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Poluição do Solo e Controle

Conteudista: Prof.ª M.ª Fabiana Taveira de Melo


Revisão Textual: Dr. Fábio Ronaldo da Silva

Material Teórico

Material Complementar

Referências
1/3

Material Teórico

 Objetivo da Unidade:

 Apresentar conceitos sobre a poluição do solo, urbano e


industrial. Iremos abordar os principais tipos de
contaminação do solo, provocadas pelas atividades
industriais e urbanas e apresentar alguns exemplos, a
partir de situações reais, histórico de passivos e
modelos de sistemas de remediação e/ou recuperação do
solo.

Tipo de Solo, Conceitos e De nições


A crosta terrestre é composta por material pouco resistente, chamado solo. A crosta terrestre,
do ponto de vista da Engenharia, é constituída por diversos tipos de solos que não oferecem
resistência intransponível para escavação mecânica pois, perdem totalmente a rmeza,
quando em contato com a água.

Em termos de extensão territorial, o solo é um recurso abundante, representando


aproximadamente 29% de ocupação da superfície total da Terra, e é um dos recursos naturais
mais importantes existentes da natureza.
São diversas as suas funções, mas entre elas se destaca a sua importância para a existência e
desenvolvimento das plantas. Resumidamente, suas raízes devem penetrar no solo de modo a
sustentar suas partes aéreas. Graças as plantas, é possível que sejam extraídos nutrientes que,
juntamente com o oxigênio (O2), o gás carbônico (CO2), a luz e o calor, contribuem para o
crescimento das espécies vegetais que são convertidas em alimento para os seres humanos.

Como recurso natural, o solo ganha cada vez mais destaque nos debates nacionais e
internacionais quando o tema é sustentabilidade. Portanto, embora seja renovável, o solo pode
passar a não ser em função do desgaste constante, devido ao seu uso intensivo, que muitas
vezes não respeita suas limitações individuais.

Ao estudarmos a composição do solo, iremos encontrar uma diversidade de matérias ou


partículas sólidas e líquidas. Dentre elas, aqui destacamos as mais comuns encontradas,
como:

Areia
A areia é formada a partir de pequenos pedaços de rochas ou minerais acumulados como:
muscovita, turmatita, feldspato, mica e magnetita. Entretanto, o mineral predominante é o
quartzo. Seu diâmetro varia entre 0,05 mm a 2,0 mm e, portanto, é a areia que dá a sensação
de aspereza (atrito) do solo. 

Silte
O silte é uma partícula pequena, com diâmetro que varia de 0,05 mm a 0,002 mm. Por ser tão
pequena, a partícula de silte dá a sensação de sedosidade ao ser tocada. Sua composição
mineral é constituída por diversos materiais, entre eles: feldspato, piroxênio, an bólio, biotita.

Argila
Menor que o silte, a argila é uma partícula de solo tão pequena que não pode ser vista a olho
nu, uma vez que seu diâmetro é menor que 0,002 mm. Composta por minerais secundários
(ilita, montmorillonita e caulinita), a argila possui textura de plasticidade/ pegajosidade,
características que tornam o solo impermeável, di cultado a passagem da água para outras
camadas do solo.

Camadas do Solo
As camadas do solo, também chamadas de horizontes, são subdivisões do solo que, dentro de
uma determinada profundidade, compartilham as mesmas características. Essas semelhanças
devem ser tanto de constituição (minerais presentes e textura) quanto de respostas e
estímulos (como a cor, a consistência e outras mais). (Fonte: Classes de solos do Brasil,
FONTANA, Ademir; BALIEIRO, Fabiano de Carvalho (Embrapa Solos). PEREIRA, Marcos
Gervásio (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), 2019.).

 Se zéssemos um corte na transversal da crosta terrestre, conseguiríamos compreender


melhor as camadas horizontais do solo e sua estrutura. Para melhor entender estas camadas,
a Figura 1 apresenta a estrutura em camadas que nomeamos de O, A, B, C e R (“rocha-mãe”):
Figura 1 – Camadas do solo

CAMADAS SUPERFICIAIS:

O – Camada composta principalmente por resto de plantas e animais presentes na


superfície do solo. É chamada também de “horizonte orgânico” devido sua formação
conter material orgânico decorrente da decomposição animal e vegetal;

A – Primeira camada horizontal do solo que contém minerais mais escuros e uma
concentração maior de húmus do que as camadas inferiores. É também conhecida como
“horizonte mineralógico” devido à presença de compostos minerais oriundos da rocha
mãe (R). Assim como a camada “O”, também apresenta uma boa quantidade de material
orgânico decomposto e, portanto, se caracteriza como solo humífero.

