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Caldeira MD/FV-50: Sopragem da Linha

III.2 – SOPRAGEM DA LINHA

ÍNDICE

III.2.1 - SOPRANDO SUPERAQUECEDOR E TUBULAÇÕES DE INTERLIGAÇÃO


COM VAPOR 3

III.2.2 - MUDANÇA DE TEMPERATURA NA TUBULAÇÃO DURANTE A


SOPRAGEM COM VAPOR 5

III.2.3 - COMBUSTÃO DA CALDEIRA 8

III.2.4 - PRESSÃO E FLUXO DE VAPOR NA CALDEIRA 8

III.2.5 - USO DE DESSUPERAQUECEDORES TIPO VAPORIZADOR ENTRE


ESTÁGIOS DE SUPERAQUECEDORES 9

Projeto: OP.0196 CARGILL Data: 25/04/2013


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AVISOS E CUIDADOS:

CUIDADO: tubulações e válvulas associadas com superaquecedores de reaquecimento e sistemas de


pressão reduzida a jusante das válvulas redutoras de pressão, por exemplo sistemas de “by-pass” de
turbinas de alta pressão, podem estar conectados ao sistema temporário de sopragem de linha e
sujeitos à pressão da linha de sopragem de vapor. A pressão de sopragem de linha pode ser
selecionada para estar abaixo da pressão de projeto de um superaquecedor de reaquecimento ou um
ramo de vapor.

AVISO: se não há silenciador ou outro meio de dissipar energia do vapor saindo do tubo de
ventilação, a velocidade do vapor será muito alta e haverá sujeira entranhada no vapor ventilado que
poderá ser carregado para dezenas de metros da descarga do vent. A locação e direção do vent de
vapor deve ser cuidadosamente escolhida para proteger os prédios adjacentes e equipamentos e evitar
áreas onde possa haver pessoal.

CUIDADO: sopragem de linha de vapor requerirá instalação e uso de tubulação temporária e válvulas
que podem não estar isoladas e com suportes temporários somente. A sopragem de linha pode começar
sem aviso a pessoas perto das tubulações, válvulas e vents de vapor. O acesso de pessoal nas
proximidades de válvulas temporárias, tubulações e vents de vapor, enquanto estiver sendo feita a
sopragem, deveria ser limitado. Áreas próximas a tubulação de vapor de sopragem, válvulas e vents de
vapor devem ser isoladas com cordas e devidamente sinalizadas. Materiais combustíveis deverão ser
mantidos longe de tubos e válvulas não isolados. Todo o pessoal envolvido nas operações de sopragem
de linha deverá ser detalhadamente instruído sobre suas responsabilidades, avisado dos perigos à
segurança e equipado com proteção apropriada para os olhos e ouvidos.

CUIDADO: ventilar vapor do superaquecedor, antes e após sopragem de linha, pode ser limitado para
encurtar o tempo requerido para recuperar a pressão da caldeira. Limitar a ventilação irá diminuir a
circulação. Se a válvula de controle de sopragem de vapor é aberta rapidamente e a demanda de vapor
da caldeira aumenta de repente, a circulação da caldeira pode crescer rapidamente, causando um fluxo
muito grande e momentâneo de vapor através dos separadores de vapor, o que poderia provocar danos
os internos do tambor de vapor. A taxa de abertura da válvula de controle deveria ser limitada de
forma que o tempo decorrido desde fechada até a abertura necessária para a vazão de sopragem fosse
30 segundos ou mais.

CUIDADO: durante os procedimentos de sopragem de vapor, enquanto vapor estiver sendo ventilado
ou enquanto a pressão da caldeira estiver sendo restabelecida antes de soprar, a taxa de variação da
temperatura de saturação correspondente à pressão do vapor deveria ser limitada a 55 °C por hora para
caldeiras com tubos mandrilados e 277 °C por hora para tubos soldados.

