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MEMORIAL DESCRITIVO

CLIMATIZAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Obra: Edifício 01 – Salas de Aula do Centro de Engenharia da Mobilidade- CEM

Endereço: Campus Universitário, S/N - Bom Retiro – Joinville - Santa Catarina – Brasil / CEP 89.219-905
www.joinville.ufsc.br / +55 (48) 3721-6452 / 3721-6451
ÍNDICE
I. CADERNO DE ENCARGOS
1. SOLUÇÕES ADOTADAS....................................................................................................03
2. EQUIPAMENTOS............................................................................................................... 03
3. QUADRO ELÉTRICO..........................................................................................................06
4. INTERLIGAÇÕES ELÉTRICAS...........................................................................................07
5. CIRCUITO FRIGORÍGENO.................................................................................................07
6. GÁS REFRIGERANTE........................................................................................................08
7. SUPORTE........................................................................................................................... 09
8. PINTURA............................................................................................................................ 09
9. DRENOS............................................................................................................................. 10
10. SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS................................................................10
11. TESTES DA INSTALAÇÃO.................................................................................................11
12. COORDENAÇÃO COM A CIVIL.........................................................................................12
13. SERVIÇOS A CARGO DA CIVIL.........................................................................................12

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O presente documento tem como objetivo, justificar as soluções adotadas, descrever
as características e o funcionamento dos equipamentos e componentes da instalação,
especificar os métodos executivos e sua seqüência de execução, especificar a
metodologias e os equipamentos necessários para testar o sistema, definir as
interações com os demais sistemas.

1- SOLUÇÕES ADOTADAS

A instalação de condicionamento de ar é do tipo expansão direta, utilizando


equipamentos do tipo Mini Split. O equipamento Mini Split é dividido em duas partes,
sendo uma evaporadora (unidade interna) e uma condensadora (unidade externa).As
unidades evaporadoras (internas) podem deverão ser do tipo Console Ceilling (fixada
sob o forro).
A renovação de ar dos ambientes será feita por ventilação forçada e
independente do funcionamento dos condicionadores de ar, acionada por interruptor
instalado em cada ambiente, próximo aos interruptores das luzes. Não deverão ser
instaladas cortinas de ar nas portas, pois a instalação das mesmas impede que a taxa
de renovação de ar exigida seja alcançada.
As condensadoras serão instaladas sobre a laje de cobertura, podendo ser com
descarga horizontal ou vertical.

2- EQUIPAMENTOS

Os equipamentos selecionados são do tipo expansão direta, com condensador remoto


e temperatura controlada por termostato que comanda o compressor. Referência:
Springer Carrier, Trane, Hitashi, York ou similar de igual qualidade, com índice de
eficiência “A”.

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O equipamento deverá ser de operação silenciosa, gabinete de design moderno, com
filtros de ar de fácil remoção, 03 (três) velocidades de ventilação e controle remoto sem
fio. Com garantia de no mínimo três anos para o compressor e um ano para o restante
do equipamento. As unidades tipo bi-split deverão possuir compressores
independentes para cada evaporadora, permitindo o uso individual de cada
equipamento.
O sistema de controle deverá possuir:
a) Botão ON/OFF;
b) Seleção de modo de operação;
c) Seleção de temperatura;
d) Direcionamento vertical e horizontal do ar insuflado;
e) Três velocidades de insuflamento de ar.

2.1- Unidade evaporadora

2.1.1 Gabinete - deverá ser em plástico de alta resistência do tipo ABS e será revestido
internamente com isolamento termo-acústico. Não será aceito isolamento termo-
acústico em lã de vidro.
2.1.2 Serpentina - confeccionada com tubos de cobre sem costura e aletas integrais de
alumínio, fixadas aos tubos por expansão mecânica, de forma a obter-se um perfeito
contato. Deverá ser previamente testado contra vazamentos a uma pressão de 350 psi
e ser equipado com distribuidor e coletores de fluido refrigerante.
2.1.3 Bandeja do condensado – fabricada em poliestireno de alto impacto, com
caimento suficiente para evitar o acúmulo de água na mesma.
2.1.4 Ventilador – tipo centrífugo de dupla aspiração com acionamento direto.
2.1.5 Filtros de ar – deverão ser do tipo laváveis e de fácil remoção, instalados dentro
de gabinetes e a montante da serpentina evaporadora. Deverão ter eficiência
compatível, no mínimo, com a classe G0 (NBR 6401).
2.1.6 Nível de ruído – a unidade evaporadora deve emitir ruídos inferiores a 50dBa.
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2.2- Unidade condensadora

