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EA-008-POLUIÇÃO DO SOLO

A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA

Justiça condena
empresas por
poluição do solo –
Poluição do solo Paraná On line 2009
pode contaminar
alimentos, afirmam
cientistas - Folha de
São Paulo 2002

Governo inicia
Lavoura de Soja é Programa de Combate
responsável por a poluição do solo nas
contaminação das áreas de recarga do
águas em aquífero Guarani– Gazeta
Matogrosso do Sul - de Ribeirão Preto- 2009
Folha de São Paulo 2007
EA-008-POLUIÇÃO DO SOLO
A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA
Pop.(bilhões) Evolução da População Mundial
12

 Aumento da População Mundial 10


8
6
4
“CURVA J “ 2
0
1750 1800 1850 1900 1950 2000 2050 2100

 Intensificação das Atividades Humanas, sobretudo após a revolução


industrial
 Limite da capacidade de depuração do solo e da água
 Possibilidade de contaminação dos Recursos Hídricos
 Aumento da atividade agrícola e da agricultura de larga escala
 Aumento da diversidade das substâncias químicas sem que o
homem saiba lidar diretamente com elas.
EA-008-POLUIÇÃO DO SOLO
A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA
São conhecidas mais de 7 milhões de substâncias químicas
A cada ano cerca de 1.000 novos produtos são lançados no mercado
150 mil deles são vendidos em taxas superiores a 50 mil t/ano
Cerca de 66 mil produtos químicos são comercializados hoje somente
nos EUA
Cerca de 45 mil substâncias são comercializadas internacionalmente
Muitas são resistentes a biodegradação, estáveis e entram na cadeia
alimentar
Muitas podem ser mutagênicos, cancerígenos ou teratogênicos
Só existem dados ecotoxicológicos para aproximadamente
1.500 substâncias.
EA-008-POLUIÇÃO DO SOLO
A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA

Cada vez mais o solo é considerado um recurso limitado, e fundamental no


ecossistema mundial. Assim, o conceito de protegê-lo tem sido objeto de
intensas discussões e faz parte da agenda política dos países desenvolvidos.

A poluição do solo é um assunto complexo, não só pelas muitas funções que


desempenha, mas também pelo seu reconhecimento como uma "commodity"
econômica, isto é, possui um valor econômico intrínseco.

Vem daí, a necessidade de aprendermos a lidar de uma maneira mais


científica com o solo e conhecer seus limites e potencialidades como
elemento depurador dos rejeitos humanos.
EA-008-POLUIÇÃO DO SOLO
A EMENTA
1-CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
• Conceitos Iniciais de Solo (Usos, Processos de Formação,
Horizontes, forma e Cor)
• Formação de Solos-Fatores:(material de origem, tempo,
relevo, clima e organismos).
• Formação de Solos-Mecanismos: adição, perdas,
transformação e translocação.
• Conceitos Gerais de Classificação e Mapeamento
• Principais classes de solos no Brasil

2- ACIDEZ, FERTILIDADE E SALINIDADE DO SOLO


• Conceitos de acidez do solo e sua correção
•Conceito geral de fertilidade do solo e adubação
• Conceito Geral de Salinização do Solo
• Correção da Salinidade
EA-008-POLUIÇÃO DO SOLO
3- EROSÃO E CONSERVAÇÃO DO SOLO
• Mecanismos e fatores que afetam a erosão hídrica
e a erosão eólica
• Impactos ambientais e econômicos da erosão do
solo
• Práticas de controle da erosão
4- CONSTITUIÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DO SOLO
• Fases sólidas no solo (Minerais Primários e Secundários,
Matéria Orgânica,Textura e Estrutura)
• Ar do solo
• Solução do solo
5-DINÂMICA DAS INTERAÇÕES NO SOLO
• Solo-água
• Solo-contaminante
EA-008-POLUIÇÃO DO SOLO

5 -CONCEITOS DE POLUIÇÃO DO SOLO


• Conceitos de Contaminação e Poluição
• Fontes de contaminação
• O solo como meio de inativação e ou transformação
de poluentes
• Biodegradação de princípios ativos poluentes
• Biorremediação de solos contaminados
• Sistemas de controle de poluição do solo
SOLOS – CONCEITOS INICIAIS
CONCEITOS DO SOLO SEGUNDO SEUS USOS
• Para a Agricultura : Substrato e suporte para a produção
Agrícola);
• Para a Eng. Civil: Suporte de cargas para a construção
civil);
• Para a Eng. de Minas : Jazidas minerais de interesse
humano;
• Para a Economia : Área física capaz de produzir riquezas;
• Para a Arqueologia : Substrato de preservação de fósseis
de interesse e,
• Para a Ecologia : Componente da biosfera onde ocorre a
produção e decomposição da matéria (trocas energéticas).

Para a Ecologia mais especificamente interessa o solo


como agente depurador da poluição humana.
SOLOS – CONCEITOS INICIAIS
CONCEITOS DO SOLO SEGUNDO SEUS USOS
• Para a Agricultura : Substrato e suporte para a produção
Agrícola);
• Para a Eng. Civil: Suporte de cargas para a construção
civil);
• Para a Eng. de Minas : Jazidas minerais de interesse
humano;
• Para a Economia : Área física capaz de produzir riquezas;
• Para a Arqueologia : Substrato de preservação de fósseis
de interesse e,
• Para a Ecologia : Componente da biosfera onde ocorre a
produção e decomposição da matéria (trocas energéticas).

