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SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS DOENTES (SED)

SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS CONTAMINADOS

2009
INTRODUÇÃO

Recinto fechado = criação da era moderna

Prédios antigos x Prédios modernos

Recirculação de ar (partículas e substâncias químicas)

Efeitos na saúde humana


QUALIDADE DO AR EM AMBIENTE FECHADO

Qualidade do ambiente:

- Conforto térmico: 20-24oC


- Umidade relativa: 40-65%
- Odor confortável
- Níveis aceitáveis de agentes biológicos, físicos e químicos

Risco à saúde dos ocupantes

Ambiente interno (artificial-controlado)


x
Ambiente externo (natural)
Dificuldades do controle do ar interno (ventilação...)

Estimativa: 70% de vida em casas e escritórios!

Problemas de saúde = edifícios fechados + materiais


sintéticos de construção

Fatores que influenciam a qualidade do ar interno:

• Idade, modelo, construção e manutenção


• Clima externo
• Qualidade do ar externo
• Sistema de aquecimento-ventilação-condicionamento
• Fontes potenciais de contaminantes
• Ocupantes do edifício
Contaminantes comuns:

• Agentes biológicos: microrganismos, insetos, pólen,


esporos
• Produtos de combustão: CO2, CO, NO2, O3, SO2
• Poeira e materiais fibrosos (asbesto e fibras de vidro)
• Produtos de materiais de construção (formaldeído,
voláteis)
• Agrotóxicos
• Fumaças de cigarro, etc.

Homem – exposição direta


CO2: principal indicador da qualidade do ar interno.

Atividade metabólica (homem ou animal)


+ fontes de combustão
– diluição (ventilação)

Ventilação adequada: baixa [CO2] e de outros contaminantes

Brasil: < 1000 ppm CO2 (indicador da renovação do ar)

Doenças relacionadas a edifícios:

Específicas

Não específicas
DOENÇAS ESPECÍFICAS (PESSOAIS)

Transmissão de doenças infecciosas: tuberculose,


legionelose, etc.

Reações alérgicas a poeiras de espanador, produtos


vegetais ou de fungos

(20-42% da população urbana é alérgica!)

Irritação através de substâncias químicas (voláteis)

Envenenamento por CO (recirculação da fumaça de cigarro


ou esvaziamento de cinzeiros)
DOENÇAS NÃO ESPECÍFICAS

Sintomas relacionados ao trabalho:

a) Irritação da pele
b) Secura da boca, nariz e garganta
c) Dores de cabeça
d) Cansaço
e) Respiração ofegante
f) Tosse
g) Vertigem
h) Dificuldade de concentração

Ar frio: paralisação dos pêlos do sistema respiratório.

Sinusite, rinite, otite, amidalite, faringite, bronquite,


pneumonia, asma, gripes e resfriados...
Rinite Sinusite

Amidalite Otite
Fatores associados:

a) Juventude
b) Sexo feminino
c) Fumante
d) Tipo de trabalho (máquina de xerox)
e) Nível de aglomeração
f) Presença de tapetes
g) Tipo-tamanho de ventilação

AULA: DOENÇAS NÃO ESPECÍFICAS (SED)


PROBLEMAS DE DEFINIÇÃO:

SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS DOENTES (SED)


X
DOENÇA RELACIONADA A EDIFÍCIOS (DRE)

Edifícios doentes x sadios ?


É uma infecção ?
Há transmissão para outros edifícios ?

SED: Quadro de sintomas que afetam os ocupantes – os


poluentes específicos ou fontes não podem ser identificados

DRE: Doença discreta e identificável - pode ser identificado


o poluente específico ou fonte dentro do edifício.
COMO SABER SE O EDIFÍCIO ESTÁ “DOENTE”:

a) Sintomas enquanto se trabalha ou está no edifício


b) Eliminação dos sintomas ao sair do edifício ou trabalhar
fora por um momento
c) Retorno dos sintomas quando volta ao edifício
d) Presença coletiva dos sintomas

A
B A: sem sintomas

B: sintomas moderados
C C: severamente afetados
FATORES NORMALMENTE ASSOCIADOS À CAUSA DA
SED:

FATORES DE CONSTRUÇÃO
FATORES E POLUENTES DO AMBIENTE
FATORES PESSOAIS

1) FATORES DE CONSTRUÇÃO

• Ventilação mecânica
• Níveis de ventilação de ar fresco
• Umidade relativa
• Prédios comerciais com ar-condicionado (predisposição)
• Conforto ambiental: altas temperaturas
• Ambiente visual: iluminação deficiente
2) FATORES E POLUENTES ESPECÍFICOS DO AMBIENTE

• Compostos orgânicos voláteis: solventes, formaldeido, etc.

