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REFRIGERAÇÃO

MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Energia, Climatização e Refrigeração

DIMENSIONAMENTO DE UMA INSTALAÇÃO FRIGORÍFICA INDUSTRIAL

Discente: Docente:

Guift Cangremo Pinho 77398 Prof. Armando Inverno

Algarve, Maio de 2023


REFRIGERAÇÃO

Índice
1 Introdução ................................................................................................ 1

1.1 Objetivos ............................................................................................ 2

1.1.1 Geral............................................................................................ 2

1.1.2 Específicos: ................................................................................. 2

2 Metodologia .............................................................................................. 4

3 Informação sobre o edifício ...................................................................... 5

4 A seleção dos elementos básicos de refrigeração.................................... 8

4.1 A seleção dos evaporadores .............................................................. 9

4.1.1 Os evaporadores das câmaras de conservação de congelados 10

4.1.2 O evaporador do túnel de congelação rápida ............................ 12

4.1.3 Os evaporadores das câmaras de conservação de refrigerados


15

4.1.4 O evaporador do túnel de refrigeração rápida ........................... 17

4.1.5 O evaporador da câmara de manutenção de produtos rejeitados


19

4.1.6 Seleção de evaporadores para as salas e corredores .............. 21

4.2 A seleção dos compressores ........................................................... 31

4.2.1 Seleção dos compressores para túnel de congelação rápida ... 31

4.2.2 Seleção dos compressores para a zona de baixa pressão ....... 38

4.2.3 Seleção dos compressores para a zona de alta pressão .......... 46

4.3 A seleção dos condensadores ......................................................... 52

4.4 A seleção das válvulas de expansão ............................................... 54

4.4.1 A seleção da válvula de expansão da alta pressão ................... 54

4.4.2 A seleção da válvula de expansão da baixa pressão ................ 56

4.4.3 A seleção da válvula de expansão do túnel de congelação rápida


58

I
REFRIGERAÇÃO

5 Conclusão .............................................................................................. 61

6 Referências bibliográficas ...................................................................... 62

II
REFRIGERAÇÃO

Lista de Abreviaturas e Símbolos

CCC-Câmaras de conservação de congelados

TCR-Túnel de congelação rápida

CCR-Câmaras de conservação de refrigerados


TRR-Túnel de refrigeração rápida

CMPR-Câmara de manutenção de produtos rejeitados

SRP-Sala de recepção de produtos


SEP-Sala de expedição de produtos

SPP-Sala de preparação de produtos

CR-Corredores

W -Potencia de compressão

P- Pressão

r-Taxa de compressão

v-Volume específico

Pa-Pascal

@-quer dizer a localização

s-Entropia

h-Entalpia

III
REFRIGERAÇÃO

1 Introdução
No presente trabalho pretende-se dimensionar uma instalação frigorifica
industrial para um interposto frigorífico, cujos estudo prévio assenta nos dados
fornecidos pelo docente da disciplina.

A construção será do tipo ligeiro, com o mínimo de alvenaria, com uma


estrutura totalmente metálica, com pilares e asnas em aço e a cobertura
inclinada com um sistema de telha, na sua maioria. Os condensadores da
instalação frigorífica ficarão localizados no exterior, junto a uma das fachadas,
próximo do local onde se situar a sala de máquinas.

Localização do interposto

Tendo em conta que alguns dados irão depender da localização desse O


interposto em estudo estará localizado na cidade de Quelimane, figura1.1 [1].
Quelimane é a cidade capital e a maior cidade da província da Zambézia,
em Moçambique, com uma área de 117 km quadrados km² e com uma
população acima dos 193.343 habitantes. Esta cidade localizada se no rio dos
Bons Sinais, a cerca de 20 km do Oceano Índico por essa razão, a cidade
conta com um porto, que é uma das suas principais atividades económicas,
centro de uma importante indústria pesqueira.

A escolha dessa cidade para implantar essa indústria deveu-se ao facto de


muitos negociantes estarem a apostar negócio de criação de galinhas, e falta
de meios de conservação. Portanto está instalação vai servir para conservação
de frangos.

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REFRIGERAÇÃO

Figura 1.1 Localização da Instalação Fonte: [1]

1.1 Objetivos

1.1.1 Geral

O presente trabalho tem como o objetivo geral dimensionar uma instalação


frigorifica industrial para um interposto frigorífico, obedecendo os dados e
pedidos fornecidos no enunciado em anexo.

1.1.2 Específicos:

Os objetivos específicos deste trabalho encontram-se mencionados abaixo,


importa referir que o mesmo tem em conta o enunciado fornecido pelo docente
da disciplina (anexo, enunciado):

• Desenhar o lay-out dos espaços (ter em conta os dados do anexo,


enunciado do trabalho);
• Fazer esquema de princípio das instalações frigoríficas e uma
representação no diagrama p-h onde se identifiquem os pontos de
funcionamento nominal da instalação de acordo com os dados acima
fornecidos;
• Selecionar o fluido, ou fluidos, frigorígenos;
• Selecionar todos os equipamentos: compressores frigoríficos, motores
elétricos, evaporadores, condensadores, válvulas de expansão,
válvulas eletromagnéticas; equipamento de controlo e de segurança da
instalação;

2
REFRIGERAÇÃO

• Fazer uma análise de como se adaptará a instalação aos novos


regimes de funcionamento referido no enunciado

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REFRIGERAÇÃO

2 Metodologia
Para se efetivar o trabalho usou se os conhecimentos adquiridos ao longo da
disciplina de Refrigeração. A visita de estudos feita a empresa Aviludo que se
localiza em Patacão deu um contributo positivo, no que diz respeito ao contato
real com os equipamentos em estudo, não só, esclareceu-se muita informação
através do técnico que trabalha diariamente com esses equipamentos.

Em termos de recursos utilizados, alem do Excel, foram utilizados também os


seguintes softwares para a seleção dos equipamentos: Frimetal para os
evaporadores; Bitzer para os compressores; os condensadores foram
selecionados a partir dos catálogos da TEVA e Danfoss para as válvulas de
expensão.