AVISO: para proteger os internos do tambor de vapor, os fluxos de vapor da Figura 1 são máximos
durante a sopragem de vapor. Separadores de vapor são projetados para um certo fluxo de vapor. Para
evitar danos, a demanda de vapor a pressões mais baixas deve ser limitada de forma que o fluxo de
vapor fluindo através do separador não exceda o projeto.

AVISO: aumentos ou diminuições repentinas no fluxo de vapor, associados com abertura e


fechamento de válvulas de controle de fluxo de vapor de sopragem, podem provocar uma elevação ou
queda do nível da água no tambor. É importante estabelecer e seguir detalhadamente os

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procedimentos, quando o nível do tambor de vapor for pré-determinado, antes de abrir a válvula de
controle e onde a taxa de abertura ou fechamento da válvula estiver sendo controlada.

AVISO: procedimentos de sopragem de vapor podem provocar variações no nível de água do tambor
de vapor, onde o nível não pode ser visualizado no visor de nível do tambor. Perda de nível de água
visível deve ser considerado como perda de água no tambor de vapor. Todas as operações devem ser
paralisadas até que o nível de água no tambor de vapor seja restabelecido e possa ser observado no
visor de nível.

CUIDADO: o uso de água para dessuperaquecimento deve ser evitado, a menos que se saiba que a
pureza desta água é a mesma do vapor e não está contaminada com álcalis, dureza ou sílica, que
poderiam provocar depósitos no superaquecedor ou que poderiam corroer ou danificar materiais de
liga no sistema de vapor.

CUIDADO: se for decidido que a qualidade da água é satisfatória para uso como
dessuperaquecimento, deve-se evitar excessiva atemperação. Atemperação excessiva pode permitir
inundação das serpentinas do superaquecedor com água, bloqueando o fluxo e provocando expansão
térmica não-uniforme e superaquecimento.

III.2.1 – SOPRANDO SUPERAQUECEDOR E TUBULAÇÕES DE INTERLIGAÇÃO COM


VAPOR

Durante fabricação e montagem de superaquecedores de caldeiras e a instalação de tubulações de


interligação, há muitos processos relacionados a calor, tais como tratamento térmico, solda e alívio de
tensões, que são executados após o processo de limpeza. Como resultado, superfícies internas de
superaquecedores e linhas de vapor terão carepas de óxido e depósitos de ferrugem; e haverá acúmulo
de borras de solda e sujeira nos tubos, curvas, coletores e tubos de interligação. Quando uma caldeira é
operada pela primeira vez e o vapor flui através do superaquecedor e da tubulação de interligação, as
carepas e a sujeira arrastadas com o vapor danificarão os assentos das válvulas de bloqueio e de
retenção, placas de orifício, poços de termômetros e bocais e palhetas de turbinas.

Para se livrar com segurança das carepas e da sujeira antes de permitir o fluxo de vapor para um
usuário ou para uma turbina a vapor, superaquecedores e tubulação de interligaçào são soprados para a
atmosfera por vapor gerado na caldeira. A sopragem de linha com vapor é usualmente feita quando
água tratada apropriadamente está disponível e quando se pode funcionar a caldeira depois que se fez a
lavagem alcalina.

Para se soprar com vapor, o vapor da caldeira flui através de superaquecedores e tubulação de
interligação para um sistema de ventilação de vapor instalado temporariamente, conectado de tal
forma que o vapor passe através de tubulação permanente o máximo possível. Válvulas permanentes
ou são desmontadas para retirada de partes internas que poderiam se danificar ou são deixadas
totalmente abertas durante os procedimentos de sopragem de vapor. .Poços para termômetros, orifícios
para medição de fluxo e qualquer outro dispositivo que seriam inseridos na linha de vapor ou não
deveriam ser instalados ou deveriam ser removidos até que se termine as operações de sopragem de
vapor. O fluxo de vapor e a pressão de sopragem são controlados por válvulas de bloqueio e controle
instaladas temporariamente. O vapor é descarregado para atmosfera através de uma ventilação.

