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SUMÁRIO

1 OBJETIVO ...................................................................................................... 2
2 INTERLIGAÇÃO DAS LINHAS DE REFRIGERAÇÃO ................................... 2
2.1 LOCAIS DE ARMAZENAGEM DA TUBULAÇÃO ............................................ 2
2.2 LIMPEZA DOS TUBOS ................................................................................... 2
2.3 CORTE DA TUBULAÇÃO ............................................................................... 3
2.4 EXECUÇÃO DAS SOLDAS ............................................................................. 3
3 EXECUÇÃO DO VÁCUO ................................................................................ 3
4 COLOCAÇÃO DOS FILTROS ........................................................................ 4
4.1 Noções Gerais ................................................................................................. 4
4.2 Procedimento para primeira colocação ............................................................ 6
4.2.1 Filtros de Sucção ........................................................................................... 6
4.2.2 Filtros de Líquido........................................................................................... 6
4.3 Procedimento para troca (sistema em funcionamento) .................................... 7
4.3.1 Filtros de Sucção ........................................................................................... 7
4.3.2 Filtros de Líquido........................................................................................... 7
5 CARGA DO SISTEMA .................................................................................... 7
5.1 Carga pelo lado de alta (apenas antes do start-up) ......................................... 7
6 CUIDADOS IMPORTANTES NO START-UP.................................................. 8
6.1 Recomendações Gerais .................................................................................. 8
6.2 Dispositivos de Proteção dos Compressores ................................................... 9
6.2.1 Proteção contra curto-circuito e térmico ..................................................... 9
6.2.2 Proteção contra falta ou desbalanceamento entre fases ........................... 9
6.2.3 Proteção contra pressões altas .................................................................... 9
6.2.4 Proteção contra falta de lubrificação ........................................................... 9
6.2.5 Proteção contra temperaturas anormais ..................................................... 9
6.3 Dispositivos de Controle ................................................................................ 10
7 Carga de Gás pelo Lado de Baixa .............................................................. 10
8 Regulagem dos Pressostatos ..................................................................... 10
9 Sistema de Equalização de Óleo ................................................................ 11
10 Verificação Após 72 horas .......................................................................... 13
1 OBJETIVO
Esse manual visa minimizar os problemas decorrentes de má instalação, falta
de conhecimento quanto ao start-up (partida) e manutenção preventiva do sistema de
refrigeração projetado pela RR Refrigeração.
Siga rigorosamente os procedimentos descritos a seguir. Assim você garantirá
uma vida útil maior e evitará aborrecimentos decorrentes de falhas dos componentes.

2 INTERLIGAÇÃO DAS LINHAS DE REFRIGERAÇÃO


2.1 LOCAIS DE ARMAZENAGEM DA TUBULAÇÃO
Assegure-se que a tubulação e demais componentes esteja em local limpo e a
uma temperatura igual ou maior que a temperatura ambiente. Assim evita-se sujeira
e umidade no seu interior.

2.2 LIMPEZA DOS TUBOS


A tubulação deve passar por uma limpeza; esta é feita com o auxílio de uma
vara de 5m de comprimento e uma estopa, localizada da ponta da vara. A estopa que
será umedecida com o refrigerante R141-b. Os tubos são limpos internamente.

Figura 1- Passe umas três voltas da fita com Figura 2- Quando chegar na extremidade do
a goma para cima, iniciando a uns 10 cm da tubo, torça a fita, deixando a goma para baixo.
extremidade do tubo.
Figura 4- Passe a fita no sentido
Figura 3- Passe além da boca
indicado na foto o necessário
do tubo, tampando

2.3 CORTE DA TUBULAÇÃO


Os cortes necessários à tubulação deverão ser feitos com um cortador de
tubos, preferencialmente. Deve-se evitar a entrada de aparas de metal na tubulação,
pois estas aparas podem ser levadas pelo fluxo de refrigerante até o compressor, o
que acarreta sérios danos ao sistema.