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REFRIGERAÇÃO

3 Informação sobre o edifício


A localização das camaras (de conservação de congelados e de
refrigerados), assim como dos tuneis (refrigeração e de congelamento rápido),
bem como, as dimensões desses espaços, foi feito com base na informação
dada no enunciado.

Alguns compartimentos incluídos no desenho não foram dados no enunciado,


por exemplo, átrio de higienização, balneários, loja de frangos e a sala de
máquinas.

Figura 3.1Vista traseira do entreposto

Figura 3.2 Vista lateral de entreposto

Figura 3.3 Vista frontal de entreposto

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REFRIGERAÇÃO

Figura 3.4 Vista de cima, sem cobertura de entreposto

Figura 3.5 Esquema de distribuição de espaço

Legenda:

Sala de recepção de produtos

Câmara de manutenção de produtos rejeitados

Sala de preparação dos produtos

Túnel de refrigeração rápida

Câmaras de conservação de refrigerados

Átrio de higienização Túnel de refrigeração rápida

Balneários Câmara de conservação de congelados

Loja de produtos Sala de expedição de produtos

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REFRIGERAÇÃO

Sala de máquinas

Importa referir que toda estrutura do edifício foi feita com perfis metálicos,
contendo dessa forma alguns detalhes como mostra a figura 3.6.

Figura 3.6 Estrutura detalhada de entreposto

Legenda:

a Tirante, para aumento da resistência a flexão dos painéis de cima das camaras e dos tuneis

b Válvula de equilíbrio de pressão

c Perfis metálicos

d Barreira anti vapor para proteger o isolamento térmico

e Isolamento térmico

f Vazio sanitário

g Tubos

h Betonilhas

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REFRIGERAÇÃO

4 A seleção dos elementos básicos de refrigeração


Os componentes básicos do ciclo de refrigeração serão feitos com base nos
critérios aprendidos ao longo das aulas e também com a informação colhida da
visita de estudo feita a empresa Aviludo. Os dados prévios do
dimensionamento se encontram na tabela 4.1.

Tabela 4.1 Dados prévio do dimensionamento do espaço

ID Espaços refrigerados Potência Temperatura (°C) Área Pé-


Frigorífica (m2) direito
Total (kW) (m)

1 Câmaras de conservação de congelados (6) 10X6=60 -25 90


2 Túnel de congelação rápida (1) 105 -40 45
3 Câmaras de conservação de refrigerados (3) 22,5X3=67,5 0/-2 80
4 Túnel de refrigeração rápida (1) 90 0 45
Câmara de manutenção de produtos 4,5
5 8 0 40
rejeitados (1)
6 Sala de recepção de produtos 8 10 e 60% de HR 60
7 Sala de expedição de produtos 10 10ºC e 60% de HR 60
8 Sala de preparação de produtos 10 10ºC e 60% de HR 100
9 Corredores 10=f(A=60m2) 10 ≈60

Como foi dito na introdução que o entreposto está previsto para ser
concebido na cidade de Quelimane em Moçambique, assim sendo, os cálculos
serão realizados tomando em conta os dados apresentados na da tabela 4.2,
[2].

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REFRIGERAÇÃO
Tabela 4.2 Temperatura de bolbo húmido e conteúdo de humidade Fonte: [2]

Porque a escolha de amonico para esta instalação industrial?

A seleção do fluido frigorigeneo

O fluido frigorigeneo a utilizar nessa instalação frigorifica é o R717, ou seja,


amoníaco, que pertence a compostos inorgânicos. Embora este fluido seja
tóxico em caso de fuga, é muito mais eficiente, se comparado a muitos fluidos.
Seja a razão pela qual, foi utilizada água glicolada, como fluido secundário nas
zonas como maior frequência de pessoas.

4.1 A seleção dos evaporadores

A seleção dos evaporadores para todos espaços resumidos na tabela 1, foi


feita em função dos seguintes parâmetros.

• A potência frigorífica (dada);


• A fluido frigorígeno;
• A temperatura do ar a entrada;
• A temperatura de evaporação;
• A diferença de temperatura (𝐷𝑇1), que é a diferença entre a
temperatura de entrada de ar (𝑇𝑒,𝑎𝑟 ) e a temperatura de evaporação
(𝑇𝑒 ); e
• Os materiais de construção foram selecionados tendo em conta a
compatibilidade que o fluido frigorígeno (R717) tem com os mesmos.

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4.1.1 Os evaporadores das câmaras de conservação de congelados

Os evaporadores das 6 câmaras de conservação de congelados são de


modelo FNHL-710, com as especificações técnicas apresentadas na figura 4.1
foram escolhidos com o auxílio de Software da FRIMENTAL. Para essa
escolha foram tidos em conta os seguintes dados para a cada câmara:

• A potência frigorífica requerida 𝑄𝑒𝐶𝐶𝐶 = 10𝑘𝑊/𝑐𝑎𝑑𝑎;


• A fluido frigorígeno Amoníaco (R717);
• A temperatura do ar a entrada 𝑇𝑖𝑛 = −25°𝐶;
• A temperatura de evaporação 𝑇𝑒 = 𝑇𝑖𝑛 + 𝐷𝑇1 = −25 + (−6) = −31°𝐶;
• Evaporador inundado em amoníaco;
• Distância entre alhetas 𝐷 = 9𝑚𝑚.

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REFRIGERAÇÃO

Figura 4.1 As especificações técnicas evaporadoras das câmaras de conservação de congelados


Fonte: FRIMETAL

4.1.2 O evaporador do túnel de congelação rápida

Para o túnel de congelação rápida foi escolhido evaporador de modelo MRL-


5900 com o auxílio de Software da FRIMENTAL. Para essa escolha foi tido
como base os seguintes dados:

• A potência frigorífica requerida 𝑄𝑒𝑇𝐶𝑅 = 105𝑘𝑊;


• A fluido frigorígeno Amoníaco (R717);
• A temperatura do ar a entrada 𝑇𝑖𝑛 = 𝑇𝑒 − 𝐷𝑇1 = −40 − (−10) = −30℃;
• A temperatura de evaporação 𝑇𝑒 = −40℃;
• Expansão direita;
• Distância entre alhetas 𝐷 = 12𝑚𝑚.

