Você está na página 1de 85

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA TÊXTIL

FERNANDA MIRANDA BORRASCA


KEVIN HENRIQUE DOS SANTOS
LUIZ FELIPE AZEVEDO DE CAMPOS
MATHEUS DA SILVA RODRIGUES

PROJETO INDUSTRIAL TÊXTIL

APUCARANA
2022
FERNANDA MIRANDA BORRASCA
KEVIN HENRIQUE DOS SANTOS
LUIZ FELIPE AZEVEDO DE CAMPOS
MATHEUS DA SILVA RODRIGUES

Projeto Industrial Têxtil apresentado à disci-


plina de Projetos Industriais Têxteis do Curso
de Graduação em Engenharia Têxtil da Uni-
versidade Tecnológica Federal do Paraná -
UTFPR Campus Apucarana, como requisito
parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Engenharia Têxtil.

Orientador: Prof. Dr. Flávio Avanci de Souza.

APUCARANA
2022
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus pela sabedoria, paciência, determinação


e saúde, pois certamente sem isso não seria possível concluir este trabalho. Também
agradecemos ao corpo docente têxtil por toda sua atuação específica e
multidisciplinar.
Especialmente, nossos sinceros agradecimentos ao professor Dr. Flávio
Avanci de Souza, o responsável pela disciplina de projetos industriais, por prestar todo
o apoio necessário e estar sempre disponível para tirar dúvidas e dar orientações.
Também agradecemos a todos os envolvidos que de alguma forma
contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho. Sua ajuda foi muito importante
para o nosso sucesso.
Por fim, agradecemos à banca de avaliação, que se disponibilizou a participar
dessa etapa final do nosso projeto.

Muito obrigado a todos!


RESUMO

Esse trabalho visa apresentar o projeto de uma empresa do setor têxtil de confecção,
nomeada ÉdenTex, que trabalha com produtos da linha cama, mesa e banho. Dentre
os artigos disponíveis nessa linha, a empresa é especializada na produção de edre-
dons, confeccionados no tamanho casal e solteiro. A localização da empresa foi defi-
nida para cidade de São Bento do Sul, no estado de Santa Catarina. Ao longo do
trabalho, será detalhada a cadeia produtiva, que tem capacidade 8.800 edredons, e a
estrutura organizacional da empresa, que opera de segunda a sexta das 08h as 17h48
com 1h de almoço.

Palavras-Chave: Têxtil; edredons; cadeia produtiva; estrutura organizacional.


ABSTRACT

This work aims to present the project of a company in the textile sector, named
ÉdenTex, which works with products from the bed, table and bath line. Among the
articles available in this line, the company specializes in the production of duvets, made
in double and single sizes. The company's location was defined as the city of São
Bento do Sul, in the state of Santa Catarina. Throughout the work, the production chain
will be detailed, which has a capacity of 8.800 duvets, and the organizational structure
of the company, which operates from Monday to Friday from 08:00 to 17:48 with 1 hour
for lunch.

Keywords: Textile; duvet; productive chain; organizational structure.


LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Logo.
Figura 2 – Localização do terreno.
Figura 3 – Distribuição de classe.
Figura 4 – Distribuição e análise térmica.
Figura 5 – Produto referência | Edredom Casal.
Figura 6 – Etiqueta de logo.
Figura 7 – Etiqueta de conservação.
Figura 8 – Fluxograma geral.
Figura 9 – Sequência dos subsetores da confecção.
Figura 10 – Enfestadeira Bullmer KW2000S.
Figura 11 – Máquina de corte Siruba.
Figura 12 – Overloque.
Figura 13 – Máquina de corte transversal a quente.
Figura 14 – Suporte de inserção de manta.
Figura 15 – Máquina reta eletrônica.
Figura 16 – Máquina pantográfica matelassê.
Figura 17 – Embaladeira EW100.
Figura 18 – 5W2H.
Figura 19 – Diagrama de Ishikawa.
Figura 20 – Ciclo PDCA.
Figura 21 – TAG para manutenção preventiva.
Figura 22 – Checklist equipamento.
Figura 23 – Ordem de manutenção corretiva.
Figura 24 – Planta baixa.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Análise SWOT
Quadro 2 – Aspectos relevantes de localidade.
Quadro 3 – Níveis de ponderação.
Quadro 4 – Peso do fator.
Quadro 5 – Ponderação.
Quadro 6 – Cidades mais frias do Brasil.
Quadro 7 – Fornecedores de matéria prima direta
Quadro 8 – Maiores marcas de cama, mesa e banho.
Quadro 9 – Ficha técnica edredom solteiro.
Quadro 10 – Ficha técnica edredom casal.
Quadro 11 – Dados do tecido percal 100% CO.
Quadro 12 – Dados da manta sintética.
Quadro 13 – Dados da linha de costura.
Quadro 14 – Sequencial operacional.
Quadro 15 – Mão-de-obra geral.
Quadro 16 – Dimensionamento do turno comercial.
Quadro 17 – Cálculos de quantidade de máquinas.
Quadro 18 – Ficha técnica da enfestadeira Bullmer KW2000S.
Quadro 19 – Ficha técnica da máquina de corte.
Quadro 20 – Ficha técnica da máquina de overloque.
Quadro 21 – Ficha técnica da máquina de corte transversal a quente.
Quadro 22 – Ficha técnica da máquina reta.
Quadro 23 – Máquina pantográfica do matelassê.
Quadro 24 – Ficha técnica embaladeira EW100.
Quadro 25 – Ordem de produção.
Quadro 26 – Objetivos do PCP.
Quadro 27 – Previsão e programação de vendas.
Quadro 28 – Quadro I da NR-4.
Quadro 29 – Equipamentos de proteção individual adaptados à NR-6.
Quadro 30 – Equipamentos de proteção individual para trabalho em altura adap-
tados à NR-6.
Quadro 31 – Tipos de extintores de incêndio.
Quadro 32 – Classificação de resíduos sólidos.
Quadro 33 – Legenda planta baixa.
Quadro 34 – Legenda maquinários.
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
ABIT Associação Brasileira da Indústria Têxtil
AET Análise Ergonômica do Trabalho
CA Certificado de Aprovação
CF Constituição Federal
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLCB Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
CO Cotton, algodão
EPI Equipamento de proteção Individual
ERP Sistema Integrado de Gestão Empresarial
GRO Gerenciamento de Riscos Operacionais
PES Poliéster
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PGR Programa de Gerenciamento de Riscos
PH Profissional habilitado
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PIB Produto Interno Bruto
PCP Planejamento e Controle de Produção
MTP Ministério do Trabalho e Previdência
MRP Planejamento das Necessidades de Materiais
MPS Programa-Mestre de Produção
NBR Norma Técnica Brasileira
NR Norma Regulamentadora
SESMET Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
SST Segurança e Saúde no Trabalho
Km Quilômetros
ACISBIS Associação Empresarial de São Bento do Sul
FASISC Federação das Associações Empresariais
CACB Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO12
1.1 Memorial Descritivo12
1.2 Planejamento Estratégico12
1.2.1 Análise SWOT12
1.3 Visão Sustentável13
1.4 Missão13
1.5 Valores13
1.6 Marca13
2 LOCALIZAÇÃO15
2.1 Seleção, Ponderação e Escolha15
2.2 São Bento do Sul18
2.3 Benefícios municipais18
2.4 Localização da Empresa19
3 PESQUISA DE MERCADO21
3.1 Introdução ao setor de cama, mesa e banho21
3.2 Perfil do Consumidor22
3.3 Fornecedores22
3.4 Localização de Grandes Marcas23
4 LINHA DE PRODUTOS25
4.1 Descrição do Artigo25
4.2 Ficha Técnica26
4.3 Etiquetas Erro! Indicador não definido.
4.4 Matéria-Prima Erro! Indicador não definido.31
4.5 Sequência Operacional311
4.6 Aplicação32
5 SETOR ADMNISTRATIVO32
6 SETOR PRODUTIVO34
6.1 Estoque da Matéria-PrimaErro! Indicador não definido.
6.2 ConfecçãoErro! Indicador não definido.
6.3 Enfesto do Tecido 100% AlgodãoErro! Indicador não definido.
6.4 Corte do tecidoErro! Indicador não definido.
6.5 Costura do envelope na máquina overloqueErro! Indicador não definido.
6.6 Corte da Manta SintéticaErro! Indicador não definido.
6.7 Inserção da manta sintética no envelopeErro! Indicador não definido.
6.8 Costura na Máquina RetaErro! Indicador não definido.
6.9 Costura da máquina pantográficaErro! Indicador não definido.
6.10 Revisão de QualidadeErro! Indicador não definido.
6.11 EmbaladeiraErro! Indicador não definido.
6.12 ExpediçãoErro! Indicador não definido.
7 SETORES DE APOIO47
7.1 Planejamento e Controle da Produção47
7.2 Gestão de Qualidade52
7.2.1 Plano de Ação 5W2H52
7.2.2 Diagrama de Ishikawa54
7.2.3 Ciclo PDCA55
7.3 Controle de Qualidade56
7.4 Manutenção Industrial57
7.5 Segurança no Trabalho59
7.5.1 Serviço especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho (SESMET)59
7.5.2 Dimensionamento SESMET60
7.5.3 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)60
7.5.4 Dimensionamento CIPA61
7.5.5 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)61
7.5.6 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)64
7.5.7 Dimensionamento do PCMSO65
7.5.8 Ergonomia65
7.5.9 Medidas de prevenção ergonômica67
7.5.10 Implementação do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais e Programa
de Gerenciamento de Riscos na Empresa67
7.5.11 Insalubridade68
7.5.12 Periculosidade68
7.5.13 Atividade e Operações Perigosas na Empresa69
7.5.14 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais69
7.5.15 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos69
7.5.16 Medidas de proteção para máquinas e equipamentos na empresa71
7.5.17 Proteção contra incêndio71
7.5.18 Extintores de incêndio72
7.5.19 Sinalização de Segurança73
7.5.20 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade74
7.5.21 Trabalho em Altura74
7.5.22 Integração e Regras de Segurança no Trabalho75
8 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS76
8.1 Objetivos76
8.2 Tipos e Classificação de Resíduos77
8.3 Coleta, transporte e acondicionamento de resíduos78
8.4 Destinação final78
9 LAYOUT E PLANTA BAIXA78
10 CONCLUSÃO80
REFERÊNCIAS81
12

1 INTRODUÇÃO

1.1 Memorial Descritivo


A ÉdenTex é uma indústria têxtil de confecção que trabalha com edredons,
considerada de médio porte. Estará localizada na cidade de São Bento do Sul – SC,
em um terreno de 3.640 m², sendo que apenas 2.316 m² estão construídos, o que
possibilita futuras expansões. Com o desenvolvimento no mercado regional, a em-
presa obteve boa reputação no estado de Santa Catarina e anualmente produz 8.800
unidades de edredons mensais.
No quesito organizacional, a empresa pode ser dividida genericamente em
duas partes: setor administrativo e setor produtivo, que juntos possuem o total de 21
funcionários. Além disso, opera atendendo o horário comercial das 08:00 horas às
17h48 horas, com 1 hora de intervalo para almoço.

1.2 Planejamento Estratégico

O termo planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de


desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da
empresa, as mudanças e oportunidades de mercado. Em outras palavras, é a linha
de raciocínio que uma empresa tem para tomar decisões internas de funcionamento.
Seu objetivo é orientar os negócios e produtos da empresa com o intuito de obter
lucros e crescimentos consideráveis (KOTLER, 1992).
Dentre as ferramentas disponíveis para auxiliar na elaboração de um
planejamento estratégico, a ÉdenTex utiliza modelos como, análise SWOT (Strengths-
Força, Weaknesses-Fraqueza, Opportunities-Oportunidades e Threats-Ameaças),
para construir sua base estratégica.

1.2.1 Análise SWOT

A ferramenta de Análise SWOT permite identificar os pontos fortes e fracos,


oportunidades e ameaças referente à empresa, em âmbito interno e externo (FILHO,
2015). Dessa forma, é possível montar a Análise SWOT para ÉdenTex, apresentada
no Quadro 1.
13

Quadro 1 – Análise SWOT.


Categoria Descrição
Qualidade de serviço
Parque fabril novo
Forças Equipamento moderno
Cultura e organização
Localização
Funcionários recém-contratados
Fraquezas
Treinamento de colaboradores
Clima favorável
Oportunidades Concorrência
Mercado estável
Crise financeira
Ameaças
Cassação pela concorrência
Fonte: Autores, 2022.

1.3 Visão Sustentável

Evoluir continuamente, ganhando destaque e liderando o mercado de cama


mesa e banho, reservado a edredons, além de buscar sempre novas tecnologias para
aprimorar o setor.

1.4 Missão

Ser uma empresa flexível, moderna e consciente, sempre bem-informada das


inovações do mercado, para poder fornecer os melhores produtos ao consumidor,
tudo isso sem agredir o meio ambiente.

1.5 Valores

Trabalhar acompanhando todos os princípios da honestidade, da ética e do


comprometimento, com respeito ao próximo e ao meio ambiente.

1.6 Marca

A ÉdenTex é uma marca tradicional brasileira, fundada em criatividade, cora-


gem e disposição. Ela busca o desenvolvimento econômico próprio, mas não deixa
de se importar com a sociedade, mantendo um plano de colaboração para que todo
14

resíduo reciclável gerado possa ser encaminhado para a reciclagem, ao mesmo


tempo que 100% do resíduo não reciclável (rejeito) gerado é enviado para um aterro
industrial, evitando assim que esse seja descartado no ambiente.
Na ÉdenTex, acreditamos que equipamentos modernos e de qualidade são es-
senciais para um fluxo produtivo, sem gargalos. Portanto, todo o parque fabril é com-
posto por máquinas novas e de tecnologia avançada, com procedimentos automati-
zados e padronizados. Tudo isso para garantir que os produtos sejam mais do que o
cliente espera.
Para ser possível transparecer qual é o serviço da empresa, a escolha do nome
veio a partir de palavras que se referem ao serviço oferecido. A palavra “Éden” é de
origem Suméria; quando traduzida para o português, significa “planície”. Mas seu sig-
nificado e símbolo histórico religioso remete a um lugar de delícias, um paraíso. O livro
de Gênesis conta que o jardim tinha lindas árvores frutíferas. A cor característica re-
lacionada ao que é descrito anteriormente é o verde que, juntamente com o dourado,
realmente leva o cliente a associar ao paraíso. Concordantemente, o slogan, “Deite-
se e sinta-se no paraíso”, afirma o propósito de conforto.

Figura 1 – Logo.

