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ANIMAL
Mocuba, 2022
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UNIVERSIDADE ZAMBEZE
Mocuba, 2022
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UNIVERSIDADE ZAMBEZE
Mocuba, 2022
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Declaração
Eu, Amone Samuel Guido declaro, por minha honra, que esta monografia é resultado do
meu próprio trabalho e está a ser submetido para obtenção do grau de licenciatura na
Universidade Zambeze, faculdade de Engenharia Agronómica e florestal, Mocuba. Ela
não foi Submetida antes para obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma
outra faculdade.
___________________________________________
Amone Samuel Guido
4
Dedicatória
Primeiramente a Deus, aos meus Pais e a todos aqueles que me ajudaram directamente e
indirectamente. Em memória, a minha avó Materna Josefina Arnaldo.
Obrigado!
5
Agradecimento
A minha mãe Carlota Amélia Pedro pelo amor e carinho que nunca me faltaram, ao
cuidado e a protecção que sempre teve comigo.
Aos meus professores, pela paciência que tiveram comigo, por compartilhar
conhecimentos e pelos ensinamentos para a vida.
Ao meu orientador Dr. Rafael Alexandre Muchanga que me ajudou bastante com
incentivos e apoio as actividades realizadas, juntos com os funcionários da faculdade.
Aos meus amigos de sala de aula, em especial ao Salvador Ricardo Namácua que me
ajudou na colheita durante ao trabalho de campo.
Agradeço
6
Resumo
O presente estudo teve como objectivo Avaliar o efeito de esterco animal sobre o
rendimento de duas variedades de alface e salinidade de solo, que são alface americana
(Great lake) e alface roxo (Maira), o estudo ocorreu no distrito de mocuba durante os
meses de Maio a Setembro de 2021, onde avaliou-se a massa fresca da parte área,
rendimento por hectare, condutividade eléctrica, e totais de sólidos dissolvidos. Para o
estudo usou-se o delineamento em blocos Completos e causalizado (DBCC) com seis
tratamentos e três repetições constituído por duas fontes de variação primeiro cultivar, e
segundo adubação orgânica, a adubação orgânica influencio no peso da massa fresca e o
rendimento das duas cultivares da alface, os dados fora submetidos as analise Shapiro-
Wilk, previamente organizados no Ms Excel 2013, ondem se realizaram analises de
variância, teste de Tukey (5% de probabilidade) onde se verificou maior rendimento de
alface no tratamento com esterco de galinha variedade americana com 19 t/ha, e no
segundo experimento alcançou-se melhores resultados com tratamento esterco bovino
com 17 t/ha, também verificou-se que aplicação do adubo orgânico no solo promoveu
aumento da Condutividade eléctrica e totais de sólidos solúveis, o esterco bovino
apresentou maiores resultado da condutividade eléctrica e totais de sólidos solúveis , de
todos parâmetros avaliado o controlo local foi o tratamento que apresentou menor valor
de rendimento com 4 t/ha, 60 mg/l (Miligrama por litro). Total de sólido solúveis, e 20
µS/cm (microsiemens per centimeter) condutividade.
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Abstract
The present study aimed to evaluate the effect of animal manure on the yield of two lettuce
varieties and soil salinity, which are iceberg lettuce (Great lake) and purple lettuce
(Maira), the study took place in the district of mocuba during the months from May to
September 2021, where the fresh mass of the part, the yield by electrical capacity, the
electrical conductivity and its solid solids were evaluated. For the study in blocks
Complete and enriched of two masses (DBCC) with six treatments and repetitions
constituted by two sources of organic organization, and organic fertilization, organic
fertilization and the first weight of the second lettuce cultivar, the data selected as
ShapiroWilk, previously organized in Ms 2013, where Tukey analyzes of variance are
not compared (5% of analysis) Excel where higher lettuce yield is observed in the
treatment with manure of American variety with 19 years old, and in the second
experiment there were results with 17 t/ ha, can also improve the application of organic
manure in the soil of Conductivity and total soluble solids, the cattle manure presented
from electrical conductivity to soluble solid results, of all major parameters evaluated the
local control was the treatment the final result was lower value yield with 4 t/ha, 60 mg/l
(Miligram per litre). Total soluble solids, and conductivity of 20 µS/cm (microsiemens
per centimeter).