2.4 EXECUÇÃO DAS SOLDAS


O método utilizado para a soldagem na tubulação é a brasagem. Antes desta
ser efetuada, é necessário que se circule nitrogênio na tubulação; esta medida evitará
o acúmulo de óxido de carbono e outras sujeiras provenientes da brasagem. A
pressão no interior da tubulação é elevada a 0,5 PSI.
O metal de adição é a Solda Prata, composta por 30% de prata, cobre, zinco e
estanho. Limpe as extremidades do tubo com uma escova e aplique decapante (fluxo)
somente na parte macho da conexão e imediatamente antes de soldar. O decapante
para uso com solda prata deve ser diluído em álcool e nunca em água.
Após a finalização da brasagem, a tubulação está a uma temperatura elevada.
Deve-se esperar a queda da temperatura para a retirada de nitrogênio da tubulação.

3 EXECUÇÃO DO VÁCUO
A operação de evacuação de ar do sistema é um procedimento necessário para
o bom funcionamento do sistema de refrigeração. O não cumprimento dessa
operação acarreta em umidade no sistema, e, consequentemente, contaminação
do fluido refrigerante e problemas com o compressor.
Após a execução do teste de vazamentos, deverá ser feito o vácuo em todo o
sistema, inclusive os compressores, por meio de uma bomba de vácuo de boa
qualidade ligada as linhas por um tubo de cobre flexível. Os equipamentos
necessários para a execução do vácuo são uma bomba de vácuo (de 8 a 30 cfm) e
um vacuômetro com escala de 0 a 1000 microns. Siga os seguintes procedimentos:
a) Abra todas as válvulas do sistema. Abra inclusive as válvulas de entrada do
reservatório de óleo e as válvulas Shut-off das boias controladoras do nível do óleo.
As válvulas do reservatório de óleo têm acionamento idêntico a uma válvula tanque.
b) “Jumpeie” as solenoides de líquido ou ligue a bomba de vácuo em uma
válvula da sucção e em outra da descarga.
c) Efetue um vácuo até uma leitura num vacuômetro de 500 microns.
d) O tempo necessário para se obter a leitura de 500 microns depende do
tamanho do sistema e da quantidade de umidade dentro dele. Se não se conseguir
atingir a leitura de vácuo requerida, o fato pode ser devido a:
- Presença de grande quantidade de umidade. Esta será removida por
operação contínua da bomba de vácuo.
- Ineficiência da bomba. Vazamentos na bomba ou óleo da bomba contaminado
poderão ser a causa.
e) Quando o vácuo desejado for atingido (<500 microns), feche a válvula de
sucção da bomba de vácuo e pare a bomba. Feche as válvulas por onde se fez a
ligação com a bomba de vácuo.
f) Verifique o vácuo por um tempo de 4 horas no mínimo. Se o valor marcado
no vacuômetro aumentar, deverá ser verificado se há vazamentos que estejam
causando a entrada de ar no sistema, eliminando-os e repetindo a evacuação, até a
confirmação de que não existem mais vazamentos.
g) Pode ocorrer que o valor mostrado no vacuômetro aumente um pouco e se
estabilize, no período de verificação. Se isso ocorrer, religar a bomba e trazer o valor
do vácuo até o valor correto de 500 microns, repetindo a operação até que o valor não
se altere mais.
h) O primeiro vácuo deverá ser quebrado com refrigerante, trazendo-se a
pressão até um valor maior que zero e em torno de 2 libras.
i) Não é necessária a colocação de óleo nessa fase. A RR Refrigeração já envia
o equipamento com uma carga de óleo. O óleo a mais enviado serve para uma
complementação do nível, quando o equipamento é posto em funcionamento.

4 COLOCAÇÃO DOS FILTROS


4.1 Noções Gerais
Após a primeira quebra do vácuo, deve-se colocar os filtros de sucção e filtros
de líquido no equipamento. O funcionamento perfeito de compressores semi-
herméticos depende da utilização de filtros de sucção dimensionados corretamente e
de marcas de qualidade.
Os compressores são equipados com:
- 01 carcaça para filtro secador, instalada na linha de líquido, após o
tanque de líquido.
- 03 carcaças para filtro de sucção para cada compressor, instaladas
entre a válvula de serviço de sucção do compressor e o coletor de
sucção.
Figuras 5 e 6 – Filtro secador e filtros de sucção
Estas carcaças permitem a troca dos núcleos filtrantes, ou seja, ao constatar-
se que os núcleos estão saturados pela presença de água, resíduos sólidos ou outros
contaminantes, estes núcleos são facilmente substituídos por novos.
Os núcleos utilizados nos filtros secadores (linha de líquido) são:

Fabricante Referência
RAC ACR-487

Os núcleos utilizados nos filtros de sucção (linha de sucção) são:

Fabricante Referência
RAC ACR-9617

A função do filtro secador, instalado na linha de líquido principal do conjunto de


compressores, é retirar do sistema frigorífico as impurezas sólidas maiores que 25
microns e água, eventualmente presente nos sistemas.
Quando ocorre a queima de um compressor semi-hermético haverá liberação
de ácidos pelo sistema frigorífico. Além disto, por problemas diversos, as temperaturas
de descarga do conjunto de compressores podem subir a valores extremos, o que irá
causar a formação de parafinas e resinas, como consequência da decomposição do
óleo refrigerante. Quando isto ocorrer, os núcleos filtrantes (de líquido) deverão ser
substituídos pelos abaixo relacionados:

Fabricante Referência
RAC 48 QC
Danfoss 48 DA
Estes núcleos também deverão ser utilizados nos filtros de sucção por no
máximo 8 horas. Após esse período, montar novamente os núcleos padrão de filtros
de sucção. Efetue neste caso leituras diárias com kits de teste de acidez. Troque os
filtros até que a situação se estabilize.
Após 72 horas de operação, os filtros devem ser substituídos, para que não
ocorram perdas de carga no sistema.
A perda de carga é verificada pela medição de temperatura de montante e
jusante do sistema.
Nunca substituir os núcleos filtrantes recomendados por outros materiais como
sílica, cloreto de potássio, algodão, etc. Isto irá contaminar todo o sistema frigorífico,
causando a queima de todos os compressores semi-herméticos.

4.2 Procedimento para primeira colocação


4.2.1 Filtros de Sucção
a) Feche as válvulas dos compressores e todas as válvulas de esfera das linhas
de sucção.

Figuras 7 e 8- válvulas dos compressores

b) Retire as tampas das carcaças.


c) Coloque o(s) filtro(s) adequado(s).
d) Coloque as tampas das carcaças. Aperte os parafusos de forma diagonal.
e) Abra as válvulas para efetuar o segundo vácuo.

4.2.2 Filtros de Líquido


a) Feche a válvula esfera da linha de líquido antes do filtro e todas as válvulas
de esfera das linhas de líquido, isolando assim o filtro.
b) Retire as tampas das carcaças.
c) Coloque o(s) filtro(s) adequado(s), de acordo com as instruções que
acompanham as carcaças (veja tabelas acima).
d) Coloque as tampas das carcaças. Aperte os parafusos de forma diagonal.
e) Abra as válvulas para efetuar o segundo vácuo.

4.3 Procedimento para troca (sistema em funcionamento)


4.3.1 Filtros de Sucção
a) Efetue os itens 4.2.1.a até 4.2.1.e
b) Efetue vácuo nesta parte do sistema através da válvula tanque da carcaça
do filtro, até atingir 500 microns.
c) Abra as válvulas. Reinicie o funcionamento normal.

4.3.2 Filtros de Líquido


Efetue os itens 4.2.2.a até 4.2.2.e
a) Efetue vácuo nesta parte do sistema através da válvula tanque da carcaça
do filtro, até atingir 500 microns.
b) Abra as válvulas citadas no item 4.2.2.a. Reinicie o funcionamento normal.
É necessário que o sistema seja evacuado quantas vezes forem necessárias,
até que o sistema atinja 500 microns. Para evacuar o sistema, repita os procedimentos
do item 3.

