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Junho/2022
UNIVERSIDADE DO NAMIBE
Apresentado por
Orientado por
_____________________________
Lorelis Milián Luperón, M.Sc.
Moçâmedes
2022
Dedico este trabalho ao meu Deus, pela sua graça, bondade e imenso amor de ter me
proporcionado a oportunidade de estar concluindo o curso de Engenharia Metalúrgica e de
Matérias e por sua constante presença em todos os momentos da minha vida.
i
AGRADECIMENTOS
Como nada na vida é fruto de trabalho solitário, este trabalho, sem dúvidas, resulta do
contributo de várias pessoas na qual quero expressar a minha imensa gratidão e carinho a
todos aqueles que acompanharam-me nestes anos de descobertas e aprendizado:
Sou grato a minha orientadora, Professora Mestre, Lorelis Milian Luperón, por sua
dedicação, empenho e disponibilidade com que direccionou e acompanhou este trabalho,
assim como pelos comentários e sugestões.
À minha família, por todo o apoio e carinho e por estarem sempre presentes quando foi
necessário.
De modo especial, quero agradecer a minha futura esposa pelo apoio incondicional, alento,
paciência e motivação imprescindível para a efectivação deste trabalho.
Ao meu primo Florindo Kassica e sua esposa, aos meus amigos: Isau Venâncio, Cátia
Mulele, Bento Guimarães e Irmão José, por nunca sentir falta do vosso apoio.
Ao meu companheiro de curso Miguel Osvaldo Domingos, que desde o ensino médio me
tem prestado apoio sem reservas.
Aos meus irmãos da Comunidade Ziklag, pelas suas orações, apoio incondicional e força
que me deram.
ii
“A vida é feita de momentos de desertos para atravessar uma noite vem, um luar também
minha luz esta sempre me guiar”
José Luís Muankoyapi
iii
RESUMO
O consumo humano vem crescendo cada vez mais e, com ele o descarte de produtos,
gerando impactos ao meio ambiente e à sociedade. São milhares de toneladas de resíduos
gerados diariamente, e as empresas que se dispõem a realizar a gestão desses resíduos,
muitas vezes não optam por um gerenciamento com enfoque sustentável. Nesse sentido,
este trabalho tem como objectivo propor alternativas de tratamento para os Resíduos
Sólidos Orgânicos gerados no Supermercado Shoprite na cidade de Moçâmedes. Ao
analisar a geração por tipo de resíduo, nota-se que resíduo orgânico, plástico e papelão
representam, nesta ordem, os principais resíduos gerados no supermercado, ou seja, os
resíduos são predominantemente não perigosos de Classe II-A (não-inertes). Destes, os
resíduos orgânicos apresentam uma geração muito maior do que todos os outros resíduos
juntos, representando o 80% de toda geração. Com o fim de aproveitar o potencial de
valorização dos resíduos orgânicos foi proposta a implantação de caixas de compostagem
no supermercado. Esta alternativa de tratamento, contribuiria na diminuição do volume e
peso dos resíduos que se levam aos aterros, á revitalização do solo, reduz o risco de pragas
e o uso de abonos químicos, além dos benefícios ao meio ambiente, poderia beneficiar o
mercado, com a redução de custos de transporte e possibilidade de utilizar ou vender o
composto obtido. Também este composto poderia ser doado para ONGs, para plantação de
árvores, aumentando o engajamento socioambiental da rede.
iv
SUMMARY
Keywords:
v
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
vi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
vii
ÍNDICE
DEDICATÓRIA......................................................................................................................i
AGRADECIMENTOS...........................................................................................................ii
PENSAMENTO....................................................................................................................iii
RESUMO...............................................................................................................................iv
SUMMARY............................................................................................................................v
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................vi
LISTA DE TABELAS...........................................................................................................vi
INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
1.4.1. Reciclagem..........................................................................................................15
1.4.2. Compostagem......................................................................................................16
1.4.3. Incineração..........................................................................................................17
CONCLUÇÕES....................................................................................................................33
SUGESTÕES........................................................................................................................34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................35
ANEXOS..............................................................................................................................42
ix
INTRODUÇÃO
Durante séculos os recursos naturais eram vistos como fonte de matérias primas para suprir
as necessidades das atividades econômicas. O consumo é uma atividade de suma
importância para a sobrevivência do ser humano, porém, devido à Revolução Industrial e o
desenvolvimento tecnológico, muitos produtos ficaram mais acessíveis. Dessa maneira, a
demanda de vários produtos se tornou alta, gerando uma produção intensa e
consequentemente uma grande produção de resíduos, degradação e utilização incorreta dos
recursos naturais.