• CO: fumo, fogões, aquecedores e fornos

• Fibras: asbestos, fibras de vidro

• Bioaerossois: bactéria, fungos, vírus, pólen, excrementos

• Poluentes externos: poeiras, fumaças de veículos e indústrias

• Fatores físicos: iluminação, vibração, barulho, T, etc.


3) FATORES PESSOAIS

• Sexo feminino
• Histórico de alergia
• Tensões relacionadas ao trabalho
• Insatisfação do trabalho
• Psicológico
VENTILAÇÃO
Tipo e quantidade = maiores problemas
Velocidade do ar (1,5m): 0,025 a 0,25 m s-1
Brasil: renovação do ar: > 27m3 h-1 pessoa-1

RESOLUÇÃO Nº 003, 28/06/1990 (CONAMA)


PORTARIA Nº 3.523, 28/08/1998 (MS)
RESOLUÇÃO No 176, 24/10/2000 (ANVISA)
RESOLUÇÃO No 9, 16/01/2003 (ANVISA)

Literatura:
52% ventilação inadequada ***
Ar fresco: respiração, diluições do CO2, cigarro, conforto
pessoal (temperatura do ar)

Padrão: > 27m3 h-1 pessoa-1 (renovação do ar)


Locais de muito movimento: > 17m3 h-1 pessoa-1

Selamento de edifícios (ventilação mecânica e


condicionamento do ar): controle do ambiente, mas não
controle pessoal ou local

Recirculação do ar
Suscetibilidade a falhas
Projetos, instalações mal-feitos
UMIDADE (controle)
- Umidade ALTA: desconforto (alta T) e condensação
- Umidade BAIXA: ressecamento das membranas das
mucosas (desconforto respiratório), olhos e nariz
Maioria ideal: UR 40-60% (Brasil: 40-65%)

Umidificadores (spray, atomização): contaminação !


Doença da Segunda-feira – Monday Sickness
Febre dos umidificadores

Equipamentos para controle: evitar gotículas de água


Suprimento de água: limpo e livre de contaminação
CONFORTO AMBIENTAL
Padrões aceitos internacionalmente (ISO 7730-1984):
a) T de 20-24oC (Brasil: verão 23-26oC, inverno 20-22oC)
b) Variação vertical da T: < 3oC
c) T superfície do piso: 19-26oC (29oC se aquecido)
d) Velocidade média do ar: < 0,15 m s-1 (Brasil < 0,25)

Insatisfação com o ambiente térmico: > em grandes


edifícios (sem controle dos ocupantes)

Estufa: SED (insatisfação com o ambiente de trabalho)


AMBIENTE VISUAL

Iluminação inadequada
Luminosidade opaca ou desuniforme
Brilho desconfortável
Pisca-pisca de luminárias
Janelas com vidros pintados

Esforço visual e dores de cabeça = SED

Instalação de luz temporizada “CONTROLE”


Redução de luz ultravioleta (filtros)
CONTAMINANTES
As principais fontes de contaminação são:

1) Ocupantes do prédio: CO2, H2O, microrganismos, fumo


2) Materiais de construção e decoração: desgaste de
materiais, poeira* de carpetes (aerodispersoides), pisos,
formaldeido (irritante)
3) Máquinas: fotocopiadoras e ozônio
4) Ventilação e ar-condicionado: doenças e infecções (água)

* Brasil: < 80 µg m-3 (grau de pureza do ar e limpeza do


ambiente)
RUÍDOS

Não têm sido considerados como causa principal da SED.

Produtividade e conforto = ambiente acústico

Medidas físicas adequadas e divisórias


(privacidade < 5 pessoas)
FUNGOS

Reações alérgicas (nariz e garganta): esporos

Mais comumente associadas à SED !

Micotoxinas: em poeiras, normalmente há baixa


concentração.

