento, tais como
decantação, coagulação, filtragem, etc, e, dependendo da qualidade da água de alimentação e
da pressão do vapor gerado, é comum o uso de tratamento da água de alimentação, para
mantê-la dentro dos limites recomendáveis de qualidade e, até mesmo minimizar os
parâmetros nocivos, com o fim de reduzir produtos químicos e as descargas de fundo, que
representam evidentemente uma perda que incide significativamente no custo do vapor.
*******
103
OPERAÇÃO – QUALIFICAÇÃO DO OPERADOR
QUALIFICAÇÃO DO OPERADOR
A caldeira deve ter sua operação confiada a pessoa devidamente qualificada. O
operador deve ter sido treinado e possuir os requisitos necessários que permitam um
desempenho seguro e eficiente da caldeira.
13.3.5 Para efeito desta NR será considerado operador de caldeira aquele que
satisfizer pelo menos uma das seguintes condições:
104
OPERAÇÃO – QUALIFICAÇÃO DO OPERADOR
ANEXO 1-A
1.1 - Pressão
1.1.1 - Pressão atmosférica
1.1.2 - Pressão interna de um vaso
1.1.3 - Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
1.1.4 - Unidades de pressão
1.2 - Calor e temperatura
1.2.1 - Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
1.2.2 - Modos de transferência de calor
1.2.3 - Calor específico e calor sensível
1.2.4 - Transferência de calor e temperatura constante
1.2.5 - Vapor saturado e vapor superaquecido
1.2.6 - Tabela de vapor saturado
105
OPERAÇÃO – QUALIFICAÇÃO DO OPERADOR
3 - OPERAÇÃO DE CALDEIRAS
106
OPERAÇÃO – QUALIFICAÇÃO DO OPERADOR
6 - LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO
*******
107
OPERAÇÃO – DEVERES DO OPERADOR
DEVERES DO OPERADOR
A vida útil da caldeira, seu bom funcionamento, performance e segurança, dependem
em grande parte do operador. Abaixo, são enumerados alguns deveres básicos do operador da
caldeira:
108
OPERAÇÃO – DEVERES DO OPERADOR
Nota: Por razões de segurança, o operador não deverá tentar executar qualquer serviço na
caldeira , para o qual não recebeu treinamento específico.
*******
109
OPERAÇÃO – PRIMEIRO ACENDIMENTO
Notas importantes:
1. Somente deverá ser solicitada a presença do técnico após terminada toda a instalação,
feitas as verificações preliminares e providenciados os insumos necessários à operação da
caldeira: combustível, energia elétrica, água tratada, etc.
2. Não dar início à operação da caldeira, sem a presença do técnico, para não perder a
garantia da mesma.
1. Verificação geral:
• Abrir a válvula geral de entrada de água e ligar a chave geral de energia elétrica
para a caldeira. A bomba de água será automaticamente ligada, começando a
encher a caldeira com água;
• Enquanto a bomba estiver operando, observar cuidadosamente o nível de água no
tanque e, se este esvaziar-se, a chave deverá ser desligada, aguardando-se que o
mesmo se encha novamente para, então, tornar a ligar a chave geral.
• A bomba continuará operando, até que a caldeira atinja o nível máximo de água,
quando a válvula de entrada de água deverá ser fechada, para evitar que a
alimentação de água prossiga por gravidade.
110
OPERAÇÃO – PRIMEIRO ACENDIMENTO
3. Teste hidrostático:
• Antes do acendimento da caldeira e, ainda com água fria, deverá ser feito um teste
hidrostático na caldeira, a fim de detectar alguma anormalidade proveniente do
manuseio da unidade durante o transporte ou na instalação da mesma;
• Raquetear as válvulas de segurança ou removê-las e fechar os respectivos bocais,
na caldeira, com flanges cegos;
Nota: Nunca faça a vedação na própria válvula de segurança, por meio de aperto
do parafuso de ajuste, pois tal procedimento poderá danificar a sede e
contra-sede da válvula.