A quantidade de vapor para sopragem e a pressão – usualmente muito menor que a de projeto – são
selecionadas para se obter velocidades dentro do superaquecedor e tubulação de vapor que ocorreriam

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à pressão de projeto. Continua-se com a sopragem até que se julgue que toda carepa e sujeira foi
removida.

Comumente, o ponto final é quando a face de uma barra “alvo” instalada em frente à saída de uma
tubulação de ventilação não mostra mais riscos ou danos após a sopragem. Sopragens de vapor podem
ter de ser repetidas muitas vezes. Uma caldeira de alta capacidade com um grande superaquecedor
pode requerer mais de 20 sopragens até que se fique satisfeito com o aspecto da barra “alvo”.
Nota: aquecedores de água de alimentação, desaeradores, economizadores e tubulações a montante da
caldeira (ou feixe de convecção) também conterão carepas, oxidação e sujeira da fabricação e
montagem. Antes de qualquer procedimento pré-operacional onde a caldeira tenha de ser acesa, tal
como lavagem química, é uma boa prática lavar equipamentos e tubulações a montante da caldeira.
Carepas e sujeiras não lavadas serão coletadas na caldeira, de onde serão removidas por drenagem ou
descarga de fundo.

Considerações sobre a sopragem de vapor:

Os seguintes pontos são importantes para se planejar e executar com segurança os procedimentos de
sopragem de vapor.

Quantidade de fluxo durante as sopragens de vapor


A densidade do vapor varia com a pressão do vapor: ela é maior com pressões mais altas e menor
com pressões mais baixas. Durante a sopragem, para se obter as velocidades de projeto do vapor a
pressões mais baixas porque a densidade do vapor é mais baixa, o fluxo de vapor pode ser menor.
Quanto menor, vai depender da diferença entre a pressão de projeto do vapor e a pressão de vapor
durante a sopragem de linha.

O efeito da densidade menor pode ser visto na tabela seguinte, Figura 1. Para uma caldeira que irá
operar a 88 kg/cm² na capacidade nominal, se a pressão do vapor de sopragem fosse 21 kg/cm², o
fluxo de vapor teria de ser somente 23 % do fluxo nominal para se obter velocidades de vapor no
superaquecedor e tubulações de interligação nas condições de projeto.

Figura 1 –Fluxo de vapor requerido para velocidades de projeto de vapor através de


Superaquecedores e linhas de vapor, expresso como porcentagem do fluxo nominal
de vapor

Pressão de operação do
17 35 53 70 88 105 123
vapor (projeto), kg/cm²g
sopragem de linha , kg/cm²g

7 45 23 15 11 9 7 6
Pressão de vapor para

14 82 42 28 21 16 13 10

21 61 41 30 23 19 15

28 80 53 39 30 24 20

35 100 66 49 38 30 25

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III.2.2 – MUDANÇA DE TEMPERATURA NA TUBULAÇÃO DURANTE A SOPRAGEM COM


VAPOR

As sopragens com vapor deveriam ser intermitentes. A pressão da caldeira deveria ser elevada até se
atingir a pressão de sopragem acendendo-se com taxas baixas e tendo certeza que o superaquecedor
está protegido contra superaquecimento. Inicia-se a sopragem abrindo-se a válvula de ventilação
atmosférica para se determinar a taxa de vapor de sopragem para todo o período de duração da
sopragem. A sopragem deveria ser iniciada à pressão de vapor desejada e continuar até que a pressão
tenha caído um certo valor pré-determinado. O tempo de duração da sopragem e a diminuição de
pressão de vapor devem ser estabelecidos de forma que a taxa de mudança da temperatura de
saturação seja limitada a 55 °C por hora para caldeiras com tubos mandrilados e 270 °C por hora para
tubos soldados. A duração da sopragem vai depender do calor residual na caldeira e do calor de
combustão introduzido durante a sopragem.

