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RESPONSABILIDADE
SÓCIOAMBIENTAL EM SAÚDE
PAULO CRUZ
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CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SAÚDE (CONFORME RESOLUÇÕES CONAMA 358/2005 – RDC 306/2004)
GRUPO “E”
► PERFUROCORTANTES
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GRUPO E: RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
►INTRODUÇÃO
As exposições ocupacionais a Materiais Biológicos (MB)
potencialmente contaminados continuam representando um
sério risco aos Profissionais da Área da Saúde (PAS), no seu local
de trabalho. Apesar de muitos estudos desenvolvidos nesta área,
os acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos
correspondem às exposições mais freqüentemente relatadas.
Os ferimentos com agulhas e materiais perfurocortantes, em geral,
são considerados extremamente perigosos por serem
potencialmente capazes de transmitir mais de vinte tipos de
patógenos diferentes, sendo os vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV), da Hepatite B e da Hepatite C os agentes
infecciosos mais comumente envolvidos.
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GRUPO E: RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
→No Brasil, cerca de 120 mil toneladas de lixo urbano são geradas por dia,
sendo que 1% a 3% dessa quantidade é produzida nos estabelecimentos de
saúde.
►Desse total, entre 10% a 25% representam risco à saúde.
Com a destinação correta do resíduo é possível também reduzir a possibilidade
de contaminação do lixo comum. “O mau gerenciamento desses resíduos
pode trazer danos à saúde pública e ao meio ambiente. Cada órgão
fiscalizador tem um papel essencial definido e que precisa ser reforçado”.
As secretarias estaduais e municipais, em conjunto com os órgãos de limpeza
urbana, meio ambiente e a Comissão Nacional de Energia Nuclear-CNEN, vão
auxiliar na divulgação e na orientação dos procedimentos de controle, tornando-
se necessário, num primeiro momento, o esclarecimento a todos os trabalhadores
da instituição sobre o procedimento correto na ocorrência de acidentes
perfurocortantes, uma vez que apenas 55,91% desses acidentes tiveram o
procedimento correto.
►O objetivo da medida é evitar danos ao meio ambiente e prevenir
acidentes que atinjam profissionais que trabalham diretamente nos
processos de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação
desses resíduos. 4
GRUPO E: RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
→Avental Impermeável;
→Vestimentas especiais;
→Proteção para os pés;
→Cuba rim e Bandejas ;
→Caixas Coletoras.
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GRUPO E: RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
►SÃO DEVERES DO EMPREGADOR:
→Adoção e uso de medidas coletivas de proteção e
segurança;
→Adoção e uso de medidas individuais de segurança;
→Cumprir normas legais e regulamentares de
segurança e higiene do trabalho;
→Prestar ao empregado informações
pormenorizadas sobre os riscos da operação a
executar e do produto a manipular;
→Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
→O empregador é obrigado a fornecer o EPI aos
empregados gratuitamente adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento; 14
GRUPO E: RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
→Exigir seu uso;
→Fornecer ao trabalhador somente o aprovado
pelo órgão nacional competente em matéria
de segurança e saúde no trabalho;
→Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso
adequado a sua guarda e conservação;
→Substituir imediatamente, quando danificado
ou extraviado;
→Responsabilizar-se pela higienização e
manutenção periódica; e,
→Comunicar ao MTE qualquer irregularidade
observada.
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GRUPO E: RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
►SÃO DEVERES DO EMPREGADO:
→Usar, utilizando-o apenas para a finalidade
a que se destina;
→Responsabilizar-se pela guarda e
conservação do EPI;
→Comunicar ao empregador qualquer
alteração que o torne impróprio para uso; e,
→Cumprir as determinações do empregador
sobre o uso adequado.
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GRUPO E: RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
Podemos definir materiais perfurocortantes como
objetos e instrumentos contendo cantos, bordas,
pontos ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de
cortar ou perfurar.
Os resíduos perfurocortantes segundo as legislações
sanitárias e ambientais são compostos por:
►Lâminas de barbear, bisturis, agulhas, escalpes,
ampolas de vidro, vidrarias e outros assemelhados.
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GRUPO : RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
Devem ser descartados separadamente, no local de
sua geração, imediatamente após o uso.
Recipientes rígidos, sendo proibido o seu
reaproveitamento.
Identificação.
Tratamento.
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GRUPO : RESÍDUOS PERFUROCORTANTES
Esses resíduos devem ser descartados em recipientes de paredes
rígidas, com tampa e resistentes ao processo de esterilização e
identificados com o símbolo internacional de risco biológico.