• Desconectar os pressostatos;
• Fechar a válvula de saída de vapor;
• Abrir as tampas das caixas de fumaça traseira e dianteira;
• Com o comando manual da bomba d’água, elevar lentamente a pressão da caldeira
até 1,5 (uma e meia) vez a PMTA, e efetuar uma rápida inspeção visual da caldeira;
• Baixar lentamente a pressão até o valor da PMTA, e, mantendo esta pressão
durante 30 minutos, examinar cuidadosamente a caldeira, quanto a vazamentos ou
eventuais danos;
• Retirar lentamente toda a pressão da caldeira;
• Recolocar as válvulas de segurança em sua posição normal, reconectar pressostatos,
abrir a válvula de vapor e fechar as tampas da caldeira.
4. Em caso de caldeiras a óleo, verificar existência de vazamentos na rede de óleo, conexões
e válvulas;
5. Em caso de caldeiras operando a gás, fazer checagens de segurança no sistema de gás;
6. Acender a caldeira em fogo mínimo, precedido do aquecimento do óleo combustível, se for
o caso;
7. Proceder à regulagem da combustão;
8. Regular as válvulas de segurança e os pressostatos de limite e de modulação, conforme o
requerido (pressão máxima, velocidade de resposta da caldeira, pressão de operação, etc.);
9. Testar o injetor, se houver;
10. Efetuar os testes de segurança: nível mínimo de segurança, pressão máxima, falha de
chama, alarme de falta de água, porta(s) de explosão, etc.;
11. Observar o comportamento geral da caldeira em operação automática;
12. Proceder à orientação dos operadores quanto aos aspectos mais importantes do
funcionamento e da manutenção da caldeira.
111
OPERAÇÃO – PRIMEIRO ACENDIMENTO
Notas:
a) Os operadores devem estar qualificados para operação de caldeiras e, de
preferência, estar previamente familiarizados com a unidade, através da leitura
deste manual.
b) Nesta oportunidade deve ainda ser realizada a Inspeção Inicial de Segurança,
conforme a NR-13 do Ministério do Trabalho.
*******
112
OPERAÇÃO – ROTINA DE PARTIDA
ROTINA DE PARTIDA
Toda vez que for dar início à operação da caldeira, o operador deve cumprir uma
rotina, conforme estabelecido a seguir. Estas providências são necessárias somente nos casos
em que a caldeira, após um certo tempo em funcionamento normal, tenha permanecido parada
por um período prolongado. Em caso de paradas normais durante o funcionamento, a partida
se dá automaticamente, sem necessidade da intervenção direta do operador.
• de água;
• de combustível principal (óleo combustível ou gás em cilindros);
• de combustível do piloto (óleo Diesel ou querosene).
• do visor de nível;
• da rede de óleo combustível;
• do fluido externo de atomização;
• do ar do compressor , quando houver;
• do suspiro, se houver;
• de bloqueio de gás para o piloto (operação a gás nas caldeiras a gás ou mistas);
• da rede de óleo Diesel ou querosene para o piloto;
• de bloqueio manual do gás para o combustor (operação a gás nas caldeiras a gás ou
mistas);
• de bloqueio na instalação de suprimento de gás.
113
OPERAÇÃO – ROTINA DE PARTIDA
*******
114
OPERAÇÃO – AQUECIMENTO DO ÓLEO COMBUSTÍVEL
115
OPERAÇÃO – OPERAÇÃO AUTOMÁTICA
OPERAÇÃO AUTOMÁTICA
A) ÓLEO COMBUSTÍVEL
116
OPERAÇÃO – OPERAÇÃO AUTOMÁTICA
B) GÁS COMBUSTÍVEL
Os gases combustíveis são normalmente mais leves que o ar, com exceção do GLP,
devendo, portanto, as instalações estar sempre bem ventiladas. Verifique diariamente se os
acessos e janelas da Casa de Caldeiras estão devidamente abertos e desobstruídos e se, nas
partes mais elevadas, onde há maior tendência de acúmulo de gases, não há equipamentos
elétricos inadequados, superfícies superaquecidas ou outro tipo de fonte de ignição.