8
Lista de Figura
Lista de Tabelas
Tabela 2. Maiores produtores mundiais de Alface em 2013 ....................................................... 21
Tabela 3 Características químicas de fertilizantes orgânicos quanto ao teor médio de N,P e K
representem em suas composições .............................................................................................. 26
Tabela 5. Efeito de esterco bovino e galináceo sobre o rendimento de duas variedades de alface
em 2021. ...................................................................................................................................... 36
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Lista de Acrónimos e símbolos
Cm Centímetro
CV Coeficiente de Variação
DBCC Delineamento de blocos completamento causalizados
FEAF Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal
g Grama
ha Hectare
K Potássio
Kg Quilograma
m2 Metros quadrado
MAE Ministério da administração Estatal
mg/L - Miligrama por litro
N Nitrogénio
O Oxigénio
P Fósforo
TDS Totais de sólidos dissolvidos
ton/ha Toneladas por hectare
dS/m Deciemens por metro
µS/cm Microsiemens por centímetro
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Sumário
I. Introdução .......................................................................................................................... 13
1. Problema de Estudo e Justificativa.............................................................................. 14
1.1.1. Objectivo geral: ................................................................................................. 16
1.1.2. Objectivos específicos: ...................................................................................... 16
1.2. Hipóteses .................................................................................................................... 16
2. Revisão bibliográfica ......................................................................................................... 17
2.1 Origem e Taxonomia de alface ................................................................................. 17
2.2. Morfolgogia. ............................................................................................................... 17
2.3. Classificação das variedades de alface..................................................................... 17
2.3.2. Alface Americana. (Lactuca sativa v. capitata) ................................................ 18
2.4. Ciclo da cultura ......................................................................................................... 19
2.5. Importância socioeconómica da alface .................................................................... 19
2.6. Importância nutricional de alface ............................................................................ 19
2.7. Exigências climática .................................................................................................. 20
2.8. Exigências nutricional da espécie. ............................................................................ 20
2.9. Produção de alface no Mundo .................................................................................. 21
2.10. Produção das horticulas em Moçambique .......................................................... 22
2.9.2. Trips ................................................................................................................... 23
2.9.3. Lagartas ............................................................................................................. 23
2.10. Principais doenças na cultura de Alface.............................................................. 24
2.11. Condições do cultivo.............................................................................................. 24
2.11.1. Solo ..................................................................................................................... 24
2.12. Rendimento do Alface por Hectare ..................................................................... 25
2.13. Aspectos da produção orgânica............................................................................ 25
2.14. Valor nutritivo de alimentos orgânicos ............................................................... 26
Características químicas de fertilizantes orgânicos. .......................................................... 27
2.15. Vantagens no uso da adubação orgânica ............................................................ 27
2.15.1. Efeitos condicionadores .................................................................................... 27
2.15.2. Efeitos sobre os nutrientes ................................................................................ 28
3.Matériais e Métodos ............................................................................................................... 29
3.1.Características da área de estudo ...................................................................................... 29
3.5 Preparação de mudas e transplante......................................................................... 31
3.6 Colheita ...................................................................................................................... 32
11
3.9 Análise estatística ...................................................................................................... 33
4 Resultados Discussão ........................................................................................................ 35
4.1 Rendimento de alface no primeiro cultivo .................................................................. 35
4.2 Totais de sólidos dissolvidos na Água (TDS)........................................................... 37
V. Conclusões .......................................................................................................................... 40
VI. Recomendações. ............................................................................................................. 41
Aos Investigador ................................................................................................................ 41
Aos agricultores ................................................................................................................. 41
Aos extensionistas. ............................................................................................................. 41
VII. Referencia Bibliográfica ............................................................................................... 42
VIII. Apêndice ..................................................................................................................... 44
Apêndice 1: layout de ensaio .................................................................................................... 44
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I. Introdução
A alface (Lactuca Sativa L.) é uma planta da família Asteraceae, originária da região de
clima temperado, entre o sul da Europa e a Ásia Ocidental (Malia et al., 2015). E
considerada como mais popular das horticula, sendo cultivada em quase todas regiões do
globo terrestre, 6ª hortaticula em importância económica, 8ª em termos de produção
mundial, a china é o maior produtor de alface.Trata-se duma cultura bastante exigente em
nutrientes e, em especial o nitrogénio que estimula o desenvolvimento foliar. Dentre
outros factores tais como práticas culturais, controlo de pragas e doenças, a adubação
constitui um factor crucial param o sucesso desta cultura (Lopes, 2012).
Estudos de adubos orgânicos são vários. No entanto, em Moçambique a maior parte dos
agricultores são do sector familiar com fraco poder aquisitivo de adubos inorgânicos, e
as suas áreas de produção são em
média de ¼ ha (Sitoe, 2005). Assim, o uso de adubos orgânicos aliado as outras exigências
culturais pode aumentar a produtividade com custos reduzidos. Além disto, pode
melhorar o bem-estar da população, disponibilizando alimento de qualidade e em
quantidade fora de contaminação química, implicando uma boa saúde e um meio
ambiente cada vez mais estável e sustentável (Peixoto et al, 2013).