 CAMADAS SUBSUPERICIAIS:

B – Camada horizontal formada por partes bastante desagregadas da rocha-mãe (R),


estando logo abaixo do horizonte (A). A composição da camada horizontal é,
essencialmente, mineral, formada pela concentração de argila e de oxi-hidróxicos de
ferro e alumínio;

 C – Camada horizontal formado por partes pouco desagregadas da “rocha-mãe”, com


presença de materiais que ainda estão em decomposição ou em transformação no solo.
Esta camada é a zona de transição entre o solo e a sua rocha formadora (rocha-mãe),
conhecida como “saprólito”. Sua formação se dá a partir de alguns sedimentos maiores e
menos decompostos, representando o processo de decomposição da rocha;

R – A Rocha-mãe quando submetida ao intemperismo, se degrada e se decompõe, dando


origem ao solo. Em resumo, é a rocha que se decompôs e deu origem ao solo.

Com relação aos cuidados quanto a poluição do solo, esta questão ca associada ao contato da
água com o solo super cial e subsuper cial e preservação a qualidade das águas.

A Poluição do Solo Provocada pelas Atividades Urbanas


e Industriais
A poluição do solo está associada às práticas de uso desse recurso natural. Vale destacar que o
solo é usado, principalmente, como:

Elemento de xação e nutrição da vida vegetal;

Fundação para edi cações, estradas, aterros sanitários e outros sistemas de disposição
de resíduos;

Elemento a ser extraído, por conter concentrações de minério e, portanto, ser utilizado
no segmento da construção e na manufatura de objetos diversos;

Elemento de armazenamento de combustíveis fósseis,

Reservatório e armazenamento de água para abastecimento público e outros ns.

Cada um desses usos pode provocar poluição se forem submetidos à alteração das condições
naturais do solo e do meio ambiente. A construção civil, por exemplo, causa impacto alterando
as condições do solo pela urbanização. As atividades de mineração que, realizam a extração do
solo com as substâncias minerais, provocam alterações topográ cas. Já as atividades agrícolas
aplicam substâncias em defesa das plantações, mas que provocam alterações na qualidade do
solo, bem como removem a cobertura vegetal existente.  Também existe a poluição natural do
solo, como por exemplo a erosão, na qual é causada pela ação das águas, do vento, da
declividade do terreno e do tipo de solo.

Neste contexto, podemos observar que as fontes de poluição do solo estão associadas aos
eventos da natureza ou às atividades humanas. As fontes associadas aos eventos da natureza
são, por exemplo, as catástrofes naturais como: terremotos, vendavais e inundações.  Já as
fontes relacionadas à atividade humana, tem origem urbana, industrial e de serviço. Neste
caso se destacam a:

Disposição de resíduos domésticos, hospitalares e industriais;

Resíduos líquidos sanitários e industriais;

Atividade de urbanização e ocupação do solo;

Atividades agropastoris;

Atividades extrativas;

Acidentes de transporte de cargas.


Nas últimas décadas, tem-se observado que o crescimento populacional aliado ao incremento
das atividades industriais acarretou um aumento considerável na produção de resíduos. E,
portanto, a disposição do resíduo no solo vem se tornando a principal fonte de poluição e
contaminação do solo.

Os resíduos sólidos podem ser agrupados em: domésticos, de serviços de saúde e industriais.

Resíduos domésticos:
Gerados pelas atividades urbanas, incluindo as atividades de escritório, comércio e
residências.

Você sabia?
De acordo com a avaliação regional, feita em conjunto pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), Organização
Panamericana da Saúde (OPS) e a Associação Interamericana de
Engenharia Sanitária e Ambiental (AIDIS), cada habitante no Brasil
gera 0,67 kg de Resíduos Sólidos Domiciliar (RSD) diariamente (acima
da média latino-americana, que é 0,63 kg/hab./dia).