Fonte: Autores, 2022.


15

2 LOCALIZAÇÃO

2.1 Seleção, Ponderação e Escolha

Em um projeto industrial, o local onde será instalada a planta é muito


importante, pois envolve diversos aspectos locais, econômicos e sociais da região,
sendo que todos refletem no planejamento estratégico a curto, médio e longo prazo
(Bavaresco, 2013).
Para decidir onde a fábrica será construída, alguns aspectos foram levados em
conta, a saber: clima, mercado consumidor, presença de concorrentes, benefícios
municipais e acesso rodoviário.
Com base nessas características, quatro cidades foram selecionadas para
avaliação: Campos do Jordão (SP), São José dos Campos (SP), Gravatal (SC), e São
Bento do Sul (SC). O conceito inicial para seleção veio da análise do mapa da
meteorologia da Figura 4, onde observou-se que a maior concentração de grandes
marcas do setor cama, mesa e banho está localizada entre os estados de São Paulo
e Santa Catarina, com preferência de regiões mais frias.
Falando especificamente de cada cidade, Campos do Jordão é um município
localizado no interior do estado de São Paulo, na Serra da Mantiqueira; faz parte da
recém-criada Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, sub-região 2
de Taubaté.
São José dos Campos é uma cidade que une cultura, tradição e tecnologia. Na
região urbana estão localizados institutos federais de pesquisa científica, empresas
de tecnologia, universidades e centros de formação de mão de obra qualificada. A
zona rural representa quase 70% do território do município, boa parte em áreas de
proteção ambiental.
A cidade de Gravatal está localizada ao Sul do estado de Santa Catariana,
possui como municípios limítrofes Armazém, Imaruí, Laguna, Braço do Norte, São
Ludgero, Tubarão e Capivari de Baixo. O clima é temperado; ao longo do ano a
temperatura média varia entre 18 ºC e 27 ºC.
Por fim, localizado na região norte do estado de Santa Catarina, a cidade de
São Bento do Sul ocupa uma área de 496 quilômetros quadrados. A principal atividade
econômica é a produção de móveis, mas também se destaca em outros setores da
indústria: higiene e limpeza, metalúrgica, fiação e tecelagem, cerâmica e plástico. Na
16

agropecuária, os principais cultivos são de cereais, além da pecuária leiteira e de


corte.
Para que a decisão seja precisa e atenda a uma métrica, é necessário realizar
uma avaliação específica. Para tanto, foi utilizado o método de ponderação qualitativa
(descrito pela Equação 1), em que são atribuídos aspectos relevantes para escolha
da localidade, seu peso de relevância e nível de ponderação. A pontuação final de
uma cidade é calculada pelo somatório das notas de ponderação.
Equação 1 – Ponderação Final.

𝑁 = ∑ 𝐹 𝑥𝑃

1. N = Ponderação final;
2. Fator ponderado;
3. Peso do fator
Para facilitar a escolha dos aspectos relevantes de localidade, o Quadro 2
apresenta uma relação de fatores Qualitativos e cidades previamente selecionadas.
Quadro 2 – Aspectos Relevantes de Localidade.

São José dos São Bento do


FATOR/ Campos do Jordão Gravatal
CIDADE Campos Sul

Típico clima quente Verão morno e abafado


Verão longo e agradável, com
e temperado, com com o céu quase
algumas precipitações e céu Típico clima tropical, nem
significativo nível de encoberto, no inverno o
encoberto. Inverno curto tão quente nem tão frio, a
pluviosidade clima é ameno.
Clima fresco, céu parcialmente temperatura média anual
durante o ano, até Durante todo o ano a
encoberto. Ao longo do ano é fica por volta de 20 ºC,
períodos secos tem incidência de chuva e a
predominante a temperatura variando entre 12 e 30 ºC.
chuva. Temperatura temperatura varia de 9
entre 5 e 24 ºC.
entre 18 e 27 ºC. a 26 ºC
É um município de
É uma pequena cidade que se
É o quarto município do É um pequeno grande relevância na
destaca pela alta regularidade
ranking, com potencial de município da região região que se destaca
das vendas no ano e pelo
consumo. O PIB da de Tubarão, o PIB pelo elevado potencial
Mercado elevado potencial de consumo.
cidade é cerca de R$ da cidade é cerca de de consumo. O PIB da
O PIB da cidade é cerca de R$
consumidor 3,9bilhões, o PIB per R$ 264,8 milhões e cidade é cerca de R$
1,3bilhões e o PIB per capita é
capita R$ 53mil. O a renda per capita 3,3Bilhões e a renda
R$ 25,3mil. O número
número estimado de R$ 23mil. Estimado per capita é R$ 40mil.
estimado de habitantes é
habitantes é 73mil. 11mil habitantes. O número estimado de
52mil.
habitantes é 85mil.
Aproximadamente São aproximadamente
São mais de 30 empresas
14 empresas para 20 empresas para
Aproximadamente 7 empresas relacionadas ao mercado
artigos de cama, artigos de cama, mesa
Presença de relacionadas ao mercado de de cama, mesa e banho,
mesa e banho, com e banho, com pequeno,
artigos de cama, mesa e sendo de pequeno, médio
concorrentes pequeno, médio e médio e grande porte.
banho, sendo de pequeno e e grande porte, com a
grande porte. Com a Residência de grandes
médio porte. presença de marcas
presença de marcas marcas como
como Altenburg.
como PlumaSul. Buddemeyer.

Benefícios Médio Forte Fraco Forte


municipais
17

Sudoeste; SP – 070
Sudoeste; SP – 066
Sudoeste; 116 Norte; PR – 420
Acesso Sul; SP – 123 Norte; SC – 435
Norte; SP – 050 Oeste; 280
Sudoeste; SP – 050 Sul; SC – 370
Rodoviário Nordeste; 116 Sul; 280
Norte; MGC – 383 Noroeste; SC – 475
Nordeste; SP – 070 Nordeste; SC – 418
Nordeste; SP – 062
Sudeste; SP – 099

Fonte: Autores, 2022.

O Quadro 3 apresenta os níveis de ponderação e o Quadro 4 apresenta os


pesos de cada fator. Com essas informações, é possível construir o Quadro 5, com
os cálculos e o resultado da análise de ponderação da localização.

Quadro 3 – Níveis de Ponderação.


NÍVEIS DE PONDERAÇÃO
Muito Forte 4
Forte 3
Médio 2
Fraco 1
Fonte: Autores, 2022.

Quadro 4 – Peso do Fator.


PESO DO FATOR
Muito Importante 3
Importante 2
Considerável 1
Fonte: Autores, 2022.

Quadro 5 – Ponderação.

Fonte: Autores, 2022.


18

A cidade escolhida para a construção da ÉdenTex foi São Bento do Sul (SC), com
base no cálculo de ponderação qualitativa de cada uma das cidades propostas,
conforme resultado é apresentado no Quadro 5.

2.2 São Bento do Sul

A cidade de São Bento do Sul está localizada no chamado Planalto Norte do


estado de Santa Catarina. É um município pequeno, com aproximadamente 86.317
habitantes, conforme publicado pelo IBGE em 2021. A distância entre São Bento do
Sul e a capital do estado de Santa Catariana, Florianópolis, é de 250 quilômetros.
A cidade tem quatro entradas/saídas rodoviárias, sendo elas a PR-420 (Norte)
a BR-280 (Oeste), a BR-280 (Sul), que atravessa a cidade em dois pontos, e por último
a rodovia SC-418 (Nordeste).
Segundo o site da prefeitura, os limites físicos do município indicam área total
de 495,578 km² e é limitada ao Norte com Piên (PR) e Campo Alegre (SC), ao Sul
com Corupá (SC), a Leste com Jaraguá do Sul (SC) e Corupá (SC), e a Oeste com
Rio Negrinho (SC). As principais distâncias até a cidade são: Balneário Camboriú
(SC): 174 km, Blumenau (SC): 166 km, Curitiba (PR): 96 km, Joinville (SC): 78 km,
Lages (SC): 297 km, Mafra (SC): 57 km, São Paulo (SP): 510 km.
Quando falamos dos indicadores socioeconômicos da cidade, também
segundo o site da prefeitura, o município é uma das 100 melhores cidades do Brasil
para fazer carreira. Conforme publicação do diário oficial do município (ato n.º
2775140, 2020), é o terceiro município do Brasil no Índice de Responsabilidade Fiscal,
Social e de Gestão, segundo Estudo da Confederação Nacional de Municípios dos
últimos sete anos (RODRIGUES, 2011). Ocupa o quinquagésimo lugar entre as
cidades mais desenvolvidas do Brasil (AZEVEDO, 2016). A cidade tem como
população economicamente ativa 56,1% do total IBGE (2010) e é o décimo nono
município de Santa Catarina com maior potencial de consumo, segundo SEBRAE
(2019).

2.3 Benefícios municipais

A cidade de São Bento do Sul é amparada pela Associação Empresarial de


São Bento do Sul (ACISBIS), que é responsável por buscar e gerenciar benefícios e
19

incentivos para as empresas do município. A ACIBIS, fundada em 1957, é o ponto de


ligação entre órgãos empresárias estaduais e federais, como FASISC (Federação das
Associações Empresariais) e CACB (Confederação das Associações Comerciais e
Empresariais do Brasil), facilitando a relação das empresas com as responsabilidades
fiscais e negociações entre cidades e estados.
A ACIBIS conta com atendimento presencial ou online para empresas,
programas de desenvolvimento empresarial e gestão de marketing, gestão de
pessoas, gestão financeira, gestão industrial, e palestras, workshop e eventos
empresariais.

2.4 Localização da Empresa

O terreno onde o prédio da empresa será construído está localizado na Avenida


São Bento, próximo ao cruzamento da rua Professor Antônio Chimeli, situada no
bairro Colonial, como mostra a Figura 2. Esse ponto foi escolhido estrategicamente
por ser defronte a uma avenida, o que facilita o gerenciamento logístico, além de ficar
a uma distância de 6,5 km de uma das principais rodovias de acesso, a BR 280.
Falando das características físicas do terreno, ele tem 56 metros de largura e 65
metros de comprimento, resultando em um total de 3.640 m².

Figura 2 – Localização do Terreno.

Fonte: Adaptado, GoogleMaps, 2022


20

Esse terreno foi escolhido pela sua localização estratégica, por ser próximo à
rodovia, o que facilita o escoamento dos produtos e reduz os riscos de acidentes de
transporte dentro da cidade.
21

3 PESQUISA DE MERCADO

3.1 Introdução ao setor de cama, mesa e banho

A indústria Brasileira arrecadou R$ 1,6 trilhão no ano de 2021, totalizando


18,9% do PIB brasileiro (CASTRO, 2022). Deste montante, o setor têxtil completo foi
responsável por R$ 194 bilhões, ou 12,12% da arrecadação (DIARIOEMFOCO, 2022).
Quando falamos das divisões e subdivisões dentro da indústria têxtil, o setor
de cama, mesa e banho, segundo ABIT (2021), alcançou R$ 21,1 bilhões, com 714
milhões de peças vendidas no ano de 2020, sendo comercializadas no varejo e
atacado.
A venda de edredons se encaixa na fatia do comércio reservada ao conjunto
cama, mesa e banho. Essa peça foi desenvolvida para aquecer, e seu favoritismo
ocorre nas regiões com climas mais frios. O Quadro 6 apresenta as 10 cidades mais
frias do Brasil.

Quadro 6 – Cidades mais frias do Brasil.

CIDADE ESTADO
BOM JARDIM DA SERRA SC
SÃO BENTO DO SUL SC
SÃO JOAQUIM SC
URUBICI SC
URUPEMA SC
SÃO GABRIEL RS
SÃO JOSÉ DOS AUSENTES RS
CAMANDUCAIA MG
INÁCIO MARTINS PR
CAMPOS DO JORDÃO SP
Fonte: Adaptado, EducaMaisBrasil 2022.

Avaliando as informações do Quadro 6, conclui-se que 50% das cidades mais


frias do Brasil ficam no estado de Santa Catarina, o que sugere, considerando a
funcionalidade do edredom, que exista um maior fluxo de mercado nesta região para
este artigo, sendo ele classificado como cama, mesa e banho.
22

3.2 Perfil do Consumidor

No mercado existe uma variedade de consumidores, podendo se encaixar em


uma linha que vai do consumista ao contemporâneo. Também podem ser
classificados de acordo com sua faixa de renda, divididos entre classe A, B, C, D e E.
Cada tipo e classe de consumidor é importante, e tem sua parcela de responsabilidade
na arrecadação total da indústria e do comércio.
Olhando para um panorama nacional, na Figura 3 podemos observar a
distribuição das Classes sociais no Brasil no ano de 2021.

Figura 3 – Distribuição de classe

Fonte: Adaptado, InfoMoney, 2021.

Embora as classes A (renda mensal domiciliar superior a R$ 22 mil por mês) e


B (renda mensal domiciliar entre R$ 7,1 mil e R$ 22 mil por mês) tenham o maior
poder aquisitivo, eles representam menos de um quinto da população e não são
responsáveis pela movimentação real do mercado brasileiro. Essa missão fica ao
encargo da classe C (renda mensal domiciliar entre R$ 2,9 mil e R$ 7,1 mil por mês)
(Infomoney, 2021).

3.3 Fornecedores

Todo tipo de processo industrial consiste em transformar objetos, sejam eles


naturais ou sintéticos, pois como bem dizia Lavoisier “Na natureza, nada se cria, nada
23

se perde, tudo se transforma”. Para tanto é necessário utilizar matérias-primas, que


no caso do Edredom significa resumidamente tecido, manta e linha de costura.
Essa matéria base para transformação pode ser obtida de duas maneiras: é
possível comprar de pessoas que produzem ou manter uma produção própria.
Entretanto, muitas vezes o porte de uma empresa torna inviável sustentar uma
produção própria de matéria-prima, pois dependendo do tipo pode ser muito caro ou
exigir muito espaço.
Assim, é preferível para as novas empresas a primeira opção: comprar sua
matéria-prima de produtores, conhecidos também como fornecedores.
No Quadro 7, é apresentada a lista de fornecedores selecionados para suprir
as necessidades que a produção de edredons exige.

Quadro 7– Fornecedores de Matéria Prima Direta.

Tecido Percal 100% Manta sintética 100%


Linha 100% Poliéster
Algodão Poliéster
Tecidos Scherer Caseg FioCatarina
(São Bento do Sul – SC) (Joinville – SC) (Timbó – SC)
JLM Tecidos BazarSetti OnnixTêxtil
(Brusque – SC) (Iguaçu – PR) (Blumenau – SC)
RenauXview Pesponto BellaCor
(Brusque – SC) (Florianópolis – SC) (Brusque – SC)
Fonte: Autoria própria, 2022.