2.2.1 – Gabinete - deverá ser fabricado em chapas de aço galvanizado e receber


pintura poliéster em pó eletrostaticamente depositado, preparado para instalação
externa, exposto a intempéries e aprovado no teste de 500 hora de salt-spray.
2.2.2 – Serpentina - confeccionada com tubos de cobre sem costura e aletas integrais
de alumínio, fixadas aos tubos por expansão mecânica, de forma a obter-se um perfeito
contato. Deverá ser previamente testado contra vazamentos a uma pressão de 350 psi
e ser equipado com distribuidor e coletores de fluido refrigerante.
2.2.3 – Compressor – o compressor deverá ser do tipo rotativo ou scroll para
equipamentos de capacidade igual ou inferior a 30000 Btu/h e para os demais
equipamentos o compressor deve ser do tipo scroll, instalados sobre isoladores de
vibração. Acionados por motor elétrico bifásicos ou trifásicos, protegidos internamente
contra sobrecarga e adequados para tolerar uma variação de tenção de até 10% do
valor nominal e desbalanceamento máximo de corrente entre fases de 2%. Os motores
são refrigerados pelo fluxo de sucção de refrigerante.
2.2.4 – Ventilador – será do tipo axial de acionamento direto. O equipamento deverá
possuir uma grelha de proteção para proporcionar segurança aos usuários e evitar que
objetos lançados possam atingir as hélices do ventilador. O motor do ventilador deve
ser adequado para suportar respingos de água, com rolamentos de longa vida com
lubrificação permanente e protegido internamente contra sobrecargas e adequado para
tolerar uma variação de tensão de até 10% do valor nominal.
2.2.5 – Quadro elétrico – deverá ter fácil acesso. Abrigará todos os elementos de
operação e controle da unidade, dimensionado conforme NBR 5410. Deverá conter no
mínimo os seguintes componentes de proteção:
- Fusíveis para o circuito de comando;
- Chave contatora e relê térmico de sobrecarga para cada motor elétrico;
- Pressostato de baixa, para garantir proteção contra problemas causados por baixa
carga de refrigerante;
- Rele de proteção contra ciclagem do compressor e contra inversão de fases.

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Obs.: O equipamento deverá ser fornecido com fator de potência maior ou
igual a 0,95; se necessário, executar a instalação de banco de capacitores em obra.
2.2.6 – Demais dispositivos – o condensador deverá ser dotado dos dispositivos abaixo
relacionados, caso não o possuam os mesmos deverão ser instalados na rede
figorígena.
- Válvula de inspeção para leitura de pressões na sucção e descarga;
- Pressostato de alta e baixa, com transdutor de pressão;
- Filtro secador com conexões rosqueadas;
- Controle do fluxo de refrigerante através de válvula de expansão
2.2.7 – Nível de ruído – o nível máximo de ruído admissível para a unidade
condensadora é de 80 dBa.
Obs: Deverá ser verificado junto ao departamento técnico do fabricante do
equipamento a ser instalado as adequações necessária para a instalação dos
equipamentos dotados de linha longas, com comprimento equivalente maior que o
aconselhado no catálogo técnico do equipamento.

3 – QUADRO ELÉTRICO

O sistema de condicionamento de ar deverá possuir quadro elétrico contendo um


disjuntor para cada equipamento, permitindo o desligamento individual dos mesmos
para manutenção e um disjuntor geral, dimensionados conforme a capacidade dos
equipamentos em conformidade com NBR 5410.
Os disjuntores deverão ser acondicionados em gabinete metálico auto-portante, com
porta provida chave.

4 – INTERLIGAÇÕES ELÉTRICAS

As interligações elétricas entre o quadro elétrico e as condensadoras deverão ser feitas


com cabo de cobre flexível de bitola mínima 4mm² e acondicionados em eletrodutos de
aço galvanizado dimensionados de acordo com NBR 5410.

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Para conexão com as condensadoras deverá ser utilizado eletroduto flexível fabricado
em fita de aço galvanizado, revestido com PVC.
As interligações elétricas entre as condensadoras e as evaporadoras deverão ser feitas
com cabo elétrico tipo PP dimensionados de acordo com NBR 5410, com bitola mínima
de cabo 2,5mm², os quais serão fixados juntos às interligações frigorígenas.