Condições que contribuem para infecção fúngica:

1) Antibióticos
2) Sistema imunológico debilitado (AIDS, leucemia,
transplantes)
3) Predisposição hereditária a infecções (aspergilose)
4) Pele com aberturas, queimaduras ou com traumas
5) Tuberculose, hiperglicemia, etc.
6) Fumaça de cigarro
FONTES DE CONTAMINAÇÃO

a) Ar-condicionado próximo a ninhos de pássaros


b) Ar-condicionado com água parada
c) Janelas fechadas todo o tempo
d) Vazamentos e condensação nas paredes
e) Tapetes que acumulam água
f) Telhados planos e azulejos = meios de cultura
MEDIDAS DE CONTROLE DA UMIDADE

• Evitar condensação de água no teto, paredes e pisos


• Remover tapetes que acumulam água
• Limpar freqüentemente o ar-condicionado (drenagem)
• Consertar vazamentos de tubulações
• Retirar e descartar tetos e tapetes embolorados (com
fungos)
• Descontaminar áreas contaminadas (água sanitária 10% e
repetir 2 vezes a cada 30 min. Limpar com água não
clorada após 2h)

Uma das fontes alergênicas e de toxinas = pode não eliminar


a SED !
BACTÉRIAS

1) Legionelose (Legionella pneumophila): pneumonia,


febre, dores de cabeça, tosse, etc. = aerossóis (tubos
quentes, refrigeradores)

2) Pseudomonas aerguinosa (ar-condicionado): fadiga,


erupção cutânea, otite externa, pneumonia, etc.

3) Endotoxinas bacterianas: tosse, olhos vermelhos, febre


e hipertensão.
PÓLEN E SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS

Pólen = reações alérgicas

Formaldeído: tábuas, tacos


Compostos orgânicos voláteis: associados a tapetes,
materiais de construção, mobílias, produtos de limpeza,
equipamentos de escritório, fumaças de cigarro.

(irritação e cancerígenos)
FUNGOS E BACTÉRIAS EM SISTEMAS DE VENTILAÇÃO

Fungos = potencialmente os mais associados à SED.

Absidia, Rhizopus, Mucor, Cryptococcus, Blastomyces, etc.


Aspergillus (Aspergilose)
Histoplasma (Histoplasmose)
Penicillium (Irritação respiratória e alergias)
Alternaria
Cladosporium
Helminthosporium
Micromonospora Hifas no
pulmão
Esporos: 1 a 100 m = disseminação pelo ar

FILTROS

Esporos de Candida Nocardia no cuspo

Muitos, se não a maioria dos casos de baixa qualidade do ar


e SED estão associados à ocorrência de fungos em
sistemas de ventilação ou em paredes dos edifícios.
MODOS DE AMOSTRAGEM DO AR INTERNO

1) Após o horário de trabalho (atividade mínima ou


ausente)
2) Coleta do ar semi-agressivo (cerca de 20% trabalhando)
3) Coleta do ar agressivo (100% das pessoas trabalhando)

Melhor método ?

Descobrir fontes de contaminação: (3)


Caracterizar a ecologia do fungo: (2) a (3)

Amostrador de Anderson: meios para fungos com rosa


bengala (EUA)
Padrões: Lab. Ambiental do US Air Force: < 200 UFC m-3
Amostragem do ar interno e externo!
BRASIL:
PADRÕES REFERENCIAIS – ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS:
1) Valor máximo recomendável: < 750 UFC m-3
2) Relação I/E (interno/externo): < 1,5
3) Inaceitável a presença de fungos patogênicos e toxigênicos

AMOSTRAGENS:
1) Avaliação semestral
2) Amostrador de ar por impactação com acelerador linear
3) Instalação: 1,5 m do chão (interno e externo)
4) Amostragem por 10 min, vazão 25 a 35 L min-1
5) Meios de cultura: vários (ágar Sabouraud Dextrose 4%)
6) Incubação por 7 dias a 25oC
7) 1 amostra externa e 1 amostra interna por andar ou por ar-
condicionado
SED - CUIDANDO DO PACIENTE

a) Evitar locais fechados com aglomeração de pessoas por


longo tempo e sobre carpetes;
b) A pessoa pode adquirir sensibilidade – alergias
c) Evitar contato com fontes alergênicas
d) Tratar a alergia quando as crises surgirem
e) Alérgicos e acima de 50 anos: vacinas contra gripe, etc.
f) Tomar banho na temperatura ambiente
g) Fazer exercícios físicos
h) Praticar natação (piscina fria – menos para quem tem
sinusite)
SED - CUIDANDO DO EDIFÍCIO

a) Planejamento eficiente (espaço, organização)


b) Gerenciamento voltado às pessoas (satisfação)
c) Manutenção adequada e limpeza regular (aparelhos,
dutos, etc.)
d) Limpeza de carpetes, estofados, cortinas (cuidado com
os produtos!) – a vapor
e) Arquivos limpos com aspirador
REFERÊNCIAS

Carmo, A.T.; Prado, R.T.A. Qualidade do ar interno. São Paulo :


