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MANUAL DE INSTALAÇÃO

Endereço: Rua Germano Hauschild, 170 – CEP: 93022-680 Cristo Rei São Leopoldo-RS BRAZIL
Tel/Fax: (0xx51) 3037-1420 E-mail: vendas@valge.com.br ou acesse nosso site: www.valge.com.br
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Sumário

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
2. ROTOR HELICOIDAL ............................................................................................................... 4
3. ESTATOR ............................................................................................................................... 4
4. CARCAÇAS ............................................................................................................................. 5
5. HASTE FLEXÍVEL ..................................................................................................................... 5
6. CARACTERÍSTICAS DE BOMBEAMENTO .................................................................................. 6
6.1 Vazão ........................................................................................................................................ 6
6.2 Pressão ..................................................................................................................................... 7
6.3 Sucção ...................................................................................................................................... 7

7. POTÊNCIA DE ACIONAMENTO ................................................................................................ 9


8. PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO......................................................................................... 10
9. RESISTÊNCIA QUÍMICA ......................................................................................................... 10
10. TUBULAÇÃO ........................................................................................................................ 11
11. VERIFICAÇÕES ANTES DA PARTIDA ....................................................................................... 11
12. CUIDADOS OPERACIONAIS ................................................................................................... 12
13. POLÍTICAS DA GARANTIA ..................................................................................................... 12
14. VISTA EXPLODIDA ................................................................................................................ 13
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1. INTRODUÇÃO

Obrigado por adquirir uma Bomba Helicoidal VALGE. As bombas VALGE foram
projetadas para atender aos mais diversos requisitos, tendo como principal objetivo a
qualidade e a satisfação de nossos clientes.
Todos os equipamentos fabricados são submetidos a um rígido controle de
qualidade, que garante ao equipamento a confiabilidade dentro dos requisitos de
bombeamento solicitados.
Lembramos, no entanto, que para um bom funcionamento devem ser seguidas
as orientações de uso contidas dentro deste manual.
Caso necessitar de mais informações, seguem abaixo os telefones para eventuais
contatos:
FONE: (51) 3037-1420 FONE/FAX: (51) 3568-5240
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2. ROTOR HELICOIDAL

Normalmente fabricado em aço SAE 1045, AISI 420, AISI 304 ou AISI 316,
podendo o material variar, de acordo com a aplicação. É torneado com acabamento
polido e com alta precisão de medidas. Para aumentar a resistência à abrasão e
corrosão, usualmente aplica-se uma camada superficial de cromo duro para diminuir o
desgaste do rotor com o uso. Obs.: Quando o rotor apresentar desgaste deve ser
substituído.

3. ESTATOR

O estator é fabricado em elastômero, podendo variar entre borracha Nitrílica


(NBRA), Nitrílica Hidrogenada (HNBR), Viton e EPDM. O material é vulcanizado dentro
de um tubo de aço carbono, na forma de uma cavidade helicoidal dupla e com o dobro
do passo do rotor. Cada passo do estator equivale a um estágio da bomba.

Se houver perda de vazão e pressão na bomba, e o rotor permanecer intacto, é possível


que o estator esteja gasto. É viável realizar o teste quando a bomba estiver
desmontada, introduzindo o rotor dentro do estator na posição vertical e colocando
água na cavidade superior. A água deve permanecer na cavidade, ou fluir lentamente
pela cavidade inferior. Caso houver um esvaziamento rápido da água pela cavidade
inferior, é sinal de que o estator está gasto, havendo necessidade de substituição.

Obs.: Na montagem do rotor dentro do estator, deve ser usado lubrificante na


superfície do rotor para facilitar a montagem. (Recomendamos vaselina liquida)
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4. CARCAÇAS

As carcaças são fabricadas em aço carbono ou aço inoxidável AISI 304 ou AISI
316 polidos ou não. O aço carbono é usado para a linha industrial, no bombeamento
de fluidos com pouca agressividade. Os aços INOX AISI 304 e AISI 316 são utilizados
para fluidos agressivos quimicamente por terem maior resistência à corrosão. Já para
a linha sanitária se utiliza o aço AISI 304 e AISI 316, porém com acabamento polido,
para afastar qualquer possibilidade de contaminação do fluido.