5 CARGA DO SISTEMA
Procedimentos:
5.1 Carga pelo lado de alta (apenas antes do start-up)
O volume inicial de refrigerante deve ser carregado pelo lado de alta do sistema,
no estado líquido, através de uma válvula tanque qualquer do coletor de líquido. Siga
os procedimentos a seguir:
Deixe todas as válvulas abertas, inclusive “jumpeie” as solenoides de líquido.
Ligar um cilindro de refrigerante a válvula de carregamento da linha de líquido.
Antes de apertar a ligação na válvula, abra a válvula do cilindro de refrigerante e deixe
escapar refrigerante suficiente através da ligação frouxa, para purgar o ar da ligação.
Aperte a ligação.
a) Coloque refrigerante até o limite de entrada ou até no máximo metade da
capacidade do tanque de líquido. Troque os cilindros de refrigerante à
medida que efetua o serviço.
Figura 9- tanque de líquido.

b) Feche as válvulas esfera da linha de líquido (deixe as válvulas da sucção


abertas).
c) Coloque o pressostato de baixa em zero e o de alta em 250 libras.
d) Coloque um manômetro na linha de sucção (baixa).
e) Ligue o primeiro compressor.
f) Deixe o manômetro chegar em 30 libras.
g) Abra uma válvula esfera da linha de líquido.
h) Repita as operações h e i acima até que todas as linhas de líquido estejam
abertas. Se a pressão de baixa não chegar nas 30 libras, ligue outro
compressor.
i) O restante do gás deverá ser colocado pelo lado de baixa.

6 CUIDADOS IMPORTANTES NO START-UP


6.1 Recomendações Gerais
a) Nunca funcione um compressor quando o seu registro de descarga estiver
fechado.
b) Nunca deixe um compressor trabalhar em vácuo.
c) Regule o superaquecimento das válvulas de expansão. Evite um
superaquecimento muito alto, bem como retorno de líquido.
d) Verifique como está o nível do óleo nos compressores.
e) Se as válvulas de expansão estiverem chiando, o nível do líquido no visor de
líquido do reservatório estiver muito baixo (deve estar entre ¼ e ½ do visor).
f) E/ou se a pressão de sucção (baixa) estiver muito baixa, deverá ser colocado
gás no sistema
g) Verifique se as válvulas de sucção e descarga dos compressores estão
abertas.
h) Válvulas do refrigerante durante o funcionamento normal devem estar na
posição aberta, exceto as válvulas de “by-pass” usadas para outras finalidades.
i) Válvulas solenoides das linhas de líquido em controle automático.
6.2 Dispositivos de Proteção dos Compressores
6.2.1 Proteção contra curto-circuito e térmico
Os motores dos compressores semi-herméticos utilizados pela RR
Refrigeração em seus paralelos são protegidos por disjuntores motores, com ajustes
na parte térmica (escala graduada de acordo com a capacidade do motor) e fixa para
curto-circuito.
Além desta proteção térmica para sobrecorrente, os compressores são
protegidos internamente por termistores, que atuam diretamente no comando dos
motores localizados internamente na caixa de ligação dos motores.
6.2.2 Proteção contra falta ou desbalanceamento entre fases
Os disjuntores motores possuem dispositivo interno que desliga para estas
condições.

6.2.3 Proteção contra pressões altas


Todos os conjuntos de compressores são equipados com pressostatos
eletromecânicos de alta pressão, que asseguram o desligamento dos compressores
caso a pressão de alta do sistema atinja um valor superior ao ajustado.
Uma vez atuado o pressostato de alta, o mesmo permanecerá nesta condição,
só sendo rearmado manualmente, pois a condição do sistema operar com alta
pressão é perigosa e deve ser verificada a causa da mesma.
No caso do uso de controles automatizados que possuam desligamento por
alta pressão no sistema, o mesmo também desligará os compressores por alta
pressão, desde que a mesma ultrapasse a pressão selecionada em seus ajustes.
Nestes sistemas, os pressostatos eletromecânicos funcionam como uma proteção de
retaguarda, isto é, caso a automação falhe, os mesmos deverão atuar. Sendo assim,
o ajuste dos pressostatos eletromecânicos deverão ser superiores ao valor ajustado
na automação. Como no caso dos eletromecânicos, o rearme da automação para este
caso deve ser manual.

6.2.4 Proteção contra falta de lubrificação


Para paralelos com compressores Bitzer, esta proteção é feita com
pressostatos de óleo.
Para perfeita lubrificação do compressor, há necessidade da bomba interna do
mesmo estar funcionando. Deverá haver uma diferença de pressão entre a pressão
de sucção e do óleo de 1,5 bar a 3,5 bar. Caso não ocorra, o relé desligará o
compressor dentro de 90 a 120 segundos, conforme o tipo de pressostato.