Muitos desses resíduos ainda possuem valor comercial, outros ainda possuem propriedades
que os permitem ser doados (reaproveitados) e outros impróprios para consumos devem ser
destinados a tratamentos como compostagem, e reciclagem. E os resíduos que apresentam
danos ao meio natural, como os resíduos perigosos, devem ser encaminhados para a
logística reversa (Silva, 2019).
Dessa forma, a cada dia é mais frequente adotar padrões sustentáveis de produção e
consumo, possibilitando que, através de um gerenciamento efetivo dos resíduos sólidos,
haja a uma diminuição significativa dos impactos ao meio ambiente e à saúde.
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Problema de investigação
Objectivo geral
Objectivos específicos
3. Propor alternativas que permitam o tratamento dos Resíduos Sólidos orgânicos gerados
nas actividades do Supermercado Shoprite na cidade de Moçâmedes.
Objeto de estudo
Campo de acção
Hipótese
A análise das práticas adotadas pelo Supermercado Shoprite na cidade de Moçâmedes para
o gerenciamento dos Resíduos Sólidos (orgânicos) gerados nas suas actividades, permitirá a
proposta de alternativas baseadas nas tecnologias disponíveis para seu tratamento.
Justificativa
Segundo Morais et. al. (2015), para o atendimento da legislação, é necessário que as
indústrias possuam um adequado gerenciamento de seus resíduos. A Política Nacional de
Resíduos Sólidos, atribui a responsabilidade compartilhada entre poder público, fabricantes,
distribuidores e consumidores sobre o ciclo de vida dos produtos, consequentemente, os
resíduos gerados e sua gestão, de acordo com a classificação e volume (Grimberg, 2016).
Neste cenário, as empresas vêm sendo incentivadas a procurar práticas eficazes que gerem
menores impactos ao meio ambiente à um custo compatível. Um dos motivos é o
enrijecimento da legislação ambiental com consequente alto custo em relação ao não
cumprimento desta legislação. Outro fator está atrelado às preferências dos consumidores,
que estão dispostos a pagar por produtos e serviços que, além de possuírem boa qualidade,
também apresentem um ciclo que não cause degradação ao meio ambiente (Macedo, 2000).
Dessa forma, a cada dia é mais frequente adotar padrões sustentáveis de produção e
consumo, possibilitando que, através de um gerenciamento efetivo dos resíduos sólidos,
haja a uma diminuição significativa dos impactos ao meio ambiente e à saúde.
A motivação para a escolha do tema tem base nos estudos sobre os resíduos sólidos
orgânicos e na necessidade da gestão ambiental desses resíduos. Focalizando os
antecedentes nos trabalhos de diferentes autores. Encontram-se muitos trabalhos que tratam
da geração de resíduos recicláveis mais triviais como papel, plástico e papelão e, muitas
vezes, os resíduos orgânicos não são discutidos (Zanin e Mancini, 2015; Caraschi e Leão,
2002). Além disso, uma quantidade escassa de trabalhos dedica-se ao estudo da geração de
resíduos orgânicos em supermercados (Braga e Rizzo, 2010; Campos e Lima, 2014).
Ainda foi necessário fazer um estudo preliminar para caracterizar os resíduos sólidos
orgânicos gerados no Supermercado Shoprite na cidade de Moçâmedes com o fim de
propor processos alternativos de tratamento, que contribuam á sustentabilidade da cidade e
do meio ambiente.