EPUSP, 1999. 35 p. -- (Texto técnico da Escola Politécnica da USP,
Departamento de Engenharia de Construção Civil, TT/PCC/23)
ISSN 1413-0386. http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/ttcap23.pdf

RESOLUÇÃO Nº 003, 28/06/1990 (CONAMA)


PORTARIA Nº 3.523, 28/08/1998 (MS)
RESOLUÇÃO No 176, 24/10/2000 (ANVISA)
RESOLUÇÃO No 9, 16/01/2003 (ANVISA)

McL Niven, A.M. et al. Building sickness syndrome in healthy and unhealthy
buildings: an epidemiological and environmental assessment with
cluster analysis. Occupational & Environmental Medicine, London,
v.57, p.627-634, 2000.
Building sickness syndrome in healthy and
unhealthy buildings: an epidemiological and
environmental assessment with cluster
analysis
Síndrome dos Edifícios Doentes em prédios saudáveis e não
saudáveis: uma avaliação epidemiológica e ambiental com
análise em grupo

Occupational & Environmental Medicine, London, v.57, p.627-


634, 2000.

R McL Niven, A M Fletcher, C A C Pickering, E B Faragher, W B Booth


T J Jones, P D R Potter
A Síndrome dos Edifícios Doentes
(SED) é um conjunto de sintomas não
específicos causados por uma série
de fatores, dentre os quais destacam-
se as variáveis ambientais e os
microrganismos.
OBJETIVOS

Relacionar os sintomas da SED com


as variáveis ambientais em prédios
com design moderno, eficientes ar
condicionados e com um programa
de manutenção satisfatória.
METODOLOGIA
Edifícios:

- A, B e C: Design moderno e ar
condicionados eficientes;

- D: Com ventilação natural controlada;

- E: Conhecidamente um prédio doente.


TABELA 1: Características principais dos 5 edifícios

Edifícios: A B C D E

Idade
10 4 2 18 20
(anos)

População 1200 600 250 600 500

% homens 60 50 50 60 40
METODOLOGIA
População Alvo:
• Critério: pessoas que passavam mais de 80% do
tempo de trabalho nos escritórios e que tinham sido
empregadas há mais de três meses;

• Questionário: sintomas e freqüências.

Coriza, letargia, nariz congestionado,


coceira nos olhos, garganta seca, pele
ressecada e dores de cabeça.
TABELA 2: Características principais da população alvo (de estudo)

Edifícios: A B C D E

Média de idade 30,7 30,5 39,1 38,2 37,8

População 233 224 140 258 276


Não avaliados (%) 15 23 3 17 30

Fumantes (%) 19,5 20,7 14,2 26,6 17,3


METODOLOGIA
Questionário

Sintomas

Hot Spots Cold Spots


(áreas com muitos sintomas) (áreas com poucos sintomas)

Variáveis
Ambientais
METODOLOGIA
Variáveis Ambientais:
- Movimento do ar;
- Conforto térmico;
- Umidade relativa;
- Partículas respiráveis; Ao todo foram avaliadas
- Variáveis sonoras; mais de 118 variáveis
- Iluminação;
- Dióxido de Carbono;
- Monóxido de Carbono;
- Íons atmosféricos;
- Formaldeído;
- Carbono Orgânico.
METODOLOGIA
Análise Estatística:
- Método Multivariável;
- 99,99% de representatividade (p=0,01%);
- Foram realizados mais de 5000 testes de
significância.
RESULTADOS
• Prédios A e B: Prédios saudáveis e menor prevalência de
sintomas;

• Prédio C: Maior freqüência de sintomas (inesperado);

• Prédio D: Baixa freqüência de sintomas, porém com


desempenho inferior ao do A e B;

•Prédio E: Conhecidamente um prédio doente, apresentou o


pior ambiente;
GRÁFICO 1: Sintomas individuais da população alvo (%)

40

35

30

25

20

15

10

0
Nariz Coriza Coceira nos olhos Garganta Dor de cabeça Letargia Pele ressecada
congestionado ressecada

Edifícios: A B C D E
GRÁFICO 2: Sintomas individuais da população alvo nos prédios A e C

40

35

30

25

20

15

10

0
Nariz Coriza Coceira nos Garganta Dor de cabeça Letargia Pele ressecada
congestionado olhos ressecada

Edifícios: A C
RESULTADOS
Prédios A e B:
TABELA 3: Sintomas e variáveis ambientais no prédio A
Sintomas Causas Valor de p
Nariz entupido Ruídos de baixa freqüência <0,001
Garganta ressecada Temperatura <0,01
Letargia Temperatura <0,01

TABELA 4: Sintomas e variáveis ambientais no prédio B


Sintomas Causas Valor de p
Coceira nos olhos Umidade relativa baixa <0,01
Particulados <0,001
Dor de cabeça
Umidade relativa baixa <0,001
Letargia Particulados <0,01
Pele ressecada Particulados <0,001
RESULTADOS
Prédio C:

•Alto nível de sintomas (inesperado): modificações durante o


experimento e população-alvo menor.