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1. Problema de Estudo e Justificativa
1. Baixo rendimento;
A maior parte dos produtoes em mocambique usao adubacao inorganica que para alem
de possuir um alto custo tanto para o bolso dos agricultores, quanto para a natureza, já
que degrada e polui o meio ambiente acarentando assim perdas economicas. Assim sendo
há necessidade de avaliar sistema de producao alternativo de baixo custo, mas que não
Para as culturas folhosas como é o caso da alface, problemas sérios podem acontecer no
cultivo convencional, pois o uso de altas doses de adubos solúveis, principalmente o
nitrogénio, aliado à intensa aplicação de agrotóxicos, pode levar a produção de alimentos
de qualidade contestada, que pode prejudicar a saúde pública e levar a um alto custo de
produção (Miyazawa et al, 2001). O uso de adubos orgânicos em detrimento dos adubos
químicos, insere-se na perspectiva da agricultura orgânica, que é o cultivo de plantas sem
o uso de produtos inorgânicos. Segundo Vidigal et al. (1995)
14
Com relação à alface, tem-se observado que os produtores utilizam geralmente um
sistema de produção, com uso excessivo de fertilizantes minerais. Uma das alternativas
para contornar este tipo de problema seria o uso de compostos orgânicos. As altas
produtividades obtidas com uso intensivo de adubos minerais têm sido questionadas nos
últimos anos, devido aos aspectos relacionados à sustentabilidade do sistema de produção
(Santos et al., 1994).
É neste contexto que surge o presente estudo, que busca demonstrar, como a adubação
orgânica, pode ser uma alternativa importante na produção da alface em substituição aos
usos de fertilizantes inorgânicos, sem afectar significativamente a produção e
produtividade desta cultura, e consequentemente, obtendo maiores ganhos ambientais.
15
1.1 Objectivos
1.2. Hipóteses
a) Devido a aplicação macro e micronutrientes no solo, especialmente nitrogénio e
fósforo, tratamentos com esterco poderão apresentar melhor rendimento de alface
que tratamentos sem esterco;
b) As variedades Great Lakes e Maira poderão responder diferentemente a aplicação
de esterco animal devido a diferenças de potencial genético.
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2. Revisão bibliográfica
2.1 Origem e Taxonomia de alface
A alface (Lactuca sativa L.) é uma planta da família Asteraceae, originária da região de
clima temperado, entre o sul da Europa e a Ásia Ocidental (Malia et al., 2015). É certo
que a Lactuca serriola seja um dos ancestrais diretos e a ocorrência de mutações nesta
espécie levou ao aparecimento de formas favoráveis ao consumo humano, sendo
posteriormente selecionadas e modificadas de modo a atenderem às necessidades das
populações (Lindqvist et al., 2004).
2.2. Morfolgogia.
17
função dessas características, as variedades podem ser separadas em 6 grupos: Filgueira,
(2003) Apud Júnior (2017).
3) Tipo solta-lisa, folhas lisas, soltas, não forma cabeça. Variedades: Monalisa, Luisa,
Regina, Babá-de-verão;
4) Tipo solta-crespa, folhas crespas, soltas, consistentes, não forma cabeça. Variedades:
Grand Rapids, Marianne, Verônica, Vanessa e Marisa;
5) Tipo Mimosa, folhas delicadas, aspecto arrepiado, não forma cabeça. Variedades:
Salad Bowl, Greenbowl;
6) Tipo Romana, folhas alongadas, consistentes, forma cabeça fofa (Filgueira, 2003).
Como o próprio nome diz, esta variedade de alface apresenta uma coloração levada para
o tom do roxo, e tem um sabor suave. As alfaces roxas são ricas em uma substância
conhecida como antocianinas, comuns em vegetais desta cor. Isso faz com que esta alface
tenha um maior efeito antioxidante que as demais. (Gottschald, 2020)
18
Muito utilizada em diversas receitas, principalmente por manter a textura crocante mesmo
em pratos quentes, a alface americana é a preferida das redes de fast food. Isso se deve a
sua resistência a temperaturas mais altas, além de seu alto teor de água, que fazem com
que mantenha suas características por mais tempo e sejam mais fáceis de armazenar.
(Gottschald, 2020)
A alface é uma das hortícolas mais importantes no nosso país, devido ao seu alto valor
alimentar, comercial e nutricional. Devido a sua versalidade, a alface é muito consumida
pela população, podendo ser acompanhada por diversos pratos. É vendida diariamente
nos nossos mercados, o que permite melhorar a renda das famílias (Sortane, 2017).