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CAPITULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Substituiu-se o termo “lixo” por "resíduos sólidos", pois entende-se o primeiro como algo
inútil, descartável, sem nenhum valor. Com o tempo, passou-se a enxergá-los como
causadores de diversos problemas ambientais. Dessa forma, encara-se os “resíduos sólidos”
como uma oportunidade de reaproveitamento no seu processo, agregando valor econômico
(Demajorovic, 1995).
Na natureza não existe o conceito de “resíduo”, pois em seus ciclos os decompositores têm
a função de transformar o que é descartado por outro elemento do sistema, mantendo o
equilíbrio natural (Figura 1). Dessa forma, o resíduo como um impacto negativo para a
natureza tem origem antrópica, onde o meio não é capaz de absorvê-lo naturalmente
(Bidone, 2001).
De acordo com Bidone (2001) resíduo pode ser definido por diferentes pontos de vista. Do
ponto de vista econômico e, mais comum, resíduo é uma matéria sem valor, ou seja, os
valores de uso ou troca desta matéria são nulos ou negativos para o seu proprietário. Assim,
a falta de valor de uso atrelada a sua ocupação no espaço faz com que estes sejam
desprezados e descartados.
O Ministério do Meio Ambiente indica que o resíduo pode ser seco ou úmido, podendo ter
materiais recicláveis como papel, vidro, lata e plástico, contendo uma parcela de materiais
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que sua reciclagem não são economicamente viáveis e precisam de uma forma adequada
para o descarte final, também temos os resíduos orgânicos que podem ser considerados
como sobras de alimentos, cascas de frutas e vegetais que podem ser utilizados para
compostagem.
Resíduos sólidos são materiais heterogéneos (inertes, minerais e orgânicos) resultantes das
actividades humanas e da natureza, os quais podem ser parcialmente utilizados, gerando
entre outros aspectos, protecção à saúde pública e a economia de recursos naturais. De
modo geral, os resíduos são compostos de restos de alimentos, papel, plástico, metal,
trapos, podas, madeira, entre outros. Segundo a Fundação Nacional de Saúde do Brasil
(FNSB), esses resíduos quando manuseados e dispostos de forma inadequada no meio
ambiente podem ocasionar problemas sanitários e deteriorar a paisagem, desperdiçando
oportunidades de obtenção de renda.
Os resíduos sólidos urbanos tem sido motivo de preocupação ambiental na actualidade, pois
vários de seus problemas estão ligados ao aumento na geração, variedade de materiais
descartados e a dificuldade em encontrar áreas para sua deposição adequada. O aumento do
consumo pela população nos grandes centros urbanos levou ao agravamento do manejo
incorreto dos resíduos sólidos onde tem sido ocasionado problemas de âmbito social,
ambiental, económico e administrativo, os quais estão passando pela grande dificuldade de
implementar uma disposição adequada dos resíduos, conforme cita Leme (2014).
A progressiva degradação do meio natural, oriunda do uso excessivo dos bens e serviços
ambientais, afeta significativamente, a qualidade de vida. Colocando substancialmente as
presentes e futuras gerações em risco exigindo, por parte do poder público, a tutela dos
recursos naturais (Amado, 2012).
Resíduos classe II – Não perigosos: estes resíduos podem ser divididos em duas outras
classes:
Resíduos classe II A – Não inertes: “são aqueles resíduos que não são enquadrados
nem como resíduos perigosos (Classe I) e nem como resíduos inertes (Classe II B),
podendo apresentar propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou
solubilidade em água”. Pode-se citar como exemplos: matérias orgânicas, papéis,
plásticos, vidros, lodos, entre outros.
Resíduos classe II B – Inertes: “são resíduos que se amostrados de forma
representativa através da NBR 10.007 (Estabelece o procedimento para obtenção de
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extrato solubilizado de resíduos sólidos) e submetidos a um contato dinâmico e
estático com água destilada ou desionizada, á temperatura ambiente, de acordo com
a NBR 10.006 (Estabelece o procedimento para obtenção de extrato solubilizado de
resíduos sólidos), não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se o
aspecto cor, turbidez, dureza e sabor”. Como exemplos citam-se: entulhos, materiais
e construção e tijolos. Apesar de os resíduos de construção civil serem considerados
como resíduos inertes (Classe II B), possuem resoluções específicas, Resolução
CONAMA n.º 307/2002 (Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a
gestão dos resíduos da construção civil), possuindo a seguinte classificação:
Classe B: “são os resíduos recicláveis para outras destinações”. Ex: plásticos (embalagens,
PVC de instalações), papéis e papelões (embalagens de argamassa, embalagens em geral,
documentos), metais (perfis metálicos, tubos de ferro galvanizado, marmitex de alumínio,
aço, esquadrias de alumínio, grades de ferro e resíduos de ferro em geral, fios de cobre,
latas), madeiras (forma) e vidro”.