5 – CIRCUITO FRIGORÍGENO

O circuito frigorígeno será construído em tubos de cobre sem costura do tipo flexível
para diâmetro de até 12,70mm e do tipo rígido para diâmetros iguais ou superiores a
12,70mm. As curvas dos tubos flexíveis devem possuir raio mínimo de 100mm. As
curvas e sifões necessários serão do mesmo material.
A união das diversas seções das tubulações de cobre será por solda brasagem, com
metal de enchimento à base de ligas de cobre-fósforo (foscopper).
Todas as tubulações de sucção deverão ser isoladas hermeticamente com tubos
borracha esponjosa de espessura mínima 10mm (Ref. Armaflex ou similar de igual
qualidade), recebendo proteção pintura de proteção (de acordo com indicação do
fabricante) nas partes expostas a intempéries. Caso a válvula de expansão esteja
localizada junto à condensadora a linha de líquido também devera ser termicamente
isolada. Todas as juntas de borracha deverão ser revestidas com fita auto adesiva de
borracha, com espessura mínima de 5mm.
Quando embutidas na alvenaria ambas as linhas deverão receber isolamento térmico e
deverão ser fixadas juntamente com o cabo elétrico, com o uso de fita Hellerman ou
equivalente a cada 50cm ou menos.
O diâmetro das tubulações de interligação entre as unidades evaporadoras e
condensadoras devem ser dimensionadas de acordo com as indicações do fabricante
dos equipamentos, levando-se em consideração a distância entre as unidades, o
número de curvas necessárias e a altura da condensadora com relação à evaporadora
e a capacidade do equipamento.
As fixações serão feitas por braçadeiras tipo “D”,com bitola coerente com o diâmetro
dos tubos, fixadas a perfis perfurados tipo “U”, fixados à laje ou à perede com

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chumbadores adequados. Deverá ser colocado anel ou fita de borracha em todas
braçadeiras de forma a proteger os tubos e evitar que o isolamento térmico se rasgue.
O espaçamento máximo entre as fixações é de 1m.
Deverá ser utilizada mão-de-obra especializada e com prática em tubulações de cobre
munida de todo o ferramental necessário, adequado e em bom estado. Os serviços
serão desenvolvidos com observância, durante todo o tempo, dos aspectos de ordem e
limpeza.
Após a montagem as tubulações devem ser pressurizadas com uma mistura de
nitrogênio, para verificar a estanqueidade das interligações. A pressurização mínima é
de 200 psi por 24 horas, bem como um vácuo de 200 micra por igual período, fazendo
uso para averiguação de vacuômetro eletrônico.
Posteriormente, faz-se a carga de refrigerante. Deverá haver o máximo de rigor na
limpeza, desidratação, vácuo e testes de pressão no circuito, antes da colocação do
refrigerante. Referências: Eluma conexões S.A.; Termobronze Metais e Ligas Ltda.;
Termomecânica São Paulo S.A.; Nibco ou similar de igual qualidade.

6 – GÁS REFRIGERANTE

Deverá ser utilizado gás refrigerante tipo R22 ou R407 em quantidade suficiente para
que as condições do teste de superaquecimento sejam atingidas, conforme indicação
do fabricante dos equipamentos.
As tubulações deverão estar completamente limpas e com ausência de umidade para a
colocação do fluído refrigerante.

7 – SUPORTES

As unidades evaporadoras serão instaladas com o uso dos suportes fornecidos pelo
fabricante do equipamento, fixados à laje ou à parede com chumbadores adequados,
preferencialmente indicados pelos fabricantes do equipamento.

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As unidades condensadoras serão instaladas sobre suportes como especificados nos
detalhes típicos, dimensionados de acordo com o peso dos mesmos, sendo fabricados
com cantoneiras de bitola mínima 1 1/2”X1/8”. Estes suportes deverão ser pintados
com no mínimo três demãos de tinta, sendo uma de fundo e duas de acabamento. As
condensadoras serão colocadas sobre coxins de borracha para minimizar a vibração
transmitida aos suportes e consequentemente às paredes. Os suportes das
condensadoras deverão ser fixados às paredes por meio de parabolts de aço.

8 – PINTURA

Os materiais e equipamentos entregues deverão ser retocados onde a pintura original


de fábrica caso tenham sofrido algum dano.
Os seguintes procedimentos deverão ser seguidos para execução de pintura:
Preparação da superfície: a superfície a receber pintura deverá estar completamente
seca, livre de qualquer tipo de sujeira, óleo, graxa, respingos de solda, focos de
ferrugem, carespas de laminação, escória, etc.
Tinta de fundo e de acabamento: deverão ser compatíveis e fornecidas pelo mesmo
fabricante. As quantidades de demãos e espessura são de exclusiva responsabilidade
do instalador, contudo em nenhuma hipótese, deverão ser aplicadas menos de 03
(três) demãos, sendo uma de fundo e duas de acabamento.