5. HASTE FLEXÍVEL

Sua função é transmitir potência motriz entre o redutor e o rotor da bomba, além
de compensar o funcionamento excêntrico do rotor, substituindo o eixo cardan. A
haste foi calculada para suportar o torque necessário para o perfeito funcionamento e
durabilidade da bomba. Em caso de excesso de torque, acima do especificado a haste
poderá se romper, evitando o dano de componentes da bomba e do motoredutor. Para
evitar este tipo de ocorrência, em casos de paradas e partidas constantes, partidas com
tubulação de saída cheia ou pressurizada, é necessária a partida do motor com chaves
compensadoras ou inversor de freqüência, para evitar que o torque limite seja
ultrapassado. É importante sempre analisar se o sentido de rotação da bomba está
correto (ANTI-HORÁRIO), pois se a mesma for ligada no sentido contrário, poderá
desenroscar a haste, ocasionando assim que a mesma pare de transmitir energia
potencial para o rotor. Podendo ocasionar também a queima do estator, devido ao fato
do mesmo ter trabalhado a seco.
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6. CARACTERÍSTICAS DE BOMBEAMENTO

6.1 Vazão

A vazão é diretamente proporcional a rotação da bomba. Quanto maior a


rotação da bomba maior a vazão exercida pela mesma. Para fluidos limpos e não
viscosos trabalha-se com bombas menores e rotações altas e para fluidos viscosos ou
agressivos com rotações baixas e bombas maiores, o que aumenta a vida útil do
conjunto rotor e estator. Um ajuste mais preciso da vazão pode ser obtido ao ser
instalando um inversor de freqüência diretamente no motor.

Obs.: O SENTIDO DE GIRO DEVERÁ SER ANTI-HORÁRIO.

Para uma noção melhor a vazão é dada pela fórmula:

0,24 ∗ 𝐷𝑟 ∗ 𝐸𝑟 ∗ 𝑃𝑟 ∗ 𝑛
𝑄=
106

Onde:

Dr=Diâmetro do Rotor em mm
Er = Excentricidade do Rotor em mm
Pr = Passo do Rotor em mm
n = Rotação em RPM
Q = Vazão em m³/h
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6.2 Pressão

A capacidade de pressão é proporcional ao número de estágios da bomba. Cada


estágio equivale a um passo do estator, que gera um acréscimo de 6kgf/cm² de pressão
máxima. Normalmente as bombas possuem 1, 2 ou 4 estágios ou seja:

1 estágio - pressão máx. 6kgf/cm²

2 estágios - pressão máx. 12kgf/cm²

4 estágios – pressão máx. 24kgf/cm²

Para obtermos maior durabilidade do conjunto rotor - estator em meios


abrasivos, recomendamos que seja seguido a tabela abaixo

PRESSÃO MÁXIMA DE RECALQUE (kgf/cm²)

Número de Sem Abrasivo Muito


estágios Abrasivos Abrasivo
1 6 5 3
2 12 10 6
4 24 20 12

Você poderá proteger a bomba ao limitar a pressão dela instalando um


pressostato ou válvula de alívio na saída da bomba.

6.3 Sucção

A sucção máxima da bomba depende do fluido bombeado. A altura de sucção


máxima que pode ser obtida é de 8,5m, sendo o fluido água a 20°C com uma tubulação
adequada. Fatores como viscosidade, peso específico e temperatura podem diminuir
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significativamente a altura de sucção. Para descobrir a altura de sucção deve se calcular


o NPSH:

NPSHr: é a pressão absoluta mínima que a bomba necessita para vencer as


perdas internas desde o nível do fluido até a entrada do rotor. Para a bomba helicoidal
o NPSHr é igual a 3 m.c.a. (metro coluna d´água).

NPSHd: é a pressão absoluta que o sistema tem disponível no local de instalação


da bomba, levando-se em conta a condição operacional existente no local. Para fins de
cálculo, pode ser utilizado o seguinte modelo matemático:

𝑉𝑠²
𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 ± 𝐻𝑠 − 𝐻𝑝 − − 𝑝𝑣
2∗𝑔

Sendo:

Patm= pressão atmosférica


Hs= altura de sucção, diferença de altura entre o nível mínimo do líquido na
sucção e a linha de centro da bomba.
Hp= perda de carga, calculada desde o ponto de sucção até a entrada da bomba
(flange de sucção)

𝑉𝑠²
= Perda cinética
2∗𝑔

Vs= velocidade de saída

Pv= pressão de vapor do líquido na temperatura de bombeamento.