O gás é incolor, somente percebido pelo odor, e, portanto, requer cuidado, devendo ser
evitados serviços de solda elétrica, acendimento de maçarico, esmerilhamento e outros que
produzam faísca ou calor excessivo dentro da Casa de Caldeiras, num raio mínimo de cinco
metros do equipamento.
117
OPERAÇÃO – OPERAÇÃO AUTOMÁTICA
O ponto de descarga do “vent”, quando houver, deve estar sempre livre e em local
seguro. Nenhum componente elétrico ou fonte de energia aberta deverá ser localizado em um
raio mínimo de três metros. Esse ponto deverá estar localizado obrigatoriamente fora da Casa
de Caldeiras e no mínimo três metros acima da cobertura desta.
2. Verificações iniciais:
Antes de liberar o equipamento para operação, deverá ser feita uma verificação geral
do sistema, a fim de eliminar quaisquer problemas que porventura possam afetar a partida da
caldeira. Abaixo, acham-se relacionados alguns itens que deverão ser observados antes de
admitir gás ao sistema.
118
OPERAÇÃO – OPERAÇÃO AUTOMÁTICA
3. Procedimento de partida:
4. Funcionamento normal:
Caso ocorra uma concentração de gás no interior da Casa de Caldeiras, provocada por
um vazamento no sistema, as seguintes providências deverão ser tomadas:
119
OPERAÇÃO – OPERAÇÃO AUTOMÁTICA
Nota: A chave a ser acionada deverá estar fora da área de risco, não devendo ser
acionada chave alguma, dentro da Casa de Caldeira.
• Deverá ser imediatamente bloqueado o suprimento de gás para a área envolvida.
• Deverá ser investigado se outras áreas adjacentes foram afetadas pelo vazamento de
gás.
• Deverão ser localizadas e corrigidas as possíveis fontes de vazamento.
• Deverá ser realizado um teste nas instalações, antes de voltar à operação normal
com gás combustível.
*******
120
OPERAÇÃO – OPERAÇÃO MANUAL DA BOMBA D’ÁGUA
Embora improvável, em certas situações pode ocorrer que haja defeito apenas na parte
de controle de nível de água e que a parte de segurança esteja operando normalmente. Isto
poderá ser verificado, procedendo-se a uma descarga da coluna de nível com a caldeira
pressurizada, o que fará com que soe o alarme, caso o dispositivo de segurança de nível esteja
atuando normalmente.
*******
121
OPERAÇÃO – OPERAÇÃO COM ÓLEO COMBUSTÍVEL LEVE
1. O aquecedor de óleo não sendo necessário, deve ter a entrada de combustível bloqueada e
o seu “by-pass” aberto. No caso de aquecedores sem "by-pass", o combustível leve passa
pelo aquecedor, devendo-se tomar cuidado para que a resistência de aquecimento
esteja desligada.
2. Por medida de segurança, feche a válvula de entrada de vapor no aquecedor e retire os
fusíveis do demarrador das resistências de aquecimento. Faça isso com a chave geral da
caldeira desligada.
3. Se o tanque de serviço vier a ser utilizado, proceda da mesma forma que para o aquecedor
de óleo, desligando o aquecimento.
4. Para a operação da caldeira, procede-se da mesma forma que com o óleo combustível,
dispensando-se a espera para aquecimento e circulação do óleo.
5. Em caso de troca de combustível (ex: a caldeira que utilizava óleo combustível pesado
passa a utilizar óleo Diesel), será necessário fazer-se ajustes nas regulagens da combustão e
pressão da bomba. Estes ajustes deverão ficar a cargo de um técnico especializado em
combustão.