9 – DRENOS

A tubulação de drenagem deverá ser executada com tubos de PVC, com bitola mínima
de 1”, instalados de forma que não haja gotejamento ou vazamento dos mesmos.
Todos os pontos de drenagem deverão possuir sifão para evitar o retorno de odores
para o interior dos ambientes.
Os tubos de drenagem instalados aparentes ou acima do forro deverão receber
isolamento térmico em espuma de borracha elastomérica, de células fechadas, com
espessura mínima de 5mm.

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10 – SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

Os serviços deverão ser executados seguindo a ordem abaixo, para facilitar a


coordenação com as demais equipes e para alcançar um melhor resultado final.
1- marcação dos pontos de drenagem – deverão ser marcados os pontos de
drenagem para a execução dos mesmos pela equipe civil;
2- interligações elétricas e frigorígenas – deverão ser realizadas de modo
coordenado com as demais equipes e devem estar testadas antes de embutidas
nas paredes e antes da colocação das telha, devendo ser vedadas para evitar a
entrada de sujidades durante o processo de aplicação de acabamento e pintura
das paredes e lajes;
3- teste das interligações – as interligações frigorígenas deverão ser novamente
testadas, para averiguar se não houve damos às mesmas durante a aplicação
dos acabamentos e colocação das telhas;
4- instalação dos equipamentos – os equipamentos deverão ser instalados
somente após dado acabamento mas paredes e lajes, sendo tomado todo o
cuidado para não danifica-los, caso isto aconteça é responsabilidade da
instaladora reparar o acabamento danificado de forma que não seja perceptível
o local onde este foi danificado;
5- gás refrigerante – deverá ser completada a carga de gás refrigerante;
6- testes – deverão ser realizados todos os testes recomendados pelo fabricante
do equipamento, além dos testes para a entrega da instalação.

11 – TESTES DA INSTALAÇÃO

Para a realização dos testes da instalação serão necessários no mínimo os seguintes


equipamentos:
- anemômetro – para medição da vazão de ar dos equipamentos;

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- amperímetro – para verificação das correntes elétricas e amperagens;
- higrostato – para verificação da umidade relativa;
- temómeto – para verificação da temperatura ambiente;
- decibelímetro – para verificação do nível de ruído.
Poderá também ser utilizado equipamento do tipo multifuncional, destinado a medir
mais de uma das variáveis acima mencionadas.
Para medir a vazão de ar do equipamento deverão ser tomados no mínimo cinco
pontos, logo após a saída de ar do mesmo.
Para verificar as demais características da instalação todos os equipamentos deverão
estar em operação por no mínimo uma hora. Serão tomados no mínimo seis pontos em
cada ambiente a 1,5m do piso e todos os pontos devem estar de acordo com as
condições estabelecidas na NBR 6401 (temperatura entre 23 e 25ºC, umidade relativa
entre 40 e 60%, nível de ruído inferior a 50 dBa.)
As amperagens e voltagem deverão estar dentro do recomendado pelo fabricante, com
o equipamento funcionando a plena carga.
A instaladora deverá apresentar relatório contendo todos os dados colhidos nos testes.

12 – COORDENAÇÃO COM A CIVIL

Toda a instalação deverá ser feita de modo coordenado com as equipes que estiverem
executando a obra civil.
As posições dos pontos de drenagem deverão ser definidas de acordo com o modelo
dos equipamentos a serem instalados, de forma a ficarem o mais discreto possível
(preferencialmente ocultos atrás das evaporadoras).
As passagens das interligações por paredes e lajes deverão receber acabamento
apropriado.
As interligações embutidas nas paredes devem estar prontas e testadas antes da
aplicação do acabamento nas paredes.

13 – GARANTIAS E MANUTENÇÃO

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A empresa instaladora deverá fornecer ART dos serviços prestados, garantia da
instalação pelo período mínimo de um ano e três meses de manutenção da instalação.
“Estes serviços serão parte integrante dos serviços de instalação, não sendo cabível
cobrança em separado para os mesmos.”

14 – SERVIÇOS A CARGO DA CIVIL

Pontos de drenagem de condensado;


Acabamentos nos locais de passagem de interligações por paredes, lajes e calha;
Instalação de quadros elétricos e eletrodutos quando embutidos em paredes ou lajes.
Impermeabilização dos pontos de passagem das interligações na laje.

TONIE WENDER DA SILVA ULIANA


CREA: 05.061.331.999

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