A especificação técnica do evaporador do túnel de congelação rápida pode


ser lidos na figura 4.2.

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Figura 4.2 As especificações técnicas do evaporador do túnel de congelação rápida Fonte: FRIMETAL

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4.1.3 Os evaporadores das câmaras de conservação de refrigerados

Os 3 evaporadores para túnel de congelação rápida, são de modelo FNHB-


1730, foram escolhidos com o auxílio de Software da FRIMENTAL. Para essa
escolha foi tido como base os seguintes dados:

• A potência frigorífica requerida 𝑄𝑒𝐶𝐶𝑅 = 22,5𝑘𝑊/𝑐𝑎𝑑𝑎;


• A fluido frigorígeno Amoníaco (R717);
• A temperatura do ar a entrada 𝑇𝑖𝑛 = −2℃;
• A temperatura de evaporação 𝑇𝑒 = 𝑇𝑖𝑛 − (−𝐷𝑇1 ) = −2 − (−6) = −8℃;
• Evaporadores inundados;
• Distância entre alhetas 𝐷 = 7𝑚𝑚.

Da figura 4.3 pode se ler as especificações técnicas dos evaporadores das


câmaras de conservação de refrigerados

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Figura 4.3 As especificações técnicas dos evaporadores das câmaras de conservação de refrigerados
Fonte: FRIMETAL

4.1.4 O evaporador do túnel de refrigeração rápida

O evaporador para túnel de congelação rápida é de TNHL-5800, foi escolhido


com o auxílio de Software da FRIMENTAL. Para essa escolha foi tido como
base os seguintes dados:

• A potência frigorífica requerida 𝑄𝑒𝐶𝐶𝑅 = 90𝑘𝑊;


• O fluido frigorígeno Amoníaco (R717);
• A temperatura 𝑇𝑒 = 0℃;
• Evaporadores inundados;
• Distância entre alhetas D=9mm;
• Descongelamento a gás quente.

Da figura 4.4 pode se ler as especificações técnicas do evaporador do túnel


de refrigeração rápida

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Figura 4.4 As especificações técnicas do evaporador do túnel de refrigeração rápida Fonte: FRIMETAL

4.1.5 O evaporador da câmara de manutenção de produtos rejeitados

O evaporador da câmara de manutenção de produtos rejeitados é de modelo


PNHB-550 Y, foi escolhido com o auxílio de Software da FRIMENTAL. Para
essa escolha foi tido como base os seguintes dados:

• A potência frigorífica requerida 𝑄𝑒𝐶𝐶𝐶 = 8𝑘𝑊;

• A fluido frigorígeno Amoníaco (R717);

• A temperatura do ar a entrada 𝑇𝑖𝑛 = 0°𝐶;

• A temperatura de evaporação 𝑇𝑒 = 𝑇𝑖𝑛 + 𝐷𝑇1 = 0 + (−6) = −6°𝐶;

• Evaporador inundado em amoníaco;

• Distância entre alhetas 𝐷 = 9𝑚𝑚;

• Descongelamento a gás quente.

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Da figura 4.5 pode se ler as especificações técnicas do evaporador do


evaporador da câmara de manutenção de produtos rejeitados.

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REFRIGERAÇÃO

Figura 4.5 As especificações técnicas do evaporador do evaporador da câmara de manutenção de


produtos rejeitados Fonte: FRIMETAL

4.1.6 Seleção de evaporadores para as salas e corredores

As salas e corredores encontram-se a temperatura de 10oC, sendo espaços


que se encontram frequentemente ocupados pelos trabalhadores dessa
indústria, para evitar a inalação de amoníaco, em caso de fuga desse fluido,

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REFRIGERAÇÃO

recorreu-se a um subsistema de arrefecimento indireto, com a utilização da


solução da água com etileno glicol, assim sendo, as proporções da mistura
foram extraídas do gráfico da figura 4.6

A adição desta solução na água, serve para evitar o congelamento, desta


forma pode se ver a relação entre as temperaturas de congelamento versus as
percentagens das soluções em água, figura 4.6.

Figura 4.6 Temperaturas de congelamento de alguns refrigerantes secundários aquosos.fonte:


file:///C:/Users/gikap/Desktop/RF/industrial-refrigeration-handbook-stoecker.pdf

4.1.6.1 Seleção dos evaporadores para a sala de recepção de produtos

Para a sala de recepção de produtos, temos a potência frigorifica dada de


8kW, a temperatura de 10oC e 60% de humidade relativa, sendo a área da sala
60m2.

Com esses dados, foi feita a seleção dos 2 evaporadores de modelo PIB-N-
35 para essa sala com recurso ao software da FRIMETAL.

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Da figura 4.7 pode se ler as especificações técnicas dos evaporadores para a


sala de recepção de produtos

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Figura 4.7 As especificações técnicas dos evaporadores para a sala de recepção de produtos Fonte:
FRIMETAL

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4.1.6.2 Seleção dos evaporadores para a sala expedição de produtos

Para a sala de expedição de produtos, temos a potência frigorifica dada de


10kW, a temperatura de 10oC e 60% de humidade relativa, sendo a área da
sala 60m2.

Com esses dados o software da FRIMETAL sugeriu os modelos de


evaporadores que se encontram na tabela 4.3, tendo como destaque o modelo
FRL-275.
Tabela 4.3 Compressores sugeridos Fonte: FRIMETAL

As especificações técnicas dos evaporadores selecionados para a sala


expedição de produtos encontram-se na figura 4.8.

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REFRIGERAÇÃO

Figura 4.8 As especificações técnicas dos evaporadores selecionados para a sala expedição de
produtos Fonte: FRIMETAL

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4.1.6.3 Seleção de evaporadores para a sala preparação de produtos

Para a sala de preparação de produtos, temos a potência frigorifica dada de


10kW, a temperatura de 10oC e 60% de humidade relativa, sendo a área da
sala 100m2.