Mesmo que se possa estabelecer a taxa de queima e a saída de vapor de forma a manter a sopragem
quase contínua, descobriu-se ser melhor limitar as sopragens a períodos de 5 a 15 minutos com um
descanso entre eles. Durante uma sopragem, se o calor introduzido pela combustão for menor que o
calor removido pela saída de vapor, a pressão do vapor vai cair. Mudanças na pressão do vapor
provocarão mudanças na temperatura no superaquecedor e na tubulação de interligação que farão com
que a sopragem de linha com vapor seja mais efetiva. A mudança de temperatura nos elementos do
superaquecedor e nos sistemas de tubos de interligação provocarão pequenas variações na expansão e
na contração térmicas que ajudarão a soltar os depósitos de oxidação. É melhor ter um grande número
de sopragens mais curtas, com períodos de descanso entre as sopragens, que se obter um fluxo de
vapor contínuo com longa duração do tempo de sopragem.

Fluxo de massa aumentado


A pressão do vapor de sopragem deverá ser tão alta quanto seja prático, considerando o projeto e a
capacidade de pressão dos canos e válvulas temporários que devem ser selecionados e projetados de
acordo com os códigos de segurança aplicáveis. Também, as taxas de fluxo de vapor de sopragem
devem ser estabelecidas para estarem dentro de valores de operação estável de queimadores ou, em
sistemas de geração de vapor com recuperação de calor, baseadas no calor disponível da turbina a gás
com uma condição de operação segura.

Dentro da faixa de possíveis parâmetros de pressão de vapor e fluxo de vapor, é melhor trabalhar com
uma pressão de sopragem mais alta a fim de maximizar o fluxo de vapor durante uma sopragem. Por
exemplo, da figura 1, se uma caldeira deve operar normalmente a 70 kg/cm²g e se a pressão de
sopragem fosse 7 kg/cm²g, é possível obter-se velocidade de vapor na linha com 11 % do fluxo de
vapor de projeto. Entretanto, para uma limpeza mais efetiva, seria melhor soprar a 21 kg/cm²g, que
requereria 30 % do fluxo de vapor de projeto para se obter as velocidades desejadas.

Um fluxo de massa maior à mesma velocidade aumentará a eficiência do fluxo de vapor para desalojar
e carregar para fora do sistema carepas e sujeiras.

CUIDADO: tubulação e válvulas associadas com superaquecedores de reaquecimento e sistemas de


pressão de vapor reduzida, a jusante de válvulas de redução de pressão, por exemplo sistemas de
desvio de turbinas de alta pressão, podem ser conectadas no sistema temporário de sopragem de vapor
e sujeitas à pressão de sopragem da linha de vapor. A pressão do vapor de sopragem pode ser
selecionada de forma a estar abaixo da pressão de projeto de um superaquecedor de reaquecimento ou
ramo de vapor.

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Determinação do ponto de término da sopragem


A maior parte das carepas e sujeira terá sido removida de um superaquecedor e tubulação de
interligação durante as várias primeiras sopragens de vapor e haverá muito menos material entranhado
no vapor ventilado depois das primeiras sopragens.
Determinar o término da sopragem pela observação visual pode ser enganador. É melhor ter um meio
físico de julgar se as carepas e sujeiras foram reduzidas a níveis bem baixos.

Tipicamente, os pontos de finalização de sopragem com vapor são decididos com um “alvo” exposto
ao vapor ventilado, inserido no encanamento temporário de vapor a jusante da tubulação permanente e
inspecionado após parada da sopragem. O alvo é uma barra de metal, grande o suficiente (quadrado de
25 a 50 mm) para poder ser fixada apropriadamente. O lado da barra que faceia o fluxo de vapor é
polido. Antes da instalação, deve-se observar se há riscos e imperfeições nesta face, de modo que sua
condição possa ser comparada antes e depois de uma sopragem de vapor. Quando se decidir que o alvo
não foi danificado significativamente, a sopragem de vapor pode ser descontinuada.