Para a Ecologia mais especificamente interessa o solo


como agente depurador da poluição humana.
SOLOS – CONCEITOS INICIAIS

Conceito Geral de Solo : Solo é a porção da


superfície da terra, terreno, chão, parte inconsolidada do
manto de intemperismo que contém matéria orgânica,
água, ar e organismos vivos, que possibilita o
desenvolvimento das plantas.
Os solos são produtos da interação rocha/relevo/clima e
desta forma sintetizam as principais características
destes elementos.
SOLOS CONCEITOS INICIAIS
Conceito de Solo para a Engenharia e Geologia :
Para estas ciências o solo é usado como sinônimo de
regolito, na medida que abrange todo o material
inconsolidado que capeia as rochas.
O regolito é o conjunto do material superficial, originado
das rochas e dos depósitos inconsolidados, que foi afetado
pelo intemperismo químico e físico.
Abaixo do regolito estão os materiais rochosos que não
foram afetados pelo intemperismo (rocha sã).
O regolito pode ainda ser dividido em duas camadas. A
inferior, onde se encontra a rocha mais ou menos alterada
(saprolito), e a camada superior já modificada química e
fisicamente por processos pedogenéticos, e que é o solo
propriamente dito.
SOLOS CONCEITOS INICIAIS
Conceito de Solo para as Demais Ciências :
Para a Agronomia, Edafologia e Ecologia o solo interessa
mais do ponto de vista de sua capacidade de sustentar
vida, principalmente a vida vegetal . Para estas ciências o
solo não abrange apenas duas camadas sendo a inferior
denominada de saprolito, sendo melhor definido como o
material mineral ou orgânico, inconsolidado, que recobre
a superfície do planeta e serve como o meio natural para
o crescimento das plantas terrestres.
Entre o solo e o material de onde ele é derivado, existem
diferenças marcantes do ponto de vista físico, químico,
biológico e morfológico.
SOLOS – CONCEITOS INICIAIS
CIÊNCIAS QUE ESTUDAM O SOLO :

Geologia: Do grego γη- (ge-, "a terra") e λογος (logos ,


"palavra", "razão“ ,“estudo”), é a ciência que estuda a Terra,
sua composição, estrutura, propriedades físicas, história e os
processos que lhe dão forma.

Pedologia: P edon do grego, significa solo e logos “ estudo”. Esta


é a ciência que estuda a formação do solo, e foi iniciada na
Rússia por Dokuchaiev no ano de 1880. A Pedologia estuda a
camada viva que recobre a superfície da terra, em evolução
permanente, por meio da alteração das rochas e de processos
pedogenéticos comandados por agentes físicos, biológicos e
químicos.
SOLOS – CONCEITOS INICIAIS
CIÊNCIAS QUE ESTUDAM O SOLO :
Edafologia : (do grego “edaphos” que significa solo ou terra) é o estudo do
solo, do ponto de vista dos vegetais superiores. O Edafologista é um
profissional mais prático pois considera as diversas propriedades do solo,
sempre as relacionando com a produção vegetal e animal, visa a produção de
alimentos e de fibras, mas ao mesmo tempo precisa ser um cientista para
estabelecer as razões da variação da produtividade dos solos, e descobrir os
meios para manter e melhorar essa produtividade.

Há estudos como o das características básicas dos solos sob o ponto de vista
físico, químico e biológico que contribuem tanto para a Edafologia como para a
Pedologia.
SOLOS – CONCEITOS INICIAIS
DIFERENÇAS ENTRE PEDOLOGIA E EDAFOLOGIA
A Pedologia e a Edafologia são dois conceitos básicos que evoluíram
durante os estudos sobre solos.

A Pedologia considera solo como um corpo natural, como um produto


sintetizado da natureza e submetido a ação de intemperismos . O
Pedólogo considera solo simplesmente como um corpo natural dando
pouca ênfase à sua imediata utilização prática. Suas descobertas podem
ser úteis aos engenheiro, agricultor, geólogo, edafologista ou outro
profissional.

A Edafologia imagina o solo como viveiro natural para os vegetais e


justifica seu estudo com esta premissa. Seu infoque do estudo do solos
interessa aos profissionais de Ciências Agrárias .
FORMAÇÃO DOS SOLOS
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Unidades Formadoras da Crosta Terrestre:
Minerais : Minerais são elementos, ou compostos químicos, com
composição definida, cristalizados e formados naturalmente por meio
de processos geológicos inorgânicos. Exemplo : magnetite (Fe3O4)

Rochas : Material consolidado, resultante da união natural de


minerais, cujos grãos constituintes são bem unidos.

Dependendo do processo de formação, a força de ligação do grão


varia, resultando em rochas “duras” e rochas “brandas” .

As rochas brandas são de origem sedimentar enquanto que as rochas


duras são ígneas ou magmáticas.
Em linhas gerais podemos classificar as rochas como : Ígneas ou
Magmáticas, Sedimentares e Metamórficas.
FORMAÇÃO DOS SOLOS
CLASSIFICAÇÃO GENÉTICAS SIMPLIFICADA DAS ROCHAS

Rochas Ígneas
Rochas ígneas ou Intrusivas
Magmáticas
Rochas Ígneas
Extrusivas

Clásticas
Rochas Rochas
Sedimentares
Orgânicas

Químicas

Rochas Foliadas
Metamórficas

Não Foliadas
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Classificação Genética das Rochas:

Rochas Ígneas ou Magmáticas : São rochas resultantes da consolidação


do magma. Estas rochas podem ainda ser classificadas como :

Ígnea Intrusiva : São oriundas do resfriamento no interior do globo


terrestre em grandes profundidades. Apresentam minerais bem desenvolvidos,
visíveis e textura de granulação grossa. Exemplo: Granito.
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Classificação Genética das Rochas:

Ígnea Extrusiva : São oriundas do resfriamento do Magma na superfície.