3.4 Localização de Grandes Marcas

Quando procuramos nomes importantes no mercado de cama, mesa e banho,


somos direcionados às empresas destaques desse setor. No Quadro 8 é apresentada
uma relação entre marca, cidade e estado onde está localizada cada indústria.
24

Quadro 8 – Maiores Marcas de cama, mesa e banho.

CIDADE ESTADO MARCA


BLUMENAU SC ALTEMBURG
SÃO BENTO DO SUL SC BUDDEMEYER
BLUMENAU SC KARSTEN
GRAVATAL SC PLUMASUL
IBITINGA SP BIA ENXOVAIS
NOVA ODESSA SP DAUNE
SÃO PAULO SP ZELO
Fonte: Adaptado, Dália 2022.

Aviando as informações do Quadro 8, é possível concluir que 57% das grandes


marcas do setor de cama, mesa e banho são do estado de Santa Catarina, bem como
50% das cidades mais frias do Brasil. Isso reforça a ideia de que edredons têm maior
consumo em regiões onde as temperaturas são mais baixas.
Para auxiliar na escolha da possível localização da nova fábrica de edredons,
a Figura 4 apresenta, através de um mapa, onde está a maior densidade do setor de
cama, mesa e banho, junto com uma avaliação térmica do país.

Figura 4 – Distribuição e Análise Térmica.

Fonte: Adaptado, INMET 2022.

Nesse mapa meteorológico é possível avaliar as condições térmicas de cada


região do país no último mês de julho. Essas informações permitem desenvolver o
primeiro parâmetro de seleção para as cidades onde pode ser realizada a instalação
da fábrica de edredons.
25

4 LINHA DE PRODUTOS

O desenvolvimento de produtos (DP) é considerado um dos processos de


negócios mais essenciais para a competitividade atual de uma empresa e é
indispensável para os esforços contínuos para aumentar o valor das capacidades de
inovação (HARMSEN, 2000).
Sendo assim, com base nas pesquisas de mercado, a ÉdenTex tem como
objetivo a confecção de dois modelos de edredom, sendo um tamanho casal e o outro
tamanho solteiro.

4.1 Descrição do Artigo

O edredom é uma parte do conjunto cama, mesa e banho, voltada para artigos
de cobre leito de dormitórios, cuja principal função é aquecer e proteger o usuário
contra o frio. Entretanto, também pode ser empregado como artigo de decoração. Comentado [PMMC1]: Sugiro dizer no quesito de cobre
leitos de dormitários
É importante que o edredom seja macio e confortável. Pensando nisso, a
ÉdenTex seleciona a melhor matéria-prima em tecidos de algodão e enchimentos de
poliéster, tudo para que o consumidor receba o melhor produto. O edredom utilizado
como referência está apresentado na Figura 5.

Figura 5 – Produto Referência | Edredom Casal.

Fonte: Marlene Enxovais, 2022.


26

4.2 Ficha Técnica

Como o próprio nome já diz, se trata de uma ficha com todas as informações
técnicas necessárias do produto a ser desenvolvido. Esse documento, acompanha a
peça desde a modelagem até o final da linha de produção, sendo acrescentadas as
informações necessárias durante o processo (AUDACES, 2014).
Buscando a confecção de produtos com qualidade e a padronização da
produção, se faz necessária a utilização de fichas técnicas. Nelas, estão disponíveis
as informações sobre matérias-primas e detalhes do edredom, bem como seu
desenho técnico, o que facilita uma clara visualização de como ficará o produto.
Baseado nos dois modelos escolhidos, casal e solteiro, assim como suas variações
de cores, foi desenvolvida a ficha técnica de cada um, como apresentadas nos
Quadros 9 e 10.
27

Quadro 9 – Ficha Técnica Edredom Solteiro.

Fonte: Autores, 2022. Comentado [PMMC2]: Falata detalhes de fornecedor,


quantidade de materia prima outros materiais como fio de
costura, etiqueta embalagens também faltam
28

Quadro 10 – Ficha Técnica Edredom Casal.

Fonte: Autores, 2022.


29

4.3 Etiquetas

Figura 6 – Etiqueta de logo.

Fonte: Autores, 2022.

Figura 7 – Etiqueta de conservação.

Fonte: Autores, 2022.


30

4.4 Matéria-Prima

A ficha técnica apresenta as matérias-primas que serão utilizadas nos dois


modelos de edredom. No entanto, é preciso saber informações específicas dessas
matérias-primas. Assim, os Quadros 11, 12 e 13 foram elaborados para maior
compreensão.

Quadro 11 – Dados do Tecido Percal 100% CO.


Tecido Percal
Tecido Percal 200 fios
Código T001
Fornecedor JLM Tecidos
Composição 100% Algodão
Cor Branco | Preto | Rosa
Largura - cm 250
Estrutura Tela 1x1
Gramatura - g/m² 289
Gramatura - oz/yd² 8,52
Fonte: Autores, 2022.

Quadro 12 – Dados da Manta Sintética.


Manta Sintética
Código M001
Fornecedor Caseg
Composição 100% Poliéster
Cor Branco
Largura - cm 220
Espessura - mm 20
Gramatura - g/m² 180
Gramatura - oz/yd² 5,3
Fonte: Autores, 2022.

Quadro 13 – Dados da Linha de Costura.


Linha de Costura
Código L001
Fornecedor Fio Catarina
Composição 100% Poliéster
Cor Branco
Título - Tex 28
Gramatura - g/m² 120
Gramatura - oz/yd² 3,53
Fonte: Autores, 2022. Comentado [PMMC3]: Faltaram dados de embalagem ,
etiquetas
Também especificação de outras linhas de costura e da
pantográfica
31

4.5 Sequência Operacional

De acordo com a empresa AUDACES (2018), a sequência operacional tem


como objetivo:
• A padronização da representação dos métodos e dos procedimentos de
trabalho;
• Facilidade na localização e na identificação dos aspectos mais importantes da
etapa de trabalho;
• Maior facilidade na produção.

Além das fichas técnicas e dos fornecedores, é preciso saber a sequência


operacional dos produtos. Com ela, pode-se definir o tempo médio de cada operação
e padronizar a confecção dos edredons. Com o conhecimento dessas informações, é
possível definir a quantidade de máquinas e a quantidade de costureiras para suprir a
demanda desejada (Quadro 14).

Quadro 14 – Sequencial Operacional.

Sequência Operacional
Tempo Médio
Etapa Operação Máquina (segundos /
unid.)

Enfestar o Te-
1 Enfesto Enfestadeira 2
cido 100% CO

Cortar do Te- Máquina de


2 Corte 300
cido 100% CO Corte

Montar e Over-
3 Montagem lockar 3 lados Overloque 75
do envelope
Corte da Manta
Máquina de
4 Corte Sintética 100%
Corte a Quente
PES
67
Inserção da
5 Montagem manta no en- Manual
velope
Costurar o 4º
lado do enve-
6 Montagem Reta 100
lope pregar a
etiqueta
32

Máquina Pan-
8 Montagem Pantografar 255
tográfica

Revisar o edre-
9 Acabamento Manual 45
dom

Embalar o
10 Embalagem Embaladeira 25
edredom

Tempo total
869
(segundos):
Fonte: Autores, 2022.

4.6 Aplicação

O edredom confeccionado pela ÉdenTex tem como objetivo dar a maior


sensação de aconchego ao consumidor com alta qualidade e durabilidade. A maciez
e o conforto tornarão o descanso mais prazeroso, e seus detalhes enriquecem a cama
e o ambiente. É um item essencial para compor o enxoval por seu estilo básico.

5 SETOR ADMNISTRATIVO

Além do setor de costura em si, uma empresa de confecção necessita de


subsetores imprescindíveis em sua cadeia produtiva, os quais foram estruturados da
seguinte forma (Quadro 15):

Quadro 15 – Mão-de-Obra Geral.


Número de
SETOR Cargo Colaboradores
Turno Comercial
Diretor Geral e
Desenvolvimento de 01
Produto
Gerente
Administrativo e 01
Comercial
ADMNISTRATIVO Coordenador de
Recursos Humanos e 01
Financeiro
Recepcionista 01
Zeladoria 01
Coordenador de
01
Marketing e
33

Planejamento e
Controle da Produção
Operador da
enfestadeira
Operador da máquina
de corte de tecido
100% algodão 1
Operador de
embaladeira
Inspetor de qualidade
de produto
Operador da máquina
de corte da manta 02
sintética
PRODUTIVO Operador máquina
04
pantográfica
Costureiro 02
Supervisor de
01
Produção
Supervisor de
01
Qualidade
Coordenador de
01
Expedição
Mantenedor
(eletro/eletrônica/mec 01
ânica)
Auxiliar Manutenção 01
TOTAL 21
Fonte: Autores, 2022.

Segundo o Tribunal Superior do Trabalho (2019), no Brasil todo trabalhador


com carteira assinada tem a jornada de trabalho definida no contrato. É por lei exigido
que fique por escrito a duração do trabalho que o profissional terá de cumprir
diariamente.
A Constituição da República, em seu artigo 7º, inciso XIII, inclui, entre os
direitos dos trabalhadores, “duração do trabalho normal não superior a oito horas
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho” (TRIBUNAL
SUPERIOR DO TRABALHO, 2019).
Sendo assim, foi definido que a empresa trabalhará apenas com um turno,
sendo esse exemplificado a seguir (Quadro 16):
34

Quadro 16 – Dimensionamento do Turno Comercial.


Jornada
Início Término Intervalo
Turno Semanal
(horas) (horas) (horas)
(horas)
Comercial
(segunda-
08:00 17:48 01:00 44 horas
feira a sexta-
feira)
Fonte: Autores, 2022.

Com isso, conclui-se que a quantidade de dias trabalhados por mês será 22
dias.

6 SETOR PRODUTIVO

Um edredom, antes de chegar até o cliente final, necessita passar por uma cadeia de
processos: recebimento da matéria-prima, enfesto, corte, costura, embalagem; só de-
pois ele estará pronto para a venda. O processo produtivo da empresa ÉdenTex terá
sua produção baseada em uma macro fase, a confecção, em que são realizadas as
etapas de costura do edredom, bem como a finalização dos mesmos. A produção da
ÉdenTex é de 4.400 edredons casal e 4.400 edredons solteiros, totalizando 8.800
edredons por mês.
A confecção dos edredons segue a ordem mostrada a seguir no fluxograma da
Figura 8.

Figura 8 – Fluxograma Geral.

Estoque

Confecção

Expedição
35

Fonte: Autores, 2022.

A quantidade de maquinas foi definida de acordo com a quantidade de edredons


produzidos, que está no quadro 17.

6.1 Estoque da Matéria-Prima

A primeira etapa do processo produtivo é o estoque da matéria-prima, em que


a quantidade de rolos de tecido 100% algodão serão definidas conforme o cálculo de
produção. Estas serão acondicionados com metragens e larguras definidas no
momento da compra entre a ÉdenTex e o fornecedor.
Os lotes serão encaminhados aos laboratórios terceirizados específicos, e
serão aplicados os testes que estão mencionados no tópico de qualidade (item 7.3),
priorizados pela empresa conforme as normas. Os lotes reprovados serão retornados
aos fornecedores, sendo realizada a abertura de um novo pedido, permitindo a troca
do lote com defeito.

6.2 Confecção

Para realizar a confecção de uma peça, é necessário que ela passe por
diversos setores antes da costura em si. Sendo assim, foi necessário dimensionar o
setor de confecção, bem como o mapeamento de todos os seus subsetores,
apresentados na Figura 9.

Figura 9 – Sequência dos Subsetores da Confecção.


Overlockar o Corte da Manta
Enfesto do tecido Corte do Tecido
envelope com tecido Sintética 100%
100% algodão 100% Algodão
100% algodão poliéster

Costurar o 4º lado
Revisão de qualidade Pantografar o Inserir a manta
do envelope e pregar
do produto final edredom sintética no envelope
a etiqueta

Embaladeira

Fonte: Autores, 2022.


36

Para a confecção dos edredons, serão necessárias as seguintes matérias


primas: tecido percal 100% algodão, manta sintética 100% poliéster, linhas, etiquetas
e embalagens.
Os cálculos de quantidades de máquinas são mostrados a seguir, para se
produzir 4400 edredons de casal e de solteiro por mês será necessário um consumo
diário de os edredons será necessário 972 metros de tecido de percal 100% CO por
dia.
Tabela 17 - Cálculos de máquina.
PROCES TEMPO DE CÁLCULO TEMPO DE CÁLCULO Nº DE
SO PROCESSO PRODUÇÃO MÁQUINAS
ARREDOND
ADO
Casal Solteiro Casa Solteir
l o
Enfestar 41 41 𝑄 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 36 36 𝑇 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑙 + 𝑇 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 1
tecido m/mim m/mim 𝑉 𝑑𝑎 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 mim mim 8,75

Cortar 5 mim 5 mim 𝑇 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑓𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚 5 5 mim 𝑇 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑙 + 𝑇 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 1


tecido ∗ 𝑁º𝑒𝑛𝑓𝑒𝑠𝑡𝑜𝑠 mim 8,75

Overloca 81 s 69 s 𝑇 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 4he 3he 𝑇 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑙 + 𝑇 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 1


r ∗ 𝑁º 𝑃𝑒ç𝑎𝑠 30 50 8,75

mim mim
Inserir 67 s 67 s 𝑇 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 3he 3he 𝑇 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑙 + 𝑇 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 1
manta ∗ 𝑁º 𝑃𝑒ç𝑎𝑠 43 43 8,75

mim mim
Fechar 100 s 100 s 𝑇 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 5he 5he 𝑇 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑙 + 𝑇 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 2
4º lado ∗ 𝑁º 𝑃𝑒ç𝑎𝑠 34 34 8,75

do mim mim
envelope
Pantogra 297 s 213 s 𝑇 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 16 h 11 h e 𝑇 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑙 + 𝑇 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 4
far ∗ 𝑁º 𝑃𝑒ç𝑎𝑠 e 30 34 8,75

mim mim
Revisar 45 s 45 s 𝑇 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 2he 2he 𝑇 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑙 + 𝑇 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 1
∗ 𝑁º 𝑃𝑒ç𝑎𝑠 30 30 8,75

mim mim
Embalar 25 s 25 s 𝑇 𝑚á𝑞𝑢𝑖𝑛𝑎 1he 1he 𝑇 𝑐𝑎𝑠𝑎𝑙 + 𝑇 𝑠𝑜𝑙𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 1
∗ 𝑁º 𝑃𝑒ç𝑎𝑠 23 23 8,75

mim mim
Fontes: Autores, 2022.
Os processos de enfestar, cortar, revisar e embalar serão realizados pelo
mesmo funcionário para que o tempo de serviço desse funcionário. O processo de
overlocar acaba antes das 8 horas e 45 minutos, então esse funcionário ajuda a fechar
37

o quarto lado do envelope. O processo de pantografia é realizado por 4 funcionários


para carregar a máquina necessita de duas pessoas, esses funcionários cuidam de
todas as máquinas. Os outros processos serão realizados de pôr um funcionário para
cada processo.