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1.1.2. Impactos dos resíduos sólidos no ambiente e na saúde
Os resíduos sólidos causam inúmeros impactos não só ao meio ambiente como também a
vida dos seres humanos, segundo Júnior e Freire (2013), o impacto ambiental é qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por
qualquer forma de matéria ou de energia resultante das actividades humanas que, directa ou
indirectamente afetem a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as actividades
sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a
qualidade dos recursos naturais.
Os efeitos adversos dos resíduos sólidos ao meio ambiente e à saúde coletiva e individual
são reconhecidos por muitos autores que apontam a deficiência na recolha, gestão,
deposição final e a ausência de uma política de proteção à saúde pública, como os
principais factores geradores desses efeitos. Os padrões actuais de consumo atentam que o
sucesso de qualquer ação que visa á preservação ambiental com meta ao desenvolvimento
equilibrado, passa antes de qualquer intervenção tecnológica, por uma conscientização da
sociedade que possa proporcionar mudanças na postura individual e no relacionamento
homem e natureza (Pereira & Maia, 2012).
A inadequada remoção e recolha desses resíduos, sua destinação e seu tratamento final
podem causar um grande impacto ao meio ambiente. O processo físico-químico de
decomposição dos resíduos orgânicos, se não controlado de forma correcta, irá produzir
chorume, em sua maioria rica em metais pesados, chumbo, níquel, cádmio, dentre outros,
que contaminam os veios hídricos e cursos de água quando infiltrados no solo. A
decomposição anaeróbica das fracções orgânicas do lixo lança, no ar, compostos poluentes
e gases de amônia, enxofre, gás carbônico, dentre outros (Soares, Salgueiro & Gazineu,
2007).
Em termos teóricos os resíduos por si só não se movem, isto faz com que sejam vistos onde
foram depositados e o seu grau de impacte varia muito de acordo com o tipo de resíduo
depositado. Os RS têm componentes orgânicas e inorgânicas e, quando não são inertes
sofrem ao longo do tempo processos de natureza bioquímica, física e microbiológica (Vaz,
2017).
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Os resíduos sólidos quando são depositados em espaços abertos e sem qualquer processo de
tratamento causam contaminação dos solos que se pode agravar por escoamento das águas
das chuvas ao arrastarem a excessiva carga orgânica. Estas podem contaminar aquíferos
com elementos patogénicos afetando negativamente a vida aquática constituindo assim um
problema de poluição do solo e aquíferos (Cruz, 2005).
A transmissão de doenças por meio dos resíduos sólidos se dá tanto por via direta como,
por via indireta. A transmissão direta: ocorre por meio de microorganismos tais como
bactérias, vírus, protozoários e vermes. Esses microorganismos patogênicos quando
presentes nos resíduos sólidos sobrevivem por algum tempo, podendo transmitir doenças
àqueles que manuseiam os resíduos sólidos. A transmissão indireta: essa forma de
transmissão pode alcançar uma quantidade maior de pessoas, pois pode se dar pela
contaminação do ar, da água e do solo por vectores de doenças como insectos (Fundação
Nacional de Saúde do Brasil, 2013).
Alguns estudos têm indicado que áreas próximas a aterros ou lixeiras apresentam níveis
elevados de compostos orgânicos e metais pesados, e que populações residentes nas
proximidades desses locais apresentam níveis elevados desses compostos no sangue.