6. Ao utilizar o óleo Diesel, querosene ou misturas leves, é recomendável, por razões de
segurança, que a bomba de óleo seja desligada através do programador, no caso de
ocorrência de alguma falha ou a pressão do vapor atinja o valor máximo de operação.
Nota: Neste caso, a AALBORG deverá ser notificada para prestar assistência neste
particular.
7. No caso da utilização do querosene, deve ser adicionado ao mesmo 10% de óleo de
mamona, para efeito de lubrificação da bomba de óleo.
*******
122
OPERAÇÃO – PARADA DE FUNCIONAMENTO
*******
123
OPERAÇÃO – PARÂMETROS OPERACIONAIS
PARÂMETROS OPERACIONAIS
Abaixo estão indicados os principais parâmetros a serem observados na operação
da caldeira M3P:
• Pressão do ar comprimido ou vapor para atomização:
- Para M3P 2.0 a 6.5: 1,5 a 2 kgf/cm2
- Para M3P 8.0 a 17: 4 a 5 kgf/cm2
• Pressão do óleo combustível (vide “Aquecimento do óleo combustível”)
- Para M3P 2.0 a 6.5: 3 a 4 kgf/cm2
- Para M3P 8.0 a 17: 9 a 12 kgf/cm2
• Pressão do combustível auxiliar (óleo Diesel ou querosene):
- 7 a 10 kgf/cm2
• Pressão do gás natural:
- Para M3P 2 a 7: 400 a 600 mmCA
- Para M3P 8 a 30: 800 a 1200 mmCA
• Temperatura do óleo combustível:
- Variável com a viscosidade do óleo (vide gráfico temperatura x
viscosidade)
• Temperatura da chaminé:
PMTA Temperatura
Combustível em fogo alto
kgf/cm2 psig °C
Óleo 210 a 240
12,0 174
Gás 220 a 250
Óleo 220 a 250
15,0 232
Gás 230 a 260
Óleo 230 a 260
18,0 261
Gás 240 a 270
Óleo 240 a 260
21,0 305
Gás 240 a 280
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OPERAÇÃO – PARÂMETROS OPERACIONAIS
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125
OPERAÇÃO – SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
Ocorre quando a água atinge o nível de segurança, devido, entre outras causas, a falta
de água do abastecimento e falha na bomba de alimentação. Em situação normal, o
intertravamento de segurança correspondente (vide tópico “Sistema de controle”, em
Intertravamentos de Segurança) fecha a válvula de combustível, interrompendo a combustão,
disparando simultaneamente o alarme e sinalização. Entretanto, se a manutenção for
deficiente, o sistema de segurança fica sujeito a falhas e o nível de água poderá cair abaixo do
nível de segurança, o que poderá acarretar sérios danos à caldeira. No tópico, “Sistema de
controle”, em “Controle de Nível”, é descrito o procedimento necessário em caso de parada
de combustão por nível baixo de água.
RETROCESSOS DE CHAMA
Caso o operador perceba sinais de vazamento de tubos, seja através dos gases de
combustão que saem pela chaminé ou algum escorrimento de água para o exterior da caldeira,
deve programar o mais breve possível a abertura da caldeira, para uma inspeção e avaliação
dos danos. Se não existirem trincas nos tubos e no espelho, talvez um simples
remandrilamento resolva o caso. Porém, se os tubos estiverem trincados, estes devem ser
substituídos e se o espelho também apresentar trincas, ele deve ser reparado, antes da
colocação de novos tubos.
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OPERAÇÃO – SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
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OPERAÇÃO – SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Do ponto de vista prevencionista, o acidente do trabalho pode ser definido como uma
ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo
normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ ou lesões nos trabalhadores e/
ou danos materiais.
CAUSAS DE ACIDENTES
Condições inseguras são as causas que decorrem diretamente das condições do local ou
do ambiente de trabalho. Ex. Proteção mecânica inadequada, projeto ou construções
inseguras, iluminação e ventilação inadequada, etc.