6.3 Enfesto do Tecido 100% Algodão

O enfesto é um dos fatores que influencia a qualidade do corte. Caso seja


realizado um enfesto com vincos, a qualidade da peça final será influenciada. Para
Goularti Filho e Jenoveva Neto (1997), o corte é uma etapa importante, pois qualquer
erro pode ocasionar a perca parcial ou total da matéria prima, o que também pode
levar a um atraso em toda a produção.
Abaixo, podemos ver o modelo da máquina escolhida (Figura 8) e sua ficha
técnica (Quadro 17).
Para enfestar o tecido, será utilizada uma enfestadeira automática Bullmer
KW2000S. Essa enfestadeira depositará o tecido em zigue zague de forma que o lado
avesso do tecido fique para dentro afim de facilitar a costura, a uma velocidade de 94
metros por minuto. Nesse caso, o tamanho da máquina é desconsiderado, uma vez
que ela é acoplada a uma mesa de corte de 2,43 metros de largura e 13 metros de
comprimento.

Figura 10 – Enfestadeira Bullmer KW2000S.

Fonte: Silmaq, 2022.


https://www.silmaq.com.br/maquinas/saladecorte/enfesto/enfestadeira-automatica-area-22m-10-101-
00239/

Para chegar ao número de enfestadeiras vamos para o seguinte cálculo.


38

Quadro 18 – Ficha Técnica da Enfestadeira Bullmer KW2000S.


CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÕES
Marca Bullmer
Dimensões (m) 2,9 x 1,9 x 1
Modelo KW2000S
Capacidade 94 m/min
Nº de máquinas 1
Fonte: Autores, 2022.

O consumo de tecido de um edredom casal pode ser calculado pela Equação


2:
Equação 2 – Consumo de tecido mensal e diário para edredom casal.
𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑙𝑎𝑑𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 4.400𝑝𝑒ç𝑎𝑠 × 2,45 × 2
𝑝𝑒ç𝑎 𝑝𝑒ç𝑎
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 21.560 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
21.560 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑜 =
22 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑜 = 980
𝑑𝑖𝑎𝑠

Vão ser consumidos 21.560 metros de tecido por mês e 980 metros por dia,
para suprir uma produção de 4.400 peças de edredom casal por mês.
O consumo de tecido de um edredom solteiro, pode ser calculado pela
Equação 3:
Equação 3 – Consumo de tecido mensal e diário para edredom solteiro.
𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑙𝑎𝑑𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 = 4.400 𝑝𝑒ç𝑎𝑠 × 2,45 × 2
𝑝𝑒ç𝑎 𝑝𝑒ç𝑎
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 21.560 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
21.560 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑜 =
22 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑜 = 980
𝑑𝑖𝑎𝑠

Vão ser consumidos 21.560 metros de tecidos por mês e 980 metros por dia,
para suprir uma produção de 4.400 peças de edredom solteiro por mês.
O cálculo de número de folhas na enfestadeira por dia para a produção de
edredom casal, se dá pela equação 4.
39

Equação 4:
Equação 4 – Número de folhas na enfestadeira por dia para edredom casal.
𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
980
𝑛º 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 = 𝑑𝑖𝑎
12,45 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑓𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑛º 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 = 78 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠

Podem ser colocadas 78 folhas por dia de tecido para fazer todo o corte. O
tecido percal 100% CO terá 0,25 centímetros de espessura em cada uma das folhas
(Equação 5).
Equação 5 – Cálculo da altura da pilha de tecido na enfestadeira edredom casal.
𝑛º 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 = 78 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 × 0,25 𝑐𝑒𝑛𝑡í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝑛º 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 = 19,5 𝑐𝑒𝑛𝑡í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜𝑠

Para este enfesto, todo o tecido pode ser colocado na mesa de corte de uma
só vez, pois a faca tem uma lâmina de corte de 20 centímetros.
O cálculo de número de folhas na enfestadeira por dia para a produção de
edredom solteiro, se dá pela

Equação 6:
Equação 6 – Número de folhas na enfestadeira por dia para edredom solteiro.
𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
980
𝑛º 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 = 𝑑𝑖𝑎
12,45 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑓𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑛º 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 = 78 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠

Podem ser colocadas 78 folhas por dia de tecido para fazer todo o corte. O
tecido percal 100% CO terá 0,25 centímetros de espessura em cada uma das folhas.

Equação 7
Equação 7 – Cálculo da altura da pilha de tecido na enfestadeira edredom solteiro.
𝑛º 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 = 78 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 × 0,25 𝑐𝑒𝑛𝑡í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝑛º 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑙ℎ𝑎𝑠 = 19,5 𝑐𝑒𝑛𝑡í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜𝑠
40

Para este enfesto do edredom solteiro, todo o tecido pode ser colocado na
mesa de corte de uma só vez, pois a faca tem uma lâmina de corte de 20 centímetros.
Conclui-se, assim, que a máquina vai parar somente quando for trocar a
produção de edredons de casal para solteiro.

6.4 Corte do tecido

A máquina utilizada para fazer o corte do enfesto é uma máquina de corte


manual, chamada Siruba CM0068 (Figura 11), cuja ficha técnica está apresentada no
Quadro 18. Essa máquina faz um corte na largura do tecido em um minuto.

Figura 11 – Máquina de Corte Siruba.

Fonte: Silmaq.

Quadro 19 – Ficha Técnica Máquina de Corte.


CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÕES
Marca Siruba
Dimensões (m) – altura 0,2
Modelo CM006-8
Capacidade -
Nº de máquinas 1

6.5 Costura do envelope na máquina overloque

A overloque (Figura 12) tem como função costurar e refilar as partes, dando
acabamento nas barras do edredom. A mesa de apoio da máquina deve ser maior
41

para acomodar todo o edredom, para dar suporte a peça a ser confeccionada de ma-
neira que o tamanho da mesa seja adequado para a peça que está sendo produzida
assim não havendo problemas de alimentação da matéria prima . Esse processo um
minuto e 21 segundos. Sua ficha técnica está descrita no Quadro 19. Logo após a
costura do envelope, ele é depositado na frente da máquina em um cavalete, depois
recolhido e levado para o próximo processo por um auxiliar de costura.

Figura 12 – Overloque.

Fonte: Extra, 2022.

Quadro 20 – Ficha Técnica da Máquina Overloque.


CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÕES
Marca Siruba
Dimensões (m) 0,2 x 02
Modelo Siruba 747x
Capacidade 1
Nº de máquinas 1
Tipo de ponto 504
Tipo de agulha B 27 81x1 DC 27 10 nm
Nº de agulhas 2
Velocidade da máquina 7500 RPM
Fonte: Autores, 2022. Comentado [PMMC4]: Sugiro colocara tipo de ponto e
agulhas de costura
42

6.6 Corte da Manta Sintética

O corte na manta é realizado com uma máquina de corte a quente que garante
que a manta seja cortada sem nenhum desvio.
A máquina de corte transversal (Figura 13) a quente serve para cortar as
mantas sintética de forma exata e sem desperdícios. Dessa forma, a máquina usa um
filamento metálico aquecido que tem a capacidade de cortar a matéria-prima de forma
rápida e sem defeitos, como descrito em sua ficha técnica no Quadro 20.

Figura 13 – Máquina de Corte Transversal a Quente.

Fonte: Omatex.

Quadro 21 – Ficha Técnica da Máquina de Corte Transversal a Quente.


CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÕES
Marca Omatex
Dimensões (m) 0,21 x 0,24
Modelo OM-MCQT
Capacidade 1 rolo
Nº de máquinas 1
Fonte: Autores, 2022.

No cálculo de consumo, serão utilizados dois tamanhos de manta: para


edredom de solteiro, a manta terá 180 centímetros de largura e 240 centímetros de
comprimento; para o edredom de casal, terá 220 centímetros de largura e 240
centímetros de comprimento.
O consumo de manta sintética de um edredom casal pode ser calculado pela
Equação 8:
Equação 8 – Consumo de Manta Sintética Mensal e Diário para Edredom Casal.
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 4400 𝑝𝑒ç𝑎𝑠 × 2,20 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 9680 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
43

9680 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑡𝑎 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑜 =
22 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑡𝑎 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑜 = 440
𝑑𝑖𝑎𝑠
Serão consumidos 9.680 metros de manta sintética por mês e 440 metros por
dia, para suprir uma produção de 4.400 peças de edredom casal por mês.
O consumo de manta sintética de um edredom solteiro pode ser calculado pela
Equação 9:
Equação 9 – Consumo de manta sintética mensal e diário para edredom solteiro.
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 4.400 𝑝𝑒ç𝑎𝑠 × 1,80 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑡𝑎 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 7.320 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
7.920 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑡𝑎 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑜 =
22 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑡𝑎 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑜 = 360
𝑑𝑖𝑎𝑠

Vão ser consumidos 7.320 metros de manta sintética por mês e 360 metros por
dia, para suprir uma produção de 4.400 peças de edredom solteiro por mês.

6.7 Inserção da manta sintética no envelope

A montagem do envelope é um processo inteiramente manual. Ele é realizado


com o auxílio de um suporte de inserção de manta (Figura 14), em que o envelope é
aberto e deixando a parte abeta para frente a manta é colocada no suporte de inserção
de manta e a manta sintética é colocada no envelope, assim formando o sanduíche.
O processo de corte e montagem da manta é realizado de uma vez. Por isso, o tempo
desses dois processos são contados juntos, totalizando um minuto e sete segundos.
Figura 14 – Suporte de inserção de manta.

Fonte: Autores, 2022.


44

6.8 Costura na Máquina Reta

Nessa etapa, será costurada a quarta e última lateral do edredom, sendo em


seguida afixada a etiqueta de conservação, tamanho e etiqueta da marca, com a má-
quina ilustrada na Figura 15 e conforme a ficha técnica no Quadro 21. O tempo desse
processo é de um minuto e 40 segundos.

Figura 15 – Máquina Reta Eletrônica.

Fonte: Silmaq.

Quadro 22 – Ficha Técnica da Máquina Reta.


CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÕES
Marca Sun Star
Dimensões (m) 1,6 x 0,5
Modelo KM – 2310B - AK
Capacidade 1
Nº de máquinas 2
Tipo de ponto 301
Tipo de agulha DBx1 1738 16 x 257 FFG/SES 10 nm
90/40
Nº de agulhas 1
Velocidade de máquina 4500 RPM
Fonte: Autores, 2022.

6.9 Costura da máquina pantográfica

A máquina utilizada será uma estrutura pantográfica para costura em matelassê


(Figura 16). Ela possui base fixa, e a cabeça da máquina se movimenta em toda a
estrutura pantográfica, dando uma grande variedade de tipos de desenhos na panto-
grafia. Essa máquina possui quadros onde fica o edredom. Depois que o edredom é
45

preso ao quadro, ele pode ir para a máquina onde vai ser realizado o matelassê. Esse
processo demora 4 minutos e 57 segundos por edredom casal e 3 minutos e 33 se-
gundos para edredom solteiro. A sua ficha técnica é descrita no Quadro 22.

Figura 16 – Máquina Pantográfica Matelassê.

Fonte: Silmaq.

Quadro 23 – Máquina Pantográfica do Matelassê.


CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÕES
Marca Richpeace
Dimensões 260x280 cm
Modelo RPQPNMSIS1
Capacidade 21 cm/s
Nº de máquinas 4
Tipo de ponto 301
Tipo de agulha DBx1 1738 16 x 257 FFG/SES 10 nm
90/40
Nº de agulhas 1
Velocidade de máquina 3000 RPM (recomendado 2500 RPM)
Espessura máxima 50 mm
Fonte: Autores, 2022. Comentado [PMMC5]: Para todas as máquinas senti
falta das informações sobre tipo e número de agulhas,
velocidade , tipo de ponto e tipo de costura, densidade
de pontos e para a pantografica espessura do
46

6.10 Revisão de Qualidade

Nessa etapa, o edredom já está pronto e conta com o auxílio de uma mesa e
tesoura para remover as linhas sobressalentes. O edredom é dobrado e colocado na
embaladeira. Esse processo tem uma duração de 45 segundos por peça.

6.11 Embaladeira

Nessa etapa, a máquina embaladeira (Figura 17) enrola o edredom de forma


mais econômica, pois diminui a quantidade de plástico gasto, utilizando menores
embalagens para o mesmo processo e em menos tempo. A sua ficha técnica está
descrita no Quadro 23.

Figura 17 – Embaladeira EW100.

Fonte: Delta Textile Machines.

Quadro 24 – Ficha Técnica Embaladeira EW100.


CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÕES
Marca Delta
Dimensões (m) 1,2 x 4 x 1,5
Modelo EWB100
Capacidade 25 segundos por peça
Quantidade 1
Fonte: Autores, 2022.
47

6.12 Expedição

A expedição é responsável por receber edredons já finalizados, enviá-los para


seus destinos e controlar o estoque de peças prontas.

