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GEOLOGIA DE MINAS E
TÉCNICAS DE LAVRA A CÉU ABERTO
MÓDULO II:
LAVRA
PLANEJAMENTO
DE LAVRA A CÉU ABERTO
PEGEO
2019
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
DEZEMBRO 2019
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1 - INTRODUÇÃO
Por definição, Planejamento é uma ordenação das ações a serem desenvolvidas por
determinada organização no decorrer do tempo e dos recursos necessários para realizar estas
ações ( Rocha e Chrstensen, 1987 ).
O planejamento é o processo de estabelecer premissas sobre eventos que poderão
influenciar a empresa, fixar objetivos realísticos e definir estratégias ou cursos de ação que
levam a atingir aqueles objetivos.
2 – PLANEJAMENTO MINEIRO
A lavra de uma mina geralmente é feita em diversas frentes, de modo que realizando a
blendagem dos minérios retirados das frentes, seja possível fornecer, para a usina de
beneficiamento, um minério que esteja de acordo com as especificações de qualidade
necessárias. Desse modo, precisa-se conhecer qual o ritmo de lavra a ser implementado em
cada frente, para atender as especificações quantitativas e qualitativas da usina. Entende-se
por ritmo de lavra a produção horária da frente (t/h).
• Com quais frentes deve-se trabalhar para atender as especificações de qualidade da usina de
beneficiamento de minério?
• Com a frota de equipamentos disponíveis, será possível atender um ritmo de lavra que
possibilite o atendimento das especificações da usina?
• A partir de uma determinada frota de equipamentos e das especificações impostas pela
usina, qual é a máxima produção que pode ser obtida? E qual é o ritmo de lavra de cada
frente?
O atendimento às metas de produção é importante, pois uma produção superior à
requerida pode causar problemas como a falta de espaço adequado em estoque e custos
adicionais de manuseio, já uma produção inferior causa uma redução na taxa de utilização dos
equipamentos da mina e da usina de beneficiamento, além de multas contratuais pelo não
fornecimento do produto.
Outro aspecto de grande importância relacionado ao atendimento às metas, agora
considerando as especificações de qualidade da mistura, está ligado, no caso da usina de
beneficiamento, ao controle das flutuações que devem ser mínimas, tornando o processamento
mais eficiente, ou, ainda, previamente determinadas para que sejam tomadas as devidas
providências de ajuste na usina de beneficiamento.
Três outras questões relacionadas à realidade das operações em minas a céu aberto
são: relação estéril/minério e visa a prevenir que somente minério seja lavrado, possibilitando
a liberação de novas frentes de minério ou a implantação de obras necessárias para viabilizar
as operações na mina. A segunda diz respeito à alocação de equipamentos de carga. A
alocação de um equipamento de carga deve ser realizada de modo a utilizar ao máximo sua
capacidade de produção, pois ela limita o ritmo de lavra da frente onde está alocada e deve,
ainda, considerar a compatibilidade com os equipamentos de transporte. A terceira questão
está relacionada ao sistema de alocação de equipamentos de transporte.
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2.1.1. Blendagem de Minérios
Entretanto tais metas podem não ser alcançadas. Assim, para que o produto seja aceito,
os parâmetros de qualidade devem ter valores pertencentes a um intervalo especificado pelo
cliente. Vale lembrar que o termo "blendagem de minérios" diz respeito à determinação dessa
proporção e não deve ser confundido com "homogeneização de minério", processo no qual
pretende-se que todo o minério misturado possua as mesmas características.
Para viabilizar a lavra em diferentes frentes, uma mina conta com uma frota de
equipamentos de carga, os quais devem ser alocados de acordo com suas disponibilidades de
operação e produtividade. Essas questões definem que o ritmo de lavra de cada frente depende
do equipamento de carga a ela alocada.
3 - PLANO DE LAVRA
Nesta perspectiva o plano de lavra tem caráter dinâmico, e deverá ser revisto sempre
que se verifique:
Qualquer alteração nas condições de exploração, devido a um melhor
conhecimento das características do minério ou massa mineral e sua morfologia;
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Alteração ou evolução técnica no método de desmonte;
Variação das condições de ordem econômica que impliquem alteração de método
de desmonte e/ou da escala de produção.