Com esses dados o software da FRIMETAL sugeriu os modelos de


evaporadores que se encontram na tabela 4.4, tendo como destaque o modelo
FRL-275.

As especificações técnicas dos evaporadores selecionados sala preparação


de produtos encontram-se na figura 4.9.

Tabela 4.4 Evaporadores sugeridos Fonte: FRIMETAL

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REFRIGERAÇÃO

Figura 4.9 As especificações técnicas dos evaporadores selecionados sala preparação de produtos
Fonte: FRIMETAL

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4.1.6.4 Seleção dos evaporadores para todos os corredores

Para todos os corredores, temos a potência frigorifica dada de 10kW, a


temperatura de 10oC e 60% de humidade relativa, sendo a área da sala 60m2.

Com esses dados o software da FRIMETAL sugeriu os modelos de


evaporadores que se encontram na tabela 4.5, tendo como destaque o modelo
FRL-275.

Da figura 4.10 pode se ler as especificações técnicas dos evaporadores para


todos os corredores
Tabela 4.5 Evaporadores sugeridos

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REFRIGERAÇÃO

Figura 4.10 As especificações técnicas dos evaporadores para todos os corredores Fonte: Frimetal

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REFRIGERAÇÃO

4.2 A seleção dos compressores

Para a seleção dos compressores, recorreu-se Software BITZER, tendo


como os principais parâmetros de entrada as potências frigorificas e as
temperaturas de evaporação das câmaras e dos tuneis.

E por este software não permitir a seleção de compressores numa gama de


diferença de temperaturas de evaporação e de condensação, portanto,
recorreu-se a correlação através dos gráficos plotados no Excel, como
estratégia para a seleção dos compressores.

Os compressores selecionados, aspiram do túnel de congelação rápida, do


depósito separador de fases de baixa pressão e do depósito separador de
fases alta pressão, sendo todos os de parafusos.

4.2.1 Seleção dos compressores para túnel de congelação rápida

A seleção dos compressores para cada o túnel de congelação rápida, foi feita
com base na potência frigorifica requerida para o túnel, que é de 105kW,
sendo que a temperatura de evaporação (-40oC) que foi mantida constante e
variando a de temperatura condensação, conforme mostra o gráfico da figura
4.12.

Depois de introduzir os valores da potência frigorifica, temperatura de


evaporação e de condensação, o software do fabricante (BITZER), sugeriu dois
modelos de compressores, onde, através da análise dos resultados gerados
pelo software, optou-se pela seleção de 2 compressores de modelo
OSNA8571-K, figura4.11.

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Figura 4.11 O modelo dos compressores para túnel de congelação rápida Fonte: BITZER

• Potência Frigorífica

Tendo sido feita a correlação mostrada no gráfico da figura 4.12 cujo mesmo
gráfico foi plotado com os valores da tabela 4.6, para se obter o valor da
potência frigórica correspondente a temperatura de condenação de (-8oC) e de
evaporação de (-40oC).

Tabela 4.6 Variação da potência frigórica em função da temperatura de condensação

Tc (°C) -8 -5 0 10 15 20 25 30
Qe (kW) 86.5226 84.644 81.513 75.5 72.4 69.2 65.9 62.3

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REFRIGERAÇÃO

Potência frigorifica vs Temperatura de


Condensação (Te=const.) y = -0.6296x + 81.594
R² = 0.9994
100
90
80
70
60
Qe (kW)

50
40
30
20
10
0
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35
Tc (°C)

Figura 4.12 Variação da potência frigórica em função da temperatura de condensação

• Potência no veio

Para encontrar a potência no veio para cada compressor, foi feita a mesma
correlação, mas nesse caso, para o modelo OSNA8571-K que já foi
selecionado anteriormente, foi feita a variação das potências no veio em função
das temperaturas de condenação, conforme ilustrado na tabela 4.7 e na figura
4.13.

Tabela 4.7 Variação da potência no veio em função da temperatura de condensação

Tc (°C) -8 -5 0 10 15 20 25 30
Wc (kW) 13.622 16.4315 21.114 32.3 35.5 39.4 43.9 49.1

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REFRIGERAÇÃO

Potência no Veio vs Temperatura de


Condensação (Te=const.) y = 0.9256x + 21.355
R² = 0.9969
60

50

40
Wc (kW)

30

20

10

0
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35
Tc (°C)

Figura 4.13 Variação da potência no veio em função da temperatura de condensação

• Capacidade do condensador

Analogamente a potência no veio, foi obtida a capacidade do condensador no


condensador, tabela 4.8 e figura 4.14.

Tabela 4.8 Capacidade do condensador em função da temperatura de condensação

Tc (°C) -8 -5 0 10 15 20 25 30
PR (kW) 105.3 102.9 98.9 90.7 87.1 83.3 79.2 74.8

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REFRIGERAÇÃO

Potência a Rejeitar no Condensador vs


Temperatura de Condensação
y = -0.794x + 98.9
(Te=const.) R² = 0.9997

120.0
100.0
80.0
PR (kW)

60.0
40.0
20.0
0.0
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35
Tc (°C)

Figura 4.14 Capacidade do condensador em função da temperatura de condensação

• Verificação das potências absorvidas no veio

Para efetuar a verificação, foram calculadas as potências dos compressores


numa situação em que comprimem o amoníaco, sem ter em conta os efeitos
adicionais que podem dentre outras razões ter haver com o atrito entre as
partes em movimentos mútuos entre os componentes dos compressores pré-
selecionados.

Para isso, a partir do esquema funcional da instalação, esboçou-se o digrama


pressão versus entalpia (p-h), correspondente. (vide anexo).

Todos os valores das propriedades do fluido frigorígeno R717, foram


extraídos das tabelas fornecidas por Docente da disciplina.