A Figura 2, é uma vista de um alvo instalado em tubulação de ventilação de vapor.

É melhor iniciar a sopragem de vapor e ter várias sopragens antes de se instalar um alvo. Se depois
que se instala um alvo se descobre que ele foi significativamente danificado, teria sido mais prático
continuar a sopragem sem um alvo, antes de se instalar outro alvo.

Localização de uma ventilação de vapor atmosférica


Há uma grande quantidade de energia, força e ruído excessivo associados com a ventilação de
vapor de um cano atmosférico quando se sopra vapor. A força do vapor saindo do chaminé pode

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atravessar várias dezenas de metros e vai esparramar carepas e sujeiras além da pluma de vapor do
tubo de vent. A localização e direção do vent devem ser cuidadosamente selecionadas para prevenir
danos a prédios ou equipamentos adjacentes e protege e minimizar os efeitos em pessoas próximas.

Energia e ruído associados com sopragens de vapor podem ser atenuados em uma câmara de
pulverização atmosférica, a jusante da válvula de controle de fluxo. Água do sistema pulverizada no
vapor será evaporada, o que resfria o vapor e abafa o ruído. Uma pluma de vapor saturado será
liberada do atenuador mas o tubo de vent pode ser maior. Essa velocidade mais baixa reduz a chance
de danos aos prédios ou equipamentos adjacentes.
Dispositivos de atenuação requerem uma grande quantidade de água da baixa qualidade, sendo o
excesso despejado no esgoto. Como haverá uma grande pluma de vapor saindo do atenuador e níveis
significativos de ruído durante o tempo de sopragens, os vizinhos deveriam ser notificados e avisados
das condições durante os procedimentos de sopragem de vapor.

AVISO: se não houver silenciador ou outro meio de dissipar energia no vapor saindo do tubo
de ventilação, a velocidade do vapor será muito alta e haverá pedaços de carepas e sujeira
entranhadas no vapor que poderão ser carregadas a dezenas de metros da descarga do vent. A
localização e direção do vent de vapor devem ser cuidadosamente escolhidas para proteger os
prédios e equipamento e evitar áreas onde possa haver pessoal.

CUIDADO: sopragem de linha com vapor requererá a instalação e uso de tubulações e


válvulas temporárias que poderão estar não isoladas e somente com suportes temporários. A
sopragem pode ser iniciada sem aviso a pessoas próximas a tubos, válvulas e vents de vapor. O
acesso de pessoal ao redor de tubos, válvulas e vents, enquanto os procedimentos de sopragem
estiverem sendo executados, deveria ser limitado. Áreas próximas aos tubos, válvulas e vents de
vapor deveriam ser isoladas com cordas e com avisos apropriados. Todo o pessoal envolvido nas
operações de sopragem de vapor deve ser detalhadamente instruído sobre suas
responsabilidades, avisado dos perigos à segurança e equipados com protetores adequados de
ouvidos e olhos.

Gerenciamento e controle da sopragem de vapor:


Os procedimentos de sopragem de vapor serão feitos usando encanamentos temporários e válvulas de
bloqueio e controle temporárias. Deve-se ter sérias preocupações sobre a segurança do pessoal e do
equipamento enquanto se executa os procedimentos. Tudo deve ser cuidadosamente planejado e, tanto
quanto possível, executado de acordo com o plano. Registros completos e dados devem ser reunidos
para relatórios e futura referência.

O gerenciamento das operações de sopragem de vapor, a responsabilidade geral pelas operações de


comando e a decisão sobre planos de contingência devem ser predeterminados e delegados a um único
gerente. Comunicação com os operadores e retorno deles e de observadores próximos aos
equipamentos em operação deveriam ser garantidos com rádios ou outros meios de comunicação
confiáveis. Válvulas operadas remotamente deveriam ser usadas o máximo possível.