Resíduos de serviço de saúde:


São gerados, principalmente, pelas atividades ambulatoriais, farmacêuticas, de laboratório e
hospitalares. Suas características se dividem em perigosos (Classe I – referência norma ABNT
NBR 10004) e não perigosos (Classe II – referência norma ABNT NBR 10004), pois, podem
apresentar material contaminante, ou seja, com microrganismos patogênicos.

Resíduos industriais:
Gerados principalmente pelas atividades industriais e podem apresentar diversas
características dependendo do material. Apresentam-se na forma líquida, sólida ou gasosa e
são classi cados de acordo com a sua periculosidade, podendo ser perigosos (Classe I) e não
perigosos (Classe II), segundo norma ABNT NBR 10004.

Classi cação dos resíduos pela norma ABNT NBR 1004:

A norma Brasileira que classi ca os resíduos é a NBR 1004, publicada pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para os efeitos da norma, os resíduos são
classi cados em: 

1. Resíduos classe I (ou Perigosos): São resíduos que apresentam periculosidade, ou seja,
resíduo que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, pode
apresentar risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças, riscos ao
meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. São exemplos: restos
de materiais cirúrgicos ou perfurocortantes (ex. agulhas), solventes, óleos e graxas,
combustíveis e materiais impregnados com estes produtos.  A tabela do Anexo A da NBR
10004 apresenta a listagem destes resíduos.

CONSULTE:

ACESSE
2. Resíduos classe II (ou não perigosos): Neste caso, existem dois tipos de classi cação:

Resíduos classe II A (ou não inertes), que são todo aqueles que não se enquadram nas
classi cações de resíduos classe I ou classe II e que podem ser ou conter características
biodegradáveis (ex.: detergentes), normalmente in amáveis ou de material de combustão
(ex.: madeira) ou que podem ser solúveis em água (ex.: areia, Cal, sílica, sal). 

Resíduos classe II B (ou inertes), são aqueles resíduos que não são solúveis em água,
nem in amáveis, não sofrem qualquer tipo de reação física ou química, nem afetam
negativamente outras substâncias que entrem em contato com esse tipo de resíduo. São
por exemplo: borrachas, ferro ou sucata ferrosa, entulhos da construção civil.

Passivos Ambientais e Formas de Controle da Poluição


do Solo
A prática indiscriminada de resíduos no solo é um dos principais motivos responsáveis pela
contaminação do solo e, também, pelos aquíferos naturais subterrâneos. A disposição de
resíduos sem controle e planejamento, provoca danos importantes no solo, ao logo do tempo.
A in ltração dos líquidos gerados na decomposição dos resíduos (por exemplo, o chorume)
ou reações químicas, somados com a fração das águas de chuva que se in ltram no solo,
transportam substâncias para as camadas mais profundas, aquíferos subterrâneos, causando
a contaminação dos mananciais. 

O monitoramento da qualidade das águas subterrâneas é um método indireto que permite a


identi cação da ocorrência de in ltração de poluentes por meio do solo. É usualmente exigido
para aterros e locais de disposição no solo, tendo em vista a avaliação desses sistemas de
destinação. Esse método se baseia na veri cação da qualidade das águas subterrâneas a
montante e a jusante do sistema a ser avaliado.
Como vimos anteriormente, a erosão, é considerada uma poluição natural, uma vez que é
provocada pelos eventos da natureza. As práticas recomendadas para evita-la se resumem à: 

Manutenção da cobertura vegetal;

Utilização de árvores como quebra-ventos;

Cobertura do solo com serragem e às técnicas de caráter mecânico, como aeração,


plantio e construção em curvas de nível;

Execução de canaletas para desvio das águas pluviais e;

Execução de muros de arrimo.

Já com relação às fontes de contaminação do solo provocadas pela atividade humana, estas
podem gerar passivos ambientais quando não há planejamento ambiental da atividade, seja ela
industrial ou comercial.  

No Brasil podemos destacar alguns exemplos de passivos ambientais provocados por


atividades urbanas e industriais, como: 

Lixões a céu aberto, onde o lixo é descartado incorretamente;

Emissão de esgoto ou e uente diretamente sobre o solo ou corpo d´água sem


tratamento;

Emissões de aerossóis ou gases que se depositam sobre o solo após aplicação, como
pesticidas e agrotóxicos;

Lançamento de produtos químicos em ambientes aquáticos ou no solo, como


combustíveis, óleos e graxas;

Contaminação do solo ou águas subterrâneas provocadas pela percolação de substâncias


químicas enterradas sem controle.