36
REFRIGERAÇÃO

• Cálculo do caudal mássico dos compressores do túnel de congelação


rápida

O cálculo da massa que comprimida no túnel de congelação rápida foi feita


através da análise do esquema 4.15.

Figura 4.15 Esquema para o cálculo da massa m1

𝑄𝑒𝑇𝐶𝑅 = 105𝑘𝑊

𝑄𝑒𝑇𝐶𝑅
𝑚̇1 =
(ℎ1 − ℎ10 )

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 1

𝑇1 = −40℃

ℎ1@−40℃ = 1631,43𝑘𝐽/𝑘𝑔

𝑣1@−40℃ = 1551,17𝑑𝑚3 /𝑘𝑔 = 1,55117𝑚3 /𝑘𝑔

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 10


ℎ10 = ℎ9@−31℃ = 283,96𝑘𝐽/𝑘𝑔

𝑄𝑒𝑇𝐶𝑅
𝑚̇1 =
(ℎ1 − ℎ10 )

105
𝑚̇1 = = 0,0779𝑘𝑔/𝑠
(1631,43 − 283,96)

37
REFRIGERAÇÃO

• Cálculo do caudal volumétrico dos compressores do túnel congelação


rápida

𝑣̇1 = 𝑚̇1 × 𝑣1 = 0,0779 × 1,55117 = 0,1208𝑚3 /𝑠

• Cálculo da potência de compressão dos compressores do túnel de


congelação rápida

𝛾 𝛾−1
( )
𝑊𝑇𝐶𝑅 = 𝑃1 × 𝑣̇ 1 ( ) [𝑟𝑖 𝛾 − 1]
𝛾−1

𝛾@𝑅717 = 1,28

𝑃1 @−40℃ = 0,717𝑏𝑎𝑟 = 71,7𝑘𝑃𝑎

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 2


𝑃2 = 𝑃3 @−8℃ = 3,152𝑏𝑎𝑟 = 315,2𝑘𝑃𝑎
𝑠2 = 𝑠1 @−40℃ = 7,14350𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐾
𝑣2 = 498,60𝑑𝑚3 /𝑘𝑔 = 0,49860𝑚3 /𝑘𝑔 interpolado

𝑣1 1,55117
𝑉𝑖1 = = = 3,11
𝑣2 0,49860

𝑟𝑖1 = (𝑉𝑖1 𝛾 ) = 3,111,28 = 4,27

1,28 1,28−1
( )
𝑊𝑇𝐶𝑅 = 71,7 × 0,1208 × ( ) [4,27 1,28 − 1] = 14,79𝑘𝑊
1,28 − 1

𝑊𝑇𝐶𝑅 = 14,79𝑘𝑊 < 𝑊𝐵𝐼𝑇𝑍𝐸𝑅 = 2 × 13,622 = 27,244𝑘𝑊

4.2.2 Seleção dos compressores para a zona de baixa pressão

• Potência frigorífico

A seleção dos compressores para as 6 câmaras de conservação de


congelados, foi feita com base na potência frigorifica requerida para as

38
REFRIGERAÇÃO

mesmas, que é de 60kW, sendo que a temperatura de evaporação (-31oC) foi


mantida constante e variando a de temperatura condensação, conforme mostra
o gráfico da figura 4.17.

Depois de introduzir os valores da potência frigorifica, da temperatura de


evaporação e da de condensação, o software do fabricante (BITZER), sugeriu
2 compressores de modelo OSNA5351-K, figura 4.16.

39
REFRIGERAÇÃO

40
REFRIGERAÇÃO

Figura 4.16 Os modelos dos compressores para a zona de baixa pressão Fonte: BITZER

Nota: Esse compressor foi selecionado com a temperatura de condensação


de 10oC, que não reflete a realidade do caso em questão, razão pela qual
recorreu-se a correlação com o recurso a tabela 4.9 e respetivo gráfico 4.17
obtidos no Excel, para a se obter o valor real da potência frigórica
correspondente a temperatura de condenação de (-8oC) e de evaporação de (-
31oC).

Tabela 4.9 Variação da potência frigórica em função da temperatura de condensação

Tc (°C) -8 -5 0 10 15 20 25 30
Qe (kW) 33.7984 33.175 32.136 30.1 29.1 28.1 27 25.7

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REFRIGERAÇÃO

Potência frigorifica vs Temperatura de


Condensação (Te=const.) y = -0.209x + 32.161
R² = 0.999
40
35
30
25
Qe (kW)

20
15
10
5
0
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35
Tc (°C)

Figura 4.17 Variação da potência frigórica em função da temperatura de condensação

• Potência no veio

Para encontrar a potência no veio para cada compressor, foi feita a mesma
correlação, mas nesse caso, para o modelo (OSNA5351-K) que já foi
selecionado anteriormente, foi feita a variação das potências no veio em função
das temperaturas de condenação, conforme ilustrado na tabela 4.10 e na figura
4.18.

Tabela 4.10 Variação da potência no veio em função da temperatura de condensação

Tc (°C) -8 -5 0 10 15 20 25 30
Wc (kW) 6.08 6.587 7.432 9.22 9.91 10.72 11.62 12.59

42
REFRIGERAÇÃO

Potência no Veio vs Temperatura de


y = 0.169x + 7.432
Condensação (Te=const.) R² = 0.9992
14
12
10
Wc (kW)

8
6
4
2
0
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35
Tc (°C)

Figura 4.18 Variação da potência no veio em função da temperatura de condensação

• Capacidade do condensador,

Analogamente a potência no veio, foi obtida a capacidade do condensador,


tabela 4.11 e figura 4.19.