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Os nutrientes presentes na alface, assim como sua concentração, variam de acordo com a
espécie, região e tipo de cultivo. Mas de forma geral são plantas ricas em:
• Ácido fólico;
• Fibras alimentares;
• Vitamina A;
• Vitamina C;
• Vitamina K, presentes na maioria dos vegetais folhosos;
• Vitaminas do complexo B;
• Minerais, como ferro, magnésio, fósforo e potássio.
Além disso, são vegetais ricos em antioxidantes variados, e estudos mostram que eles
ajudam na prevenção de danos causados pelos radicais livres, auxiliando na prevenção de
diversas doenças. (Gottschald, 2020)
Embora haja cultivares melhoradas para diversas condições climáticas, a alface não
suporta bem temperaturas elevadas, as quais induzem a planta a entrar no estágio
reprodutivo, alongar o caule e florescer. Concomitantemente, as folhas adquirirem maior
concentração de látex e se tornam amargas. Pode-se indicar temperaturas o redor de 30ᵒC
como máximas, e de 6ᵒC como mínimas. No entanto, esses limites são relativos, pois
estão associados a outras condições, como humidade relativa do ar, variedades e formas
de irrigação (Martinez, 2017).
As exigências nutricionais das culturas oleráceas são muito grandes. O solo é uma
importante fonte de nutrientes minerais para as raízes, no entanto, no caso da alface, o
solo normalmente se comporta como fonte insuficiente de nutrientes, devido à elevada
exigência, pois é extraído e exportado, em suas partes comerciáveis, maiores quantidades
de nutrientes, por hectare, em relação às culturas perenes e anuais (Filgueira, 2005). Tem-
se empregado adubos orgânicos de várias origens no cultivo da alface que além de
proporcionar melhoria das propriedades físicas e químicas do solo, pode reduzir a
necessidade de uso de adubos minerais (Souza et al., 2005).
20
A cultura se adapta melhor a solos de textura média, com boa capacidade de retenção de
água. A faixa de pH de 6,0 a 6,8 é a mais propícia ao melhor desenvolvimento. Quando
necessário deve- se elevar a saturação por bases para 70%. Têm sido obtidos maiores
respostas em produtividades com as aplicações de N e de P. O nitrogénio favorece o
crescimento vegetativo, expande a área fotossintética activa e eleva o potencial produtivo
da cultura (Anacleto et al., 2017).
21
Em 2013, 24.9 milhões de toneladas de alface foram produzidas no mundo. Só a China
produziu cerca de 13.5 milhões de toneladas (Tabela 2). No entanto, na China, a maior
parte da alface produzida é utilizada para consumo doméstico (Lloyd e Shaun, 2016).
2.9. Pragas
2.9.1. caracóis
22
Figura 3 : Ataque de Caracol
2.9.2. Trips
São insectos pequenos com 1,0 a 3,0 mm de comprimento, de coloração virada, com asas
estreitas e franjadas. Sugam a seiva das plantas e, quando presentes em grande número,
as folhas apresentam-se coriáceas e quebradiças com boros dobrados para cima e estrias
de coloração prateada. Sua maior importância, entretanto, deve-se ao facto de serem
transmissores do vírus (Guimaraes & Vale, 2016).
Trips
2.9.3. Lagartas
23
trichoplusia ni, que tem coloração verde-clara e mede até 30 mm do comprimento
(Guimaraes, & Vale, 2016)
Lagarta
Diversas doenças afetam a cultura de alface Entre elas pudemos destacar, a cercosporiose,
a septoriose e o mofo branco, as mais importantes causadas por fungos. Já entre as
causadas por bactérias, as mais importantes são a podridão mole e a mancha bacteriana.
Existem ainda as doenças causadas por vírus e a principal delas é o mosaico da alface. Já
entre as causadas por nematóides, estão as galhas de raízes (Pitombeira, 2012).
25
importante fonte de nutrientes para os vegetais, podendo ainda ser agregado aos resíduos
vegetais, tornando mais eficaz a sua composição (Scherer, 2011).
Quanto aos resíduos de origem vegetal, estes se apresentam como excelentes fontes para
melhoria na qualidade dos atributos do solo. Dentre os resíduos utilizados, destacam-se
aqueles obtidos nas safras, tais como palha de arroz, palha de trigo, cana-de-açúcar, palha
de milho, dentre outros, que variam quanto à disponibilidade de nutrientes em função do
material empregado no cultivo (Nunes, 2009). 31 Revista Fafibe On-Line, Bebedouro SP,
7 (1): 26-34, 2014. A adubação orgânica não só complementa a produção, mas também
auxilia na obtenção da qualidade e vigor das plantas, sobressaindo-se em relação à
adubação mineral, desde que bem utilizada e planificada (Oliveira et al., 2001).