Considerando que o plano de lavra deve ser adaptado à jazida e deve representar o
modo como esta vai ser desmontada e valorizada, sua elaboração deverá subordinar-se a uma
estrutura de apresentação dependente da natureza da substância útil e do método de extração.
Após ser definido o limite da cava final é preciso decidir a seqüência de extração tanto
do estéril, massa mineral ou do minério se o material for metálico. Este processo conduz
muitas vezes a um grande número de soluções, onde normalmente são utilizados algoritmos
computacionais baseados em critérios matemáticos para chegar a uma solução ótima.
Cada um desses grupos pode ser subdividido em duas situações possíveis, conforme
ilustra a Fig. 2. Assim, tanto uma diminuição no preço de venda do minério, quanto no
volume de produção, reflete-se na redução do lucro. A Fig. 2 indica quatro mecanismos
principais de elevação do lucro, e obviamente apresenta os caminhos possíveis, sempre com
um mínimo de três alternativas.
Tais mecanismos são logicamente aqueles que provocam um aumento no valor do lucro,
sendo que os cálculos são de natureza simples, exceto para a determinação do novo teor do
minério.
Para Noronha e Gripp (2000), o projeto de cava final de uma mina a céu aberto é um
elemento importante para alcançar a realização com sucesso do empreendimento no cenário
atual, altamente competitivo. Para a maximização do aproveitamento de recursos minerais
levando em consideração as características geológicas, tecnológicas, econômicas e ambientais
é necessário o conhecimento e a aplicação de algoritmos de otimização e critérios de seleção
para definição do projeto.
4. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO
Souza (2002) relaciona alguns erros graves na mineração (planejamento), capazes de produzir
sérios prejuízos ao empreendimento:
Locação de construções ou pilhas de estéril sobre áreas mineralizadas (Ex. Mina de Silver
Bell, cobre, no Arizona).
A Alocação errada de minério (à pilha de estéril) e de estéril (a planta metalúrgica) causa sérios
prejuízos econômicos além de reduzir substancialmente a vida da mina. Todas as minerações
deficientes nos procedimentos de pesquisa mineral, avaliação de reservas, amostragem e
planejamento mineiro incorrem neste tipo de erro o que é muito grave e traz imensos prejuízos ao
empreendedor e ao patrimônio mineral.
No modelo de Lane (op. cit.) cada estágio tem seus custos associados e capacidades
limites. A operação como um todo terá um custo fixo constante. Os três critérios mais
importantes para tomada de decisão econômica são:
O modelo geralmente acatado é aquele que maximiza o valor atual presente. Pois bem,
o modelo de Lane permite nos encontrar o teor de corte que leva o empreendedor ao lucro
máximo sob vários constrangimentos.
Ainda nessa década de 60 surgiu o modelo empírico de Taylor, bastante simples e por essa
razão, muito fácil de se aplicar, com:
v 6,5 4 R
onde:
v é a vida da mina em anos; R é a reserva em milhões de toneladas
(Taylor 1977) estudou diversos projetos com diversos tamanhos formulando a equação
abaixo:
Rule of thumb
Dessa maneira, chamamos de função benefício a função econômica de cada bloco, baseada no
seu teor. As equações (20) e (21) apresentam o cálculo da função benefício, que nada mais é do que o
cálculo do teor de corte no equilíbrio, ou seja quando o benefício é zero.
Esse estudo deve ser visto como o intermediário entre um estudo conceitual de baixo
custo e um estudo de viabilidade de alto custo.
Alguns desses estudos são realizados por duas ou três pessoas da empresa com acesso
a consultores de vários campos de conhecimento. Hustrolid (1989) lista e discute as
importantes seções que compõe um relatório intermediário de avaliação.
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1. Objetivo.