Além dos acidentes que obviamente podem afetar a saúde do operador, este está
sujeito também à poluição do ar causada pela caldeira. De fato, a queima de combustíveis
fósseis, utilizados como fonte de energia para caldeiras gera emissões no ar, tais como:
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OPERAÇÃO – SEGURANÇA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
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MANUTENÇÃO – ROTINA
ROTINA DE MANUTENÇÃO
1. A Casa de Caldeiras deve ser conservada em perfeita ordem, tanto no interior como
no exterior, removendo-se os apetrechos desnecessários, que impeçam ou
dificultem a passagem, e acomodando-se os acessórios pertinentes, da melhor
maneira possível. As ferramentas e peças sobressalentes devem estar arrumadas e
limpas, prontas para serem usadas. O piso deve ser vistoriado e limpo, sempre que
apresentar riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias que o tornem
escorregadio.
2. Sempre que alguma falha for observada, o seu reparo deve ser providenciado, o
mais rapidamente possível, a fim de que se prolongue e acumule o seu efeito. Não
deve ser anulada a ação de válvulas, dispositivos automáticos, chaves magnéticas,
etc, usando tacos, pregos, palitos e objetos semelhantes, pois, assim procedendo,
parte da segurança do gerador de vapor estará sendo prejudicada.
3. Deverá haver revisões periódicas incluindo limpezas internas, teste hidrostático
(quando necessário) e testes de todos os acessórios e sistemas de segurança. Nessa
oportunidade, será feito também exame interno e avaliação da eficácia do
tratamento da água. O intervalo entre essas revisões depende, evidentemente, do
tipo de combustível utilizado e do regime de funcionamento da caldeira. No caso de
caldeiras a óleo combustível, a AALBORG recomenda, para regime de operação de
até 12 horas diárias, que as revisões sejam semestrais e, para regime de operação
entre 12 e 24 horas diárias, que as revisões sejam trimestrais. Para caldeiras a gás,
sujeitas a depósito de menos resíduos nas passagens de combustão, as revisões
podem ser semestrais, em qualquer regime de operação da caldeira. Vale observar
que este nível de manutenção somente pode ser executado por pessoal devidamente
habilitado, de preferência pelo fabricante.
130
MANUTENÇÃO – ROTINA
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MANUTENÇÃO – PARALIZAÇÃO PROLONGADA
Há dois métodos para a proteção da caldeira parada, que são escolhidos, em função do
tempo previsto para a parada ou a necessidade de a caldeira ser mantida em disponibilidade
para entrar em funcionamento imediato, se necessário:
Deve-se, ainda, adicionar uma solução contendo 450 g de soda cáustica e 100 g de
sulfato de sódio para cada 1.000 litros de água contida na caldeira, mantendo-se o pH mínimo
de 11,0 e um teor mínimo de 100 ppm de SO3-2 para efeito seqüestrante de oxigênio.
Caso o período de parada seja maior que dois meses, é recomendável manter a caldeira
a seco.
Para eliminar a umidade e manter seco o interior da caldeira, coloca-se silica-gel, que
é um agente higroscópico de fácil manejo, na proporção de 1 kg/m3, em recipientes com
formato de prato, distribuindo-os em diversos locais.
Como a umidade é mais intensa durante mais ou menos um mês após o início do
processo de conservação, haverá necessidade de substituir-se a silica-gel, a cada uma ou duas
132
MANUTENÇÃO – PARALIZAÇÃO PROLONGADA
semanas. Após essa fase, deverá ser feita uma inspeção interna a cada mês e trocá-la, se
necessário.
O estado da silica-gel pode ser facilmente identificado, visto que sua cor muda ao
absorver a umidade. A silica-gel saturada é facilmente recuperada, aquecendo-se a mesma por
um período entre 2 a 4 horas, à temperatura de 180°C.