Considerações sobre a caldeira durante sopragem de vapor:


Sopragem de linha com vapor vai requerer que a caldeira seja operada para gerar vapor a fluxo e
pressão mais baixos e estar sujeita a rápidas mudanças na pressão e na temperatura do vapor. Deve-se
considerar o seguinte para proteger a caldeira durante a sopragem.

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III.2.3 – COMBUSTÃO DA CALDEIRA

Procedimentos para sopragem de linha com vapor requerem que os queimadores sejam operados
intermitentemente a baixas cargas. Como um procedimento tipo aprontar para operação (pré-
operacional), a sopragem de linha com vapor é feita antes dos ajustes dos queimadores serem
finalizados e antes dos sistemas de controle de combustão terem sido totalmente calibrados e
verificados. O gerenciamento de chama e os intertravamentos de segurança do queimador devem estar
operacionais e não podem ser desviados ou “jampeados”. Também, a estabilidade da chama e a
combustão devem ser verificadas e encontradas como satisfatórias nas condições de carga para
sopragem.

Temperatura do vapor superaquecido

Sempre que uma caldeira é operada para produzir vapor, como na sopragem de linha com vapor, o
superaquecedor (e o superaquecedor de reaquecimento, se fizer parte do sistema) deve ser protegido
de superaquecimento. Os vents de vapor de saída devem ser usados para sustentar fluxo através dos
elementos do superaquecedor sempre que a caldeira for alimentada ou aquecida com gás de exaustão
da turbina. As temperaturas do vapor de saída devem ser observadas e mantidas abaixo de
temperaturas condizentes com os limites de temperatura dos elementos do superaquecedor, coletores e
tubulações de saída. Se o superaquecedor for não-drenável, a temperatura dos gases de combustão que
entram no superaquecedor deve ser controlada abaixo de 537 ºC, medida com um termopar na
fornalha, até que todos os elementos do super estejam livres de água. Isto é indicado pela temperatura
do vapor acima da temperatura de saturação.

III.2.4 – PRESSÃO E FLUXO DE VAPOR NA CALDEIRA

Durante sopragem de vapor, variações rápidas no fluxo de vapor e altas taxas de flutuação da pressão
podem danificar a caldeira e devem ser previstas e controladas. A abertura da válvula de controle da
sopragem de vapor deveria ser controlada de forma que aumentos repentinos da circulação da caldeira
não danifiquem os separadores de vapor e as chicanas dentro do tambor de vapor.

As variações da pressão de vapor devem ser controladas de forma que a taxa de variação da
temperatura de saturação seja mantida dentro dos limites recomendados de 55 ºC por hora para
caldeiras com tubos mandrilados e 277 ºC para todos os projetos soldados.

CUIDADO: ventilação de vapor do superaquecedor antes e depois de sopragem de linha pode


ser limitada a encurtar o tempo requerido para recuperar a pressão da caldeira. Ventilação
limitada irá diminuir a circulação. Se a válvula de controle for aberta rapidamente e o fluxo de
vapor da caldeira crescer de repente, a circulação da caldeira poderá aumentar rapidamente e
provocar fluxo momentâneo muito alto através dos separadores de vapor. Isto poderia danificar
os internos do tambor de vapor. A taxa de abertura da válvula de controle do fluxo de vapor de
sopragem deveria ser limitada de forma que o tempo desde fechada até o fluxo determinado
para sopragem deveria ser 30 segundos ou mais.
CUIDADO: durante os procedimentos para sopragem de vapor, enquanto o vapor estiver sendo
ventilado ou enquanto a pressão da caldeira estiver sendo restaurada antes de soprar, a taxa de
alteração da temperatura à pressão de saturação deveria ser limitada a 55 ºC por hora para
caldeiras com tubos expandidos e 277 ºC para caldeiras soldadas.

AVISO: Para proteger os internos do tambor de vapor, os fluxos de vapor na Fig. 1 são fluxos
máximos durante as sopragens. Internos de tambor são projetados para um determinado

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volume de vapor. Para evitar dano, fluxo de vapor a pressão mais baixa deveria ser limitado de
tal forma que o volume de vapor fluindo através dos internos do tambor não exceda o fluxo de
projeto.