7 SETORES DE APOIO

7.1 Planejamento e Controle da Produção

Segundo Slack et. al. (1997), o setor é responsável por garantir que os produtos
sejam produzidos e entregues de forma eficiente de acordo com o plano e os
requisitos do cliente.
No nível estratégico, o PCP define as políticas estratégicas de longo prazo da
empresa, formando assim um Plano de Produção. No nível tático, é estabelecido o
plano de médio prazo para a produção e o PMP (planejamento-mestre da produção).
Por fim, no nível operacional são preparados os programas de curto prazo de
produção e seu acompanhamento (TUBINO, 2007).
Segundo Moreira (1993), o trabalho do PCP envolve avaliações de
desempenho de todos os setores da fábrica, bem como de todos os colaboradores
das diversas áreas da empresa, para que decisões corretivas possam ser aplicadas
no futuro.
Com o aumento da exigência e competitividade do mercado, alinhado a
momentos de instabilidade econômica, o Planejamento e Controle de Produção se
apresenta como uma ferramenta essencial para as empresas, principalmente para a
cadeia têxtil, que precisa produzir de acordo com a demanda e evitar custos
desnecessários (SYSTÊXTIL, 2021).
Slack (1997) afirma ainda que o PCP precisa realizar três atividades, sendo
elas:
• Programação: ferramenta para organizar as atividades, específica e detalhada
para tomadas de decisões desde o início do processo.
• Sequência: a ordem na qual as tarefas são executadas de acordo com as
regras da ordem de produção.
48

• Carregamento: verifica a disponibilidade da organização como um todo,


deduzindo o tempo em que máquinas precisarão ficar paradas, contando com
o intervalo dos funcionários, quebras e manutenção das máquinas etc.
Para isso, a ÉdenTex contará com o software GVM Sistemas, um sistema de
gestão ERP - Enterprise Resource Planning, que atende todo segmento têxtil e suas
especificidades na fabricação de enxovais e bordados. Esse sistema permite a
implantação de novas rotinas e funcionalidades que automatizam e otimizam todo o
processo produtivo. Com o software será possível:
• Controle de estoque com etiquetas sequenciais, permitindo rastreabilidade total
dos produtos;
• Coletor de Expedição, uma tecnologia que permite sua equipe agilizar a sepa-
ração dos itens do pedido e sua preparação para envio com zero erros. Sincro-
nizado com seu estoque, permite que o usuário encerre o pedido mesmo fal-
tando um ou mais itens. Automaticamente, é gerado outro pedido com os itens
faltantes, para ser enviado posteriormente;
• Movimentação de produção por fichas e ordens de produção, tornando possível
ver em qual status os produtos estão na linha produção;
• Planejamento de produção com explosão das matérias primas;
O planejamento-mestre ou programa-mestre da produção (MPS) é definido
como um documento que indica quais itens serão produzidos e quanto de cada um
para um certo período, que pode ser de poucas semanas, seis meses ou um ano. No
MPS, existem quantidades planejadas que direcionam os sistemas de gestão
detalhada de materiais e capacidade, baseadas em expectativas de demanda e dos
próprios recursos atuais e futuros, (CARDOSO, 2021).
O plano-mestre de produção da empresa utilizará um programa-mestre de
produção (MPS) integrado a um sistema integrado de gestão empresarial (EPR), onde
serão definidas as metas de produção mensal, bimestral, semestral e anual.
O planejamento das necessidades de materiais (MRP) pode ser implantado e
gerido utilizando planilhas eletrônicas, mas somente em empresas pequenas ou com
produtos com pequenas estruturas (recomenda-se a utilização de planilhas
eletrônicas em empresas cujos produtos não tenham mais que 50 componentes).
O planejamento dos materiais (estoques) da empresa utilizará um software
MRP interligado ao MPS e integrado ao ERP.
49

Após o MRP executar toda sua mecânica de cálculos, ele libera ordens de
produção e ordens de compra. Após essa liberação, entra a programação dessas
ordens em um sequenciamento que seja eficiente e eficaz, com data de início e
término tais que otimizem custos e resultados (CARDOSO, 2021).
As ordens de produção ou ordens de serviço são documentos que norteiam o
sistema produtivo sobre quais itens devem ser produzidos, em quais quantidades,
quando é o início e o fim da produção e sua sequência na ordem de prioridade
(CARDOSO, 2021).
A empresa utilizará a ordem de produção de acordo com o modelo abaixo
(Quadro 24).

Quadro 25 – Ordem de Produção.

ORDEM DE PRODUÇÃO

Número do
ÉdenTex XXXX
Lote

Data de entrada dd/mm/aa Data de saída dd/mm/aa

Código do
Produto Edredom XXXX
Produto
Quantidade de
XXXX Cor _________
peças
Código do
Tipo de Tecido Tecido Plano 100% CO XXXX
Material
Responsável
Operador _________ _________
pelo Setor
Fonte: Autores, 2022.
50

O controle de chão de fábrica tem o objetivo de corrigir falhas existentes tanto


no planejamento quanto na execução das ordens de produção/serviços, apontando
medidas corretivas. Adicionalmente, também objetiva prevenir falhas, pois ao apontar
e corrigir os erros supracitados, é possível aprender com esses erros e evitar que eles
se repitam no futuro. (CARDOSO, 2021).
O PCP da empresa fica encarregado de monitorar e mapear o controle no chão
de fábrica e documentar os diagnósticos de eficiência das ordens de produção e do
planejamento da produção, identificando falhas nos processos e aplicando melhorias
incrementais.
O planejamento da capacidade deve ser executado em paralelo ao
planejamento da produção, para que os recursos necessários estejam disponíveis
quando preciso (CARDOSO, 2021).
O planejamento da capacidade de produção da empresa ficará a cargo do
supervisor de produção.
Os objetivos e responsabilidades do PCP e os prazos de monitoramento estão
definidos no Quadro 25.

Quadro 26 – Objetivos do PCP.

Objetivo Prazos de Monitoramento


Monitoramento da Produção Constante
Sequenciamento e priorização da
Constante
produção
Carregamento de postos de trabalho Constante
Carregamento de máquinas Constante
Programação da produção Hora, diário, semanal, mensal e anual
Fonte: Autores, 2022.

Previsão de vendas é o ponto de partida para todo o tipo de planejamento,


sendo parte integrante do planejamento dos negócios. Ela estima a demanda futura
por produtos e serviços e os recursos necessários para produzi-los. Essas previsões
podem ser de longo prazo, para auxiliar na tomada de decisões no nível estratégico a
respeito de produtos, processos e instalações; de curto prazo, na programação da
51

força de trabalho; ou, ainda, de médio prazo, no planejamento da produção, como


MRP e MPS (CARDOSO, 2021).
A longo prazo, a previsão de vendas deverá ser planejada pelo marketing em
conjunto com a direção da empresa e o setor de desenvolvimento de produtos, que
decidirá sobre a continuidade da produção atual ou o lançamento de novos produtos.
O planejamento agregado da produção é o processo de planejar e controlar
vários aspectos da produção de bens e/ou serviços, com finalidade única de melhor
atender às demandas do mercado e dos clientes num médio prazo. Por isso é
considerado um planejamento de nível estratégico descendo para tático. Esse médio
prazo, geralmente, é trabalhado num horizonte de 12 meses, com intuito de capturar
os períodos de oscilações sazonais. Porém, é natural que algumas empresas utilizem
horizontes diferentes, como semestres ou até dois anos, (CARDOSO, 2021).
A previsão de vendas da empresa será definida de acordo com o Quadro 26.

Quadro 27 – Previsão e Programação de Vendas.


Tipo de Quantidade
Setor Responsável Prazo
Previsão de Peças
Curto Prazo PCP Diário 200
Curto Prazo PCP Semanal 1.000
Curto Prazo PCP Até 1 mês 4.400
Médio Prazo PCP Até 12 meses 52.800
Longo Prazo Administrativo/Marketing Acima de 12 meses -
Fonte: Autores, 2022.

Segundo Cardoso (2021), a estratégia de trabalhar a produção (reativa) se dá


quando a empresa acompanha literalmente a demanda, planejando-se para suprir o
mercado, atuando com força de trabalho constante (permitindo ou não atrasos,
utilizando horas extras ou subcontratação) ou, ainda, combinando estratégias diversas
de forma mista, para atender o mercado gerando o menor custo possível.
52

7.2 Gestão de Qualidade

O mercado é um ambiente competitivo, em que é importante procurar


diferenciar-se dos demais. Sendo assim, é necessário eliminar desperdícios, buscar
novos produtos e tecnologias, e acima de tudo, a melhoria contínua da empresa.
A indústria de cama, mesa e banho não foge à regra: qualidade é um item
adicionado a um produto, sempre visando às necessidades dos clientes.
Para Slack (2008), o conceito de melhoria contínua se resume em um processo
que não tem fim, questionando repetidamente os trabalhos detalhados de uma
operação.
Robles Jr. e Bonelli (2006), ao falar sobre o tema, apontam que a qualidade
dos produtos costuma estar relacionada aos objetivos gerais dos consumidores ou
públicos-alvo, seja em termos de prestação de serviços ou em termos de produtos.
No entanto, especialistas em gestão da qualidade associam-na a toda a cadeia de
produção, desde o início do produto até à conclusão.
A Qualidade Total é uma filosofia de gestão que se baseia na satisfação dos
clientes internos e externos, sendo um meio para atingir os objetivos e resultados
desejados. Para isso faz-se uso de um conjunto de técnicas e ferramentas integradas
ao modelo de gestão (BARROS, 1999).
A análise de todo o processo em cada etapa mostrou que o produto possui
características e padrões adequados dentro do conceito de qualidade. Além de ter um
certo nível de qualidade, a empresa também deve entender sua importância e
promover a melhoria cada vez mais. A evolução do conceito de qualidade está levando
as organizações a se tornarem mais eficientes a cada dia (ROBLES JR.; BONELLI,
2006).
Algumas ferramentas para a gestão de qualidade são o 5W2H, o Diagrama de
Ishikawa e o Ciclo PDCA.

7.2.1 Plano de Ação 5W2H

De acordo com Vergara (2006), o 5W2H pode ser utilizado no mapeamento e


padronização de processos, elaborando os planos de ação e estabelecendo
procedimentos associados. Serve para gerenciar e buscar o fácil entendimento
através da definição de responsabilidade, métodos, prazos, objetivos e recursos
53

associados. A sigla 5W2H representa as iniciais das palavras em inglês, why (por
quê), what (o quê), where (onde), when (quando), who (quem), how (como) e how
much (quanto custa). A Figura 18, mostra como elaborar o plano de ação 5W2H.

Figura 18 – 5W2H.

Fonte: Autores, 2022.


54

Todas as ferramentas da gestão de qualidade são essenciais para que a


empresa analise seus pontos fortes e o que precisa ser melhorado, além de trazer
vários benefícios como diminuir custos e padronizar e aperfeiçoar processos.

7.2.2 Diagrama de Ishikawa

Conforme Limeira (2015), o fluxograma fornece uma descrição visual das


atividades envolvidas em um processo que mostra a relação sequencial entre si,
facilitando a compreensão rápida de cada atividade e sua relação com a outra, o fluxo
de informações e materiais, e o número de passos do processo, facilitando as
operações interdepartamentais. O fluxograma deve ser feito por uma equipe em que
pessoas diferentes contribuem em conjunto para uma visão completa do processo.
Assim, essa equipe, muitas vezes, é multifuncional.
O Diagrama de Ishikawa, conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou
Diagrama Espinha de Peixe é um diagrama que tem como objetivo estabelecer a
relação entre o efeito e todas as causas de um processo. Cada efeito possui várias
categorias de causas, que, por sua vez, podem ser compostas por outras causas
(RODRIGUES, 2006). A Figura 19, mostra em detalhe o Digrama de Ishikawa.

Figura 19 – Diagrama de Ishikawa.

Fonte: Autores, 2022.


55

O Diagrama de Ishikawa será utilizado em todo o setor produtivo, definindo


aspectos como mão de obra ou pessoas, materiais ou componentes, máquinas ou
equipamentos, métodos, ambiente e medição. As cartas de controle têm sido usadas
com sucesso numa grande variedade de situações de controle de processo.

7.2.3 Ciclo PDCA

Segundo Werkema (2006), o Ciclo PDCA é um método gerencial de tomada de


decisões para garantir o alcance das metas necessárias para sobrevivência de uma
organização.
Conforme Andrade (2002), o ciclo PDCA é separado em quatro categorias: Plan
(estabelecer os objetivos e os processos para fornecer resultados de acordo com o
que deseja alcançar); Do (executar as ações definidas na etapa anterior); Check
(verificar a eficácia das ações tomadas na fase anterior) e Action (padronizar os
procedimentos implantados).
A ÉdenTex fará uso de software para adotar o ciclo PDCA para que o gestor
possa identificar e localizar os problemas e, em seguida, desenvolver planos de ação
para corrigi-los. Estes serão utilizados pela empresa para otimizar a produção, reduzir
custos e aumentar a produtividade. A Figura 20 representa o ciclo PDCA.

Figura 20 – Ciclo PDCA.

Fonte: Autores, 2022.


56

7.3 Controle de Qualidade

Normas foram criadas no Brasil para padronizar processos e elaborar produtos


e serviços. Denominadas NBRs, elas são desenvolvidas de maneira neutra, objetiva
e tecnológica, desde as fases de projeto e pesquisa até a entrega para o consumidor.
Buscando a padronização de métodos e qualidade dos produtos, existem as
normas regulamentadoras. A empresa seguirá algumas dessas normas em duas
etapas do processo produtivo; a primeira será feita por um laboratório específico com
o objetivo de verificar a qualidade inicial; ou seja, realizar testes de solidez,
encolhimento, gramatura, bem como verificar a presença de defeitos ou buracos. A
segunda etapa será a inspeção da qualidade final, com o objetivo de verificar os
artigos prontos antes de chegarem até o consumidor, o processo consiste em analisar
os edredons após confecção, verificar a resistência de todas as costuras e a presença
de manchas.
Todas as etapas de controle de qualidade seguirão as normas
regulamentadoras, que são:

• ABNT NBR 10591: Materiais têxteis – Determinação da gramatura de


superfícies têxteis: Essa norma tem como objetivo determinar a gramatura de
malhas e tecidos planos através de ensaios com amostras de tecido.
• ABNT NBRISO105-X12: Têxteis – Ensaio de solidez da cor – Parte X12:
Solidez da cor à fricção: essa norma especifica um novo método para a
determinação da resistência da cor em todos os tipos de fibras, na forma de fio,
tecido ou malha.
• NBR 5426: Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos:
Essa norma tem como objetivo definir a quantidade do lote que será
inspecionada por amostragem, de acordo com as tabelas de critérios e o NQA
para definir qual a quantidade de peça com defeitos que levará à reprovação
do lote.
• NBR 10320: Materiais têxteis – Determinação das alterações dimensionais de
tecidos planos e malhas – Lavagem em máquina doméstica automática:
Analisa o comportamento de tecidos planos e malhas quando submetidos
repetidamente a diversos e diferentes modos de lavagem. Comentado [PMMC6]: Sugiro inserir normas de densidade
de fios e pelling
57

7.4 Manutenção Industrial

Segundo Gurskie e Rodrigues (2008), o objetivo da manutenção não é


consertar o equipamento quebrado, mas se antecipar à quebra.
O setor responsável pela manutenção industrial será a manutenção. Serão
adotadas as manutenções preventivas, com o intuito de evitar possíveis falhas, e as
corretivas caso essas falhas aconteçam.
Dentro da empresa, as máquinas em que serão feitas as manutenções são as
máquinas de corte dos tecidos (100% algodão e manta sintética) e máquinas de
costura.
Todas as máquinas terão um TAG para controle da manutenção preventiva que
serão preenchidos pelo setor de manutenção com as seguintes informações:
equipamento, área onde se encontra instalado, número sequencial do equipamento,
número sequencial da TAG e data da última manutenção, como visto na Figura 21.
Figura 21 – TAG para manutenção preventiva.
CONTROLE DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Número do
Equipamento _________ equipamento
XXXX

Área _________ Sequencial TAG XXXX


DATA
dd/mm/aa
dd/mm/aa
dd/mm/aa
dd/mm/aa

Fonte: Autores, 2022.