Para uma proteção mais rigorosa, deve-se manter juntamente com a silica-gel, no
interior da caldeira, lâmpadas continuamente acesas, dispostas uniformemente, ao longo de
todo o comprimento.
Este método deve também ser aplicado à fornalha, no caso de inatividade da caldeira
cheia de água.
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MANUTENÇÃO – RESFRIAMENTO DA CALDEIRA
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MANUTENÇÃO – LIMPEZA NO LADO DOS GASES
Por ocasião da abertura da caldeira para limpeza dos tubos, deve-se também aproveitar
para a limpeza da fornalha, espelhos e das câmaras de reversão de gases, que geralmente
apresentam depósitos de fuligem, cinzas e, até mesmo, crostas de óleo não queimado, no caso
das caldeiras a óleo.
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MANUTENÇÃO – LIMPEZA NO LADO DOS GASES
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136
MANUTENÇÃO – LIMPEZA NO LADO DA ÁGUA
137
MANUTENÇÃO – LIMPEZA NO LADO DA ÁGUA
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MANUTENÇÃO – LIMPEZA QUÍMICA
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MANUTENÇÃO – LIMPEZA DOS FILTROS
• Abra o filtro para retirar a tela. Faça-o cuidadosamente, evitando que o óleo
entorne dentro do corpo do filtro, pois os detritos nele contidos seguiriam
para a rede. Deixe apenas o óleo escorrer pela tela.
• Mergulhe a tela em óleo Diesel, querosene ou outro solvente apropriado;
• Para retirar os detritos que se encontram nas malhas da tela, use jato de ar
comprimido.
Nota: Não use estopa para lavar ou secar a tela. Uns poucos fiapos que fiquem no
seu exterior, arrastados para o combustor, serão suficientes para entupi-lo
parcial ou totalmente.
Tenha em mente que a combustão é prejudicada com a falta de limpeza dos filtros.
Para a limpeza do filtro da bomba d’água, retire o cesto e lave-o com água sob
pressão, no sentido inverso ao do fluxo normal, ou seja, de fora para dentro. Remova os
detritos encontrados dentro do cesto e evite utilizar ferramentas ou escovas para limpeza dos
filtros. Este procedimento aplica-se também a filtros de gás.
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140
MANUTENÇÃO – LUBRIFICAÇÃO
LUBRIFICAÇÃO
Uma etapa muito importante da manutenção da caldeira é a lubrificação de seus
equipamentos auxiliares. Periodicamente, devem ser examinados e relubrificados, se
necessário, os mancais da bomba d’água, ventilador, motores elétricos, etc.
A maioria dos mancais empregados são do tipo de rolamentos. Estes devem ser
lubrificados, para evitar o contato metálico entre os corpos rolantes, pistas e gaiolas e também
para protegê-los contra corrosão e desgaste.
Os rolamentos podem ser lubrificados com graxa ou óleo e, em caso especial, com um
lubrificante sólido. A escolha do lubrificante depende basicamente da faixa de temperatura de
trabalho e das rotações atingidas.
As graxas à base de lítio são adequadas geralmente para temperaturas entre -30 e
+110°C. São praticamente insolúveis em água e não podem, por si mesmas, apresentar uma
boa proteção contra a corrosão. Devem, portanto, ser sempre aditivadas com inibidores.
141
MANUTENÇÃO – LUBRIFICAÇÃO
FABRICANTE MARCA
Texaco Multifak EP 2
Esso Beacon EP 2
Shell Alvania EP 2
Mobil Mobilex EP 2
BR Lubrax Ind. GMA - 2 EP
Castrol Castrol EPL-2 Grease
Atlantic Lubricant 54 EP 2
Ipiranga Isaflex EP 2
Entretanto, é possível que uma mistura de graxas compatíveis tenha uma consistência
menor que a das componentes, embora as propriedades lubrificantes, necessariamente, não se
alterem.