Assim, constituem potenciais fontes de exposição para as populações, potenciando o
aumento de diversos tipos de câncer, anomalias congénitas, baixo peso ao nascerem,
abortos e mortes neonatais em populações frequentadoras ou vizinhas desses locais. Em
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Angola os resíduos são depositados em lixeiras e queimados produzindo quantidades
variadas de substâncias tóxicas, como gases, partículas de metais pesados, compostos
orgânicos, dioxinas e furanos emitidos na atmosfera (CEIC-UCA, 2012).
As decisões que envolvem a gestão de resíduos sólidos deviam ter em conta os problemas
de saúde pública além das questões políticas, económicas, sociais e ambientais. Dessa
forma seria possível caminhar para um desenvolvimento mais saudável, numa perspectiva
socialmente justa e ambientalmente sustentável.
Varejo é definido como atividades relacionadas a venda de bens ou serviços para consumo
de uso pessoal (Ceretta et al, 2012). Supermercados trabalham com vários tipos de
produtos, gerando um grande volume de resíduo a ser descartado. Porém, a lei 13.478/2002
define que os grandes geradores são obrigados a realizar procedimentos e efetuar a coleta,
transporte, tratamento e destinação final dos resíduos gerados, obrigando o supermercado
colocar em prática o plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
O relatório de sustentabilidade de 2016 da rede estudada apontou que uma área de vendas
de aproximadamente 1.643.005 m², gera por volta de 47.900 toneladas de resíduos não
perigosos e 16.842 toneladas de resíduos de clientes. Dessa forma, a rede se enquadra no
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item I, levando em consideração que a empresa poderá ser auditada e se torna passível de
multas, uma vez que tenha conhecimento das exigências da lei.
Além disso, muitos alimentos perdem seu valor comercial e são descartados devido a
consumidores não conscientizados que abrem embalagens e deixam os produtos abertos na
prateleira. Segundo estudo realizado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da
ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados), o controle de perdas nas áreas de
produtos perecíveis são as mais complexas para o controle as perdas, necessitando um
maior acompanhamento do supermercadista. A pesquisa mostrou que a seção de frutas,
legumes e verduras lidera o ranking de perdas, com índice 6,09% em 2016. Em seguida
vem a padaria/confeitaria, com 4,7%, rotisseria, com 3,99%, peixaria, com 3,26% e carnes,
com 3,07% (ABRAS, 2017).
Utilizando novamente a comparação com os sistemas naturais, segundo Bidone (2001), nos
sistemas antrópicos, as principais ações ocorrem através dos produtores e consumidores,
não garantindo a assimilação dos resíduos por decompositores. É possível reduzir os
impactos causados pela interação dos resíduos com o meio, criando um ambiente
controlado, como, por exemplo, através de um aterro ou incinerador. Assim, para maior
equilíbrio nessa cadeia, é necessário buscar soluções que contribuam com a decomposição,
como, por exemplo, reciclagem, reaproveitamento ou uma destinação sustentável.
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Pode-se considerar Gestão de Resíduos Sólidos e Gerenciamento de Resíduos sólidos dois
conceitos diferentes, de acordo com Schalch et. al. (2002). O termo “gestão de resíduos
sólidos” refere-se aos processos que envolvem tomada de decisões estratégicas, ou seja,
está relacionada com o sistema administrativo, a organização da área para atingir o
objetivo. Já o gerenciamento de resíduos sólidos está relacionado aos aspectos tecnológicos
e operacionais, ou seja, o conjunto de procedimentos para buscar as melhores técnicas,
analisando fatores administrativos, econômicos, ambientais e de desempenho, para
solucionar o problema.
A Lei nº 12.305 de 2010, artigo 20 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), alega
que estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços que gerem grande volume de
resíduos, como é o caso dos supermercados, devem elaborar um Plano de Gerenciamento
de Resíduos. Este deve conter informações em relação à geração, coleta, armazenamento,
segregação, transporte, tratamento e disposição final.
É importante que seja feito um estudo, onde sejam considerados os aspectos ambientais em
cada uma das atividades para que seja viável identificar os possíveis impactos ambientais.
Com isso, permite-se decidir onde é necessário aplicar medidas corretivas ou preventivas
(Rodriguez & Kapusta, 2009). A Figura 2 apresenta um fluxograma simples,
exemplificando como pode ser feito este levantamento de aspectos.