Nível de água no tambor de vapor


O nível de água no tambor de vapor deve ser cuidadosamente controlado durante sopragens com
vapor. Conforme a pressão vai aumentando até se chegar à pressão de sopragem, o fluxo de vapor
através das serpentinas pode ficar reduzido e o nível de água no tambor de vapor pode refletir uma
redução na circulação de água da caldeira. Quando a sopragem for iniciada, e o fluxo de vapor
aumentar, a circulação pode aumentar, provocando uma subida repentina no nível de água. Conforme
a sopragem continua, o nível de água pode cair, devido à saída de vapor do tambor. Quando se pára a
sopragem e a circulação da caldeira diminui, o nível de água pode cair de repente. É importante
observar o comportamento do nível no tambor durante as sopragens iniciais para determinar como os
procedimentos de sopragem afetam o nível. Pode ser necessário pré-ajustar o nível de água no tambor
de vapor antes de se fazer uma sopragem para mantê-lo dentro de uma faixa entre os limites alto e
baixo.

AVISO: aumentos ou diminuições repentinos no fluxo de vapor, associados com abertura e


fechamento da válvula de controle, podem provocar uma subida ou uma queda repentina no
nível de água do tambor de vapor. É importante estabelecer e seguir de perto procedimentos que
determinem: 1. o ponto de ajuste do nível no tambor antes de se abrir a válvula de controle do
fluxo de vapor; 2. como controlar a taxa de abertura ou fechamento da válvula de controle de
fluxo.

AVISO: procedimentos de sopragem de vapor podem provocar variações do nível de água no


tambor de vapor onde o nível possa não ficar visível no visor de nível. Perda de visão do nível de
água deve ser considerada como perda de água no tambor de vapor.

Todas as operações devem ser paralisadas até que o nível seja restaurado e possa ser novamente
observado no visor de nível.

III.2.5 – USO DE DESSUPERAQUECEDORES TIPO VAPORIZADOR ENTRE ESTÁGIOS DE


SUPERAQUECEDORES

Sopragem de vapor é um procedimento pré-operacional que é feito antes de se provar muito aspectos
críticos de uma caldeira e de seu sistema de água de alimentação, como por exemplo o uso de um
dessuperaquecedor entre estágios para controlar a temperatura do vapor superaquecido. Contaminação
da água usada para reduzir a temperatura do vapor pode conter impurezas tais como álcalis, dureza e
sílica, as quais podem provocar incrustações nos tubos e nos coletores do superaquecedor. Isto poderia
danificar ou corroer materiais de ligas utilizados nas linhas de vapor, nas válvulas de bloqueio e
controle de vazão de vapor, ou nos bocais e palhetas das turbinas. A água a ser usada para vaporização
no dessuperaquecedor deve ser tão livre de contaminação quanto o vapor à pressão de projeto. Durante
a sopragem de linha com vapor, o uso de água em um dessuperaquecedor tipo vaporizador para
provocar um choque no superaquecedor a na tubulação de vapor não deveria acontecer, a menos que
se saiba que a água tem a mesma pureza do vapor.

CUIDADO: o uso de dessuperaquecedor tipo vaporizador deve ser evitado a menos que se saiba
que a pureza da água de vaporização é a mesma do vapor, não contaminada com álcalis, dureza
ou sílica, que poderiam provocar incrustações no superaquecedor ou corroer ou danificar
materiais de liga no sistema de vapor.

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CUIDADO: se for decidido que a qualidade da água é satisfatória para uso no


dessuperaquecedor, dessuperaquecimento excessivo deve ser evitado. Dessuperaquecimento
excessivo pode permitir que excesso de água acumule nos elementos do superaquecedor e
bloqueie o fluxo. Isto poderia provocar expansão térmica e superaquecimento dos materiais de
liga no sistema de vapor.

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