26
Características químicas de fertilizantes orgânicos.
O esterco bovino tem na sua composição, entre 30 a 58% de Matéria Orgânica; 0,3 a 2,9%
de N; 0,2 a 2,4% de P; 0,1 a 4,2% de K e relação C/N 18 a 32. É um óptimo meio de
cultura para os organismos, aumenta a quantidade de bactérias do solo quando adicionado
como fertilizante. Inicialmente, pensava-se que esse aumento era devido aos
microorganismos existentes no esterco; mais tarde foi demonstrado que mesmo
adicionando ao solo esterco esterilizado, sem microorganismos vivos, obtinha-se um
aumento considerável da população microbiana. Quando curtido, o esterco não causa
deficiência de N, porém apresenta maior perda de N por volatilização, apresenta ainda
efeito regulador sobre o pH e neutraliza os efeitos do alumínio trocável do solo, aumenta
os teores de P, K e Ca. (Guilengue, 2013)
Esterco de frango
27
• Temperatura: devido a propriedade de armazenar água, a matéria orgânica é ma
condutora de calor, diminuindo as oscilações de temperatura durante o dia. (kielhl,
1985)
28
3.Matériais e Métodos
3.1.Características da área de estudo
30
A área onde foi conduzido o experimento foi preparada manualmente no dia 18 de Junho
de 2021, com a utilização de uma enxada para a preparação das parcelas que tinham as
seguintes dimensões: 1.5 m de comprimento, 1,0 m de largura e 0,2 m de altura.
As sementes de alface das variedades Great Lakes (folha verde) e Maira (folha rocha)
foram semeadas em bandejas plásticas de 128 células contendo substrato comercial em
ambiente protegido em dois períodos (Figura 3): a 18 de Maio de 2021 para o primeiro
experimento e a 19 de Julho para o segundo experimento. Colocou-se três sementes por
célula a uma profundidade média de 0,5 cm. Após a emergência, removeu-se duas
plântulas menos vigorosas. Foi feita a rega manualmente com auxilio dum regador de 10
L logo após a sementeira, duas vezes ao dia, tendo continuado até o dia do transplante.
31
Figura 7 : Sementeira de Alface em bandejas plásticas de 128 células no dia
18 de Maio de 2021.
3.6 Colheita
O peso fresco total das plantas (g) colhidas em cada parcela foi determinado no
laboratório com ajuda de uma balança digital, após a limpeza e remoção das folhas
exteriores sujas em processo de senescência ou doentes e danificadas. Enquanto o peso
fresco médio de planta (g/planta) em cada tratamento foi determinado como o quociente
entre o peso fresco total e o número de plantas medidas.
32
O rendimento de alface (t/ha) em cada tratamento foi determinado como o produto entre
o peso fresco médio (g/planta) e a densidade de plantas (DP) de 66667 plantas/ha. A
densidade de plantas foi calculada usando a seguinte formula:
𝐴𝐴
DP = 𝑋𝑋 1000 𝑚𝑚2 /ha
𝐵𝐵
DP (plantas/ha) = A/B × 10000 m2/ha; onde A é o número total de plantas em cada parcela
(15 plantas); B é a área total da parcela de 2.25 m2 (1.5 × 1.5 m2; área útil + área entre
parcelas).
Oitenta dias após a aplicação do esterco, após a primeira colheita, foram retiradas
amostras de solo compostas em cada tratamento e repetição a uma profundidade de 0-10
cm através duma sonda para a determinação da condutividade eléctrica (CE) e o total de
sólidos dissolvidos (TDS). Uma amostra composta de solo consistiu de três amostras
retiradas nas extremidades e no meio de cada parcela.
A CE e TDS foram determinadas num extracto de solo: água de 1:5 após agitação por um
período de 30 minutos. Isto é, 10 g de solo seco (tamanho de partículas < 2 mm) de cada
tratamento foi misturado com 50 mL de água desionizada num frasco de 100 mL. Três
amostras foram preparadas para cada tratamento. A CE foi medida usando o medidor de
EC (Texeira et al., (2017). enquanto o TDS foi determinado usando o medidor de TDS
Os instrumentos foram devidamente calibrados antes da medição.
33
Os dados dos parâmetros avaliados foram submetidos ao teste de normalidade dos
resíduos de Shapiro-Wilk e teste dechomogeneidade de variâncias de Fligner-Killeen a
5% de probabilidade. A significância da diferença de médias entre os tratamentos foi
testada com a ANOVA e o teste de Diferença Honestamente Significativa de Tukey
(Tukey DHS) a 5% de probabilidade usando o pacote estatístico R versão 3.5.3 (R Core
Team, 2019).