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Figura 2: Sistemática para avaliação dos aspectos ambientais em processos produtivos.
De acordo com Morais et. al. (2015), para um efetivo gerenciamento de resíduos, é
necessário conhecer tanto os aspectos qualitativos (tipo e classe do resíduo), quanto os
aspectos quantitativos (volume gerado). Possuindo estas informações, é importante que o
programa siga a seguinte ordem de prioridade: redução da geração; reuso e/ou reciclagem;
tratamento; disposição final.
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1.4. Tratamentos e Valorização dos Resíduos Sólidos
Os tratamentos são aplicados com a finalidade de valorização do resíduo. Esta vai depender
das características do resíduo e a viabilidade técnica e econômica para a aplicação da
tecnologia mais adequada. Segundo Bidone (2001) é importante, também, assegurar a
aceitação do produto resultante da valorização.
1.4.1. Reciclagem
Segundo Almeida (2017), reciclar significa transformar objectos materiais usados em novos
productos para o consumo. Uma necessidade despertada nos seres humanos, a partir do
momento em que se verificarem os benefícios que este comportamento trás para o planeta
Terra. O processo de reciclagem, além de preservar o ambiente também gera riqueza. Os
materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico, contribuindo para a
diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias utilizam a
reciclagem como forma de reduzir custos de produção. Outro benefício da reciclagem é a
geração de emprego nas grandes cidades.
A percepção geral mostra que o processo de reciclagem pode reflectir nos seguintes
benefícios: diminuição da exploração de recursos naturais; aproveitamento energético;
contribuição para a redução da poluição do solo, água e ar; melhoria da limpeza das cidades
e qualidade de vida das pessoas; prolongamento da vida útil dos aterros sanitários;
favorecimento da separação dos resíduos; geração de postos de trabalho; oportunidades de
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novos negócios; motivação da concorrência; estimulação da valorização da limpeza pública
e construção do pensamento ambiental (Barros, 2016).
Um dos primeiros passos para o êxito da reciclagem é a mudança dos nossos hábitos de
consumo, praticando o consumo consciente, evitando o desperdício, pensando nas
embalagens que depois irão para o lixo e dando preferência para as que sejam recicláveis.
Num segundo passo, temos que aprender a separar o material reciclável do não reciclável e
incentivar os amigos, vizinhos e parentes a fazerem o mesmo (Almeida, 2017).
As redes de supermercados geram bastante volume de resíduos e a maioria deles podem ser
reutilizados, abrindo uma vasta gama de oportunidades para reciclagem. Devemos mostrar
que a reciclagem é um processo que vale a pena ser feito e que, além de colaborar com o
meio-ambiente, traz benefícios mesmo que a longo prazo, porém contínuos para qualquer
indústria, reduzindo processos, criando empregabilidade e valorizando resíduos que seriam
apenas descartados. Devemos enfatizar que para isso é necessário fazer a separação correta
desses materiais para que sejam reprocessados de maneira adequada.
1.4.2. Compostagem
Considerando que os resíduos orgânicos representam sozinhos metade dos resíduos sólidos
gerados no país (MMA, 2017), sua valorização pode ser feita de inúmeras maneiras, a
principal delas é a compostagem. Seguindo a resolução do CONAMA Nº 481/2017 que
estabelece critérios e procedimentos para o processo de compostagem, temos sua seguinte
definição:
Segundo Russo (2011), a primeira fase do processo tem uma duração entre 25 e 30 dias. A
etapa de humificação, quando realizada em pilhas ou leiras, tem duração entre 30 e 60 dias,
esse período está vinculado a condições como: temperatura, umidade, composição da
matéria orgânica e condições de arejamento. Na compostagem, os microrganismos são
responsáveis, num primeiro momento, por transformações químicas na massa de resíduos,
e, num segundo momento, pela humificação. O composto resultante, o húmus, pode ser
utilizado como fertilizante (tanto para a agricultura quanto para áreas verdes urbanas)
apresentando, portanto, valor económico.
