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ÍNDICE
II.3.7 – PROCEDIMENTOS. 3
II.3.8 - ACENDIMENTO. 4
II.3.10 – OPERAÇÃO. 5
Serão lavadas as partes de pressão molhadas da caldeira, ou seja, tambores, tubos da fornalha,
cavidade, risers, downcomers, etc. O processo de circulação natural será feito através da
diferença de temperatura, ou seja, na medida em que a massa térmica da fornalha começa a
trocar calor com a água através dos tubos, a parte mais quente fará com que a água suba para
o tambor de vapor, como água saturada, e conseqüentemente, a água mais fria descerá pela
região de menor temperatura formando deste modo à circulação natural.
Para completar todos os pontos de lavagem descritos no item acima, serão necessários 34 m 3,
de água desmineralizada, considerando o nível normal de água. Considerando-se que seja
necessário repor as perdas pelas drenagens, em torno de três ou quatro enxágües para garantir
uma boa limpeza dos resíduos desprendidos dos tubos, estimamos então um consumo global
de 70 m3 de água para a caldeira.
A dosagem dos produtos químicos será feita através do tambor de vapor. Os produtos devem
ser diluídos, por exemplo, num recipiente de 200 litros, posicionado em um ponto mais alto
que o tambor, para serem escoados através de uma mangueira com válvula.
Poderão ser injetados através da conexão existente para alimentação química ou introduzidos
através da porta de visita do tambor, depois que o nível estiver estabilizado próximo da porta
de visita.
As válvulas de segurança deverão ser mantidas com os plugs de teste até que seja terminada a
limpeza alcalina, para evitar eventuais danos. Os instrumentos também deverão ser
bloqueados, exceto um manômetro, onde possa ser verificada a pressão da caldeira durante o
período da limpeza.
As tubulações de descarga contínua e intermitente deverão estar preparadas para escoarem os
produtos em local seguro. O fluído despejado, além de ser altamente alcalino, estará também
muito quente; podendo provocar sérias queimaduras, caso haja contato direto com a pele, e
irritação dos olhos, quando exposto aos vapores. Portanto, recomendamos o uso dos EPI’s
para todas as pessoas envolvidas diretamente nos trabalhos.
A adição dos produtos químicos no tambor só deverá ser realizada após a verificação do
perfeito funcionamento do sistema combustão, portanto antes de iniciar os trabalhos de
limpeza alcalina, é importante que o sistema esteja devidamente testado e em perfeitas
condições para a operação.
Recomenda-se que o aquecimento inicial da caldeira seja lento, obedecendo à curva do
refratário.
Durante o aumento da temperatura e pressão da caldeira, deverão ser observados os pontos
onde podem ocorrer expansões. O gradiente recomendado para os primeiros aquecimentos da
caldeira é de 50 ºC por hora, para que a secagem do refratário seja uniforme e segura.
Observação: Reabastecer a caldeira para manter o nível de água entre 60 a 70% do visor
de vidro transparente.
A água desmineralizada deverá ser bombeada pela própria bomba de água da caldeira, com
vazão mínima o suficiente para manter os eventuais abastecimentos da caldeira durante a
limpeza alcalina. Assegurar que no local, existam todos os equipamentos de proteção e
segurança requeridos.
Os produtos de descarte (resíduos) deverão ser enviados para a caixa de coleta de efluentes
químicos, conforme orientação e padrões do setor de meio ambiente da companhia.
II.3.7 – PROCEDIMENTOS.
Injetar água, até que a caldeira atinja o nível d’água um pouco abaixo da boca de visita do
tambor de vapor, a qual deverá estar aberta para ser efetuada a adição dos produtos químicos;
diluídos num tambor de 200 litros preparado para esta finalidade.
Concluída a dosagem, fechar a boca de visita.
Atenção: Usar proteção adequada (óculos, luvas e avental de PVC ou borracha) quando
manusear a solução alcalina.
Presume-se que nesta etapa dos trabalhos, os operadores já estejam aptos a realizar o
acendimento da chama, como também já tenha sido testado todo o sistema de combustão
seguindo-se todas as instruções e orientações do supervisor da Dan Power.
Ligar a purga da caldeira, e logo que a chama estiver acesa, regular a chama para menor razão
de queima.
Essa caldeira gera vapor superaquecido, portanto a atenção deverá ser maior, tendo em vista a
condição de segurança de operação do superaquecedor. Esta atenção consiste em controlar a
temperatura dos gases na entrada do superaquecedor, mantendo-se o vent. ou a válvula de
Projeto: OP.0196 CARGILL Data: 25/04/2011
Revisão: 0 Caldeira: 20 t/h – 12 kgf/cm2g / PP.78 kgf/cm² Seção: II.3 Página 3 de 5
Descrição Técnica: Lavagem Química
partida, sempre abertas de forma que a temperatura do vapor não exceda a 400 ºC. E o dreno
do super sempre aberto.
Quanto ao controle da pressão da caldeira durante a fase de aquecimento, esta deverá ser
lentamente aumentada, de modo a atingir a faixa de 6,0 a 10,0 kgf/cm². Se possível, manter no
valor intermediário. Esta operação será contínua durante 16 a 24 horas, para que se tenha
êxito no desengraxe.
Durante a lavagem, a temperatura dos gases deverá aumentar rapidamente, e antes que a
pressão da caldeira atinja o valor desejado do Boiling-out, a chama deverá ser apagada e
acesa várias vezes, para que a curva seja devidamente feita dentro dos procedimentos
aplicáveis.
II.3.10 – OPERAÇÃO.
Estando completado o período de limpeza, apagar o fogo e deixar que a caldeira vá perdendo
pressão e temperatura lentamente. Ao atingir 1,5 kgf/cm 2 abrir todas as válvulas de respiro e
esperar que a pressão chegue a zero, abrir as purgas e drenos e deixar que a mesma se esvazie.
Para garantir que a caldeira fique totalmente limpa, enxágües deverão ser realizados após a
fase de resfriamento e despressurização.
Deverá ser mantido um ritmo de enchimento e drenagem de modo que seja mantido o nível de
operação, visualizado no visor tubular.
Estando fria a caldeira, próxima da temperatura da água de alimentação, encher e drenar a
caldeira várias vezes, até que água de saída esteja nas mesmas condições da água de
alimentação.
Após uma boa verificação e constatado que a caldeira esteja devidamente vazia, iniciar a
abertura das bocas de visitas dos tambores de vapor e posteriormente do tambor de água.
Efetuar inspeção visual interna e, caso seja encontrado sujeira, realizar limpeza manual
utilizando mangueira de água.
Nesta fase devem ser desbloqueados os instrumentos, removidos os plugs das válvulas de
segurança, e inspecionada a caldeira.
A atividade de limpeza alcalina da caldeira, obviamente é feita em paralelo com a secagem e
cura do refratário, isto porque, para efetuar a fervura da água é necessário o aquecimento
uniforme da unidade.
Na etapa final de lavagem, é importante checar o ph e constatar que os valores correspondem
com o padrão estabelecido para a caldeira.
Para cada tipo de operação ou manobras realizadas, principalmente nos enchimentos ou
drenagens, devem ser tomadas todas as precauções de segurança do pessoal, quanto às
aberturas das válvulas de vents, drenos ou outras, que involuntariamente podem ser abertas e
ocasionar acidentes.
Após a limpeza alcalina, verificar se todos os pontos de drenos e se todas as válvulas estão
devidamente desobstruídas e estanques.
O superaquecedor deverá estar sempre cheio d’água, preferencialmente com alimentação pelo
dreno.