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O evaporador é um trocador de calor que absorve o calor para o sistema de

refrigeração. Ele recebe líquido refrigerante frio, de baixa pressão vindo do


dispositivo de expansão e através da absorção do calor de alguma substância,
vaporiza-o em seu interior. Essa substância pode ser o ar, água, outro fluído ou
mesmo um sólido.
Existem muitos tipos de evaporadores. Classificá-lo-emos conforme o método
utilizado para controlar o refrigerante.

Evaporadores de expansão seca, ou direta ou D-X


Os evaporadores D-X são utilizados na maioria dos sistemas de refrigeração com menos de
100 TRs. São utilizados também em certos equipamentos de refrigeração industriais.
Em um evaporador D-X o fluxo de refrigerante é controlado de maneira tal que o
refrigerante é essencialmente líquido ao entrar no evaporador, porém sai dele na forma
gasosa.
O tradicional evaporador D-X é um “tubo” contínuo no qual flui o refrigerante vindo de
dispositivo de expansão em direção a linha de sucção do compressor. A diferença de
pressão existente entre a entrada e a saída ativa a circulação do refrigerante. Não ocorre
recirculação e o refrigerante tem que percorrer todo o sistema (ou passar por todas as
etapas do ciclo de refrigeração) antes de entrar novamente no evaporador.
Foto evaporador do tipo d-x

Não existe um ponto claramente definido de separação entre os estados líquido e gasoso
do refrigerante num evaporador D-X. Ele entra líquido, mas com um pequena quantidade de
gás (“flash gas”), e gradativamente a medida que vai percorrendo o evaporador vaporiza-se
até estar totalmente gasoso na saída do evaporador.

Evaporadores inundados
São utilizados em sistemas voltados para conforto, acima de 100 TRs.
Em um evaporador inundado, o refrigerante basicamente líquido (inundado) desde o início
do evaporador até a sua saída.
Ocorre a recirculação do refrigerante dentro do evaporador devido a adição de uma câmara
de separação. O refrigerante líquido entra nessa câmara através do dispositivo de expansão
e devido à gravidade se concentra na parte de baixo.
Foto de um evaporador inundado
A totalidade do evaporador está em contato com o refrigerante gerando uma excelente
transferência de calor. A contrapartida é que os evaporadores inundados são maiores e
requerem uma carga muito maior de refrigerante. O vapor gerado é separado do líquido na
câmara de separação e este último é recirculado novamente no evaporador, enquanto o
vapor é “puxado” pela sucção do compressor.
O evaporador inundado regula o fluxo de refrigerante através de uma válvula boia ou
dispositivo semelhante.
Também podemos classificar os evaporadores conforme a forma com que são construídos.
Existem 3 categorias básicas: tubo liso, tubos e aletas e superfície de placa.
Evaporador tubo liso
Nada mais são do que simples tubos de cobre com uma forma que melhor atenda a
necessidade. São comumente chamados de serpentinas de superfície primária, porque sua
superfície primária, o tubo, é a única utilizada para transferir o calor.
Foto de um evaporador de tubo liso

Eles funcionam bem tanto em evaporadores D-X ou inundados. São utilizados na maioria
das vezes para trabalhos onde a temperatura é mantida abaixo de 1o. C. Frequentemente
são submersos em tanques de resfriamento ou congelamento de líquidos.
Foram desenvolvidos vários métodos para melhorar a eficiência de evaporadores de tubo
liso, aumentando a área do mesmo que entra em contato com o refrigerante. Inserir aletas
internas ou externas ao tubo de cobre é um desses métodos. Outra forma é fazer um
aletamento em espiral semelhante a uma rosca de parafuso, na parte externa do tubo. São
conhecidos como tubos aletados. A maioria dos evaporadores com tubo liso em uso hoje
em dia tem projeto com tubos aletados.