Os recipientes têm capacidade que varia de 3 a 13 litros, são
confeccionados em material resistente (papelão couro),
especialmente desenvolvido para utilização em serviços de saúde e,
de preferência, possuir desconectador de agulhas.
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ACONDICIONAMENTO INADEQUADO
►ACONDICIONAMENTO INADEQUADO DE RSS
→Feito fora de recipientes adequados,
diretamente no chão e excessivamente
acumulado, local aberto, armazenamento dos
resíduos infectante, comum e perfurocortante
em um mesmo abrigo.
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IDENTIFICAÇÃO
►Consiste no conjunto de medidas que permite o
reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e
recipientes, fornecendo informações ao correto
manejo dos RSS.
►A identificação atende aos parâmetros
referenciados na norma NBR 7.500 da ABNT.
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TRANSPORTE INTERNO
►Translado dos resíduos dos pontos de geração
até local destinado ao armazenamento
temporário ou armazenamento externo com a
finalidade de apresentação para a coleta.
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ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO
►Guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando
agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o
deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à
apresentação para coleta externa.
►Não poderá ser feito armazenamento temporário com
disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a
conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.
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ARMAZENAMENTO EXTERNO
►Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a
realização da etapa de coleta, em ambiente exclusivo com
acesso facilitado para os veículos coletores.
►No armazenamento externo não é permitida a manutenção
dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali estacionados.
.
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COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS
Remoção dos Resíduos de Serviços
de Saúde-RSS, do abrigo de resíduos
(armazenamento externo), até a
unidade de tratamento ou disposição
final, utilizando-se técnicas que
garantam a preservação das condições
de acondicionamento e a integridade
dos trabalhadores, da população e do
meio ambiente, devendo estar de acordo
com as orientações dos órgãos de
limpeza urbana.
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COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS
MATERIAIS PERFUROCORTANTES E ESCARIFICANTES
Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no
local de sua geração, imediatamente após o uso ou necessidade de
descarte, em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e
vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos
parâmetros referenciados na norma NBR 13853/97 da ABNT, sendo
expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu
reaproveitamento.
As agulhas descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as
seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a
sua retirada manualmente.
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DISPOSIÇÃO FINAL DE
RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
►Consiste na disposição de resíduos no solo,
previamente preparado para recebê-los, obedecendo a
critérios técnicos de construção e operação, e com
licenciamento ambiental de acordo com a Resolução
CONAMA 237/97.
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NORMAS TÉCNICAS
►NBR 12.809: Manuseio de resíduos de saúde.
►NBR 12.810: Coleta de resíduos de serviços de saúde.
►NBR 12.808: Resíduos de serviços de saúde.
►NBR 13.853: Coletores para resíduos de serviços de saúde,
perfurantes ou cortantes. - Requisitos e métodos de ensaio.
►NBR 7500: Símbolos de risco e manuseio para o transporte e
armazenamento de materiais.
►NBR 8286: Emprego da sinalização nas unida-des de
transporte e de rótulos nas embala-gens de produtos perigosos.
►NBR 9190: Sacos plásticos para acondicionamento de lixo.
►NBR 10.004: Resíduos sólidos.
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LEGISLAÇÃO
►FEDERAL
►RESOLUÇÃO ANVISA 306 12/2004:
Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduo de
Serviços de Saúde (RSS).
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LICENCIAMENTO AMBIENTAL
►Ato administrativo previsto na
Resolução 237/97 CONAMA, tornou-se
um importante instrumento da política
ambiental pública.
→Exigibilidade necessária quando a
atividade econômica é efetiva e
Potencialmente Poluidora.
Poluidora
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CONCLUSÃO
As atividades ligadas ao setor de saúde são fundamentais
no contexto de todos os aglomerados humanos organizados.
No entanto, o comprometimento ambiental gerado pela
gestão inadequada de resíduos de serviços de saúde, é
reconhecido tanto pela comunidade científica como pelas
autoridades sanitárias e pela população em geral. Logo, a
contribuição de alternativas tecnológicas que viabilizem
menor impacto ambiental sobre os meios físico, biótico e
sócio-econômico que constituem o meio ambiente, é uma
necessidade urgente para a melhoria de qualidade de vida das
populações sem a perda de qualidade de vida no atendimento
prestado pelos serviços de saúde às populações.
O presente trabalho se insere neste contexto, buscando
trazer alternativas viáveis para a gestão dos resíduos dos
serviços de saúde.
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“Não há serviço tão importante,
nem trabalho tão urgente que
não possa ser feito com
segurança.”
FIM 34