Tabela 4.11 Variação da capacidade do condensador em função da temperatura de condensação

Tc (°C) -8 -5 0 10 15 20 25 30
PR (kW) 40.1 39.3 38.1 35.4 34.4 33.2 31.9 30.4

43
REFRIGERAÇÃO

Potência a Rejeitar no Condensador vs


Temperatura de Condensação
y = -0.25x + 38.06
(Te=const.) R² = 0.999

50.0

40.0
PR (kW)

30.0

20.0

10.0

0.0
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35
Tc (°C)

Figura 4.19 Variação da capacidade do condensador em função da temperatura de condensação

• Verificação das potências absorvidas no veio

Para efetuar a verificação, foram calculadas as potencias dos compressores


numa situação em que comprimem o amoníaco, sem ter em conta os efeitos
adicionais que podem dentre outras razoes ter haver com o atrito entre as
partes em movimentos mútuos entre os componentes dos compressores pré-
selecionados.

Para isso, a partir do esquema funcional da instalação, esboçou-se o digrama


pressão versus entalpia (p-h), correspondente. (vide anexo 1).

Todos os valores das propriedades do fluido frigorígeno R717, foram


extraídos das tabelas fornecidas por Docente da disciplina.

Balanco de energia no deposito de baixa pressão (DSF-BP).

44
REFRIGERAÇÃO

Figura 4.20 Esquema para o cálculo da massa m12

• Caudal mássico dos compressores para a zona de baixa pressão

O cálculo do caudal aspirado por compressores de baixa pressão é obtido a


partir do balanço do esquema da figura 4.20.

𝑚̇11 × ℎ11 + 𝑚̇8 × ℎ8 = 𝑚̇9 × ℎ9 + 𝑚̇9 × ℎ9 + 𝑚̇12 × ℎ12

𝑄𝑒𝐶𝐶𝐶 = 𝑚̇12 × (ℎ11 − ℎ9 )

𝑄𝑒𝐶𝐶𝐶 −𝑚̇1 × ℎ9 60 − 0,0779 × 283,96


𝑚̇12 = =
(ℎ12 − ℎ8 ) 1645,17 − 387,35

𝑚̇12 = 0,030𝑘𝑔/𝑠

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 8

𝑇𝑒𝐶𝐶𝐶 = 𝑇 + ∆𝑇 = −25 + (−6) = −31℃

ℎ8 = ℎ@7−8℃ = 387,35𝑘𝑔/𝑘𝑔

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 12

𝑇12 = 𝑇8 = 𝑇𝑒𝐶𝐶𝐶 = −31℃

ℎ12@−31℃ = 1645,17𝑘𝑔/𝑘𝑔

𝑣12@−31℃ = 1,00754𝑚3 /𝑘𝑔

𝑄𝑒𝐶𝐶𝐶 −𝑚̇1 × ℎ9 60 − 0,0779 × 283,96


𝑚̇12 = =
(ℎ12 − ℎ8 ) 1645,17 − 387,35

𝑚̇12 = 0,030𝑘𝑔/𝑠

45
REFRIGERAÇÃO

• Caudal volumétrico dos compressores para a zona de baixa pressão

𝑣̇ 12 = 𝑚̇12 × 𝑣12 = 0,030 × 1,00754 = 0,03022𝑚3 /𝑠

• Potência de compressão dos compressores para a zona de baixa


pressão

𝛾 𝛾−1
( )
𝑊𝐵𝑃 = 𝑃12 × 𝑣̇ 12 ( ) [𝑟𝑖 𝛾 − 1]
𝛾−1

𝛾@𝑅717 = 1,28

𝑃12 @−31℃ = 1,138𝑏𝑎𝑟 = 113,8𝑘𝑃𝑎

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 13


𝑃13 @−8℃ = 3,152𝑏𝑎𝑟 = 315,2𝑘𝑃𝑎
𝑠13 = 𝑠12 @−31℃ = 6,98194𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐾
𝑣13 = 461,28𝑑𝑚3 /𝑘𝑔 = 0,46128𝑚3 /𝑘𝑔 interpolado

𝑣12 1,00754
𝑉𝑖12 = = = 2,18
𝑣13 0,46128

𝑟𝑖12 = (𝑉𝑖12 𝛾 ) = 2,181,28 = 2,7

1,28 1,28−1
( )
𝑊𝐵𝑃 = 113,8 × 0,03022 × ( ) [2,7 1,28 − 1] = 3,81𝑘𝑊
1,28 − 1

𝑊𝐵𝑃 = 3,81𝑘𝑊 < 𝑊𝐵𝐼𝑇𝑍𝐸𝑅 = 2 × 6,08 = 12,16𝑘𝑊

4.2.3 Seleção dos compressores para a zona de alta pressão

A seleção dos compressores para a zona de alta pressão, foi feita com base
na soma das potências frigorificas requeridas para as 3 camaras de
conservação de refrigerados (22,5x3=67,5kW), 1 túnel de refrigeração rápida
(90kW), 1 camara de manutenção de produtos rejeitados (8kW), 1 sala de
receção (8kW), 1 sala de expedição de produtos (10kW), 1 sala de preparação
de produtos (10kW) e para os corredores (10kW).

46
REFRIGERAÇÃO

A carga térmica para os corredores foi obtida a partir da área total dos
corredores que é de cerca de 60m2, fazendo se uma proporção com as outras
áreas já existentes.

A temperatura de evaporação (-8oC) e a temperatura condensação (38oC),


sendo a temperatura de condenação obtida a partir da soma da temperatura de
bolbo húmido, extraída da tabela 4.8 (ASHRAE), ter em conta que foi escolhido
condensador evaporativo.

Depois de introduzir os valores da potência frigorifica total, temperatura de


evaporação e de condensação, o software do fabricante (BITZER), sugeriu 3
de compressores de modelo OSKA7472-K, com as características
apresentadas na figura 4.21.

• Potência Frigorífica

A potência total dos três compressores deve ter em conta as potências


rejeitadas nos depósitos de baixa e de alta pressão, tabela 4.12, além das
cargas térmicas que foram mencionadas.