34
4 Resultados Discussão
4.1 Rendimento de alface no primeiro cultivo
Por outro lado a diferença de rendimento entre as variedades de alface pode estar
relacionada com as características genéticas das variedades, uma vez que a variedade
Great Lakes possuiu um rendimento potencial de 20 ton/ha que é superior ao rendimento
potencial de 5.99 t/ha da variedade Maira (Silva et al, 2000).
35
Tabela 3. Efeito de esterco bovino e galináceo sobre o rendimento de duas
variedades de alface em 2021.
O efeito residual do esterco animal sobre o rendimento foi sinficante (p < 0.05) (figura 8)
Diferentemente do primeiro cultivo, o tratamento esterco bovino apresentou um
rendimento da variedade Great lakes superior comparando com o esterco galináceo e o
controlo. Este resultado sugere que o esterco bovino é mais efectivo a longo prazo que a
curto prazo, enquanto o esterco galináceo é mais efectivo a curto que a longo prazo em
incrementar o rendimento de alface.
O uso agrícola de resíduos orgânicos, como esterco gado e esterco de ave, é um recurso
vantagioso, que tem sido recomendado por proporcionar benefícios agronómicos, como
elevação de pH do solo (Silva et al., 2001) redução da acidez potencial e aumento da
disponibilidade de nutrientes (Briton et al., 1997
36
18
a
Rendimento de alface (ton/ha)
16
14 ab
12
10
8 b
6
4
2
0
EG EB CO
Tratamentos
Figura 8. Efeito residual do esterco galináceo (EG) e bovino (EB) no rendimento de alface.
Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem significativamente a 5% pelo teste de
Tukey DHS. As barras verticais representam o erro padrão (n = 3).
Os sólidos presentes em águas correspondem aos sólidos totais dissolvidos e aos sólidos
totais suspensos, sendo suas origens as mais diversas: águas poluídas, erosão natural,
detritos de origem orgânica, plâncton, materiais arrastados pelas águas de irrigação (REIS
et al., 2007).
De acordo com Gondim (2010) cita que a CE deve obter de 200 mS/cm2 podendo reduzir
até 170 mS/cm2 para suprir a necessidade nutricional da planta nos sistemas orgânicos de
produção.
De acordo com os dados de condutividade eléctrica ficou evidente que o baixo rendimento
dos tratamentos sem esterco deveu-se provavelmente a deficiência de nutricional por não
terem recebido nutrientes via adubação. Segundo (Huett, 1994), plantas de alface
cultivadas em baixa condutividade eléctrica (0,4 mS/cm), apresentaram deficiências de
nitrogénio e potássio, e altos teores de cálcio em folhas novas, sendo que as deficiências
diminuíram com o aumento da condutividade eléctrica da solução nutritiva. Embora não
tenham sido apresentados dados relativos a análises químicas de folhas, a baixa absorção
de nitrogénio e potássio e fósforo pode ter sido a causa da menor produção de biomassa
fresca na menor condutividade eléctrica.
38
Resultados semelhantes foram encontrados por Costa et al. (2001). A condutividade
eléctrica da solução nutritiva influenciou o peso fresco e seco da cabeça de alface, sendo
o maior valor obtido com a CE de 24 microsiemens/meter (uS/m). Essa condutividade foi
a mais indicada para o cultivo de alface americana, cultivar Ryder, em hidropónica, nas
condições estudadas. Compara com os nossos valores.
Médias seguidas pelas mesmas letras não diferem significativamente a 5% pelo teste de
Tukey HSD. Os números entre parêntesis representam o erro padrão (n = 3). Significância:
NS, não significante; ** significante a P < 0.01; *** Significante
39
5 Conclusões
Este trabalho permite, também, concluir que a alface em sistema orgânico de produção se
caracteriza como boa opção para a agricultura, uma vez que possibilitam melhor
qualidade da planta, permite que o solo fique mais enriquecido, assim sendo, aumenta
resistência das plantas a doenças, pragas, resistência climáticas e além de aumentar
também a capacidade do solo em armazenar água.
40
6 Recomendações.
Aos Investigador
Aos agricultores
Recomendo aos agricultores a aplicar a adubação orgânica 30 dias antes do plantio para
cultura de ciclo curto, no caso de cultivo recomendo aplicao do esterco de galinha por
este apresntar uma disponibilidade rápida de nutrientes e no caso de cultivo sucessivo
recomento ao do esterco do gado bovino por este levar mais tempo presente no solo
Aos extensionistas.