Um exemplo conhecido é o caso da fábrica de agrotóxicos da Shell, em Paulínia, cidade do


interior de São Paulo. Durante o período de fabricação (1975 a 1993), a fábrica contaminou o
lençol freático nas proximidades do Rio Atibaia, importante manancial da região, com diversos
produtos, entre eles os organoclorados: aldrin, endrin e dieldrin, extremamente danosos à
saúde. Em 1994, quando estava prestes a vender a fábrica, uma análise de passivo ambiental
detectou a presença de ssuras numa contenção de resíduos da fábrica que estava
contaminando o lençol freático e provocando danos à saúde da população local. A empresa
acionou o Ministério Público e teve que responder a um Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC). O vídeo a seguir, relata o caso da Shell com relação ao passivo ambiental provocado
pela atividade industrial, na região de Paulínia-SP: 

Caso Shell/Basf - O Lucro Acima da Vida - parte 01_mpeg2video_0…

Outro caso conhecido de contaminação do solo pela falta de gestão e planejamento foi o
Aterro Mantovani, no município de Santo Antônio de Posse (SP), que recebe mais de 300 mil
toneladas de resíduos industriais, entre eles, lixo tóxico, de diversas empresas nacionais e
multinacionais. Até hoje, o passivo ambiental continua a causar impactos ambientais e sociais.
Vale a pena conhecer a síntese e o contexto deste caso nos sites a seguir:

Mapa de Com itos - FioCruz:

ACESSE
ATERROS INDUSTRIAIS MANTOVANI E CETRIN:

ACESSE

A prática inadequada da disposição de resíduos no solo, forçou o setor público a desenvolver


instrumentos de controle e de scalização em decorrência do aumento dos problemas de
saúde, ambiental e social, a nível nacional. Portanto, em 2010 foi o cialmente publicada a
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010,
considerada um marco na Legislação Ambiental brasileira e um instrumento importante de
controle da disposição adequada dos resíduos. A PNRS cou vinte anos em tramitação e
estabeleceu metas, como por exemplo, acabar com a disposição de resíduos em lixões (aterros
não controlados) até o ano de 2014, mas foi prorrogada para 2023. Além de de nir a
responsabilidade na gestão do resíduo sólido, a PNRS estabelece princípios, objetivos,
instrumentos e diretrizes para a gestão e gerenciamento de resíduos sólidos,
responsabilizando os geradores do setor público e privado, incluindo os consumidores.

A partir da publicação da PNRS foi possível notar um discreto efeito positivo com relação à
adequação dos processos de destinação de resíduos no Brasil. Veja baixo a imagem capturada
a partir do site da Agência do Senado:
Figura 2 – Disposição nal de RSU no Brasil
Fonte: abrelpe.org

Portanto, podemos considerar que a PNRS é um instrumento administrativo e de controle da


destinação de resíduos. A implementação adequada deste instrumento tende a assegurar a
prevenção da poluição do solo.
Controle
As técnicas de controle da poluição do solo dependem, muitas vezes, da Engenharia no que se
refere à execução de sistemas de prevenção da contaminação das águas subterrâneas, por
exemplo, e da prevenção de erosão como: alteração de declividade, operação em curvas de
nível, execução de canaletas de drenagem e manutenção da cobertura vegetal. Também deve
se levar em conta o projeto dos aterros, com sistemas para garantir a contenção segura dos
resíduos armazenados, a impermeabilização, a coleta e o tratamento dos contaminantes
gerados pela decomposição ou reação bioquímica dos resíduos. 

 Mas, para que um sistema de controle de Engenharia funcione bem, vai depender
principalmente da conscientização da população ou da fonte geradora. Técnicas de
minimização na geração de riscos, como redução na fonte, segregação, reciclagem de
produtos e até mesmo alteração do processo produtivos, vêm demostrando grande
importância na prevenção da poluição do solo, de modo ambientalmente vantajoso, tanto no
aspecto econômico, como social.

Para os resíduos domésticos, por exemplo, a disposição recomendada seria os aterros


sanitárias, enquanto para os resíduos hospitalares ou patogênicos, os incineradores que
promovem a redução do volume e a Inertização provocada pela queima. Entretanto, estas
práticas também causam outros impactos como ocupação de espaço físico (no caso dos
aterros sanitários), emissão de poluentes e consumo de combustíveis, no caso dos
incineradores. Portanto, ainda acaba sendo vantajosa a prática do reaproveitamento, da
reciclagem w da coleta seletiva, mediante processo de conscientização ou medidas de controle
na fonte geradora.