Durante a manutenção preventiva, também será necessário realizar um


checklist de inspeção, o qual se dará da seguinte forma: iniciar o processo com a
inspeção visual de todo o equipamento para avaliação da condição geral;
posteriormente, verificar a capacitação dos operadores do equipamento e indicar caso
haja a necessidade de treinamento específico; em seguida, avaliar as condições dos
sistemas elétricos e mecânicos. Cada máquina citada anteriormente terá um checklist,
que será realizado conforme a Figura 22.
58

Figura 22– Checklist Equipamento.


CHECK-LIST EQUIPAMENTO
Equipamento
_________________
Componentes críticos

Fonte: Autores, 2022.

O processo de manutenção preventiva deve ser realizado semanalmente.


Por fim, caso seja necessária a manutenção corretiva planejada em algum
equipamento, deve-se gerar uma ordem de manutenção, indicando todas as peças
que foram trocadas e serviços realizados. Caso seja uma manutenção corretiva não
planejada, o procedimento é realizado imediatamente e, em seguida, deverá ser feito
um relatório de serviço. A ordem de manutenção está exemplificada no Figura 23.
Figura 31 – Ordem de Manutenção Corretiva.
ORDEM DE MANUTENÇÃO CORRETIVA
Equipamento _________________
Nº do Equipamento XXXX
Sequencial TAG XXXX
Responsável _________________
Diagnóstico

Serviços

Peças Trocadas

Planejada
Tipo de Ordem
Não Planejada
DATA dd/mm/aa
Fonte: Autores, 2022.
59

7.5 Segurança no Trabalho

A segurança do trabalho é a ciência que atua na prevenção dos acidentes de


trabalho e doenças ocupacionais decorrentes dos fatores de riscos operacionais
(FILHO, 2004).
Quando o processo de trabalho não é devidamente planejado, gera perdas em
seus ativos tangíveis e intangíveis. As perdas em ativos intangíveis como saúde e
segurança ocupacional se expressam na forma de acidentes de trabalho, doenças
ocupacionais e outros agravos à saúde do trabalhador. Portanto, um indicador de um
planejamento insuficiente do processo de trabalho consiste no índice de ocorrência
de acidentes de trabalho na organização (MATTOS, 2019)
A segurança do trabalho atualmente é regulada por muitas normas (CF/88, leis,
decretos, portarias, resoluções, instruções técnicas etc.) que tentam garantir, na
prática, a integridade física e psíquica de quem trabalha (BARSANO, 2014). As
Normas Regulamentadoras (NR) foram criadas pela Portaria no 3.214, de 08 de junho
de 1978 com a finalidade de regulamentar o Capítulo V, Título II, da CLT, relativo à
segurança e medicina do trabalho.
Atualmente, nossa legislação conta com 37 Normas Regulamentadoras em
vigor. Os principais requisitos para a segurança e medicina do trabalho para uma
empresa do setor de confecção são descritos nos tópicos seguintes.
A segurança no trabalho na ÉdenTex será realizada por uma empresa
terceirizada chamada TQA – Medicina e Segurança do Trabalho, da cidade de São
Bento do Sul – SC. As vistorias feitas por eles serão realizadas semanalmente a fim
de inspecionar e instruir os funcionários.

7.5.1 Serviço especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho


(SESMET)

De acordo com a NR-4 (MTP, 2016), os Serviços Especializados em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho têm a finalidade de promover a
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Devem ser
compostos por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico
de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar ou Técnico em
Enfermagem do Trabalho, obedecido o Quadro II da referida norma.
60

O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade
principal e ao número total de empregados do estabelecimento constantes nos
quadros I e II em anexos da NR-4. (MTP, 2016).
A relação da Classificação nacional de atividades econômicas – CNAE, com
correspondente grau de risco para fins de dimensionamento do SESMET, são
descritos no quadro I da NR-4 (MTP, 2016). No Quadro 27, adaptada do quadro I da
referida norma, é demostrada a denominação da atividade principal da empresa e o
grau de risco.

Quadro 28 – Quadro I da NR-4.


CÓDIGO DENOMINAÇÃO GRAU
Fabricação de Artefatos Têxteis para Uso
13.51-1 3
Doméstico
Fonte: Autores, 2022.

7.5.2 Dimensionamento SESMET

De acordo com o quadro II da NR-4 (MTP, 2016), somente empresas com mais
de 50 funcionários empregados no estabelecimento e com grau de risco a partir do 1
(um), é obrigatória a contratação de um profissional dos Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. A ÉdenTex, mesmo sendo grau 3,
não possui a quantidade mínima de funcionários exigida.

7.5.3 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)


61

A NR-5 (MTP, 2021) estabelece os parâmetros e os requisitos da Comissão


Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, tendo por objetivo a prevenção de
acidentes e doenças relacionados ao trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e promoção da saúde do
trabalhador.
A CIPA será composta por representantes do empregador e dos empregados,
de acordo com o dimensionamento previsto no quadro I da NR-5 (MTP, 2021).

7.5.4 Dimensionamento CIPA

De acordo com o quadro I da NR-5 (MTP, 2021), a empresa com grau de risco
3, com 20 (vinte) até 29 (vinte nove) empregados deverá ter um membro efetivo e um
suplente, sendo que a CIPA deverá ser composta pelo mesmo número de
representantes para o empregador e para os empregados. Assim, o dimensionamento
será de um membro representante do empregador e um membro representante dos
empregados, com o total de dois membros.
As atribuições, constituição e estruturação, processo eleitoral dos membros,
funcionamento e treinamento da CIPA, deverá obedecer aos parâmetros da NR-5.

7.5.5 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

De acordo com a NR-6 (MTP, 2018), considera-se equipamento de proteção


individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
saúde no trabalho. Entende-se como equipamento conjugado de proteção individual
todo aquele composto por vários dispositivos que o fabricante tenha associado contra
um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só
poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação -
CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. (MTP, 2018).
62

De acordo com a NR-6 (MTP, 2018), a empresa é obrigada a fornecer aos


empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) Para atender as emergências.
O empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo
com o disposto no ANEXO I da NR-6. Nas empresas desobrigadas a constituir
SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante
orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta,
o designado e trabalhadores usuários (MTP, 2018).
De acordo com a NR-6 (MTP, 2028), em seu ANEXO I - LISTA DE
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, estão descritos os EPIs que poderão
ser adotados como obrigatórios pelas empresas.
Os equipamentos de proteção individual que podem ser utilizados pela
empresa de confecção de edredons, de acordo com a NR-6, programa de
gerenciamento de riscos e avaliação pelas partes interessadas, são relacionados no
Quadro 28.

Quadro 29 – Equipamentos de Proteção Individual Adaptado a NR-6.


USO DO EPI TIPO DO EPI
Proteção de • Óculos para proteção dos olhos contra impactos de
Olhos e Face partículas volantes;
Proteção • Protetor auditivo circumauricular, semi-auricular e de
Auditiva inserção para proteção do sistema auditivo contra
níveis de pressão sonora.
Proteção dos • Luvas para proteção das mãos contra agentes
Membros abrasivos e escoriantes, cortantes e perfurantes e
Superiores choques elétricos;
• Manga para proteção do braço e do antebraço
contrachoques elétricos, escoriantes e agentes
cortantes e perfurantes;
63

• Dedeira para proteção dos dedos contra agentes


abrasivos e escoriantes.
Proteção dos • Calçado para proteção dos pés contra impactos de
Membros quedas de objetos sobre os artelhos, agentes
Inferiores provenientes de energia elétrica, agentes abrasivos e
escoriantes, agentes cortantes e perfurantes;
Fonte: Autores, 2022.

Os EPIs relacionados no Quadro 28 podem ser utilizados nos setores de


recebimento e estoque de materiais, corte, costura e mantenedores/eletricistas.
Os EPIs relacionados no Quadro 29 deverão ser utilizados somente em
trabalhos em altura. Considera-se, trabalho em altura toda atividade executada acima
de 2,00 metros do nível inferior, onde haja risco de queda, como manutenção elétrica
e instalação de equipamentos, e devem obrigatoriamente ser executados por
profissionais treinados e qualificados para exercer a função.

Quadro 30- Equipamentos de Proteção Individual para Trabalhos em Altura Adaptado a NR-6.
USO DO EPI TIPO DO EPI
Proteção • Capacete
Cabeça
Proteção • Cinturão de segurança COM TALABARTE para
Contra Quedas proteção do usuário contra riscos de queda em
com Diferença trabalhos em altura;
de Nível
Fonte: Autores, 2022.

As responsabilidades do empregador e dos colaboradores em relação à


distribuição e uso adequado do EPI devem seguir os parâmetros descritos na NR-6,
64

também estipulado na ficha de EPI do colaborador, bem como a atualização da ficha,


com data e assinatura de ambas as partes

7.5.6 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

A NR-7 (MTP, 2022) estabelece diretrizes e requisitos para o desenvolvimento


do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO nas organizações,
com o objetivo de proteger e preservar a saúde de seus empregados em relação aos
riscos ocupacionais, conforme avaliação de riscos do Programa de Gerenciamento de
Risco - PGR da organização.
A organização deve garantir que o PCMSO:
a) Descreva os possíveis agravos à saúde relacionados aos riscos
ocupacionais identificados e classificados no PGR;
b) Contenha planejamento de exames médicos clínicos e complementares
necessários, conforme os riscos ocupacionais identificados, atendendo ao
determinado nos Anexos da NR-7;
c) Contenha os critérios de interpretação e planejamento das condutas
relacionadas aos achados dos exames médicos;
d) Seja conhecido e atendido por todos os médicos que realizarem os exames
médicos ocupacionais dos empregados;
e) Inclua relatório analítico sobre o desenvolvimento do programa, conforme o
subitem 7.6.2 da NR-7.
O PCMSO deve incluir a realização obrigatória dos exames médicos:
a) Admissional;
b) Periódico;
c) De retorno ao trabalho;
d) De mudança de riscos ocupacionais;
e) Demissional.
O exame clínico deve obedecer aos prazos e à seguinte periodicidade:
I. No exame admissional: ser realizado antes que o empregado assuma
suas atividades;
II. No exame periódico: ser realizado de acordo com os seguintes
intervalos:
65

a) para empregados expostos a riscos ocupacionais identificados e classificados


no PGR e para portadores de doenças crônicas que aumentem a
susceptibilidade a tais riscos:
• A cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico responsável;
• De acordo com a periodicidade especificada no Anexo IV da Norma, relativo
a empregados expostos a condições hiperbáricas;
b) Para os demais empregados, o exame clínico deve ser realizado a cada dois
anos.
No exame de retorno ao trabalho, o exame clínico deve ser realizado antes que
o empregado reassuma suas funções, quando ausente por período igual ou superior
a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não
(MTP, 2022).
Para cada exame clínico ocupacional realizado, o médico emitirá Atestado de
Saúde Ocupacional - ASO, que deve ser comprovadamente disponibilizado ao
empregado, devendo ser fornecido em meio físico quando solicitado (MTP, 2022).

7.5.7 Dimensionamento do PCMSO

A empresa deverá implementar o PCMSO, que é parte integrante do conjunto


mais amplo de iniciativas da organização no campo da saúde de seus empregados,
devendo estar harmonizado com o disposto nas Normas Regulamentadoras de
Segurança e Medicina do Trabalho - NR´s.
O campo de aplicação, diretrizes, responsabilidades, planejamento e a
documentação do PCMSO da empresa deverá obedecer aos parâmetros descritos na
NR-7.
O serviço de controle médico de saúde ocupacional da empresa será
terceirizado pela TQA – Medicina e Segurança do Trabalho e deverá atender todos os
requisitos legais e técnicos necessários para a realização dos exames e
acompanhamento médico. Deve estar em comunicação continua com o setor
administrativo e Recursos Humanos da empresa, monitorando e comunicando
possíveis alterações na saúde dos colaboradores.

7.5.8 Ergonomia
66

A NR-17 ERGONOMIA (MTP, 2021) visa estabelecer as diretrizes e os


requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança,
saúde e desempenho eficiente no trabalho. As condições de trabalho incluem
aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao
mobiliário dos postos de trabalho, ao trabalho com máquinas, equipamentos e
ferramentas manuais, às condições de conforto no ambiente de trabalho e à própria
organização do trabalho.
A organização deve realizar a avaliação ergonômica preliminar das situações
de trabalho que, em decorrência da natureza e conteúdo das atividades requeridas,
demandam adaptação às características psicofisiológicas dos trabalhadores, a fim de
subsidiar a implementação das medidas de prevenção e adequações necessárias
previstas na NR-17 (MTP, 2021).
A organização deve realizar Análise Ergonômica do Trabalho - AET da situação
de trabalho quando:
a) Observada a necessidade de uma avaliação mais aprofundada da situação;
b) Identificadas inadequações ou insuficiência das ações adotadas;
c) Sugerida pelo acompanhamento de saúde dos trabalhadores, nos termos do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
d) Indicada causa relacionada às condições de trabalho na análise de acidentes
e doenças relacionadas ao trabalho, nos termos do Programa de Gerenciamento de
Riscos – PGR.
A avaliação ergonômica preliminar das situações de trabalho deve ser
registrada pela organização. Devem integrar o inventário de riscos do PGR:
a) Os resultados da avaliação ergonômica preliminar;
b) A revisão, quando for o caso, da identificação dos perigos e da avaliação dos
riscos, conforme indicado pela AET.
Devem ser previstos planos de ação, nos termos do PGR, para:
a) As medidas de prevenção e adequações decorrentes da avaliação
ergonômica preliminar, atendido o previsto na NR-17;
b) As recomendações da AET.
O relatório da AET, quando realizada, deve ficar à disposição na organização
pelo prazo de 20 (vinte) anos. A organização deve garantir que os empregados sejam
ouvidos durante o processo da avaliação ergonômica preliminar e na AET.
67

As medidas de prevenção devem incluir duas ou mais das seguintes


alternativas:
a) Pausas para propiciar a recuperação psicofisiológica dos trabalhadores, que
devem ser computadas como tempo de trabalho efetivo;
b) Alternância de atividades com outras tarefas que permitam variar as
posturas, os grupos musculares utilizados ou o ritmo de trabalho;
c) Alteração da forma de execução ou organização da tarefa;
d) Outras medidas técnicas aplicáveis, recomendadas na avaliação
ergonômica preliminar ou na AET.
De acordo com a NR-17(MTP, 2021), o conjunto do mobiliário do posto de
trabalho deve apresentar regulagens em um ou mais de seus elementos que permitam
adaptá-lo às características antropométricas que atendam ao conjunto dos
trabalhadores envolvidos e à natureza do trabalho a ser desenvolvido. Sempre que o
trabalho puder ser executado alternando a posição em pé com a posição sentada, o
posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para favorecer a alternância das
posições. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados em pé, devem
ser colocados assentos com encosto para descanso em locais em que possam ser
utilizados pelos trabalhadores durante as pausas.
Os pedais e demais comandos para acionamento pelos pés devem ter
posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance. A iluminação deve ser
projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos. (MTP, 2021).
7.5.9 Medidas de prevenção ergonômica

Todos os setores da empresa devem estar em conformidade com a NR-17,


principalmente o setor de costura no quesito monotonia e repetitividade, onde pode
ser adotado o rodízio de funções e pausas com ginástica laboral durante o expediente.