Tabela 4.12 Potência rejeitada no condensador em função da temperatura de condensação

Tc (°C) -8 -5 0 10 15 20 25 30
PR (kW) 494.124 487.86 477.42 455.7 446.5 436.5 425.7 413.9

𝑃𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑃𝑅𝐷𝑆𝐹−𝐵𝑃 + 𝑃𝑅𝐷𝑆𝐹−𝐴𝑃 + 𝑄𝑒𝐶𝐶𝑅/𝑇𝑅𝑅/𝐶𝑀𝑃𝑅

𝑃𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 × 40,1 + 2 × 105,3 + 203,5 = 494.3𝑘𝑊

47
REFRIGERAÇÃO

48
REFRIGERAÇÃO

Figura 4.21 Os modelos dos compressores para a zona de alta pressão Fonte: BITZER

49
REFRIGERAÇÃO

• Verificação das potências absorvidas no veio

O caudal 3 foi obtido a partir do balanco de energia no deposito de alta


pressão (DSF-AP), esquema 4.22.

Figura 4.22 • Caudal mássico dos compressores para a zona de alta pressão

• Caudal mássico dos compressores para a zona de alta pressão

𝑚̇6 × ℎ6 + 𝑚̇7′ × ℎ7′ + 𝑚̇2 × ℎ2 + 𝑚̇13 × ℎ13 + 𝑚̇7′′ × ℎ7′′ = 𝑚̇7 × ℎ7 + 𝑚̇7 × ℎ7 + 𝑚̇7 × ℎ7 + 𝑚̇3 × ℎ3

𝑚̇7 × (ℎ7′′ − ℎ7 ) + 𝑚̇7 × (ℎ7′ − ℎ7 ) + 𝑚̇6 × ℎ6 + 𝑚̇2 × ℎ2 + 𝑚̇13 × ℎ13 = 𝑚̇7 × ℎ7 + 𝑚̇3 × ℎ3

𝑚̇7 × (ℎ7′′ − ℎ7 ) = 𝑄𝑒𝐶𝑙𝑖𝑚

𝑚̇7 × (ℎ7′ − ℎ7 ) = 𝑄𝑒𝐶𝐶𝑅/𝑇𝑅𝑅/𝐶𝑀𝑃𝑅

𝑄𝑒𝐶𝑙𝑖𝑚 = 𝑄𝑒𝑆𝑅𝑃 + 𝑄𝑒𝑆𝐸𝑃 + 𝑄𝑒𝑇𝐶 = 8 + 10 + 10 + 10 = 38𝑘𝑊

𝑄𝑒𝐶𝐶𝑅/𝑇𝑅𝑅/𝐶𝑀𝑃𝑅 = 𝑄𝑒𝐶𝐶𝑅 + 𝑄𝑒𝑇𝑅𝑅 + 𝑄𝑒𝐶𝑀𝑃𝑅 = 22,5 × 3 + 90 + 8 = 165,5𝑘𝑊

38 + 165,5 + 𝑚̇6 × (ℎ6 − ℎ3 ) + 𝑚̇2 × ℎ2 + 𝑚̇12 × (ℎ13 − ℎ7 ) = 0

𝑚̇6 = 𝑚̇3

203,5 + 𝑚̇3 × (ℎ6 − ℎ3 ) + 0,0779 × ℎ2 + 0,03022 × (ℎ13 − ℎ7 ) = 0

• A temperatura de condensação
𝑇𝑏ℎ 28,1℃ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑏𝑜𝑙𝑏𝑜 ℎú𝑚𝑖𝑑𝑜 (𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛ç𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜)

𝑇𝑐 = 𝑇𝑏ℎ@ + ∆𝑇 = 28,1 + 9,9 = 38℃

50
REFRIGERAÇÃO

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 6

ℎ6 = ℎ5@−8℃ = 600,69𝑘𝐽/𝑘𝑔

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 3

ℎ3@−8℃ = 1675,85𝑘𝐽/𝑘𝑔

𝑣3@−8℃ = 0,387126𝑚3 /𝑘𝑔

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 7

ℎ7@−8℃ = 387,35𝑘𝐽/𝑘𝑔

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 2


𝑃2 = 𝑃𝐷𝑆𝐹−𝐴𝑃 @−8℃ = 3,152𝑏𝑎𝑟 = 315,2𝑘𝑃𝑎
𝑠2 = 𝑠1 @−40℃ = 7,14350𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐾

ℎ2 = 1828,75𝑘𝐽/𝑘𝑔 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 13


𝑃13 = 𝑃𝐷𝑆𝐹−𝐴𝑃 @−8℃ = 3,152𝑏𝑎𝑟 = 315,2𝑘𝑃𝑎
𝑠13 = 𝑠12 @−31℃ = 6,98194𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐾

ℎ13 = 1777,22𝑘𝐽/𝑘𝑔 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜

203,5 + 𝑚̇3 × (600,69 − 1675,85) + 0,0779 × 1828,75 + 0,03022 × (1777,22 − 387,35) = 0

𝑚̇3 = 0,360𝑘𝑔/𝑠

• Caudal volumétrico dos compressores para a zona de alta pressão

𝑣̇ 3 = 𝑚̇3 × 𝑣3 = 0,360 × 0,387126 = 0,140𝑚3 /𝑠

• Potência de compressão dos compressores para a zona de alta


pressão
𝛾 𝛾−1
( )
𝑊𝐴𝑃 = 𝑃3 × 𝑣̇ 3 ( ) [𝑟𝑖 𝛾 − 1]
𝛾−1

𝛾@𝑅717 = 1,28

51
REFRIGERAÇÃO

𝑃3 @−8℃ = 3,152𝑏𝑎𝑟 = 315,2𝑘𝑃𝑎

• Propriedades do fluido frigorígeno no ponto 4


𝑃4 = 𝑃5 = 𝑃𝑐 @38℃ = 14,705𝑏𝑎𝑟 = 1470,5𝑘𝑃𝑎
𝑠4 = 𝑠3 @−8℃ = 6,62676𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐾
𝑣4 = 116,935𝑑𝑚3 /𝑘𝑔 = 0,116935𝑚3 /𝑘𝑔 Interpolado

𝑣3 0,38712
𝑉𝑖3 = = = 3,3
𝑣4 0,116935

𝑟𝑖3 = (𝑉𝑖3 𝛾 ) = 3,31,28 = 4,6

1,28 1,28−1
( )
𝑊𝐴𝑃 = 315,2 × 0,140 × ( ) [4,6 1,28 − 1] = 80,0𝑘𝑊
1,28 − 1

Antes da comparação, foram retirados os valores do calor rejeitado dos


compressores do túnel de congelação rápida e aos compressores da baixa
pressão, tendo sido feito a uma temperatura de condensação de -8oC.