Apresentam minerais pouco desenvolvidos, textura de granulação fina.


Exemplo : Basalto.
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Classificação Genética das Rochas:

Rochas Sedimentares : São formadas através da sedimentação,


compactação e/ou cimentação de fragmentos produzidos pela ação de
agentes intempéricos e pedogênicos sobre rochas pré-existentes. Esses
fragmentos são transportados pela ação dos ventos, das águas que escoam
pela superfície, ou pelo gelo, do ponto de origem até o ponto de deposição.

Para que se forme uma rocha sedimentar é necessário que exista uma rocha
anterior, que pode ser ígnea, metamórfica ou sedimentar.

As rochas sedimentares podem ser divididas em três tipos: clásticas,


orgânicas e químicas.
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Classificação Genética das Rochas:

Rochas Sedimentares Clásticas : Também chamadas de rochas


sedimentares detríticas, são formadas por detritos de outras rochas antigas.
Como exemplo de rocha clástica, existe o Arenito, Tilito, etc

Arenito
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Classificação Genética das Rochas:

Rochas Sedimentares Orgânicas : As rochas sedimentares orgânicas são


formadas por restos de animais e vegetais mortos, que vão se acumulando
em alguns locais, e através de grande pressão e temperatura, dão origem a
rochas e minerais como calcário, carvão mineral, petróleo, etc.

Calcário
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Classificação Genética das Rochas:

Rochas Sedimentares Químicas : As rochas sedimentares Químicas são


formadas quando o líquido (água) onde os sedimentos de rocha estão
dispersos, se torna saturado. As rochas químicas em geral formam cristais. Ex:
calcita, aragonita, dolomita, estalactites e estalagmites.

Estalagmite
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Classificação Genética das Rochas:

Rochas Metamorficas : As rochas metamorficas são rochas que sofreram


alterações na sua estrutura em decorrência de altas pressões e temperaturas.
São resultante da transformação de uma rocha pre-existente no estado sólido.

O processo geológico de transformação se dá por


aumento de pressão e/ou temperatura sobre uma rocha
existente, sem que o ponto de fusão de seus minerais
seja atingido. Exemplos de rochas metamorficas são o
mármore, quartzito (de onde é extraído o quartzo), etc.

Quartzo
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Qualquer que seja a acepção usada,o solo pode, grosso modo, ser
classificado em:
• Autóctone, quando se deriva de material situado imediatamente
abaixo.
• Transportado, quando passou por movimentação e transporte, de
forma que não guarda uma relação direta com o material, consolidado
ou não, que se encontra imediatamente abaixo.
Os solos transportados por movimentos de massa e por sedimentação
se enquadram neste tipo.
Em alguns casos várias camadas de solo podem ser empilhadas uma
sobre a outro, sendo as camadas mais inferiores consideradas como
paleosolo.
Estes refletem antigos ambientes de intemperismo, muitas vezes bem
diferentes dos atuais.
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
FORMAÇÃO DOS SOLOS
Intemperismo : O processo de formação de solos é chamado de
intemperismo, ou seja, fenômenos físicos, químicos e biológicos que agem
sobre a rocha e conduzem à formação de partículas não consolidadas.

Intemperismo físico: Promove a modificação das propriedades físicas das


rochas (morfologia, resistência, textura) através da desagregação ou separação
dos grãos minerais antes coesos, acarretando no aumento da superfície das
partículas, mas não modificando sua estrutura. Sua atuação é acentuada em
virtude de mudanças bruscas de temperatura.

Ciclos de aquecimento e resfriamento dão origem a tensões que conduzem a


formação de fissuras nas rochas assim desagregando-as. A mudança cíclica de
umidade também pode causar expansão e contração.
FORMAÇÃO DOS SOLOS

Intemperismo químico: ocorre quando estratos geológicos são


expostos a águas correntes providas de compostos que reagem
com os componentes minerais das rochas e alteram
significativamente sua constituição. Esse fenômeno é o
intemperismo químico, que provoca o acréscimo de hidrogênio
(hidratação), oxigênio (oxigenação) ou carbono e oxigênio
(carbonatação) em minerais que antes não continham nenhum
destes elementos.
Muitos minerais secundários formaram-se por esses processos.
Este tipo de intemperismo é mais comum em climas tropicais
úmidos.
FORMAÇÃO DOS SOLOS

Intemperismo biológico: é caracterizado por rochas que perdem alguns de


seus minerais essenciais para organismos vivos e plantas que crescem em sua
superfície.

Formação do Solo Pela Ação do Intemperismo : À medida que o


intemperismo vai atuando (tempo), a camada de detritos torna-se mais espessa e
se diferencia em subcamadas (horizontes do solo), que em conjunto formam o
perfil do solo.

O processo de diferenciação dos horizontes ocorre com incorporação de matéria


orgânica no seu interior. Partículas migram descendentemente, levadas pela
gravidade e até realizam movimentos ascendentes carregadas com a ascensão do
lençol freático. Ainda, deve ser considerada a atuação de plantas, cujas raízes
absorvem elementos em profundidade e estes são incorporados à superfície.
COMPOSIÇÃO DO SOLO
Em termos médios de ordem de grandeza, os componentes do solo
podem ser encontrados na seguinte proporção :
Elementos Minerais : Provenientes de rocha degradada – 45%

Água : Proveniente todos os tipos de precipitações – 25%

Minerais
5%
25%
45% Ar

25% Água
* O conteúdo de ar
Matéria e água dos poros
Orgânica pode variar.