2. Conceitos Técnicos.
3. Conhecimento inicial.
4. Tonelagem e Teor.
5. Programação de Lavra e Produção.
6. Estimação de Custos de Investimento.
7. Estimação de custos operacionais.
8. Estimação de receita.
9. Impostos e Aspectos Financeiros.
10. Cash Flow.
1. A dimensão ( cumprimento, potência, altura ) das áreas a serem mineradas, dentro da área
total pesquisada;
2. Mergulho ou plunge de cada zona mineralizada, área ou camada, mostrando a máxima
profundidade a ser minerada;
3. Continuidade ou descontinuidade dentro de cada zona mineralizada;
4. Alargamento ou estreitamento da zona mineralizada;
5. O grau de mineralização da zona mineralizada, considerada economicamente minerável;
6. A relação econômica entre minério/estéril, incluindo-se esta relação, pode ser determinada
através de observação ou por amostragem com ferramentas especiais. Se este cut off serve
como uma parte natural resultara em pequena ou nenhuma diluição;
7. A distribuição dos vários minerais nocivos, que podem ser prejudicial ao processamento
mineral;
8. Se os minerais valiosos são compostos de partículas finas ou não e o material estéril;
9. A presença de zonas de alteração do minério ou encaixante.
1. profundidade do capeamento;
2. Descrição detalhada do capeamento incluindo: tipo de capeamento; características
estruturais da zona mineralizada, características em relação ao desenvolvimento proposto
para a mina; informações a respeito da presença de água, gás ou óleo que podem ser
encontrados;
3. A estrutura da rocha encaixante ( teto, piso, capa, lapa, etc.. ), incluindo: o tipo de rocha;
resistência aproximada ou resistência média; observação sobre qualquer estrutura de
fraqueza; zonas inerente à altos esforços; zonas de alteração; porosidade e permeabilidade;
presença de qualquer preenchimento de argila ou xisto interbandeado; o RQD das várias
zonas em torno da área mineralizada a ser minerada; a temperatura das zonas propostas
para serem lavrada e a natureza de acidez gerada pela rocha encaixante;
4. A estrutura do material mineralizado, incluindo todos os fatos do item 3 mais a tendência
do material em sofrer alterações após ser lavrado, isto é, oxidação, degeneração das
partículas finas, tornando-se fluído, etc.., dificultando o processamento mineral.
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C ) INFORMAÇÕES ECONÔMICAS
Estudo Descomis-
Estágios Estudo Estudo De Projeto e Comissiona- “Start Up” Operação
Conceitual Preliminar Construção mento sionamento
Viabilidade
A habilidade de influência nos custos do projeto diminuem ainda mais quando novas
decisões são tomadas durante o estágio de projeto na fase de implementação. No final desta
fase não existe, praticamente, mais oportunidades de influenciar nos custos futuros.
O planejamento estratégico não é uma profecia do futuro, mas sim o delineamento das
tarefas necessárias, para se moldar um futuro dentro de uma linha de ação bem definida,
conforme ilustra a Fig. 3.
A variação do período para a realizar o plano de curto prazo pode ser semanal, mensal
ou, no máximo, anual. Esse plano envolve a tarefa da melhor concretização dos serviços num
curto espaço de tempo, pelo fato de que as etapas envolvidas neste processo têm limites
físicos de capacidade.
O planejamento de curto prazo se preocupa, principalmente, com as restrições
operacionais. As variações que ocorrem na eficiência do sistema que resultam das mudanças
nas condições do terreno ou nas práticas de lavra e são extremamente importantes. Pelo fato
de que o desempenho de alguns equipamentos é determinado pelas condições do material,
acesso, tempo de carregamento e transporte, resistências de rolamento e de rampa, etc.
Outra estratégia trata da relação com o limite final da cava para maximizar o benefício,
tem sido amplamente utilizada pela indústria mineral, a princípio com algumas modificações,
como a determinação de um benefício mínimo para cada volume de material extraído.
Entretanto, a estratégia de lavrar um teor uniforme pode ser adotada para se obter uma
melhor recuperação no processamento mineral, aumentar a eficiência, além das considerações
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7. SEQUÊNCIAMENTO DE LAVRA
1. Diários
2. Semanais
3. Mensais
4. Trimestrais
5. Anuais
6. Trienais
7. Exaustão (LOM – Life of mine)
A vida útil de uma mina envolve uma seqüência e um senso de oportunidade relativo à
escolha do momento para tomada de decisão, a fim de obter o resultado máximo pela
movimentação de estéril e minério, e conseqüentemente, tem um efeito significativo no fluxo
de caixa da operação de mineração. Valente (2002), afirma que, a seqüência pode ser feita,
tanto a longo e médio como em curto prazo, com a manutenção das características dos
produtos (teores dos minérios, do concentrado, relação estéril/minério, etc.), dentro de limites
estritos e pré-especificados.
