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Material Teórico
Objetivo da Unidade:
Como recurso natural, o solo ganha cada vez mais destaque nos debates nacionais e
internacionais quando o tema é sustentabilidade. Portanto, embora seja renovável, o solo pode
passar a não ser em função do desgaste constante, devido ao seu uso intensivo, que muitas
vezes não respeita suas limitações individuais.
Areia
A areia é formada a partir de pequenos pedaços de rochas ou minerais acumulados como:
muscovita, turmatita, feldspato, mica e magnetita. Entretanto, o mineral predominante é o
quartzo. Seu diâmetro varia entre 0,05 mm a 2,0 mm e, portanto, é a areia que dá a sensação
de aspereza (atrito) do solo.
Silte
O silte é uma partícula pequena, com diâmetro que varia de 0,05 mm a 0,002 mm. Por ser tão
pequena, a partícula de silte dá a sensação de sedosidade ao ser tocada. Sua composição
mineral é constituída por diversos materiais, entre eles: feldspato, piroxênio, an bólio, biotita.
Argila
Menor que o silte, a argila é uma partícula de solo tão pequena que não pode ser vista a olho
nu, uma vez que seu diâmetro é menor que 0,002 mm. Composta por minerais secundários
(ilita, montmorillonita e caulinita), a argila possui textura de plasticidade/ pegajosidade,
características que tornam o solo impermeável, di cultado a passagem da água para outras
camadas do solo.
Camadas do Solo
As camadas do solo, também chamadas de horizontes, são subdivisões do solo que, dentro de
uma determinada profundidade, compartilham as mesmas características. Essas semelhanças
devem ser tanto de constituição (minerais presentes e textura) quanto de respostas e
estímulos (como a cor, a consistência e outras mais). (Fonte: Classes de solos do Brasil,
FONTANA, Ademir; BALIEIRO, Fabiano de Carvalho (Embrapa Solos). PEREIRA, Marcos
Gervásio (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), 2019.).
CAMADAS SUPERFICIAIS:
A – Primeira camada horizontal do solo que contém minerais mais escuros e uma
concentração maior de húmus do que as camadas inferiores. É também conhecida como
“horizonte mineralógico” devido à presença de compostos minerais oriundos da rocha
mãe (R). Assim como a camada “O”, também apresenta uma boa quantidade de material
orgânico decomposto e, portanto, se caracteriza como solo humífero.
CAMADAS SUBSUPERICIAIS:
Com relação aos cuidados quanto a poluição do solo, esta questão ca associada ao contato da
água com o solo super cial e subsuper cial e preservação a qualidade das águas.
Fundação para edi cações, estradas, aterros sanitários e outros sistemas de disposição
de resíduos;
Elemento a ser extraído, por conter concentrações de minério e, portanto, ser utilizado
no segmento da construção e na manufatura de objetos diversos;
Cada um desses usos pode provocar poluição se forem submetidos à alteração das condições
naturais do solo e do meio ambiente. A construção civil, por exemplo, causa impacto alterando
as condições do solo pela urbanização. As atividades de mineração que, realizam a extração do
solo com as substâncias minerais, provocam alterações topográ cas. Já as atividades agrícolas
aplicam substâncias em defesa das plantações, mas que provocam alterações na qualidade do
solo, bem como removem a cobertura vegetal existente. Também existe a poluição natural do
solo, como por exemplo a erosão, na qual é causada pela ação das águas, do vento, da
declividade do terreno e do tipo de solo.
Neste contexto, podemos observar que as fontes de poluição do solo estão associadas aos
eventos da natureza ou às atividades humanas. As fontes associadas aos eventos da natureza
são, por exemplo, as catástrofes naturais como: terremotos, vendavais e inundações. Já as
fontes relacionadas à atividade humana, tem origem urbana, industrial e de serviço. Neste
caso se destacam a:
Atividades agropastoris;
Atividades extrativas;
Os resíduos sólidos podem ser agrupados em: domésticos, de serviços de saúde e industriais.
Resíduos domésticos:
Gerados pelas atividades urbanas, incluindo as atividades de escritório, comércio e
residências.
Você sabia?
De acordo com a avaliação regional, feita em conjunto pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), Organização
Panamericana da Saúde (OPS) e a Associação Interamericana de
Engenharia Sanitária e Ambiental (AIDIS), cada habitante no Brasil
gera 0,67 kg de Resíduos Sólidos Domiciliar (RSD) diariamente (acima
da média latino-americana, que é 0,63 kg/hab./dia).