Ar : Ar de superfície e gases de biodegradação de matéria orgânica como


Co2 e metano – 25%
Matéria Orgânica : Proveniente da queda de folhas , frutos, galhos e
ramos e restos de animais – 5 %
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
SOLO = ƒ(material de origem, relevo, clima,
organismos e tempo)

 material de origem: diversidade da matéria prima


 clima e seres vivos: fatores ativos (energia e
compostos)
 relevo: condicionamentos modificadores
 tempo: duração das ações

A gênese ou formação do solo explica porque um solo


difere do outro na cor , na espessura , na textura , na
capacidade de fornecer nutrientes s plantas , etc. formação
cor, espessura, textura, às plantas
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
MATERIAL DE ORIGEM :

Mineral ou orgânico: material geológico do qual o solo se


origina = fator de resistência à formação do mesmo (papel
passivo à ação do clima e organismos)
Influencia a maior ou menor velocidade com que o solo se
forma
Materiais derivados de rochas claras (ou ácidas, ígneas ou
metamórficas ) – solos quimicamente pobres (granitos,
gnaisses, xistos e quartzitos)
Materiais derivados de rochas ígneas escuras ou básicas
(basalto, diabásio, gabrose anfibólitos– solos quimicamente
ricos)
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
Rochas basálticas dão origem a solos de textura argilosa ou muito
argilosa enquanto que solos derivados de arenito são arenosos.
Materiais de origem ricos em quartzo, conferem ao solo cor clara.
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
O basalto que é uma rocha extrusiva tem uma rocha equivalente intrusiva
que é denominada de Gabro. Sendo que o basalto é muito mais comum se
devendo ao fato de que ambas as rochas são derivadas de magmas básicos,
ou seja, magmas fluidos que tendem a emergir, pois são menos densos que
as rochas da crusta.
Assim, é mais provável que o magma
atinja a superfície, arrefecendo
rapidamente e originando basalto, do
que a sua ascensão ser impedida (pela
ausência de fendas nas rochas que se
sobrepõem, p.e.), levando a um
arrefecimento mais gradual e à
posterior formação do Gabro.
Gabro
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
RELEVO :
As reações químicas do intemperismo ocorrem mais intensamente nos
compartimentos do relevo onde é possível boa infiltração da água, percolação por
tempo suficiente para a consumação das reações e drenagem para lixiviação dos
produtos solúveis.
Em condições de Precipitações iguais, porém, com acúmulo de água
diferenciado em função do relevo ocorrem solos diferenciados:

a) Maior Acúmulo de Água , menor intemperismo químico, maior acúmulo


de Matéria Orgânica na superfície (solo mais escuro na superfície ) e mais claro
(cinza) em profundidade

b) Boa Drenagem, maior intemperismo químico (oxidação=Perda de elétrons)


- cores mais avermelhadas.
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS

RELEVO :
a) Áreas mais declivosas: solos menos desenvolvidos e cores mais
avermelhadas claras
b) Áreas mais planas: solos mais desenvolvidos e cores avermelhadas
c) Áreas mais baixas, próximas a riachos , solos menos desenvolvidos e
mais acinzentados.

Na posição de cota mais baixa do relevo, a má drenagem provoca acúmulo


de água e, como conseqüência, ocorre o fenômeno de redução de ferro,
originando os solos gleisados (orgânicos).
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
TEMPO :
O tempo é o fator de formação que define o quanto a ação do clima e
dos organismos ocorreram sobre o material de origem, em um
determinado tipo de relevo.
Todas as propriedades morfológicas requerem tempo para se
manifestarem no perfil do solo.
O solo pode ser considerado maduro quando os horizontes já estão
bem desenvolvidos
O Tempo é um fator passivo: não adiciona, não exporta e nem gera
energia.
Os Solos mais velhos são solos mais desenvolvidos e mais profundos.

Calcula-se que cada centímetro do solo se forma num intervalo


de tempo de 100 a 400 anos!
Os solos usados na agricultura demoram entre 3000 a 12000
anos para tornarem-se produtivos.
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
CLIMA :
Isoladamente é o fator que mais influencia no intemperismo. Regula a natureza
(tipo) e a velocidade (intensidade) das reações químicas.
TEMPERATURA: condiciona a ação da água (acelera as reações químicas,
aumenta a evaporação –diminui a lixiviação de produtos).

Para cada 10 ºC de aumento da temperatura, aumenta-se em 2 a 3


vezes a velocidade das reações químicas.

Climas áridos ou muito frios= mais lenta a decomposição das rochas = fornecerão
materiais menos intemperizados.

Solos pouco espessos, com menos argila e mais minerais primários, que pouco ou
nada foram afetados pelo intemperismo, pH neutro ou alcalino, Menor quantidade
de MO e maior quantidade de cátions básicos trocáveis.

Quanto mais frio maior o acúmulo de MO.


FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS

Precipitação :
Quanto maior a disponibilidade de água (pluviosidade total) e mais
freqüente sua renovação (distribuição) –mais completas as reações químicas
do intemperismo químico.
Em regiões mais úmidas ocorrem solos mais desenvolvidos (profundos) que
regiões secas
A percolação hidrata os constituintes do solo e favorece remoção de cátions
Quando a lixiviação é interrompida os minerais tendem a ser preservados e
os solos evoluem pouco .
Com temperatura e pluviosidades mais altas prepondera o intemperismo
químico sobre o intemperismo físico.

Vento :
O vento causa a erosão eólica e o ressecamento da superfície do solo.
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
ORGANISMOS :
Os organismos compreendem a microflora, a microfauna, a macroflora, a
macrofauna e o homem.