1.4.3. Incineração
A incineração é outra das tecnologias utilizadas para tratamento dos resíduos sólidos, tanto
urbanos como industriais, utilizada em especial nos países nórdicos, devido à necessidade
de diversificação das fontes energéticas para aquecimento, à densidade populacional
elevada e devido à falta de terrenos apropriados para outras soluções. Para o tratamento dos
resíduos hospitalares perigosos para a saúde e certos resíduos industriais perigosos é
porventura um dos métodos mais seguros.
A incineração consiste num processo de oxidação seca a alta temperatura para transformar
os resíduos orgânicos em matéria inorgânica (cinza) que por ser inerte pode ser usada na
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construção civil. Pode ser utilizada para a geração de energia, vapor e ar refrigerado
(Berticelli, Pandolfo & Korf, 2017).
Segundo Russo (2003), as principais vantagens dos aterros sanitários são as seguintes:
Fácil operacionalidade;
Disponibilidade de conhecimento;
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Devolução a utilização do espaço imobilizado durante a fase de exploração;
Segundo Almeida (2017), os aterros são instalados nas periferias, e encontrar uma área
apta para receber este tipo de infra-estrutura é uma tarefa complexa. Em Angola e em
particular no Município do Moçâmedes apesar de haver muito espaço não significa
necessariamente que qualquer área seja adequada para a implementação de um aterro.
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Deste modo, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida pela Lei 12.305/2010,
previu, a partir do Art. 36, inciso V “implantar sistema de compostagem para resíduos
sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do
composto produzido”.
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CAPÍTULO II. METODOLOGIA E MÉTODOS
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necessitavam observação, foi elaborado e utilizado um check-list (Anexo 1). Neste foram
adicionados itens como: locais de geração de resíduos dentro do estabelecimento, resíduos
gerados, equipamentos utilizados, entre outros. Dessa forma, foi possível observar os
pontos fortes e os pontos com necessidade de melhorias, visando o maior enfoque
ambiental possível (valorização dos resíduos e diminuição do descarte em aterros).
A fim de facilitar a identificação dos resíduos, através de seu estado físico, cor e odor, foi
seguida a resolução CONAMA nº 275/01 que estabelece os códigos de cores para o
acondicionamento dos mesmos, conforme a Figura 3.
22
Figura 3: Código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.
A escolha de uma proposta viável a partir dos pontos de decisões e critérios a serem
seguidos, baseou-se no fluxograma apresentado por Bidone (2001) como mostra a Figura 4.
23
Figura 4: Estratégia de gestão de resíduos.
A Shoprite é uma cadeia de supermercados africano que surgiu na Africa do Sul em 1979,
A filosofia dos supermercados Shoprite é trazer preços baixos aos seus consumidores numa
grande variedade de Produtos alimentares e consumo básico.
Em Angola a primeira loja foi lançada no ano de 2003 em Luanda e actualmente a possui
mais de 20 supermercados assegurados por 3200 funcionários Angolanos.
O supermercado Shoprite Namibe (figura 5) foi aberto no dia 28 de Maio de 2015, está
situada na Avenida Hoji Ya Henda próximo ao estádio Joaquim Morais. Este supermercado
se dedica principalmente ao sector de venda de produtos alimentares e Mercearias.
Este espaço possui uma área de parque de estacionamento para viatura, área de restauração
e farmácia. Todo este espaço é assegurado por uma vasta equipa tais como: Serviço de
Limpeza, serviço de caixa, serviço de Segurança, serviço de fiscalização e outros.
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Figura 5: Supermercado Shoprite da cidade de Moçâmedes.
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CAPÍTULO III. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No presente capítulo realiza-se a análise das práticas adotadas pelo Supermercado Shoprite
na cidade de Moçâmedes para o gerenciamento dos Resíduos Sólidos (orgânicos) gerados
nas suas actividades, através da aplicação de entrevistas aos funcionários do Supermercado,
com o fim de propor alternativas baseadas nas tecnologias disponíveis para seu tratamento.