𝑊𝑇𝐶𝑅′ = 𝑊𝑃𝑅 − 𝑄𝑒𝑇𝐶𝑅 = 105,3 − 86,5226 = 18,77𝑘𝑊

𝑊𝐵𝑃′ = 𝑊𝐵𝑃 − 𝑄𝑒𝐵𝑃 = 40,1 − 33,79 = 6,31𝑘𝑊

𝑊𝑇𝐶𝑅/𝐵𝑃′ = 𝑊𝑇𝐶𝑅′ + 𝑊𝐵𝑃′ = 18,77 + 6,31 = 43,85𝑘𝑊

𝑊𝐴𝑃 = 80,0𝑘𝑊 < 𝑊𝐵𝐼𝑇𝑍𝐸𝑅 = 3 × 43,85 = 131,55𝑘𝑊

4.3 A seleção dos condensadores

Com as temperaturas de bolbo húmido 28,1oC e da temperatura de


condensação 38oC, para o fluido frigorigéneo (R717), tirou-se o valor de
coeficiente de correção (k=1,55) do diagrama da figura 4.23 [6]

52
REFRIGERAÇÃO

Figura 4.23 Gráfico de variação de coeficiente de correção em função da temperatura de bolbo húmido
[6]

Tendo em conta que se optou por dois condensadores, 609/2≈305kW.

𝑄𝑐 = 305 × 1,55 = 472,75𝑘𝑊/𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜𝑟 𝑒𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜

Selecionou-se os condensadores de modelo CMC-100, com a potência


nominal de 515kW cada condensador evaporativo, figura 4.24,

53
REFRIGERAÇÃO

Figura 4.24 As características técnicas dos condensadores Fonte: [6]

4.4 A seleção das válvulas de expansão

As válvulas de expansão foram todas selecionadas com o auxílio do software


da Danfoss.

4.4.1 A seleção da válvula de expansão da alta pressão

Os parâmetros usados para a seleção da válvula de expansão da alta


pressão foram: o fluido frigorigéneo (R717), a temperatura de condensação
38oC, a temperatura de evaporação -8oC e caudal mássico 1434kg/h, tabela
4.13 [7].

Das válvulas propostas, escolheu-se a REG 40-A straight.

Tabela 4.13 A válvula sugerida fonte [7]

54
REFRIGERAÇÃO

As especificações técnicas da válvula encontram-se apresentadas na figura


4.26

55
REFRIGERAÇÃO

Figura 4.25 A válvula de expansão da alta pressão Fonte Danfoss fonte [7]

4.4.2 A seleção da válvula de expansão da baixa pressão

Os parâmetros usados para a seleção da válvula de expansão da baixa


pressão foram: o fluido frigorigéneo (R717), a temperatura de condensação -
8oC, a temperatura de evaporação -31oC e caudal mássico 171,7kg/h, tabela
4.14 [7]

Tabela 4.14 A válvula sugerida fonte [7]

Das válvulas propostas, escolheu-se a REG 15-A straight, figura 4.27.

56
REFRIGERAÇÃO

57
REFRIGERAÇÃO

Figura 4.26 A válvula de expansão da baixa pressão Fonte Danfoss fonte [7]

4.4.3 A seleção da válvula de expansão do túnel de congelação rápida

Os parâmetros usados para a seleção da válvula de expansão do túnel de


congelação rápida foram: o fluido frigorigéneo (R717), a temperatura de
condensação -8oC, a temperatura de evaporação -40oC e caudal mássico
280,4kg/h, tabela 4.15 [7]

Tabela 4.15 A válvula sugerida fonte [7]

Dentre as válvulas propostas, escolheu-se a Válvula de expansão electrónica


ICM 20-B66, figura 4.28, com um distribuidor de pressão a 2bar.

58
REFRIGERAÇÃO

59
REFRIGERAÇÃO

Figura 4.27 A válvula de expansão do túnel de congelação rápida fonte [7]

60
REFRIGERAÇÃO

5 Conclusão
Pode se chegar a conclusão sobre a relação existente entre a teoria estudada
na disciplina de refrigeração e a pratica, isso porque, para o caso das potencias
dos compressores, foi possível, a partir das potencias calculadas ver que
sempre são inferiores as do software da BITZER, isto é, porque as potências
obtidas através do cálculo não tem em conta alguns fatores como é o caso da
fricção entre os componentes, além de se ter visto que a potencia absorvida
pelos os veios de cada compressor são inferiores aos dos motores.

Embora o amoníaco como fluido frigorigeneo, seja atualmente substituído por


os menos tóxicos, foi possível ver que ainda é utilizado em algumas
instalações, bastar restabelecer algumas medidas ou estratégias, como é o
caso da utilização do fluido secundários, como por exemplo soluções, sendo
que para o presente trabalho foi utilizada a água glicolada nas zonas muito
frequentas por pessoas.

Tendo em conta que conta que é inevitável a formação de gelo que tem como
umas das consequências, passar a se comportar como um isolador térmico,
dificultando transferência de calor entre o evaporador e os produtos contidos
nas câmaras, foram concebidas condutas que conduzem o gás quente para o
descongelamento. O gelo que se forma nas portas dos túneis é descongelado
através de resistências elétricas.

61
REFRIGERAÇÃO

6 Referências bibliográficas
[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Quelimane

[2] http://ashrae-meteo.info/v2.0/

[3] FRIMETAL software

[4] file:///C:/Users/gikap/Desktop/RF/industrial-refrigeration-handbook-
stoecker.pdf

[5] BITZER software

[6] Catalogo TEVA-modelo-CMC

[7] Danfoss sofware

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