Evaporador tipo tubo e aletas


Esse é um tipo de evaporador tipo tubo que tem placas finas de metal fixadas entre os seus
tubos. As aletas melhoram a eficiência da transferência de calor, devido a aumentarem a
área global de troca de calor.
Evaporador tipo tubo e aletas – talvez o mais conhecido de todos
Devido a essa maior área, esses evaporadores podem ser mais compactos que os de tubo
liso sem prejudicar a capacidade de absorção de calor.
O material utilizado nas aletas deve ser um bom condutor de calor tal como o alumínio ou o
cobre e deve estar fixado firmemente nos tubos do evaporador. Podem haver entre 1 a 14
aletas por polegada. Quanto menor for a temperatura do evaporador, mais espaçadas
estarão as aletas. Isso é necessário porque o gelo bloqueia com facilidade a circulação do
ar no evaporador quando elas estão muito próximas umas das outras. Além disso os
evaporadores de ar natural (convecção) utilizam um espaço maior entre as aletas do que
um de ar forçado.

Evaporador de ar forçado
Esse é um evaporador tipo tubos e aletas no qual são colocados ventiladores que sopram
ar contra as aletas (ou puxando por entre elas). Ao forçar o ar, a capacidade de refrigeração
é aumentada em um evaporador com a mesma superfície e volume.
Foto do Evaporador de ar forçado

Evaporador de superfície de placas


Costuma ter formas diversas e também são conhecidos como evaporadores de superfície
plana. Uma versão muito popular presente na maior parte dos refrigeradores domésticos,
consiste em duas folhas de metal, planas, uma com forma de tubos prensados nela
enquanto a segunda é plana. Ambas são soldadas juntas para formar um circuito no qual
circula o refrigerante.
O evaporador de superfície de placas e tradicionalmente utilizado
no “congelador’ de nossas geladeiras

Sistemas de água gelada


Em muitas instalações grandes de resfriamento é desejável utilizar evaporadores
(serpentinas de resfriamento) com uma certa distância entre elas. Levar refrigerante a cada
uma delas através de linhas conectadas a uma máquina central é caro e envolve um difícil e
cuidadoso projeto de tubulação para evitar retorno do óleo lubrificante e problemas com o
fluxo de refrigerante.
A solução para esse problema são os sistemas de água gelada. Os componentes do ciclo
de refrigeração ficam agrupados numa área pequena, mantendo baixo o custo do projeto e
instalação e evitando os problemas acarretados por uma extensa tubulação.
O evaporador, chamado de cooler, é utilizado para refrigerar a água que é enviada a cada
um dos circuitos de água gelada. A temperatura de entrada dela nas serpentinas de água
gelada costumeiramente é próxima a 6,5o C e a de retorno é de 12o C
Uma capacidade incorreta do evaporador gerará um aumento indesejável da temperatura
do ambiente ou do produto.

A primeira causa é o resultado de um erro de engenharia (projeto). Mas, se o sistema já


proporcionou uma capacidade correta em condições de carga máxima, não é essa a causa.
Filtros sujos podem reduzir a circulação do ar dentro dos evaporadores resfriadores a ar;
isso reduz a capacidade de resfriamento. O acúmulo de gelo na serpentina também pode
bloquear a circulação do ar. Detritos dentro da rede de dutos, ou obstáculos que reduzem a
descarga do ar e as entradas de ar surtem o mesmo efeito. A sujeira presente num ar
incorretamente filtrado se incrusta nos evaporadores, o que reduz a transferência de calor
nas aletas e nos tubos. Isso também reduz a eficiência e a capacidade. Problemas nas
bombas e válvulas podem bloquear ou diminuir a circulação da água ou do brine no cooler,
reduzindo, portanto, a capacidade do mesmo. Uma manutenção insuficiente ou errada no
lado da água gera um acúmulo de depósitos. Esse acúmulo pode reduzir a eficiência e
capacidade de evaporadores D-X e/ou inundados. Uma eficiência e capacidade menores de
um evaporador se traduzem por custos operacionais mais altos.
Esses problemas geram uma temperatura alta demais no espaço ou produto que está
sendo resfriado. Salvo um erro de subdimensionamento, essa temperatura alta é
acompanhada por uma temperatura saturada baixa na entrada do compressor (temperatura
de sucção).

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