Determinar a política geral mais efetiva de operação da mina. Neste caso, os detalhes
devem necessariamente ser estudados rigorosamente.
O monitoramento, controle e despacho estão relacionados com os eventos que ocorrem
durante o processo de produção. Devem ser tomadas decisões imediatas e em tempo real. Este
componente do plano da produção tem recebido uma atenção especial nos últimos anos,
principalmente pelo fato da mineração ter-se tornado altamente mecanizada, fazendo uso de
equipamentos sofisticados de alto custo. Os operadores de mina chegaram a conclusão que
não era mais adequado planejar apenas o turno, mas que o plano, se possível, deve ser feito a
cada minuto. Deste modo, o monitoramento e controle da operação têm desempenhado um
papel fundamental em todos os tipos de operações de mina.
Com referência a execução dos relatórios, constitui a parte de menor importância no
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plano de mina, todavia consome muito tempo. Novamente, o computador tem desempenhado
um papel significativo na redução do tempo para a realização desta tarefa, nesse ponto é
importante a reavaliação das informações de modo a permitir um controle mais eficaz da
operação. Acontece que este controle só será dinâmico se o volume de informações for
suficiente e na forma requerida. Freqüentemente os resultados da operação são armazenados
de forma inadequada dificultando a análise dos mesmos. Os dados históricos e as experiências
passada são elementos fundamentais no plano da produção.
O controle da produção tem por finalidade examinar se o que foi planejado está sendo
executado; daí a obrigação de um trabalho de acompanhamento de todas as operações.
Compete, também, apontar as falhas e distorções e estabelecer as medidas corretivas, visando
à normalidade do procedimento produtivo. Para tanto, o retorno das informações “feedback”
estabelece um procedimento saudável para a normalidade do processo.
É no plano e produção onde é feito o detalhamento de todas as atividades da operação.
A fase operacional constitui um conjunto de planos e programas com roteiro, objetivos e
métodos determinados, tendo em vista a operação da jazida.
São feitos relatórios das atividades da operação, com o objetivo de acompanhar o
programa de produção. Normalmente, utiliza-se um quadro descrevendo o programa de
produção com a finalidade de verificar a diferença entre a produção programada e realizada,
também, deve constar todos os fatores que contribuíram para não cumprir o programa, tais
como: excesso de chuva, baixa produção na usina, quebra de equipamento, entre outros.
Nesta fase o plano não requer integração aos sistemas geológicos, as opções de lavra
são limitadas, porque material exposto depende de acesso e neste período só algumas frentes
estão disponíveis. Também, não são condicionados ao bloco e propriedades do modelo
geológico, mas dos ensaios de laboratório e das amostras do material desmontado. Isto não
diz que se fica sem nenhuma opção, o engenheiro de planejamento, normalmente, tem várias
escolhas e pode selecionar uma combinação de frentes de minérios para alimentar
satisfatoriamente o britador.
A programação da produção de uma mina a céu aberto pode ser definida especificando
quais os blocos devem ser lavrados de forma a maximizar o lucro total descontado sujeito a
várias restrições operacionais.
Em uma mina a céu aberto, o grande problema é a diluição causada pela operação de
desmonte de rocha. Já em uma operação subterrânea, podem ser lavrados realce com
diferentes taxas.
Se os custos de mineração e processos são menores nos anos inicias, há uma tendência
natural de maximizar o VPL.
A capacidade planejada e o teor devem ser convertidos em fluxo de caixa. Não se deve
perder de vista o fato de que o objetivo fundamental da mineração é o lucro. Os planejadores
comumente não fazem previsão quanto ao preço dos produtos, embora tenham muitos a fazer
sobre os custos.