• Maior freqüência de letargia: altas concentrações de CO2


devido a má ventilação.

• Aumentos de temperatura, redução da umidade e índices


térmicos foram prognósticos de sintomas.
TABELA 5: Sintomas e variáveis ambientais no prédio C

Sintomas Causas Valor de p


Nariz Umidade relativa baixa <0,01
congestionado Particulados <0,001
Aumento de temperatura <0,01
Coceira nos olhos
Ruído de alta freqüência <0,001
Gradiente vertical de temperatura <0,001
Temperatura assimétrica horizontal <0,01
Letargia Temperatura de bulbo seco <0,001
Aumento da concentração de CO2 <0,001
Particulados <0,01
Gradiente vertical de temperatura =0,01
Temperatura global <0,001
Pele ressecada Temperatura assimétrica horizontal <0,01
Aumento do ruído de baixa freqüência <0,01
Particulados <0,01
RESULTADOS
Prédio D:

• Desempenho inferior em relação aos edifícios A e B.

• Aumentos de temperatura, gradientes de temperatura e redução


de conforto térmico foram prognósticos dos sintomas.

• As medidas de conforto térmico e particulados tiveram grande


influência nos sintomas desse edifício.

Ventilação Natural !
TABELA 6: Sintomas e variáveis ambientais no prédio D

Sintomas Causas Valor de p


Coriza Conforto térmico <0,01
Gradiente de temperatura na superfície <0,001
Coceira nos olhos
Temperatura média <0,001
Taxa de difusão do ar =0,01
Turbulência do ar <0,001
Dor de cabeça
Temperatura média <0,01
Redução do ruído de alta frequência <0,01
Letargia Particulados =0,01
RESULTADOS
Prédio E:

• Conhecidamente um prédio doente;

• Pior ambiente e maior número de sintomas;

• Possui a maior concentração global de particulados que


influenciou em todos os sintomas, exceto pele seca.

Má ventilação → Grande vilã


RESULTADOS
TABELA 7: Sintomas e variáveis ambientais no prédio A
Sintomas Causas Valor de p
Nariz entupido Ruídos de baixa freqüência <0,001
Garganta ressecada Temperatura <0,01
Letargia Temperatura <0,01

TABELA 8: Sintomas e variáveis ambientais no prédio E


Sintomas Causas Valor de p
Gradiente de temperatura vertical <0,01
Temperatura radiante =0,01
Garganta ressecada Aumento da concentração de CO2 =0,01
Redução de íons negativos <0,01
Particulados <0,01
Redução de ruído de alta frequência <0,01
Letargia Aumento do ruído de baixa frequência =0,01
Particulados =0,01
RESULTADOS
Análise Conjunta:

• Na análise conjunta particulados e ruídos estiveram


relacionados a todos os sintomas ;

• Grande número de particulados, especialmente os de grande


diâmetro, estiveram relacionados com coceira nos olhos,
garganta seca, dor de cabeça e letargia.
TABELA 9: Sintomas e variáveis ambientais na análise conjunta

Sintomas Causas Valor de p


Ruídos de baixa freqüência <0,01
Nariz entupido
Aumento do ruído de baixa freqüência <0,01
Coriza Turbulência do ar <0,01
Gradiente de temperatura dos pés a cabeça <0,01
Coceira nos olhos Aumento do ruído de baixa freqüência =0,001
Particulados <0,01
Variação diurna da temperatura <0,001
Garganta ressecada
Particulados <0,001
Temperatura de bulbo seco <0,01
Dor de cabeça
Particulados <0,001
Diversas medidas de barulho -------
Letargia
Particulados <0,001
Garganta ressecada Aumento do ruído de baixa freqüência <0,01
CONCLUSÃO
• Edifícios bem planejados, com condicionadores de ar eficientes
e boa manutenção podem gerar ambientes internos melhores que
os naturalmente ventilados.

• Altas concentrações de particulados e ruídos (especialmente os


de baixa freqüência) possuem grande influência nos sintomas da
SED e devem ser melhor estudados em futuras pesquisas.

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