6.2.5 Proteção contra temperaturas anormais


Temperaturas acima de 110 oC no sistema de alta pressão dos compressores
aquecem o óleo que é misturado ao vapor do gás, fazendo com que o mesmo perca
suas propriedades lubrificantes. Para que isto não ocorra, um sensor de temperatura
é instalado no lado de alta pressão, monitorando a temperatura. Se a mesma
ultrapassar o limite ajustado, o sistema fará desligar um compressor e temporizará o
desligamento do(s) próximo(s) compressores individualmente. Caso a temperatura
não baixe até a saída do último compressor, o sistema só retornará a operar quando
a temperatura atingir um valor inferior ao valor ajustado.

6.3 Dispositivos de Controle


Os paralelos podem ser controlados por dispositivos eletromecânicos ou
automáticos.
O controle eletromecânico é feito por pressostato de baixa pressão, instalador
na sucção dos compressores e ajustados com pressões de maneira a desligar os
compressores individual e sequencialmente. O ajuste do diferencial destes
pressostatos fará com que os compressores religuem também individual e
sequencialmente. Para este dispositivo, a sequencial de religamento e desligamento
dos compressores é sempre a mesma, a menos que sejam refeitos os ajustes.

7 CARGA DE GÁS PELO LADO DE BAIXA


Após a primeira carga de gás do sistema, todo adicional de gás a ser colocado
deverá ser colocado pelo lado de baixa do sistema. Procedimentos:
a) Podem-se colocar pequenas quantidades de gás por qualquer válvula tanque
do coletor de sucção.
b) Assente a válvula de sucção na contra sede.
c) Purgue a linha de carregamento antes de apertar a ligação na abertura da
válvula.
d) Observação importante: quando se carrega pela baixa, o refrigerante gasoso
deve sair pela parte de cima do cilindro refrigerante (cilindro de pé).
e) Ligue o compressor, afaste a válvula da sucção da sua contra sede e abra a
válvula do cilindro de refrigerante. O compressor bombeará então refrigerante
gasoso do cilindro para o sistema.

8 REGULAGEM DOS PRESSOSTATOS


Os compressores são equipados com um pressostato de alta e baixa pressão
por compressor, que tem dupla finalidade:
a) Manter os compressores trabalhando na pressão de sucção desejada e
desligar os compressores quando as temperaturas nos expositores e câmaras
estiverem adequadas
b) Desligar os compressores caso a pressão de alta ultrapasse o limite de
segurança.
Os pressostatos de alta e baixa pressão devem ser regulados conforme as
tabelas a seguir:

Fabricante Referência Faixa de Diferencial Δp


regulagem (bar) (bar)
Danfoss KP 5 8 - 32 1,8 – 6,0
Danfoss KP 15 0,2 – 7,5 0,7- 4,0
Figura 10- pressostatos de alta e baixa pressão.
Há também os pressostatos diferenciais de pressão, que também controlam
este parâmetro do sistema.

Figura 11- pressostato diferencial de pressão.

9 SISTEMA DE EQUALIZAÇÃO DE ÓLEO


Um sistema de compressores em paralelo trabalha com uma tubulação comum
de descarga e uma tubulação comum de sucção. Desta forma, o principal problema
destes sistemas é manter-se o nível correto de óleo no cárter de todos os
compressores do conjunto paralelo. O único meio de garantir-se o nível de óleo
adequado, bem como permitir-se regulagem individual por compressor é a utilização
de boias controladoras de nível de óleo nos compressores.
Os paralelos são, portanto, equipados com um sistema de controle de nível de
óleo, formado por:
a) Um separador + reservatório de óleo
b) Uma válvula de pressão
c) Uma boia controladora e uma válvula shut-off por compressor
d) Um filtro secador por compressor
e) Um sistema de retorno de óleo
Figura 12- sistema de retorno de óleo.
A tubulação comum de descarga passa pelo separador de óleo, que tem a
função de separar o óleo empurrado com gás pelo compressor e coletar este óleo na
sua parte inferior. O óleo ali coletado circula para um reservatório de óleo por uma
tubulação de 3/8”. Este reservatório de óleo tem capacidade para armazenar de 8 a
17 litros de óleo, dependendo do modelo.

