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FORNOS
Apostila de Fornos de Processo
Elaboração: Raimundo Sampaio
Sumário
1 INTRODUÇÃO 4
2 CLASSIFICAÇÃO DOS FORNOS 5
2.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO SERVIÇO 5
2.1.1 Fornos Refervedores (pré-flash) 5
2.1.2 Fomos Atmosféricos 6
2.1.3 Fornos de Vácuo 6
2.1.4 Fomos de Reforma Catalítica 6
2.1.5 Reformadores / Pirolise 6
2.2 QUANTO AO ASPECTO CONSTRUTIVO 6
2.2.1 Horizontais 6
2.2.2 Verticais 7
3 PARTES CONSTITUINTES 8
3.1 SERPENTINA DE AQUECIMENTO 10
3.1.1 Seção de Radiação 10
3.1.2 Seção da convecção 13
3.2 FORNALHA 14
3.2.1 Estrutura 14
3.2.2 Refratários 15
3.2.3 Equipamentos auxiliares 16
4 RAZÕES PARA INSPEÇÃO 22
5 CAUSAS DE DETERIORAÇÃO 22
5.1 RELEMBRANDO 22
5.2 SERPENTINA 24
5.2.1 Tipos de processo 24
5.2.2 Características da carga: 25
5.2.3 Velocidade de fluxo no interior da serpentina 25
5.2.4 Pressão 25
5.2.5 Temperatura 25
5.2.6 Produtos de combustão 27
5.2.7 Deterioração mecânica 27
5.3 FORNALHA 27
5.4 CHAMINÉS E DUTOS 28
6 FREQUENCIA DE INSPEÇÃO E EPOCA PARA A INSPEÇÃO 29
6.1 GENERALIDADES 29
6.2 SEGURANÇA 29
7 ROTINA DE INSPEÇÃO EM FORNOS DE PROCESSO 30
7.1 OBJETIVO 30
7.2 DEFINIÇÕES 30
7.3 CONDIÇÕES GERAIS 31
7.3.1 Planejamento da Inspeção 31
7.3.2 Inspeção em Operação 32
7.3.3 Itens a Serem Inspecionados 32
7.3.4 Inspeção Interna em Parada 38
7.3.5 Ensaios 46
7.4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 48
7.4.1 Serpentinas de Convecção48
7.4.2 PAF 48
7.4.3 Dutos Primário e Secundário 49
7.4.4 Chaminés 49
7.5 CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO 49
7.5.1 Serpentina 49
7.5.2 Suportes50
7.5.3 Queimadores 50
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7.5.4 Ramonadores 50
7.5.5 Termopares de Parede 50
7.5.6 Abafadores 50
7.5.7 Tubos de Vapor de Abafamento 50
8 ANEXOS 52
8.1 ANEXO – A – FIG IBP 52
8.2 ANEXO-B – DESCRIÇÃO IBP 53
8.3 ANEXO C- CRITÉRIO DE DEFORMAÇÃO 54
8.4 ANEXO-D – SUPORTES DE MOLA 55
8.5 ANEXO – E SLIDES API RP 581 56
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 59
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1 INTRODUÇÃO
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O calor desenvolvido na câmara de combustão é proveniente de maçaricos ou
queimadores, que poderão ser alimentado por óleo ou gás combustível e ou outro
combustível. A quantidade de calor fornecido pelos maçaricos e a vazão do produto
internamente nos tubos, são rigidamente controlados através de instrumentos tendo
em vistas as condições operacionais de pressão e temperatura. A câmara de
combustão está normalmente conectada à chaminé, por onde se faz a exaustão dos
gases. Essa conexão poderá ser feita através do próprio corpo do forno ou por meio
de dutos aéreos ou enterrados. Dependendo da finalidade as fornalhas são
constituídas das seções de convecção, radiação e chaminé. O critério de escolha é
função da temperatura na entrada da carga e de fatores econômicos. A seção de
radiação é a parte da fornalha onde se efetua a queima e na qual as superfícies dos
tubos estão expostas ao calor das chamas.
Nesta seção a maior parte do calor cedido aos tubos e a carga são por radiação.
A seção de convecção situa-se em região afastada dos maçaricos não recebendo o
calor de radiação das chamas. Os gases de combustão que passam da seção de
radiação para a de convecção, possuem temperatura elevada, sendo, portanto
capazes de ceder calor aos tubos desta seção, por convecção ou condução. Para
facilitar a transmissão de calor, os tubos da seção de convecção às vezes possuem
grande quantidade de pinos ou aletas soldados as superfície externas para aumentar
à superfície de troca de calor.
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2.1.2 Fomos Atmosféricos
São fornos de grandes porte, que operam com temperaturas de saída baixas (350ºC a
370 0C). É devido à baixa tendência de formação de coque.
2.2.1 Horizontais
No tipo horizontal são considerados as fornalhas em que os tubos da serpentina para
o aquecimento da carga tanto da seção de radiação como da seção de convecção são
distribuídos horizontalmente com os queimadores instalados no piso. Possuem
convecção extensas na qual é absorvida grande parte da carga térmica. Requerem
grandes áreas de instalação, pois além da área efetivamente ocupada necessitam de
espaço para retirada dos tubos. São os tipos mais indicados para as grandes
capacidades e para produtos que necessitam limpeza interna do tubos. Devido a
grandes seções de convecção São capazes de altas eficiências mesmo sem sistema
de pré-aquecimento de ar. Para redução do investimento pode-se optar por soluções
nas quais se aquecem produtos diferentes numa mesma carcaça através da utilização
de paredes divisórias ou varias fornalhas compartilhando a mesma convecção e
chaminé. Há numerosos modelos de projetos de fornos desse tipo.
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2.2.2 Verticais
As fornalhas tipo vertical são aquelas em que os tubos da serpentina de aquecimento
tanto da seção de radiação como da seção de convenção são dispostos verticalmente
ao redor do círculo dos queimadores, havendo opção de serpentinas helicoidais para
pequenas vazões. A seção de convecção quando existente é de pequeno porte, sendo
que em alguns fornos o mesmo tubo passa pelas seções de convecção e radiação.
São os fornos mais baratos e que requerem menores áreas para instalação. São
indicados nos casos em que o produto circule apenas na radiação.
2.2.2.3 Misto
O tipo misto é aquele em que os tubos da serpentina de aquecimento da seção de
radiação são verticais e da seção de convenção são horizontais.
As serpentinas de aquecimento da seção de convecção, nem sempre são utilizadas
para aquecimento de hidrocarbonetos, muitas vezes são utilizadas como gerador de
vapor, economizando energia para a unidade.
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3 PARTES CONSTITUINTES
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Os fornos se compõem basicamente em três partes, a saber:
Serpentina de aquecimento, Fornalha, Chaminé.
3.1.1.1 Tubos
Os tubos da seção de radiação são sempre lisos, pois a utilização de tubos aletados
em uma seção onde as taxas de calor são muito elevadas provocaria a formação de
pontos quentes nos tubos e acarretariam a falha prematura do material. Porém,
existem casos onde se prevê a utilização de tubos cuja superfície externa admite um
acabamento rugoso (HK-40; HP-40) dentro de determinados limites. O diâmetro varia
de 2” a 8”, sendo 4” o diâmetro nominal que geralmente leva a configuração mais
econômica. O comprimento usual é de 40 a 50ft para os formos com tubos horizontais
de 20 a 30ft para os tubos verticais.
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