Um aspecto que é freqüentemente negligenciado no processo de avaliação é como os
recursos respondem a mudanças econômicas. Além do VPL e da taxa interna de retorno,
deve-se, também, analisar os recursos, levando-se em consideração as mudanças das
condições econômicas, (Turek, 2000).
Os benefícios obtidos dos custos de capital e operacional para uma grande empresa de
mineração podem introduzir uma maior complexidade no planejamento das operações, King,
(2001). Os grandes empreendimentos de mineração têm como objetivo principal maximizar o
VPL no longo prazo, mesmo para as reservas de vários tipos de minérios, e manter uma
programação continua para aperfeiçoar, cada vez mais, o valor da operação.
b) A segunda se refere à lavra das partes mais ricas da jazida, caracterizando uma lavra
ambiciosa e, evidentemente, a um baixo custo operacional. Esta alternativa, no
entanto, embora conduza a resultados econômicos positivos não os maximiza, pois a
lavra do restante poderá ficar comprometida pela destruição das características média
da jazida; neste caso, a lavra do remanescente certamente não poderá ser realizada
com resultados econômicos satisfatórios.
O projeto de mineração deve ter como objetivo uma solução ideal, compreendida entre
as duas alternativas extremas, e que atenda aos objetivos econômicos. Assim, ao se elaborar
um projeto, deve-se analisar várias alternativas compreendidas nos limites considerados,
através dos respectivos fluxos de caixa até a definição da melhor solução. Esta é,
evidentemente, uma fase muito difícil de um projeto, altamente condicionado ao
conhecimento de quem a realiza, com competência satisfatória para o uso apropriado dos
dados fundamentais. Entretanto, é uma etapa determinante do projeto, já que nela é
determinada a escala de produção, que é o embasamento para o cálculo de todas as demais
fases do projeto.
O plano de mina que apresentar o maior valor tem que, normalmente, mesmos que em
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termos teóricos, considerar a influência mútua entre últimos limites da mineração, seqüências
de lavra, estratégias ambientais e operacionais, durante o processo de otimização.
Normalmente, devido a grande quantidade de variáveis envolvidas, a complexidade e o
tamanho das operações, resultam, freqüentemente, em um tempo de processo quase que
inaceitável para obter uma solução ótima. Para conseguir algum benefício na utilização de
técnicas de simulação computacional, os problemas devem ser simplificados ou segmentados
em porções manejáveis. Os técnicos e os engenheiros têm que vincular, então, parcialmente as
“soluções ótimas”, e confronta-las com as suas suposições iniciais. Evidentemente, algumas
precauções devem ser exercidas quando da interpretação dos resultados, devem aperfeiçoá-los
na lucidez do embasamento de suas hipóteses.
A vida útil de uma mina abrange um período de tempo que compreende a lavra do
primeiro até o último bloco. O plano de mina, caracteristicamente, envolve um conjunto de
aberturas práticas, desenhos de cavas e análises de vários cenários
No passado, vários métodos foram utilizados para definir a taxa de avanços, a maioria
apresentava grandes limitações. O melhor que poderia ser feito era especificar uma separação
entre cada fase e então trabalhar os avanços a uma mesma taxa. O Algoritmo de Milawa foi
desenvolvido para superar as limitações inerentes em técnicas analíticas convencionais. O
procedimento mudou o conceito, atualmente é possível selecionar a quantidade de material
que precisa ser removida nos avanços a cada período. Pode ainda ser usado para aperfeiçoar
dois objetivos operacionais diferentes. Ou seja, o primeiro é aperfeiçoar o VPL e o segundo é
melhorar o processo e as taxas de processamento, (Wharton, 2000). Este processo é enfocado,
claramente, em uma integração de planos e sistemas de otimização para as informações
geológicas e as variáveis operacionais da mineração.
Uma das grandes dificuldades neste estágio do plano é a previsão do valor no futuro
do bem produzido. Nos últimos anos os preços têm apresentado uma variação significativa e,
qualquer mudança nesse parâmetro resulta na modificação dos limites da cava.