Eles desempenham papel importante na diferenciação dos horizontes do solo,


pois a microflora (algas, fungos e bactérias, principalmente) e a microfauna
(especialmente os protozoários e nematóides) decompõem os restos vegetais e
animais e, em consequência, liberam o húmus, que é uma mistura complexa de
substâncias amorfas coloidais.
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
ORGANISMOS :
A decomposição de matéria orgânica pela ação dos microrganismos libera
gás carbônico (CO2) cuja concentração no solo pode ser até 100
vezes maior que na atmosfera. Isso diminui o pH das águas de
infiltração.

Alguns minerais, como alumínio, tornam-se solúveis somente em pH ácido,


isto é, necessitam desta condição para se desprender de sua rocha de
origem.

Outros produtos de metabolismo, como ácidos orgânicos secretados por


liquens, influenciam também os processos de intemperismo. Assim como
raízes que exercem força mecânica nas rochas que pode acarretar em sua
desagregação.
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
COR DO SOLO :
A Cor do solo é uma propriedade de fácil determinação e relaciona-se com
atributos físicos, químicos e mineralógicos, com alguns dos constituintes do
solo e condições climáticas. É um atributo empregado como critério
diagnóstico na classificação de solos.

A variação de cores é muito grande nos tons de marrom, podendo chegar até
preto, vermelho, amarelo, acinzentado. Essa variação irá depender do
material de origem como também de sua posição na paisagem, conteúdo de
matéria orgânica, e mineralogia, dentre outros fatores.

Por exemplo, quanto maior a quantidade de matéria orgânica, mais escura é a


cor do solo, o que pode indicar fertilidade ou apenas condições desfavoráveis
à decomposição da mesma. As cores com tonalidades avermelhadas ou
amareladas estão associadas aos diferentes tipos de óxidos de ferro existentes
no solo.
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
IMPORTÂNCIA DA COR DO SOLO :
A cor vermelha escura indica solos derivados de basalto e
diabásio- boa fertilidade e melhor comportamento agrícola
que outros a ele associados geograficamente .
Solos amarelados em geral são mais úmidos que os
avermelhados (mesma toposeqüência) - plantas sentem
menos nos períodos de seca.
Solos amarelados não se relaciona com nenhum
comportamento geotécnico.
Solos acinzentados indicam baixa capacidade de drenagem,
isto é, com excesso de água. Isto, porque os óxidos de ferro
(que dão coloração avermelhada ao solo) são lavados para o
lençol freático, o que torna o solo mais claro.
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
TEXTURA :
É o tamanho relativo das diferentes partículas que compõem o
solo, sendo que a prática de sua quantificação é chamada
granulometria.
As partículas menores que 2 mm de diâmetro (areia, silte e
argila), são as de maior importância, pois muitas das
propriedades físicas e químicas da porção mineral do solo
dependem das mesmas. Assim, usualmente se consideram
apenas as três frações menores para caracterizar a textura.
Para o estudo da textura geralmente são utilizadas peneiras
(para solos granulares) padronizadas, nas quais uma porção de
solo é separada nos diferentes tamanhos constituintes.
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
TEXTURA :

Peneira Utilizadas nos Ensaios Granulométricos


PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
TEXTURA :
Para a determinação textura temos as seguintes frações granulométricas do
solo segundo SBCS:

Diâmetro Médio
Fração
(mm)
Matacões > 200
Calhaus 200 - 20
Cascalho 20 - 2
Areia 2 - 0,0 5
Silte 0,05 - 0,002
Argila < 0,002
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
SUPERFÍCIE ESPECÍFICA
A superfície específica de um solo é definida como a área
por unidade de peso (m2/g). É inversamente proporcional
ao diâmetro das partículas, ou seja, quanto menor a
partícula do solo maior sua superfície específica por
unidade de peso, como se pode observar na Tabela.

Diâmetro das N. de partículas em Superfície das partículas


Particulas (cm) 1 cm3 de solo em 1 (cm2 )

1 1 1
0,5 8 8
0,06 4.096 4.096
0,001 1.000.000 1.000.000
SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DAS PARTICULAS
Quanto maior a superfície específica dos solos maior é a capacidade
dessa partícula reter íons (cátions ou ânions) por adsorção. Assim,
maior a chance de fertilidade natural.

10 cm

100 cm2

10 cm
100 cm2

100
cm2

Superfície Específica
Total = 600 cm2
5 cm

25 cm2

Superfície Específica
5 cm
Total =6 x 25 x 8 = 1.200 cm2
Quanto menor a partícula maior a sup. Específica !
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO

Praticamente, apenas as argilas ao lado da matéria


orgânica, são responsáveis pela superfície específica dos
solos. Esta importante propriedade física é diretamente
responsável pela adsorção de água e nutrientes no solo,
considerando-se que estes fenômenos são de superfície ou
de área de exposição, como mostra a Tabela.

Componentes da Argila Superfície Específica (m2/g)


Gibsita 1,0 a 100
Caulinita 5,0 a 10
Vermiculita 300 a 500
Montmorilonita 700 a 800
Matéria Orgânica 700
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
Classes Texturais segundo SCS do Departamento de Agricultura dos
EUA, empregado no Brasil:
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
Digrama triangular generalizado para determinação das cinco
principais classes texturais de solo segundo a EMBRAPA
TEXTURA DO SOLO

Triângulo textural

Exemplo:
660 g/kg de argila = 66%
300 g/kg de areia = 30%
40 g/kg de silte = 4%
TEXTURA DO SOLO
Silte = 4%
Triângulo textural
Classe Textural =
Argiloso
argila = 66%

areia = 30%
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
Impotância da Textura :

 Pode ser utilizado como índice do grau de intemperização do solo


Relação silte/argila:
 abaixo de 0,15 - Solo muito intemperizado
 Entre 0,7- 0,6- Separa Latossolos de Cambissolos
 Solos siltosos- tendência ao encrostamento