Figura 13- separador + reservatório de óleo.


Do reservatório o óleo pode seguir dois caminhos: se o cárter dos
compressores estiver com nível normal, o óleo que exceder a capacidade de
armazenagem do reservatório fluirá para o coletor de sucção, através da tubulação de
alívio, passando pela válvula de pressão. Se um ou mais compressores estiverem
com nível baixo de óleo, a boia controladora irá abrir, fazendo com que o óleo circule
do reservatório somente para o compressor que está com nível baixo, passando pelo
filtro secador e pela válvula shut-off que está montada na entrada da boia
controladora. A válvula de pressão garante que a pressão interna do reservatório de
óleo será sempre 5 libras/pol2 maior que a pressão do cárter dos compressores. A
quantidade mínima de óleo no reservatório deve ser igual a 50% da sua capacidade
total. O óleo indicado para esse tipo de compressor é o BITZER BSE-32.
Caso seja necessário retirar-se a boia controladora de nível de óleo de um
compressor, seguir a orientação abaixo:
a) Desligar o compressor – desarmar o disjuntor do mesmo
b) Fechar as válvulas de sucção e de descarga do compressor
c) Despressurizar o compressor
d) Fechar a válvula shut-off da boia controladora
e) Soltar a tubulação de alimentação de óleo da válvula shut-off
f) Retirar óleo do compressor por meio de uma bomba ou sifão, até que o nível
de óleo não seja visível pelo visor de nível de óleo
g) Soltar a boia controladora do cárter do compressor.
Para montar novamente a bóia controladora no compressor o anel o’ring de
vedação deverá ser substituído. Se o visor de nível de óleo que está montado na bóia
controladora também for removido, os dois anéis o’ring de vedação (um de seção
circular, outro de seção quadrada) também deverão ser substituídos.
Usar sempre luva de borracha ao trabalhar com óleo lubrificante de um sistema,
pois o mesmo pode conter ácidos.

10 VERIFICAÇÃO APÓS 72 HORAS


Durante o funcionamento de 72 horas o sistema tem oportunidade de se
estabilizar. O óleo dos compressores que permanecerá fora do compressor em
separadores, junto das paredes das linhas de sucção e descarga já se definiu.
Quaisquer incrustações ou materiais estranhos no refrigerante já se soltaram e se
alojaram nos filtros secador e de sucção.
Recomendam-se os seguintes procedimentos para a verificação de 72 horas:
a) Verifique o nível de óleo dos compressores. Se estiver baixo, faça o sistema
funcionar durante três ou quatro horas verificando com frequência o nível de
óleo. Se ele continuar baixo, adicione óleo.
b) Verifique o fluxo de refrigerante no visor da linha de líquido. O fluxo deverá
ser consistente e sem vestígios de gás. Se aparecerem bolhas de gás, verifique
o sistema quanto a fugas, repare-as se necessário e adicione refrigerante.
c) Obs. quanto ao item b: Se o líquido refrigerante no visor não tiver sido
subresfriado, poderão surgir momentaneamente bolhas de gás quando o
compressor descarrega. Isto é normal para esta condição.
d) Verifique a temperatura da linha de líquido desde a entrada do filtro-secador
até a válvula de expansão. A temperatura deverá ser uniforme. Se existir uma
diferença sensível de temperatura através de uma válvula ou acessório, é
evidente que há uma obstrução. A obstrução causa uma perda de pressão que,
por seu turno provoca evaporação instantânea de refrigerante. Assim, a perda
de pressão provoca bolhas de gás que serão visíveis no visor. Remove e limpe
a peça que tem a obstrução.
e) Meça o superaquecimento do gás de sucção. Reajuste, se necessário, a
regulagem do superaquecimento da válvula de expansão.
f) Verifique as pressões de operação do sistema.
A RR Refrigeração fornece garantia de 01 (um) ano nos equipamentos contra
defeito de fabricação e 6 (seis) meses nos serviços executados.

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