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MANUTENÇÃO – LUBRIFICAÇÃO
existir entre os contatos dos corpos rolantes e pistas, a sua viscosidade não deve cair abaixo
de um valor mínimo, à temperatura de trabalho.
O óleo utilizado deve ser um óleo hidráulico, com aditivo antidesgaste e viscosidade
ISO VG 68. Entretanto, como não nos é possível calcular com exatidão a temperatura de
trabalho do rolamento, torna-se necessária a determinação experimental do tipo adequado de
óleo. Assim, ao notar-se uma temperatura demasiadamente alta no mancal, recomendamos
trocar o óleo por outro de menor viscosidade, ou seja, ISO VG 46. Apresentamos, a seguir,
uma tabela de equivalência das marcas de óleos por nós recomendados, sem ordem de
preferência.
FABRICANTE MARCA
Atlantic Duro AW 68
Esso Nuto H-68
Mobil DTE 26 (68)
Texaco Rando HD 68
Castrol Hyspin AWS 68
Ipiranga Ipitur AW 68
BR Lubrax Indl. HR-68 EP
Shell Tellus 68
Os rolamentos não podem trabalhar sem óleo, devendo-se verificar o nível antes de
operar o equipamento. Quando o equipamento estiver parado, o óleo deverá ter um nível um
pouco abaixo do centro da esfera que ocupar a posição mais baixa. Este nível é mantido
automaticamente pelo copo montado na lateral do mancal. Após o equipamento ser posto em
funcionamento, o nível sofrerá uma modificação de alguns milímetros.
Depois de um certo período, o óleo absorve uma série de impurezas tais como
umidade, partículas, poeira, etc, tornando-se impróprio para a lubrificação. Um dos fatores
que mais contribui para a diminuição das propriedades lubrificantes do óleo é a sua oxidação
pelo ar atmosférico, formando o que usualmente se chama “borra”. A velocidade de oxidação
de um óleo depende muito da temperatura de trabalho.
Existe, portanto, um intervalo de tempo, após o qual o óleo deve ser totalmente
substituído. Esses intervalos geralmente são determinados pela experiência prática. De uma
maneira geral, recomendamos a troca de todo o óleo lubrificante a cada seis meses. A
primeira troca deve ser efetuada após as primeiras 200 horas.
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143
MANUTENÇÃO – REPAROS E ALTERAÇÕES
13.4.1.1 Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deve ser
respeitada a concepção original da caldeira, com procedimento de controle do maior
rigor prescrito nos códigos pertinentes.
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144
MANUTENÇÃO – REPARO DO REFRATÁRIO
Qualquer que seja a quantidade de refratário presente na caldeira, deve ser examinado,
a cada seis meses, quando da revisão geral, procedendo-se ao reparo, reforma ou substituição
do mesmo, caso necessário. Na substituição de refratários, deve ser utilizado sempre material
de boa qualidade, compatível com a aplicação.
Como critério geral, deve ser verificada a existência de trincas e erosão no refratário.
Trincas limpas, com espessura de até 3 mm, são aceitáveis. Elas permitem o alívio de tensões
quando o refratário se dilata. Trincas maiores devem ser preenchidas e peças quebradas ou
soltas devem ser substituídas.
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145
MANUTENÇÃO – INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
13.1.2 Para efeito desta NR, considera-se “Profissional Habilitado” aquele que
tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades
referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção,
inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com
a regulamentação profissional vigente no País.
13.1.4 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
13.1.5 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem
visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações:
a) fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
146
MANUTENÇÃO – INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
147
MANUTENÇÃO – INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
13.5.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da
entrada em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exame interno e
externo, teste hidrostático e de acumulação.
148
MANUTENÇÃO – INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
a) pelo menos uma vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, em
operação, para caldeiras das categorias “B” e “C”;
b) desmontando, inspecionando e testando, em bancada, as válvulas flangeadas e,
no campo, as válvulas soldadas, recalibrando-as numa freqüência compatível
com a experiência operacional da mesma, porém respeitando-se como limite
máximo o período de inspeção estabelecido no subitem 13.5.3 ou 13.5.4, se
aplicável, para caldeiras de categorias “A” e “B”.