Freqüentemente é difícil e, algumas vezes, até impossível a mudança em curto prazo nesses
limites. Isso porque, quando da realização do plano de uma lavra a céu aberto os limites da
cava devem ser cuidadosamente estudados, devendo-se sempre levar em consideração que
podem ocorrer expansões ou retrações na lavra caso haja alteração nas condições econômicas,
sem que isto implique em um gasto financeiro suplementar. Analisando em função dos
procedimentos da Engenharia Econômica, significa fazer uma análise de sensibilidade das
principais variáveis que compõe o plano. Em termos de recuperação máxima de um recurso
mineral é ainda aceitável dizer que, se as condições econômicas atuais não justificam a
remoção completa do depósito, seria melhor deixar o mesmo no estado em que se encontra,
até que as futuras gerações ou novas condições econômicas permitam sua extração com lucro
máximo.
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11.2. SUBTERRÂNEO
Em termos econômicos a mineração subterrânea é muito diferente da mineração a céu
aberto, uma vez que exige investimentos iniciais mais significativos, não apenas em máquinas
e equipamentos, mas, também, em levantamentos prévios à implantação do layout da mina.
Uma vez que foi estabelecido que as funções do planejamento de mina estão
relacionados com o tempo, fica mais fácil dividir as funções do planejamento de forma mais
lógica.
Um esquema das funções do planejamento de mina a céu aberto ilustrado na Fig. 1,
indica como os estágios do planejamento estão relacionados. Entretanto, os níveis do plano
não são independentemente, ainda que o planejamento de longo prazo seja feito antes dos
demais.
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► máxima lucratividade;
► maior valor presente líquido;
► maior aproveitamento dos recursos minerais.
A relação não tem unidade e mais comumente calculada como a relação ton/ton. Note
que para um certo tipo de minério, ou pela forma de contratação ou remoção de estéril, essa
relação pode ser expressa em metros cúbicos/ton.
Esse é um método simples de análise para obter os limites da cava ótima utilizando o
relação e/m. Primeiramente o ângulo da cava é determinado geotecnicamente tendo-se
consideração a relação e/m . Essa relação determina o rendimento dos blocos de lavra ,
podendo estarem combinados ou não, o estéril e minério, obtendo o rendimento de um bloco
de minério. Os fatores para a determinação dos custos, podem incluir custos como
profundidade da cava e variações das operações de decapeamento do estéril.
Em uma análise mais complexa todo o corpo mineral é minerado com a avaliação
desta relação em função do tempo. Para produção de cada período são determinados os
custos, rendimentos e o fluxo de caixa gerado. Os retornos para cada ano são descontados
para refletir um período do valor do dinheiro em um tempo determinado, dependendo das
diretrizes da empresa. O resultado é considerado como o valor da mina ou da produção. O
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processo de lavrar continua até um período em que não aumente esse valor, e desta forma a
geometria da cava ótima final é determinada. Com a flutuação dos preços de vendas , aumento
do custo de lavra, e a introdução de técnicas de mining mais sofisticadas, o planejamento
geral da mina e a relação total e/m poderá mudar assim como a vida útil da mina. Por essa
razão é necessário uma reavaliação periódica do projeto longo prazo em intervalos regulares.
Tendo sido determinado a cava final ótima e a relação e/m total , o planejamento de
mina pode ser executado . Apresenta-se abaixo três formas econômicas básicas aplicando a
relação e/m.
A desvantagem primária desse método é que os custos são maximizados nos anos
iniciais, aumentando-se bastante a relação E/M, quando benefícios são necessários para o
pagamento do investimento ou retorno de capital.
Na pratica atual o melhor método aplicado a um grande corpo de minério é aquele que
consegue uma relação e/m baixa inicial no inicio e na direção da exaustão da cava.
Vantagens sumarizadas :
Bom retorno e lucro no início do projeto
Os trabalhos e equipamentos dimensionados podem ser aumentados para o máximo da
capacidade de trabalho em um período aberto de tempo (sem restrições).
Os trabalhos equipamentos são solicitados com um decrescimento gradual de serviços na
direção do final de projeto.
Áreas distintas para lavrar e decapear podem ser operadas simultaneamente, permitindo
flexibilidade de planejamento.