Outros métodos de Engenharia também são muito usados para tratar o resíduo e,
consequentemente, evitar que causem danos ao solo. Alguns métodos comuns utilizados pelas
indústrias e os setores de serviços são: 

Aterro sanitário controlado


Método de cobertura do resíduo por camadas, normalmente de argila e grama. O principal
resíduo é o doméstico, gerado pela atividade urbana. Normalmente o aterro controlado
mantém um sistema de coleta do gás metano gerado e queimado, bem como um sistema de
recirculação do chorume, que é coletado e levado para cima da pilha de resíduo, diminuindo a
sua absorção pela terra. Alguns aterros mantêm um sistema de tratamento do chorume
monitorado, para que o e uente seja lançado em corpo receptor, dentro dos parâmetros.

Figura 3 – Aterro controlado


Fonte: Getty Images

Compostagem
É um processo biológico, simples, no qual os microrganismos e animais invertebrados (ex.
minhocas) transformam o resíduo orgânico, como frutas, cascas de ovo, fezes de herbívoros,
restos de café, entre outros, em adubo.

Figura 4 – Sistema de compostagem com materiais


orgânicos.
Fonte: Getty Images

Incineradores
É um método de tratamento que consiste em queimar o resíduo, eliminando a patogenicidade,
formando cinzas inertes e reduzindo o volume do resíduo. São usados fornos ou usinas
próprias que consomem combustíveis (ex.: carvão) para realizar a queima. Portanto, é um
processo que se dá com altas temperaturas associadas ao oxigênio em excesso.
Figura 5 – Sistemas de incineradores.
Fonte: Getty Images

Co-processamento ou fornos de cimenteiras


É similar ao processo de incineração, entretanto, as cinzas geradas no processo de queima de
resíduos sólidos industriais são destinadas para a fabricação de produtos que requerem altas
temperaturas em seus processos produtivos, como por exemplo, as indústrias de cimento.

Cooperativas ou usinas de Reciclagem


O processo começa pela separação dos resíduos, por meio dos programas de coleta seletiva
(segregação do resíduo), implementado pelo(s) gerador(es) e, terminando nas usinas de
reciclagem. O material é todo reaproveitado, passando primeiramente por processos de
limpeza, separação e, posteriormente, transformado em nova matéria-prima. Essa prática,
além de preservar a vida dos aterros sanitários, gera renda. Diversos materiais entram nos
programas de reciclagem, incluindo o lixo eletrônico e materiais da construção civil.

Figura 6 – Ciclo da reciclagem de materiais


Fonte: Getty Images

Logística reversa
Este processo tem como objetivo fazer o retorno sustentável dos materiais já utilizados na
cadeia produtiva. Ou seja, aquele que produziu ou comercializou, responsabiliza-se pela
destinação, podendo receber o material novamente. Portanto, o procedimento ocorre por meio
de um conjunto de ações que visa reaproveitar os insumos e as matérias-primas, com o
intuído de evitar a contaminação do solo e assim, preservar o meio ambiente.

Figura 7 – Sustentabilidade x conscientização


Fonte: Reprodução
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Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados


nesta Unidade:

Vídeos
Aterro controlado:

Aterro Controlado - O que é e como funciona

Contaminação do Solo – Caso Shell Paulínia-SP:

Caso Shell/Basf - O Lucro Acima da Vida - parte 01 mpeg2video 0


Caso Shell/Basf O Lucro Acima da Vida parte 01_mpeg2video_0…

Diferença entre aterro sanitário e lixão:

O que é Aterro sanitário

Prejuízos causados por aterros sanitários não controlados:

OS PREJUÍZOS CAUSADOS PELOS ATERROS SANITÁRIOS


OS PREJUÍZOS CAUSADOS PELOS ATERROS SANITÁRIOS

Sites

Caso Aterro Mantovani:

ACESSE
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Referências

BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. 2.ed. São Paulo:


Pearson, 2005. (e-book)

 DERISIO, J. C. Introdução ao controle de poluição ambiental.  4. ed.


São Paulo: O cina de Textos, 2013. (e-book)

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