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MANUTENÇÃO – INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz
de comprometer sua segurança;
b) quando a caldeira for submetida a alteração ou reparo importante capaz de
alterar suas condições de segurança;
c) antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer
inativa por mais de 6 (seis) meses;
d) quando houver mudança de local de instalação da caldeira.
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150
LISTA DE SOBRESSALENTES
Óleo combustível
1) - combustor principal:
. 02 vidros visores de chama
. 01 sensor de chama
. 01 lança de óleo completa
2) - combustor piloto:
. 02 jogos de eletrodo de ignição
. 01 jogo de cabos de ignição
5) - painel de comando:
. 01 programador de combustão
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LISTA DE SOBRESSALENTES
9) - diversos:
. 01 pedra cônica do combustor
. 04 juntas para boca de visita
. 04 escovas de aço para limpeza dos tubos de gases
. 01 jogo de molas para válvulas de segurança
. 01 válvula de retenção para água
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152
LISTA DE SOBRESSALENTES
Gás natural
1) - combustor principal:
. 02 vidros visores de chama
. 01 sensor de chama
2) - combustor piloto:
. 02 jogos de eletrodo de ignição
. 01 transformador de ignição
. 01 jogo de cabos de ignição
4) - painel de comando:
. 01 programador de combustão
6) - diversos:
. 01 pedra cônica do combustor
. 02 juntas para boca de visita
. 04 escovas de aço para limpeza dos tubos de gases
. 01 válvula de retenção para água
. 02 manômetros para linha de gás combustível
. 01 jogo de molas para válvulas de segurança
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APÊNDICE – CONDIÇÕES DE GARANTIA
CONDIÇÕES DE GARANTIA
GARANTIA MECÂNICA
1.3. Todo material, peça ou equipamento fornecido pela AALBORG e por esta
substituído, por motivos de garantia, passa a ser de sua propriedade. Essas peças
ou equipamentos terão de ser devolvidos à AALBORG, acompanhadas de nota
fiscal de devolução, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de serem faturadas ao
COMPRADOR.
1.4. A presente garantia não cobre qualquer dano que os equipamentos sofrerem no
percurso de transporte, já que a condição de entrega é FOB fábrica AALBORG,
correndo por conta do COMPRADOR, salvo acordo expresso em contrário, as
despesas de transporte e seguro.
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APÊNDICE – CONDIÇÕES DE GARANTIA
- Juntas - Refratários
- Gaxetas - Fusíveis
- Vidros visores - Bobinas
- Eletrodos de ignição - Contatos elétricos
- Atomizadores - Lâmpadas
1.11. Os materiais refratários, isolantes, e outros, que, por sua natureza, têm prazo
definido para sua aplicação e/ou condições especiais de guarda, conservação ou
estocagem, não serão repostos por conta da AALBORG, caso ocorram atrasos na
sua aplicação e/ou não sejam armazenados ou conservados de acordo com as
normas aplicáveis ao caso, desde que tal atraso e/ou armazenamento não tenha sido
provocado por ato da AALBORG ou seu preposto.
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APÊNDICE – CONDIÇÕES DE GARANTIA
1.14. Nos termos dispostos no art. 1092 do Código Civil, a presente garantia não é
válida durante o tempo em que o COMPRADOR esteja em mora com a
AALBORG, não sendo a mesma prorrogada, em razão desta suspensão.
GARANTIA DE PERFORMANCE
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APÊNDICE – CONDIÇÕES DE GARANTIA
LIMITE DE RESPONSABILIDADE
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APÊNDICE – ASSISTÊNCIA TÉCNICA
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
A assistência técnica da AALBORG é prestada diretamente pela matriz e filial:
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