Resíduos industriais:
Gerados principalmente pelas atividades industriais e podem apresentar diversas
características dependendo do material. Apresentam-se na forma líquida, sólida ou gasosa e
são classi cados de acordo com a sua periculosidade, podendo ser perigosos (Classe I) e não
perigosos (Classe II), segundo norma ABNT NBR 10004.
A norma Brasileira que classi ca os resíduos é a NBR 1004, publicada pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para os efeitos da norma, os resíduos são
classi cados em:
1. Resíduos classe I (ou Perigosos): São resíduos que apresentam periculosidade, ou seja,
resíduo que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, pode
apresentar risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças, riscos ao
meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. São exemplos: restos
de materiais cirúrgicos ou perfurocortantes (ex. agulhas), solventes, óleos e graxas,
combustíveis e materiais impregnados com estes produtos. A tabela do Anexo A da NBR
10004 apresenta a listagem destes resíduos.
CONSULTE:
ACESSE
2. Resíduos classe II (ou não perigosos): Neste caso, existem dois tipos de classi cação:
Resíduos classe II A (ou não inertes), que são todo aqueles que não se enquadram nas
classi cações de resíduos classe I ou classe II e que podem ser ou conter características
biodegradáveis (ex.: detergentes), normalmente in amáveis ou de material de combustão
(ex.: madeira) ou que podem ser solúveis em água (ex.: areia, Cal, sílica, sal).
Resíduos classe II B (ou inertes), são aqueles resíduos que não são solúveis em água,
nem in amáveis, não sofrem qualquer tipo de reação física ou química, nem afetam
negativamente outras substâncias que entrem em contato com esse tipo de resíduo. São
por exemplo: borrachas, ferro ou sucata ferrosa, entulhos da construção civil.
Já com relação às fontes de contaminação do solo provocadas pela atividade humana, estas
podem gerar passivos ambientais quando não há planejamento ambiental da atividade, seja ela
industrial ou comercial.
Emissões de aerossóis ou gases que se depositam sobre o solo após aplicação, como
pesticidas e agrotóxicos;
Outro caso conhecido de contaminação do solo pela falta de gestão e planejamento foi o
Aterro Mantovani, no município de Santo Antônio de Posse (SP), que recebe mais de 300 mil
toneladas de resíduos industriais, entre eles, lixo tóxico, de diversas empresas nacionais e
multinacionais. Até hoje, o passivo ambiental continua a causar impactos ambientais e sociais.
Vale a pena conhecer a síntese e o contexto deste caso nos sites a seguir:
ACESSE
ATERROS INDUSTRIAIS MANTOVANI E CETRIN:
ACESSE
A partir da publicação da PNRS foi possível notar um discreto efeito positivo com relação à
adequação dos processos de destinação de resíduos no Brasil. Veja baixo a imagem capturada
a partir do site da Agência do Senado:
Figura 2 – Disposição nal de RSU no Brasil
Fonte: abrelpe.org
Mas, para que um sistema de controle de Engenharia funcione bem, vai depender
principalmente da conscientização da população ou da fonte geradora. Técnicas de
minimização na geração de riscos, como redução na fonte, segregação, reciclagem de
produtos e até mesmo alteração do processo produtivos, vêm demostrando grande
importância na prevenção da poluição do solo, de modo ambientalmente vantajoso, tanto no
aspecto econômico, como social.
Outros métodos de Engenharia também são muito usados para tratar o resíduo e,
consequentemente, evitar que causem danos ao solo. Alguns métodos comuns utilizados pelas
indústrias e os setores de serviços são:
Compostagem
É um processo biológico, simples, no qual os microrganismos e animais invertebrados (ex.
minhocas) transformam o resíduo orgânico, como frutas, cascas de ovo, fezes de herbívoros,
restos de café, entre outros, em adubo.
Incineradores
É um método de tratamento que consiste em queimar o resíduo, eliminando a patogenicidade,
formando cinzas inertes e reduzindo o volume do resíduo. São usados fornos ou usinas
próprias que consomem combustíveis (ex.: carvão) para realizar a queima. Portanto, é um
processo que se dá com altas temperaturas associadas ao oxigênio em excesso.
Figura 5 – Sistemas de incineradores.
Fonte: Getty Images
Logística reversa
Este processo tem como objetivo fazer o retorno sustentável dos materiais já utilizados na
cadeia produtiva. Ou seja, aquele que produziu ou comercializou, responsabiliza-se pela
destinação, podendo receber o material novamente. Portanto, o procedimento ocorre por meio
de um conjunto de ações que visa reaproveitar os insumos e as matérias-primas, com o
intuído de evitar a contaminação do solo e assim, preservar o meio ambiente.
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