 Utilizada na detecção de gradiente textural entre horizontes


diagnóstico

 Influencia o manejo da fertilidade do solo

 Influencia no estabelecimento de práticas conservacionistas-


estimativa da permeabilidade e resistência à erosão
AS ARGILAS
O termo argila é usado no solo com três diferentes significados:
Para designar o separado mecânico na análise granulométrica de
partículas inferiores a 0,002 mm; designar a classe textural do solo,
conhecida como argila; designar a fração do solo constituída de
silicatos hidratados de alumínio, denominados argilo-minerais.
Numa classificação geral, as argilas podem se agrupar em
silicatadas, também chamadas minerais de argila ou argilo-minerais
e as formadas por óxidos hidratados de Fe e Al, principalmente.
As argilas silicatadas são classificadas em três diferentes grupos

a) Minerais do tipo 1:1 uma lâmina tetraédrica (Si) para uma outra
octaédrica (Al) Ex: caulinita;
b) Minerais do tipo 2:1, constituidas de duas 2 lâminas tetraédricas e
uma octaédrica; Ex: Montmorilonita (Expansível)
c) Minerais do tipo 2:1:1. Ex. Cloritas
AS ARGILAS
Argilas Expansíveis: o grupo esmectita, que inclui
montmorilonita, beidelita, nontronita e saponita, é
notável pela expansão no meio das camadas, o que
ocorre mediante distensão dos minerais quando
molhados, em que a água penetra no permeio das
camadas, forçando-as e apartando-as. A montmorilonita
é o membro predominante desse grupo de argilas. Os
cristais em forma de flocos desse mineral são compostos
de camadas do tipo 2:1.

Alguns solos no Nordeste ricos


em argila 2:1 quando muito
secos sofrem um grande
contração rachando como
mostra a foto.
AS ARGILAS
MORFOLOGIA DO SOLO

PERFIS e HORIZONTES

 Horizonte – O horizonte é uma seção de


constituição mineral ou orgânica, geralmente paralela
à superfície, que possui propriedades geradas por
processos formadores do solo.

 Perfil do Solo - O conjunto de horizontes e/ou


camadas que vão desde a superfície até a rocha é
denominado perfil do solo. Apresenta basicamente
quatro horizontes principais: O, A, E, B e C
(LEPSCH, 2002).
MORFOLOGIA DO SOLO
O perfil do solo pode variar de um local para outro devido aos fatores de
formação dos solos. Mas, apesar desta variações podem ser identificados 3
horizontes principais:

 Horizonte A – É o horizonte mais superficial, acumula matéria orgânica e


lixivia material para o horozonte inferior

 Horizonte B – intermediário, com pouca matéria orgânica originada do


horizonte A, acúmulo de material lixiviado

 Horizonte C – corresponde a rocha alterada, mantém a estrutura da rocha


original, alguns minerais ainda não sofreram intemperismo (saprolito), nenhuma
matéria orgânica.
Solos mais desenvolvidos podem ter outros horizontes como o horizonte O
(Orgânico) ou ainda o horizonte E ( Máxima remoção de Argila ou óxidos de
ferro)
HORIZONTES DO SOLO
Regosolo
EXEMPLOS DE HORIZONTES DO SOLO
EXEMPLOS DE HORIZONTES DO SOLO
EXEMPLOS DE HORIZONTES DO SOLO
EXEMPLOS DE HORIZONTES DO SOLO
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
A classificação dos solos permite entender os processos que levam um solo
a transformar-se em outro. Podem classificar-se os solos segundo uma
característica marcante, como a fertilidade o que permite propor ações
governamentais para a agricultura e assentamentos. Por outro lado, ao
subdividir o solo pelo seu baixo teor de argila, podem entender-se os
processos de lixiviação que podem estar destruindo aquele solo.
A taxonomia dos solos é baseada nas características de cada país ou região,
sendo, portanto, geralmente nacionais ou regionais.

A classificação brasileira de Solos, sempre em constante atualização, é


chamada de SiBCS (Sistema Brasileiro de Classificação). É desenvolvida
pela Embrapa, sendo a mais recente, publicada em 1999, com importante
atualização em 2005.
Nesta classificação, feita por profissionais do órgão e diversos voluntários
acadêmicos, há 6 níveis categóricos (Ordem, Subordem, Grande Grupo,
Subgrupo), sendo os níveis mais baixos (Família e Série) ainda discutidos.
TIPOS DE SOLOS
Segundo o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos, podemos
classificá-los em 14 ordens que são apresentadas a seguir :
 Neossolo - (neo = Nôvo), solo raso em estágio inicial de formação;
 Vertissolo – (vertere = inverter), solo com alta capacidade de
contração e expansão;
 Cambissolo – (cambiare = mudança), solo considerado jovem com
horizonte B em início de formação;
 Chernossolo – (cherno = cor preta), solo caracterizado por
apresentar alta fertilidade, horizonte A rico em matéria orgânica e em
bases.
 Luvissolo – (luvi = saturado), solo com grande capacidade de
retenção de nutrientes e de alta fertilidade.
 Alissolo - (ali = alumínio), solo com grande capacidade de retenção de
cátions, porém de baixa fertilidade e altos teores de alumínio tóxico para as
plantas. (saiu)
 Argissolo ou Podzólicos – (argila)- São solos profundos e menos
intemperizados do que os Latossolos podendo apresentar maior fertilidade
natural e potencial.
TIPOS DE SOLOS
Nitossolo - (nítido), solo caracterizado pela presença de um horizonte B
exibindo superfícies brilhantes.
 Latossolo – (later = tijolo),solo utilizado na fabricação de tijolos na
Índia), solo profundo bastante intemperizado, geralmente de baixa
fertilidade.
Espodossolo – (spodo = cinza), solo muito arenoso com acúmulo de
matéria orgânica e/ ou ferro em profundidade (horizonte B) transportado
dos horizontes superiores.
Planossolo – (relevo plano), solo mal drenado e com horizonte B
adensado.
Plintossolo – (derivado da plintita), solo hidromórfico (excesso de
água), apresentando segregação de ferro em subsuperfície, constituindo
manchas de cores variadas, chamadas de plintita.
Gleissolo – (glei = cor cinzenta), solo que apresenta horizonte A
escuro sobre um horizontes B cor preferencialmente acinzentada formado
em condições hidromórficas (excesso de água).
Organossolo – (organo = orgânico), solo que possui elevado conteúdo
de material orgânico.
TIPOS DE SOLOS
DISTRIBUIÇÃO DOS TIPOS DE SOLOS NO BRASIL