7.5.10 Implementação do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais e Programa de


Gerenciamento de Riscos na Empresa

De acordo com a NR-1 DISPOSIÇÕES GERAIS e GERENCIAMENTO DE


RISCOS OCUPACIONAIS, a organização deve implementar, por estabelecimento, o
gerenciamento de riscos ocupacionais em suas atividades - GRO. O gerenciamento
68

de riscos ocupacionais deve constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos –


PGR (MTP, 2020).
De acordo com as novas regras em vigor, a empresa deverá obrigatoriamente
elaborar o Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR. Todos os riscos estarão
consolidados em um único documento, denominado de INVENTÁRIO DE RISCOS
OCUPACIONAIS que, agregados a um PLANO DE AÇÃO com medidas de prevenção
a serem introduzidas, aprimoradas ou mantidas, formarão o PGR.
O PGR da empresa deve englobar o cumprimento das exigências previstas na
NR-1 e demais dispositivos legais de segurança e saúde no trabalho – SST.

7.5.11 Insalubridade

De acordo com a NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES (MTP,


2021), o exercício de trabalho em condições de insalubridade, assegura ao
trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário-mínimo da região,
equivalente a:
• 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo.
• 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio.
• 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada
a percepção cumulativa. A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará
a cessação do pagamento do adicional respectivo.
A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
a) Com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) Com a utilização de equipamento de proteção individual.

7.5.12 Periculosidade

De acordo com a NR-16 ATIVIDADES E OPERAÇÔES PERIGOSAS (MTP,


2019), o exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao
trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o
69

salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos


lucros da empresa. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que
porventura lhe seja devido.

7.5.13 Atividade e Operações Perigosas na Empresa

Segundo o item 16.3 da NR-16, é responsabilidade do empregador a


caracterização ou a descaracterização da periculosidade, mediante laudo técnico
elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho.
Portanto, será realizada a análise de periculosidade nas atividades de
manutenção que envolvem trabalho com eletricidade, através de perícia técnica.
Identificando-se que a função traz risco relacionados com periculosidade ao
trabalhador, o adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento), incidente sobre o
salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos
lucros da empresa, será concedido ao trabalhador exposto ao risco.

7.5.14 Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais

A empresa deverá obedecer às exigências da NR 11 - TRANSPORTE,


MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS (MTP, 2016), em
especial referente aos equipamentos utilizados na movimentação de materiais, que
serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de
resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho.
Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de
trabalho permitida, os carros manuais para transporte devem possuir protetores das
mãos. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá
receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.

7.5.15 Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos

A NR-12 - SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS


(MTP,2021) e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e
medidas de proteção para resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores
e estabelecem requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
70

trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, e ainda à


sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título,
em todas as atividades econômicas.
São consideradas medidas de proteção, a ser adotadas nessa ordem de
prioridade:
a) Medidas de proteção coletiva;
b) Medidas administrativas ou de organização do trabalho;
c) Medidas de proteção individual.
Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação
devem ser devidamente demarcadas em conformidade com as normas técnicas
oficiais;
As áreas de circulação devem ser mantidas desobstruídas;
A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características
e aplicações, deve resguardar a segurança dos trabalhadores durante sua operação,
manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos segmentos
corporais, em face da natureza da tarefa;
As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em torno
de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que os
trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais,
movimentem-se com segurança;
O piso do local de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das
áreas de circulação devem ser resistentes às cargas a que estão sujeitos e não devem
oferecer riscos de acidentes;
As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e
armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade.
Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser
projetados, selecionados e instalados de modo que:
a) Não se localizem em suas zonas perigosas;
b) Possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra
pessoa que não seja o operador;
c) Impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por
qualquer outra forma acidental;
d) Não acarretem riscos adicionais;
e) Dificulte-se a burla.
71

As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de


segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de
segurança interligados, que resguardem proteção à saúde e à integridade física dos
trabalhadores.
As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de
emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo latentes e
existentes. Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como
dispositivos de partida ou de acionamento. Os dispositivos de parada de emergência
devem ser posicionados em locais de fácil acesso e visualização pelos operadores
em seus postos de trabalho e por outras pessoas, e mantidos permanentemente
desobstruídos.
As máquinas e equipamentos, bem como as instalações em que se encontram,
devem possuir sinalização de segurança para advertir os trabalhadores e terceiros
sobre os riscos a que estão expostos, as instruções de operação e manutenção e
outras informações necessárias para garantir a integridade física e a saúde dos
trabalhadores. A sinalização de segurança compreende a utilização de cores,
símbolos, inscrições, sinais luminosos ou sonoros, entre outras formas de
comunicação de mesma eficácia.

7.5.16 Medidas de proteção para máquinas e equipamentos na empresa

No setor de costura, todas as máquinas de costura devem possuir, acoplados


à máquina, dispositivo de segurança que proteja os olhos do operador quando houver
quebra de agulha (peça regulável de acrílico transparente), que proteja os dedos do
operador de perfurações pela agulha (protetor de dedos), dispositivo auxiliar que corte
a linha de costura (cortador de linhas), evitando o uso de tesouras na máquina de
costura.

7.5.17 Proteção contra incêndio

De acordo com a NR-23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO (MTP, 2011), todos


os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em
conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. O
72

empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: a)


Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) Dispositivos de alarme existentes.
Os locais de trabalho deverão dispor de saídas em número suficiente e
dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-
los com rapidez e segurança, em caso de emergência. As aberturas, saídas e vias de
passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos,
indicando a direção da saída. Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à
chave ou presa durante a jornada de trabalho. As saídas de emergência podem ser
equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do
estabelecimento.

7.5.18 Extintores de incêndio

De acordo com a instrução técnica (IT) 42/2020 - Projeto Técnico Simplificado,


do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, os extintores devem ser escolhidos
de modo a serem adequados à extinção dos tipos de incêndios, dentro de sua área
de proteção, devendo ser intercalados na proporção de dois extintores para o risco
predominante e um para o secundário. Os extintores de incêndio são classificados de
acordo com o Quadro 30:

Quadro 31 – Tipos de extintores de incêndio.


LETRA CLASSES DE INCÊNDIO TIPO DE EXTINTOR
Água
A Materiais sólidos (madeira, papel, tecido)
Pó ABC
CO2
B Líquidos Inflamáveis (óleo, gasolina, querosene) PQS
Pó ABC
CO2
Equipamentos elétricos energizados (máquinas
C PQS
elétricas)
Pó ABC
Fonte: Autores, 2022.
73

Deve ser instalado pelo menos um extintor de incêndio a não mais de 5 metros
da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos. Os
extintores devem ser distribuídos de tal forma que o operador não percorra distância
superior a 25 metros.
Cada pavimento deve ser protegido por no mínimo duas unidades extintoras
distintas, sendo uma para incêndio da classe A e outra para classes B e C ou duas
unidades extintoras para classe ABC.
Os extintores devem permanecer desobstruídos e sinalizados. A altura máxima
de fixação dos extintores é de 1,60 metros e a mínima é de 0,10 metros.
O sistema de hidrantes e mangotinho para combate a incêndio, assim como o
dimensionamento dos extintores de incêndio, deve obedecer às instruções técnicas
do corpo de bombeiros do estado de Santa Catarina e demais legislações vigentes,
devendo ser projetada e instalada por profissionais habilitados, assim como a
manutenção desses equipamentos, contratada para esses fins pela empresa.
A empresa deve passar por vistoria do corpo de bombeiros do estado de Santa
Catarina, antes de iniciar as atividades e obter o certificado de licença do Corpo de
Bombeiros.
A brigada de incêndio deverá ser dimensionada e treinada por empresa
especializada e contratada para esse fim, obedecendo à instrução normativa 17/2019
Brigada de incêndio, do corpo de bombeiros do Estado de Santa Catarina e a NBR
14.276 Brigada de incêndio e emergência - Requisitos e procedimentos. Um plano
base de evacuação em caso de incêndio será projetado, incluindo um plano de
abandono com ponto de encontro pré-determinado em local seguro e aberto. Deverá
ocorrer, no mínimo, uma simulação de ocorrência anualmente, momento que deve ser
analisada a eficiência do plano, dos sinais sonoros, equipamentos de combate a
incêndio e possíveis melhorias a serem implementadas.

7.5.19 Sinalização de Segurança

De acordo com a NR-26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (MTP, 2015), devem


ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim
de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores utilizadas nos locais de
trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar
tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos,
74

devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais. A utilização de cores não
dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
Para a pintura geral de tubulações, a empresa deve utilizar os parâmetros da
NBR 6493 – Emprego de cores para identificação de tubulações, utilizando as
seguintes cores:
• Azul-segurança para ar comprimido;
• Branco para vapor;
• Cinza-escuro para eletroduto;
• Verde-emblema para água, exceto a destinada a combater incêndio;
• Vermelho-segurança para água e outras substâncias destinadas a combater
incêndio.

7.5.20 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

A NR-10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE


(MTP, 2019) estabelece os requisitos e condições mínimos, objetivando a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade.
A empresa deve cumprir todos os requisitos da NR-10 para as instalações e
serviços com eletricidade, que deverá ser executado por profissional treinado e
qualificado.

7.5.21 Trabalho em Altura

A NR-35 TRABALHO EM ALTURA (MTP, 2019) estabelece os requisitos


mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o
planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. Considera-
se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível
inferior, onde haja risco de queda.
A empresa deve cumprir todos os requisitos na NR-35 para trabalhos em altura,
que deverá ser executado por profissional treinado e qualificado.
75

7.5.22 Integração e Regras de Segurança no Trabalho

O treinamento de integração de segurança do trabalho é o momento em que a


empresa apresenta a seu novo funcionário aspectos de segurança e saúde do
trabalho (SST) que devem ser observados em todos os setores da empresa. Esse
treinamento pode ser feito em conjunto com outras áreas da empresa (BARBOSA,
2018).
Todo o colaborador, estagiário e prestador de serviços que seja contratado
para exercer atividade dentro da empresa, seja para curto, médio ou longo prazo,
deverá realizar obrigatoriamente o treinamento de integração admissional, incluindo
os aspectos de segurança e saúde no trabalho. A integração deverá ocorrer após a
contratação, durante o horário normal de expediente e antes do novo colaborador
iniciar suas atividades na empresa. O treinamento de integração admissional será
ministrado por representante do setor de recursos humanos ou, na falta desse,
representante do setor administrativo.
As regras internas de segurança e saúde no trabalho tem o objetivo de eliminar
os riscos à saúde e acidentes do trabalho e devem ser respeitadas por todos os
colaboradores da empresa, sem exceções. Entre as principais regras de segurança
estão:
• Não usar adornos, correntes, pulseiras, brincos grandes e outros objetos que
possam enroscar em componentes móveis das máquinas e equipamentos, durante a
jornada de trabalho.
• Colaboradores com cabelos longos devem permanecer com os cabelos
amarrados durante toda a jornada de trabalho.
• É obrigatório o uso correto do equipamento de proteção individual (EPI) e
adequado ao risco, conforme estipulado na ficha de EPI do colaborador, bem como
sua atualização da ficha com data e assinatura.
• É obrigatória a utilização do uniforme durante todo o expediente, não sendo
permitido dobrar barras de calças e mangas da camiseta, porque podem enroscar em
componentes de máquinas e equipamentos. É proibido o uso de roupas curtas como
saias, shorts e chinelos durante o expediente.
76

Detectadas situações de perigo ou incidentes que possam ocasionar acidentes,


exceto risco de incêndio que deverá seguir os protocolos de evacuação estipulados
no plano base de evacuação, o colaborador deve parar suas atividades imediatamente
e comunicar ao responsável pelo setor o ocorrido, que deverá decidir em conjunto
com o colaborador se retoma a atividade ou interdita o local provisoriamente, até
serem solucionados os problemas. Todos os incidentes devem ser analisados em
busca de soluções para que não ocorram novamente.
Os acidentes de trabalho e de trajeto entre empresa e residência não isentam
o colaborador de culpa nos casos em que a investigação aponte negligência desse
colaborador em seus atos. Portanto, é dever de todos obedecer e cumprir as regras
de saúde e segurança no trabalho, com o objetivo de eliminar os riscos de acidentes,
com benefício para todas as partes interessadas.

8 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

8.1 Objetivos
Este PGRS tem como base a legislação estabelecida pela Lei Nº 12305, de 2
de agosto de 2010, que institui a política nacional de resíduos sólidos, além de utilizar
da NBR 10004 - classificação dos resíduos sólidos. O princípio básico deste plano é
listar e direcionar os resíduos sólidos da ÉdenTex, visando minimizar a geração de
resíduos e descrevendo ações relacionadas ao seu manejo adequado, considerando
os aspectos relevantes para todas as fases, incluindo gerar, segregar, embalar,
identificar, coletar, além do transporte interno, armazenamento temporário,
processamento interno, armazenamento externo, coleta e transporte fora do local,
processamento fora do local e disposição final devidamente autorizada pela
autoridade competente responsável pelos órgãos de proteção ambiental.
77

8.2 Tipos e Classificação de Resíduos

Vale ressaltar que os resíduos não são gerados apenas durante o processo
produtivo, como foi apresentado no fluxograma. Embora em menor quantidade, outros
setores, como o administrativo e os de apoio, também são responsáveis por gerar
resíduos.
No Quadro 31, a seguir, serão detalhados os resíduos provenientes da Éden-
Tex, identificando seu tipo, sua origem por setor e sua classificação.