41
7 Referencia Bibliográfica
1. Filho, j. P., Freire, M. d., Freire, F. J., Miranda, M. F., Pessoa, L. M., & Kamimura,
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ovino em cultivos sucessivos. Campina Grande, Brasil.
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Moçambique: Características, Tecnologias de Produção e de Pós-Colheita (1ª
edição ed.). Brasília, DF, brasil: Embrapa.
3. Malia, H. A., Ecole, C. C., de Melo, W. F., & Resende, F. V. (2015). Avaliação
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colheita/
VII. Apêndice
44
Imagem do ensaio.
45
Anexo 2 Sementeira Anexo 1 Planta de alface com 20 .
dias
46
A figura ilustra as actividades feita no laboratório
47
Anexo 7 Medindo totais de Anova Geral
Anexo
sólidos 8dissolvidos
Pesando a
amostra do solo
Experimento 1: Efeito de esterco bovino (EB) e galináceo (EG) sobre
o rendimento de duas variedades de Alface (Great Lake, V1; Maira, V2)
results<-read.delim(file.choose(),header = T)
> attach(results)
> names(results)
[1] "Fertilizer" "Variety" "Yield"
> model<-aov(Yield~Fertilizer*Variety)
> summary(model)
Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
Fertilizer 2 337.3 168.6 64.83 3.70e-07 ***
Variety 1 480.3 480.3 184.64 1.20e-08 ***
Fertilizer:Variety 2 142.6 71.3 27.41 3.36e-05 ***
Residuals 12 31.2 2.6
---
Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1
> TukeyHSD(model)
Tukey multiple comparisons of means
95% family-wise confidence level
$Fertilizer
diff lwr upr p adj
EG-EB 2.425712 -0.05866558 4.910089 0.0558400
EN-EB -7.726380 -10.21075693 -5.242002 0.0000072
EN-EG -10.152091 -12.63646866 -7.667714 0.0000004
$Variety
diff lwr upr p adj
V2-V1 -10.3317 -11.98834 -8.675056 0
48
$`Fertilizer:Variety`
diff lwr upr p adj
EG:V1-EB:V1 2.2121991 -2.211328 6.6357262 0.5676660
EN:V1-EB:V1 -13.8009006 -18.224428 -9.3773735 0.0000025
EB:V2-EB:V1 -14.5237190 -18.947246 -10.1001918 0.0000015
EG:V2-EB:V1 -11.8844946 -16.308022 -7.4609675 0.0000125
EN:V2-EB:V1 -16.1755776 -20.599105 -11.7520505 0.0000004
EN:V1-EG:V1 -16.0130997 -20.436627 -11.5895726 0.0000005
EB:V2-EG:V1 -16.7359180 -21.159445 -12.3123909 0.0000003
EG:V2-EG:V1 -14.0966937 -18.520221 -9.6731666 0.0000020
EN:V2-EG:V1 -18.3877767 -22.811304 -13.9642496 0.0000001
EB:V2-EN:V1 -0.7228183 -5.146345 3.7007088 0.9926516
EG:V2-EN:V1 1.9164060 -2.507121 6.3399331 0.6960911
EN:V2-EN:V1 -2.3746770 -6.798204 2.0488501 0.4983646
EG:V2-EB:V2 2.6392243 -1.784303 7.0627515 0.3935063
EN:V2-EB:V2 -1.6518586 -6.075386 2.7716685 0.8028746
EN:V2-EG:V2 -4.2910830 -8.714610 0.1324441 0.0591449
results<-read.delim(file.choose(),header=T)
> attach(results)
> frame<-stack(results)
> attach(frame)
> names(frame)<-c("fertilizer","yield")
> attach(frame)
> model<-aov(fertilizer~yield)
> summary(model)
Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
yield 2 101.49 50.75 7.404 0.024 *
Residuals 6 41.12 6.85
---
Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1
> TukeyHSD(model)
Tukey multiple comparisons of means
95% family-wise confidence level
$yield
diff lwr upr p adj
EB-EG 2.780177 -3.778512 9.338867 0.4450503
CO-EG -5.314277 -11.872967 1.244413 0.1039001
CO-EB -8.094455 -14.653144 -1.535765 0.0212892
49
Experimento 1: Efeito de esterco bovino e esterco galináceo sobre a condutividade eléct
rica do solo