Tipo de Solo Área Ocupada Área Ocupada por Região (%)


(Ordem)
(Km2) (%) N NE CO SE S
Alissolos 371.874,48 4,35% 8,67 0,00 0,00 0,00 6,34
Argissolos 1.713.853,49 20,05% 24,40 17,20 13,77 20,68 14,77
Cambissolos 232.139,19 2,72% 1,06 2,09 1,59 8,64 9,28
Chernossolos 42.363,93 0,50% 0,00 1,05 0,27 0,21 3,94
Espodossolos 133.204,88 1,56% 3,12 0,39 0,26 0,37 0,00
Gleissolos 311.445,26 3,64% 6,41 0,78 2,85 0,50 0,40
Latossolos 3.317.590,34 38,81% 33,86 31,01 52,81 56,30 24,96
Luvissolos 225.594,90 2,64% 2,75 7,60 0,00 0,00 0,00
Neossolos 1.246.898,89 14,59% 8,49 27,55 16,36 9,38 23,23
Nitossolos 119.731,33 1,40% 0,28 0,05 1,22 2,56 11,48
Planossolos 155.152,13 1,82% 0,16 6,61 1,73 0,16 3,00
Plintossolos 508.539,37 5,95% 7,60 4,68 8,78 0,00 0,00
Vertissolos 169.015,27 1,98% 3,20 0,99 0,36 1,20 2,60
Total 8.547.403,46 100,00% 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Fonte : SNLCS-EMBRAPA
EXEMPLOS DE PERFIS DO SOLO

Podzolico Vermelho Escuro


Latossolo Roxo
EXEMPLOS DE PERFIS DO SOLO

Podzolico Vermelho Amarelo Glei


EXEMPLOS DE PERFIS DO SOLO

Neossolo
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
Relações Massa / Volume no Solo
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
Expressões do Teor de Umidade no Solo
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
ms p.s.s
Densidade aparente
Da = Ou Da =
onde:
vt vt
Da - Densidade aparente (g/cm3)
ms - massa do solo seco (g)
Vt - Volume total do solo (cm3)
p.s.s. - peso do solo seco (g)

A densidade aparente é afetada pela estrutura, grau de


compactação do solo, etc. Seu valor varia normalmente
entre 1,1 e 1,6 g/cm3, podendo, no entanto, chegar a
0,7 g/cm3 em solos orgânicos e 1,8 g/cm3 em solos
altamente compactados.
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
ms p.s.s
Densidade Real
Dr = Ou Ds =
vs vs
onde:
Dr - Densidade real (g/cm3)
ms - massa do solo seco (g)
Vs - Volume dos sólidos (cm3)
p.s.s. - peso do solo seco (g)

O valor da densidade real varia em torno de 2,5 a 2,7


g/cm3, sendo comum usar-se 2,65 g/cm3 como média,
quando a densidade real não é medida em laboratório.
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
Expressões do Teor de Umidade no Solo
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
POROSIDADE :
Refere-se à porção de espaços ocupados pelos líquidos e gases em relação ao
espaço ocupado pela massa de solo (relação entre volume de vazios e volume
total de uma amostra de solo).
A porosidade está diretamente relacionada com a circulação de água no solo,
isto é, as redes de poros podem estar conectadas permitindo a circulação de
água, ou podem estar também isolados, o que permite que a água fique em
seu interior, mas não circule.
Os poros ajudam a penetração de água e sua permeabilidade, que, por sua
vez, transporta material para dentro do solo, dos horizonte mais superficiais
para os mais profundos. Os poros classificam-se em micro, meso e macro
porosidade, sendo que esta variação deve-se à forma e ao imbricamento dos
grãos (como estes se encaixam).
Macroporos - geralmente maiores de 0,075mm. Esses poros perdem sua
água após 48h de secagem natural e são os que mais determinam a
permeabilidade e aeração do solo.
 Mesoporos - intermediário entre macroporos e microporos
 Microporos - menores que 0,030mm, responsáveis pela retenção de água
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
POROSIDADE :
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
POROSIDADE :
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
PERMEABILIDADE :
É a maior ou menor facilidade com que a percolação da água ocorre através
de um solo. A permeabilidade é influenciada pelo tamanho e arranjo das
partículas, e pela sua porosidade. Ainda, deve-se ressaltar a importância da
viscosidade e temperatura da água.
Diante do exposto, é possível considerar que o solo é um material poroso,
composto pelas fases sólida, líquida e gasosa, e que se origina pela
intemperização física e química das rochas situadas em determinado relevo e
sujeitas à ação do clima e dos organismos vivos.

Quanto maior a porosidade total maior é a permeabildade.