Quadro 32 - Classificação de resíduos sólidos.


Tipo Origem Classificação Destino
Palete de madeira Almoxarifado, estoque Classe 2a Reciclagem
Almoxarifado, estoque,
Caixa de papelão apoio, administrativo, Classe 2a Reciclagem
produção
Almoxarifado, estoque,
Embalagens plásti-
apoio, administrativo, Classe 2b Reciclagem
cas
produção
Almoxarifado, estoque,
Fita adesiva apoio, administrativo, Classe 2b Aterro industrial
produção
Almoxarifado, estoque,
Papel apoio, administrativo, Classe 2a Reciclagem
produção
Reciclagem / Co-
Escritório Administrativo, Apoio Classe 2a
leta municipal
Comum Apoio Reciclagem / Co-
Classe 2a
leta municipal
Aparas de tecido Produção Classe 2b Aterro industrial
78

Cones de linha feito


Produção Classe 2b Reciclagem
de plástico
Agulhas Produção Classe 2b Reciclagem
Sobras de linha de
Produção Classe 2b Aterro industrial
costura
Cones de tecido fei-
Produção Classe 2a Reciclagem
tos de papel
Estopa com
Manutenção Classe 2b Aterro industrial
óleo/graxa
Fonte: Autores, 2022.

8.3 Coleta, transporte e acondicionamento de resíduos

Inicialmente o resíduo de cada setor será acondicionado em lixeiras seletivas


com identificação. Em seguida os resíduos serão coletados periodicamente por uma
equipe de limpeza treinada, que fará o transporte até o setor de descarte utilizando
carrinhos de mão, onde os resíduos serão separados por tipo para o acondiciona-
mento em contêineres. O transporte externo dos resíduos será realizado por meio de
caminhões.

8.4 Destinação final

Os resíduos recicláveis serão doados pela ÉdenTex para a Cooperativa dos


Catadores de Material Reciclável de São Bento do Sul. Esse trabalho será feito em
conjunto para auxiliar no desenvolvimento social da cooperativa. Sempre que um con-
têiner do setor de descarte da empresa estiver cheio de resíduo reciclável, a coope-
rativa disponibilizará um caminhão para realizar a coleta.
Para os resíduos com destinação a aterro industrial, a ÉdenTex trabalhará uti-
lizando os serviços da Rac Saneamento de Içara – SC. Sempre que um container
desses resíduos estiver cheio, a empresa será comunicada para fazer a coleta e a
devida certificação que o descarte foi adequado.

9 LAYOUT E PLANTA BAIXA

A ÉdenTex possuirá uma área total construída de 2.316 m²; tendo o terreno
3.640 m², a empresa poderá ter futuras expansões. A empresa possuirá uma área
administrativa com salas para gestores e os grupos de apoio, uma área de produção
onde ocorrem todos os processos e verificações de qualidade, uma área de descarte
79

que tem como função depositar os descartes até ser destinado ao aterro industrial,
reciclagem ou ser recolhido como lixo comum. A empresa ainda possui áreas de
entrada e saída de veículos para os funcionários guardarem os seus veículos e para
o escoamento da produção. Na Figura 22, é possível identificar a estrutura
empresarial, com a planta baixa. O Quadro 32 servirá de legenda para melhor
compreensão.

Figura 22 – Planta Baixa.

Fonte: Autores, 2022.

Quadro 33 – Legenda Planta Baixa.

LEGENDA PLANTA BAIXA


Nº da sala Departamento/Função
Entrada e saída de veículo e funcioná-
1
rios do administrativo
2 Recepção
3 PCP e Marketing
4 Administrativo e comercial
5 Recursos Humanos e Financeiro
Diretoria geral e Desenvolvimento de
6
Produtos
7 Depósito de Manutenção
8 Zeladoria
9 Depósito de lixo orgânico
10 Depósito de lixo reciclável
11 Depósito de lixo têxtil
12 Depósito de lixo industrial
80

13 Refeitório
Banheiros – 6 (3 femininos e 3 masculi-
24
nos)
25 Estoque de matéria prima
26 Estoque de produto acabado
Fonte: Autores, 2022.

O Quadro 33, representa a legenda da distribuição dos maquinários dentro da


planta baixa.
Quadro 34 – Legenda Maquinários.
LEGENDA MAQUINÁRIOS
Nº da sala Departamento/Função
Enfestadeira/Mesa de corte de tecido
14
100% CO
15 Máquina Overloque
16 Mesa de corte da manta sintética
Mesa com aparelho para inserção da
17
manta no envelope
18 Máquina Reta eletrônica
19 Máquina pantográfica
Suporte para colocar o edredom na
20
tela
21 Mesa de revisão e acabamento
22 Embaladeira
23 Mesa para auxiliar na costura
Fonte: Autores, 2022.

10 CONCLUSÃO

Durante o desenvolvimento do trabalho, foi possível propor e elaborar o projeto


de uma empresa Têxtil de confecção, enfatizando a organização, o compromisso com
o meio ambiente e gestão empresarial, com capacidade produtiva de 5213 edredons
por mês. Realizar essa tarefa utilizou todo o conhecido acumulado durante a gradua-
ção, tanto o específico têxtil quanto o interdisciplinar.
Concluímos que uma organização, seja ela têxtil ou não, vai muito além de um
prédio onde máquinas e processos confeccionam objetos. Aprendemos na prática que
gerir uma organização exige comprometimento, flexibilidade e paciência, tanto quanto
conhecimento técnico da área.
81

REFERÊNCIAS

ABIT. Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. Disponível em:


<https://www.abit.org.br/cont/perfil-do-setor>. Acesso em: 24 nov. 2022.

ANDRADE, F. F. O Método de Melhorias PDCA. 2003. Dissertação (Mestrado em


Engenharia) – Universidade de São Paulo, Escola Politécnica, São Paulo, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10591: Materi-


ais têxteis – Determinação da gramatura de superfícies têxteis. Rio de Janeiro:
ABNT, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBRISO 105 X-12:


Têxteis – Ensaios de solidez da cor – Parte X12: Solidez da cor à fricção. Rio de Ja-
neiro: ABNT, 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5426: Planos de amos-


tragem e procedimentos na inspeção por atributos. Rio de Janeiro: ABNT, 1985.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10320: Materiais têx-


teis – Determinação das alterações dimensionais de tecidos planos e malhas – La-
vagem em máquina doméstica automática. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.

AUDACES. Ficha técnica completa. 2018. Disponível em: <https://audaces.com/fi-


cha-tecnica-completa/>
Acesso em: 10 de Nov. 2022.

AUDACES. Ficha técnica de moda: da modelagem à produção. 2014. Disponível


em: <https://audaces.com/ficha-tecnica-de-moda-da-modelagem-a-producao/>
Acesso em: 10 de Nov. 2022.

AZEVEDO, R. As 50 cidades pequenas mais desenvolvidas do Brasil. Disponível


em: <https://exame.com/brasil/as-50-cidades-pequenas-mais-desenvolvidas-do-bra-
sil/>. Acesso em: 23 nov. 2022.

BARROS, C. D. C. Excelência em Serviços. Uma questão de sobrevivência no


mercado. Qualitymark: Rio de Janeiro, 1999.

BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Segurança do trabalho - Guia prático e


didático. 2ª ed. São Paulo: Ed. Saraiva, 2018.

BAVARESCO, S. A Importância da Localização para o Sucesso do Negócio. Re-


vista de Administração Contemporânea, p. 19, 2013.

BRASIL. Educa Mais Brasil - Bolsas de Estudo de até 70% para Faculdades –
Graduação e Pós-graduação. Disponível em: <https://www.educamaisbra-
sil.com.br/educacao/dicas/inverno-2022-conheca-as-dez-cidades-mais-frias-do-bra-
sil>. Acesso em: 24 nov. 2022.
82

CARDOSO, W. Planejamento e Controle da Produção (PCP): a teoria na prática.


São Paulo: Blucher, 2021.

CASTRO, F. Indústria brasileira encolhe e fatura 22,5% menos que o recorde de


2013. Disponível em: <https://economia.uol.com.br/noticias/reda-
cao/2022/04/16/crise-apos-crise-industria-fatura-225-menos-em-relacao-ao-pico-his-
torico.htm>. Acesso em: 24 nov. 2022.

CLARK, K., WHEELWRIGHT, S. C. Revolutionizing Product Development: quan-


tum leaps in speed, efficiency, and quality. New York: The Free Press, 1992.

CLAUSING, D. Total Quality Development: a step-by-step guide to world-class


concurrent engineering. New York: American Society of Mechanical Engineering
Press, 1994.

DÁLIA, L. As melhores Marcas de Roupa de Cama para o seu lar. Disponível em:
<https://blog.lojasdalia.com.br/quais-sao-as-melhores-marcas-de-roupa-de-cama-
para-o-seu-lar/>. Acesso em: 24 nov. 2022.

DIARIO EM FOCO. indústria têxtil e de confecção faturou R$ 194 bilhões no


ano passado. Disponível em: <https://www.diarioemfoco.com.br/noticia/71765/in-
dustria-textil-e-de-confeccao-faturou-r-194-bilhoes-no-ano-passado>. Acesso em: 24
nov. 2022.

FILHO, A. M S. Sobre a análise SWOT para planejamento e gestão de projetos. Re-


vista Espaço Acadêmico. 2015.

FILHO, J. C. P. Definição de Segurança do Trabalho. 2014. Disponível em:


http://www.segurancanotrabalho.eng.br/o-que-e-seguranca-do-trabalho.html.
Acesso: 24 de novembro de 2022.

GURSKI, C.; RODRIGUES, M. Planejamento Estrategicamente a Manutenção. In:


ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, Rio de Janeiro, 2008.
Anais, Rio de Janeiro, RJ: ENEGEP, 2008. p.1-13.

HARMSEN, H. Company competencies as a network: the role of product develop-


ment. The Journal of Product Innovation Management. v. 17, n. 3, p.194-207,
May, 2000.

IBGE. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/sao-bento-do-sul/pano-


rama>. Acesso em: 23 nov. 2022.

INMET. Instituto Nacional de Meteorologia. Disponível em: <https://portal.in-


met.gov.br/>. Acesso em: 24 nov. 2022.

INFOMONEY. Classes D e E continuarão a ser mais da metade da população


até 2024, projeta consultoria. Disponível em: <https://www.infomoney.com.br/mi-
nhas-financas/classes-d-e-e-continuarao-a-ser-mais-da-metade-da-populacao-ate-
2024-projeta-consultoria/>. Acesso em: 24 nov. 2022.
83

KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementa-


ção e controle. 2 ed. São Paulo: Editora Atlas, 1992.

LIMEIRA, E. T. N. P. et al. Controle da Qualidade - Princípios, Inspeção e Ferra-


mentas de Apoio na Produção de Vestuário. São Paulo: Editora Saraiva, 2015.

MATTOS, U.; MÁSCULO, F. Higiene e Segurança do trabalho. Elsevier Brasil,


2011.

MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. São Paulo: Cengage


Learning, 2008.

PRASAD, B. Concurrent Engineering Fundamentals: integrated product and pro-


cess organization, v.1. New Jersey: Prentice Hall International Series, 1996.

ROBLES JUNIOR, A., BONELLI, V. V. Gestão da qualidade e do meio ambiente:


enfoque econômico, financeiro e patrimonial. São Paulo: Ed. Atlas, 2006.

ROCHA, J. C. Cor Luz, Cor Pigmento e os Sistemas RGB e CMY. 2010. Disponí-
vel em:http://www.belasartes.br/revistabelasartes/downloads/artigos/3/cor-luz-corpig-
mento-e-os-sistemas-rgb-e-cmy.pdf . Acesso em: 11/10/2022.

RODRIGUES, E. A força das cidades médias. Disponível em: <https://www.mo-


veisdevalor.com.br/portal/a-forca-das-cidades-medias>. Acesso em: 23 nov. 2022.

RODRIGUES, M. V. Ações para a Qualidade – GEIQ: Gestão Integrada para a


Qualidade – Padrão Seis Sigma – Classe Mundial. 2ª ed, Rio de Janeiro: Quality-
mark. 2006.

SALVAN, S. F. Ficha técnica: estudo de caso da funcionalidade da ficha técnica na


empresa Cidazul. 2017. Artigo científico (Tecnólogo em Design de Moda) UNISUL,
Tubarão, 2017.

SANTA CATARINA. Ato n.º 2775140. Disponível em: <https://edi-


cao.dom.sc.gov.br/arquivosbd/edicoes/2020/12/1608757844_edicao_3360_assi-
nada.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2022.

SÃO BENTO DO SUL. Disponível em: <https://saobentodosul.atende.net/cidadao>.


Acesso em: 23 nov. 2022.

SEBRAE. Caderno de desenvolvimento São Bento do Sul Disponível em:


<https://datasebrae.com.br/municipios/sc/m/Sao%20Bento%20do%20Sul%20-
%20Cadernos%20de%20Desenvolvimento.pdf>. Acesso em: 23 nov. 2022.

SILVA, REGINALDO. Prática profissional: ficha técnica de coleção. Disponível


em: <http://regisdesigner.blogspot.com/2013/09/pratica-profissional-ficha-
tecnica-de.html> Acesso em: 10 de Nov. 2022.
84

SLACK, N.; BRANDON-JONES, A.; JOHNSTON, R. Administração da Produção,


8ª ed. Grupo GEN, 2018. 9788597015386. Disponível em: https://integrada.minhabi-
blioteca.com.br/#/books/9788597015386/. Acesso em: 11/10/2022.

SYSTEXTIL, 2021. Disponível em https://www.systextil.com.br/. Acesso em: 14 de


novembro de 2021.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO TRABALHO. Conheça as particularidades da


jornada de trabalho no Brasil. 2019. Disponível em: https://www.tst.jus.br/-
/conheca-asparticularidades-sobre-a-jornada-de-trabalho-no-brasil. Acesso em:
11/10/2022.

TUBINO, D. F. Manual de planejamento e controle da produção. 2. ed. São


Paulo: Atlas, 2000.

VERGARA, S. C. Gestão da Qualidade. 3ª ed. Rio de Janeiro: FGV. 2006.

WERKEMA, M. C. C. Ferramentas estatísticas básicas para o gerenciamento de


processos. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2006.

Você também pode gostar