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Os métodos simples dão alguns indicadores econômicos sobre o projeto e servem como
subsídios à avaliação econômica. No entanto, por não usarem o conceito do valor do dinheiro
no tempo, seus resultados são deficientes, não devendo servir de base para a tomada de
decisões econômicas. A seguir são relacionados os métodos simples.
O Método do Valor Atual Liquido (VAL), também conhecido como Valor Atual,
Valor Presente ou Valor Presente Líquido, consiste em converter os fluxos de caixa de uma
alternativa de empreendimento, distribuídos ao longo do tempo, em um valor equivalente no
momento atual, ou seja, no tempo zero.
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O VAL representa, portanto, a soma do valor atual de cada fluxo de caixa da
oportunidade de investimento, distribuído ao longo da vida útil do projeto. Desta forma, o
VAL mede a diferença entre os fluxos de caixa positivos e os investimentos (fluxos de caixa
negativos), todos descontados a uma determinada taxa.
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determinação diária dos embarques dos produtos a partir das necessidades diárias
dos clientes;
plano de extração diária dos minérios para alimentar a planta de beneficiamento;
plano de beneficiamento diário dos diversos tipos de minério de acordo com as
necessidades de produto;
plano de remoção diária do estéril segundo o plano de desenvolvimento anual;
plano de desenvolvimento dos acessos ( rampa, acessos de serviços );
cálculo dos desmontes e perfuração necessários à extração de minérios e remoção de
estéril;
plano de manutenção preventiva dos equipamentos móveis e das grandes
manutenções da planta de beneficiamento;
1 – Cava Final
Tipos de Produto:
Preços de Venda (unidade metálica)
Sinter Feed
Granulado
Custos de Mina:
Carregamento
Transporte - Fixo e Variável (Variável separado por mina)
Perfuração (separado por HM e HD e estéril) Desmonte (separado por HM, HD e Estéril)
Apoio Operacional (Rateio)
Custos do Porto:
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Teores de corte
Cálculo da distância de transporte por bloco
Degradação do minério
Receita por produto (modelo matemático)
Custo Total (modelo matemático)
A Operacionalização de Cavas Finais objetiva maximizar a reserva por meio do melhor ajuste
entre a cava matemática (otimizada) e a cava operacionalizada.
São projetados acessos e rampas necessários à operação das minas até o limite final de lavra e
ajustados os ângulos de talude de forma a minimizar o acréscimo de estéril na cava.
As cavas finais são revisadas sempre que houver novas informações de sondagem,
amostragem, estudos geotécnicos, mudanças nos parâmetros econômicos, entre outros.
2 – Sequenciamento de Lavra
Master Plan de produtos : A evolução da qualidade do minério ao longo dos anos, obtida
a partir do Seqüencial de Lavra, possibilita a estimativa da evolução da qualidade dos
principais produtos. O principal objetivo do Master Plan de produtos é fornecer suporte
técnico à empresa para negociar a evolução da qualidade e a capacidade de produção dos
principais produtos, com os clientes externos.
Área de meio ambiente : As áreas a serem licenciadas para lavra e desmatamento são
obtidas a partir do Seqüencial de Lavra e do Seqüencial de Disposição de Estéril.
3 – Estudos Estratégicos
Os estudos estratégicos são elaborados objetivando fornecer suporte técnico à empresa
para tomada de decisões. Geralmente implicam em análises para implementação de novos
projetos que demandam
Estimativa dos teores médios necessários para os Plano de Lavra Anuais e Plurianuais que
otimizem o atingimento das especificações dos produtos, com menor variabilidade;
Estimativa das Especificações Anuais e Plurianuais dos Produtos;
Fator de Correção para Estéril;
Definição de Teores de Corte para Planos de Lavra e Cavas Finais;
Estimativa das massas necessárias de NP2 e NP3 (frações granulométricas que compõe os
produtos granulados) dos Planos de Lavra Anuais.
4.1.2 - Cubagens
Os teores dos principais produtos gerados na Usina, tais como : Sinter Feed, Granulados e
Finos são comparados aos teores estimados pelos modelos de blocos das minas. Essa
comparação é realizada através da verificação da diferença entre os teores dos produtos e os
teores das faixas granulométricas do modelo de blocos, inclusive a faixa global.