Para fins de projeto devemos considerar NPSHd maior ou igual a 4mca.

Obs.: sinal positivo quando o nível de líquido na sucção estiver acima da bomba
e sinal negativo quando estiver abaixo da linha de centro da bomba
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Quando o NPSHd for menor que o NPSHr, o produto bombeado tende a evaporar
devido a queda de pressão em alguns pontos. Tal fato forma bolhas de ar, que faz com
que o equipamento entre em “cavitação”.

Outro fator que pode levar a cavitação é a inversão do sentido de rotação da bomba,
que pode fazer com que a bomba succione o fluido de um local com diferente NPSHd.

OBS.:

O Estator não pode trabalhar a seco, por isso não se pode colocar em hipótese
alguma, válvula na entrada da bomba para controlar sua vazão.

7. POTÊNCIA DE ACIONAMENTO

A potência da bomba é dividida em potência friccional e potência hidráulica. A


potência friccional é a potência que o conjunto precisa para funcionar, já a potência
hidráulica é a potência necessária para bombear o fluido.

Em qualquer velocidade, o torque da bomba permanece constante. Assim, a


potência da bomba é diretamente proporcional a rotação em qualquer pressão.

A viscosidade interfere na potência requerida. Por isso informamos na tabela abaixo


os fatores de correção da potência:
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Viscosidade (CP) Fator Correção

0 – 2500 1,0

2500 - 5000 1,1

5000 - 10000 1,2

10000 - 20000 1,3

20000 - 50000 1,6

50000 - 100000 2,1

8. PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO

Toda bomba deverá ser instalada sob base nivelada. A fixação na maioria dos casos
é recomendada devido vibrações provocadas pelo trabalho excêntrico do rotor no
estator, assim, através da fixação do conjunto evita-se a transmissão de vibrações para
a tubulação.

Ligue o motor de maneira que a bomba gire no sentido anti-horário, tomando como
referência a parte de trás da bomba.

9. RESISTÊNCIA QUÍMICA

A grande variedade de opções oferecidas em relação ao material de construção das


carcaças, rotor e estator tornam possível o uso de bombas helicoidais VALGE
numa gama muito grande de indústrias.
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10. TUBULAÇÃO

O diâmetro da tubulação deve ser cuidadosamente especificado em função da


viscosidade do produto a ser bombeado, comprimento da tubulação de recalque,
quantidade de curvas, etc.

Os tubos de conexão (tubulação) de sucção e descarga não devem ficar apoiados


sobre a bomba, mas sim fixados em suporte para evitar esforços sobre a carcaça da
bomba.

Evite instalar válvulas na tubulação de sucção ou descarga. Quando necessário, deve-


se ter muito cuidado com o sistema operacional. Nunca tente regular vazões da bomba
com fechamento de válvulas. Você poderá proteger sua bomba ou limitar pressões de
operação instalando válvulas de alívio ou pressostato na tubulação de descarga.

11. VERIFICAÇÕES ANTES DA PARTIDA

Verifique todos os ajustes: motor, rotação e alinhamento. Veja se o motor está


ligado conforme recomendações do fabricante. Verifique se existe alguma válvula
fechada, tanto na sucção como na descarga, para evitar que a bomba seja submetida
a excesso de pressão e conseqüentemente danificar os componentes da bomba.

Nota: Preencher a bomba com líquidos antes da partida ou após o esvaziamento


para reparo.
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12. CUIDADOS OPERACIONAIS

O funcionamento a seco resulta numa imediata queima do estator. Certifique-se


que na sua condição operacional não ocorra interrupção de fluído por períodos
superiores a trinta segundos durante o funcionamento

13. POLÍTICAS DA GARANTIA

• A Valge não garante equipamentos ou peças com aplicações fora das


especificações da proposta acordadas entre cliente e empresa;

• Redução de secções de sucção e descarga acarreta perda da garantia;

• Bombeamento de fluidos divergentes da proposta acarretam perda da


garantia;

• Aplicação em elevadas temperaturas sendo estas não especificadas acarretam


perda da garantia;

• Aplicação a elevadas pressões não especificadas na proposta acarreta perda da


garantia.
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14. VISTA EXPLODIDA

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