results<-read.delim(file.choose(),header = T)
> attach(results)
> names(results)
[1] "Fertilizer" "Variety" "EC"
> model<-aov(EC~Fertilizer*Variety)
> summary(model)
Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
Fertilizer 2 311.11 155.56 7.00 0.00967 **
Variety 1 138.89 138.89 6.25 0.02792 *
Fertilizer:Variety 2 44.44 22.22 1.00 0.39657
Residuals 12 266.67 22.22
---
Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1
> TukeyHSD(model)
Tukey multiple comparisons of means
95% family-wise confidence level
$Fertilizer
diff lwr upr p adj
EG-EB -3.333333 -10.59434 3.9276718 0.4618859
EN-EB -10.000000 -17.26101 -2.7389948 0.0082686
EN-EG -6.666667 -13.92767 0.5943385 0.0731267
$Variety
diff lwr upr p adj
V2-V1 5.555556 0.7137493 10.39736 0.0279154
$`Fertilizer:Variety`
diff lwr upr p adj
EG:V1-EB:V1 -6.666667e+00 -19.5951591 6.261826 0.5380024
EN:V1-EB:V1 -1.000000e+01 -22.9284924 2.928492 0.1711325
EB:V2-EB:V1 3.333333e+00 -9.5951591 16.261826 0.9477709
EG:V2-EB:V1 3.333333e+00 -9.5951591 16.261826 0.9477709
EN:V2-EB:V1 -6.666667e+00 -19.5951591 6.261826 0.5380024
EN:V1-EG:V1 -3.333333e+00 -16.2618258 9.595159 0.9477709
EB:V2-EG:V1 1.000000e+01 -2.9284924 22.928492 0.1711325
50
EG:V2-EG:V1 1.000000e+01 -2.9284924 22.928492 0.1711325
EN:V2-EG:V1 -7.105427e-15 -12.9284924 12.928492 1.0000000
EB:V2-EN:V1 1.333333e+01 0.4048409 26.261826 0.0419081
EG:V2-EN:V1 1.333333e+01 0.4048409 26.261826 0.0419081
EN:V2-EN:V1 3.333333e+00 -9.5951591 16.261826 0.9477709
EG:V2-EB:V2 7.105427e-15 -12.9284924 12.928492 1.0000000
EN:V2-EB:V2 -1.000000e+01 -22.9284924 2.928492 0.1711325
EN:V2-EG:V2 -1.000000e+01 -22.9284924 2.928492 0.1711325
..
results<-read.delim(file.choose(),header=T)
> attach(results)
> names(results)
[1] "Fertilizer" "Variety" "TDS" "X" "X.1" "X.2" "X.3"
[8] "X.4" "X.5" "X.6" "X.7" "X.8"
> model<-aov(TDS~Fertilizer*Variety)
> summary(model)
Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
Fertilizer 2 1964.8 982.4 7.951 0.00633 **
Variety 1 18.0 18.0 0.146 0.70937
Fertilizer:Variety 2 110.3 55.2 0.446 0.65008
Residuals 12 1482.7 123.6
---
Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1
> TukeyHSD(model)
Tukey multiple comparisons of means
95% family-wise confidence level
$Fertilizer
diff lwr upr p adj
EG-EB -21.000000 -38.12120 -3.878802 0.0170078
EN-EB -23.166667 -40.28786 -6.045469 0.0092775
EN-EG -2.166667 -19.28786 14.954531 0.9394145
$Variety
diff lwr upr p adj
V2-V1 -2 -13.41681 9.416811 0.7093677
$`Fertilizer:Variety`
diff lwr upr p adj
EG:V1-EB:V1 -26.3333333 -56.81827 4.151602 0.1062179
EN:V1-EB:V1 -28.3333333 -58.81827 2.151602 0.0741592
EB:V2-EB:V1 -9.0000000 -39.48494 21.484936 0.9120413
51
EG:V2-EB:V1 -24.6666667 -55.15160 5.818269 0.1421893
EN:V2-EB:V1 -27.0000000 -57.48494 3.484936 0.0943208
EN:V1-EG:V1 -2.0000000 -32.48494 28.484936 0.9999071
EB:V2-EG:V1 17.3333333 -13.15160 47.818269 0.4411555
EG:V2-EG:V1 1.6666667 -28.81827 32.151602 0.9999622
EN:V2-EG:V1 -0.6666667 -31.15160 29.818269 0.9999996
EB:V2-EN:V1 19.3333333 -11.15160 49.818269 0.3346899
EG:V2-EN:V1 3.6666667 -26.81827 34.151602 0.9982385
EN:V2-EN:V1 1.3333333 -29.15160 31.818269 0.9999875
EG:V2-EB:V2 -15.6666667 -46.15160 14.818269 0.5413045
EN:V2-EB:V2 -18.0000000 -48.48494 12.484936 0.4037436
EN:V2-EG:V2 -2.3333333 -32.81827 28.151602 0.9998019
52