Solos com pouca permeabilidade -> Possíveis Problemas de Drenagem.


PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
CONSISTÊNCIA DO SOLO:
A consistência está relacionada com a influência que as forças de coesão e de
adesão exercem sobre os constituintes do solo, de acordo com suas variáveis
estados de umidade. A força de coesão se refere à atração entre partículas
sólidas, entretanto, a força de adesão está relacionada à atração entre as
partículas sólidas e as moléculas de água. Assim, um solo pode ser muito duro
quando está seco, e pegajoso quando está molhado.
Os Limites de Consistência ou Limites de Atterberg são parâmetros importantes
na caracterização do comportamento dos solos de comportamento plástico.
Solos de comportamento plástico são solos finos, onde predominam as forças de
atração elétrica entre as partículas sobre as forças gravitacionais. A característica
de plasticidade confere ao solo a propriedade de ser moldado, ou seja, mudar de
forma sem sofrer ruptura e sem variar de volume.
Os Limites de Atterberg definem faixas de teores de umidade dentro das quais os
solos finos apresentam essa propriedade.
São obtidos a partir de ensaios de laboratório normalizados pelas normas NBR-
6459/ABNT e NBR-7180/ABNT).
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
ESTRUTURA DO SOLO :
O solo é composto por partículas de Areia e Silte que se mantém unidas pela
ação da Argila e Matéria orgânica, formando agregados estáveis.

A organização das partículas e agregados é conhecida como estrutura do


solo.

A estrutura do solo consiste na disposição geométrica das partículas primárias


e secundárias mantidas por agentes cimentantes. O ferro, a sílica e a matéria
orgânica são os principais agentes cimentantes.

A textura e a estrutura do solo influenciam na quantidade de ar e de água


que as plantas em crescimento podem obter.
PROPRIEDADES FÍSICAS DO SOLO
Tipos de Estruturas do Solo :
Solos Granulares (Areias) : Siltes :

Argilas : Apresentam partículas carregadas negativamente com cátions adsorvidos

Estrutura Dispersa Campo Repulsivo

Estrutura Floculada Campo Atrativo


ÁGUA DO SOLO
A maneira mais comum de se expressar o teor de água no solo, é pela lâmina
de água por profundidade do solo.
Esta maneira de se expressar o teor de umidade é muito útil, porque se torna
compatível com o modo de se exprimir a quantidade de água usada em
vários fenômenos. Por exemplo: a água que se precipita pela chuva ou pela
irrigação é medida em termos de lâmina (cm ou mm).
A água perdida do solo e da planta por evaporação e transpiração é expressa
em lâmina por unidade de tempo (mm/dia, cm/mês, cm/ano, etc.).
Para se obter a lâmina de água existente no solo, usamos a expressão:
ÁGUA DO SOLO
Não esquecer que 1 mm de lâmina corresponde a 1,0 l/ m2.

1,0 m

1,0 m 1,0 mm

1,0 mm= 1L/m2


ÁGUA DO SOLO
Na maior parte das vezes, os solos se apresentam com camadas
e/ou horizontes que possuem propriedades físicas diferentes; desse
modo o cálculo da lâmina de água total, é dado pela soma das
lâminas individuais.
Por exemplo: um solo tem as seguintes propriedades, resultantes de
uma amostragem:

Qual será a lâmina total armazenada no perfil, de 0 a


120 cm?
ÁGUA DO SOLO
ÁGUA DO SOLO
Capacidade de campo (C.C.)
Diz-se que um solo está na capacidade de campo,
quando, depois de saturado (por chuva ou por irrigação) a
água drena livremente, consequentemente o teor de
umidade praticamente não varia com o tempo. A
capacidade de campo pode ser considerada então como a
quantidade máxima de água retida no solo pelo potencial
mátrico contra a força da gravidade. Em outras palavras,
é o limite superior de armazenamento de água no solo.
Nos solos, em geral, a capacidade de campo corresponde
a quantidade de água retida a valores de Ψm que variam
de - 0,01 MPa (solos arenosos) a - 0,033 MPa (solos
argilosos)
ÁGUA DO SOLO
Ponto de murcha permanente (PMP)
É o teor de umidade do solo no qual uma planta
murcha, não restabelecendo sua turgidez mesmo
quando colocada em atmosfera saturada. Comumente
assume-se que esta umidade do solo corresponde a
um potencial mátrico de – 1,50 MPa.
Isto significa que quando o solo atinge esse valor de
Ψm, a água está retida com tanta energia, que as
plantas murcham irreversivelmente. O ponto de
murcha é considerado o limite inferior de
armazenamento de água pelo solo.
ÁGUA DO SOLO

Água disponível
O teor de água disponível para as plantas é
comumente tomado como a diferença entre a
capacidade de campo e o ponto de murcha
permanente.

Ad = C.C - PMP
Neste caso os teores de umidade, tanto para
capacidade de campo como para o ponto de murcha
permanente, podem ser tomados a base de massa,
volume ou mesmo em forma de lâmina.
ÁGUA DO SOLO
ÁGUA DO SOLO

De um modo geral, as culturas não suportam teores de


umidade próximo ao ponto de murcha, sem que haja uma
perda substancial da produtividade. É aconselhável, para
um bom manejo da água, se irrigar, muito antes que o
potencial mátrico da água do solo atinja níveis de –1,50
MPa. A pesquisa agrícola tem acumulado dados para
diversas culturas indicando quando se deve proceder a
irrigação. Geralmente esse dado está difundido em termos
de percentagem de água disponível e gira em torno de
50% da lâmina disponível, o que corresponde a água útil
utilizada mais facilmente pelas plantas.
ÁGUA DO SOLO

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