Esse trabalho é importante porque permite ao planejamento estimar as especificações dos
principais produtos para o ano corrente e períodos subsequentes.
programa anual de produtos e estéril em áreas estratégicas, com vistas à liberação de minério
a ser lavrado no ano corrente e subseqüente.
Relação Estéril/Minério;
Partição de minério e estéril por mina;
Massas necessárias de hematita dura, NP2 e NP3;
Qualidade do ROM necessário à produção;
Necessidade de alteração de estruturas semi-fixas;
1.3 - Preparação dos arquivos de base para a projeção dos avanços de lavra:
Avaliar as características químicas e físicas (qualidade) do minério das minas que irão
compor o ROM;
Avaliar as áreas de minério liberado;
Avaliar as áreas estratégicas para lavra de estéril;
Observar os limites de lavra para os bancos estabelecidos pelo seqüencial de lavra e pela
cava final;
Definir acessos principais para determinação das seqüências de rampas a serem
projetadas;
Observar todos os parâmetros geométricos de projeto;
Planejamento a Curto Prazo : Os Planos de Lavra a Curto Prazo são elaborados com base
no Planejamento de Lavra Anual.
Orçamento Anual : Após a elaboração do Plano de Lavra Anual são estimadas as massas de
minério e estéril de cada mina que serão destinadas às britagens e às Pilhas de Disposição de
Estéril.
Disposição Anual de Estéril : Conforme citado no ítem anterior, com base no Plano de Lavra
Anual é realizada a estimativa da distribuição do estéril por pilha. Esse trabalho possibilita o
Planejamento Anual de Disposição de Estéril.
Estimativa das Especificações Anuais dos Produtos : A qualidade estimada para o Plano de
Lavra Anual em conjunto com o trabalho de reconciliação dos modelos de blocos com a
produção nos permite estimar as especificações dos produtos para o ano.
Áreas a serem liberadas pelo IBAMA para lavra ou disposição de estéril : A partir dos
avanços anuais programados para as minas, bem como da evolução prevista para as pilhas de
disposição de estéril no mesmo período, pode-se antever as áreas que necessitarão de
liberação dos órgãos ambientais para lavra e desenvolvimento.
Devem ser elaborados logo após a emissão do Plano de Lavra Anual. A elaboração
deste plano visa estacionarizar os teores do minério ao longo do ano, bem como direcionar a
remoção do estéril, estimar os serviços dos equipamentos auxiliares e necessidade de
perfuração e desmonte de rochas. Cabe ao Planejamento de Curto Prazo elaborar um plano
que atenda às condições da mina durante aquele ano e que seja flexível à possíveis variações.
Como última finalidade, os planos trimestrais objetivam verificar as condições de
estacionarização das variáveis de teor, conforme previsto pelo Plano de Lavra Anual. Os
planos devem ser revistos e ajustados no final do trimestre para que estes se aproximem cada
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vez mais da realidade da mina. Este plano direciona a elaboração do plano de lavra de
curtíssimo prazo ou mensal.
– Bancadas;
– Ângulo de Estabilidade de Talude;
– Estradas, Acessos e Rampas;
– Drenagem.
Recursos utilizados
Definição de Premissas
Metodologia de elaboração
Identificar regiões na mina que, ao serem blendadas, atendam aos requisitos especificados
no programa de produção trimestral. Observar esses dados a partir de modelos de blocos e
modelo geológico.
Identificar áreas de desenvolvimento e liberação de minério para o próximo período.
Gerar os polígonos correspondentes aos avanços e cubá-los no GEMCOM, obtendo-se os
resultados. Compará-los às premissas definidas e modificá-los até achar a configuração ideal.
Arquivamento
Em geral, os procedimentos para elaboração de Plano de Lavra Mensal são iguais aos
do Plano Trimestral. Porém, agora, estes têm como visão o Plano trimestral e/ou Anual.
Após conclusão das cubagens e avaliação dos resultados deve-se informar os seguintes dados:
No. de meses de minério liberado = (Min. Lib. Dir. + Min. Lib. Ind.)/Média de ROM para os
próximos 12 meses
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BIBLIOGAFIA
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