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Como mostra a Tabela 1, em 2021 foram gerados aproximadamente 218 550 kg de resíduos
no supermercado, uma média de 18 212,5 kg de resíduos por mês. Nota-se também uma
geração total acima da média no período de dezembro e janeiro, devido ao aumento de
consumo nestes meses. Ao analisar a geração por tipo de resíduo, percebe-se que resíduo
orgânico, plástico e papelão representam, nesta ordem, os principais resíduos gerados no
supermercado, ou seja, os resíduos são predominantemente não perigosos de Classe II-A
(não-inertes). A Figura 6 apresenta um gráfico para melhor visualização da proporção dos
tipos de resíduos gerados.
1%
11%
8%
ORGÂNICOS
PAPELÃO
PLÁSTICO
OUTROS
80%
Foi visitado o Supermercado Shoprite na cidade de Moçâmedes, onde pôde ser identificado
suas características. Analisando as dificuldades ou facilidades do gerenciamento dos
resíduos, o espaço onde estes são armazenados e a quantidade de funcionários que
contribuem para uma gestão de qualidade.
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O supermercado é considerado de médio porte, uma vez que atende em média 100 pessoas
por dia, tendo um pico no final de semana em torno de 200 pessoas. Como todas as áreas
estão integradas, segundo o supervisor, a loja busca manter a área organizada e limpa, pois,
por se tratar de uma grade quantidade de alimentos e dos mais diversificados materiais,
pode haver invasões de pragas, como ratos e insetos e de animais à procura de alimentos.
Nas visitas pôde-se perceber que o Supermercado não possuem dificuldades com a mão-de-
obra utilizada atualmente, pois é suficiente para a quantidade de resíduo gerado. Em
conversa com o gestor do contrato, a operação é um grande fator para que o serviço seja
feito com qualidade, uma vez que são essas pessoas que farão com que o resíduo possa ser
triado e separado adequadamente.
Apesar de haver placas, nem todos os locais estão identificados com o tipo de resíduo ali
disposto. É importante ressaltar que as identificações devem ser feitas de forma visual e não
escrita, facilitando, assim, a identificação de armazenamento local.
Na sua maioria a empresa Shoprite gera mas resíduos sólidos orgânicos e tem buscado
formas de tratar-los mas não tem tido sucesso por não possuir especialistas nesta área,
desconhecer formas de tratar-los e por na nossa cidade não possuir empresas especializadas
para tratamento de Resíduos Sólidos Orgânicos.
Todos os resíduos sólidos gerados são armazenados numa sala de lixo (Bay de lixo), nesta
sala é feito a triagem ou separação dos resíduos. Dentro desta sala existem vários
compartimentos, cada compartimento tem a função de armazenar um determinado tipo de
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resíduos sólidos. A triagem é feita simplesmente para determinar a quantidade de perda de
produtos. Depois de se efectuar a triagem, todos resíduos sólidos são colocados novamente
juntos e são transportados por um automóvel de uma Empresa de Prestação de Serviços
Privada, que não foi permitido passar o nome, e dali têm como destino final Aterros a céu
aberto. Normalmente aos resíduos sólidos de plásticos é que realizam-se reciclagem
tradicional isto por parte da população que tem feito recolha e vendem para empresas
produtoras de plásticos.
Vale ressaltar que tanto o papelão quanto o plástico devem ser manuseados de forma
atenciosa, pois quando em contato com resíduos orgânicos, tintas, óleos ou outros tipos de
resíduos líquidos, já não possuem mais valor comercial e passam a ser considerados rejeito,
necessitando que sejam destinados para aterros legalmente licenciados, que é o
procedimento padrão.
Embora haja um volume grande de resíduos, a valorização dos resíduos não é tão explorada
como deveria ser, segundo os funcionários do Supermercado Shoprite na cidade de
Moçâmedes. Ele também afirma que não há incentivo político e que a forma mais fácil de
gerenciar esses resíduos é enviando aos aterros, uma vez que a cultura da loja e dos
responsáveis pelo setor não exige que a reciclagem seja realizada continuadamente.
Encaminhar estes resíduos para aterros, além de ser um grande desperdício, causa grande
impacto, pois sua decomposição gera chorume e, consequentemente, aumento de custo para
a drenagem deste nos aterros. A má administração desses aterros também pode afetar a
qualidade do solo, água e ar.
Quando se trata da disposição final, é possível identificar que o maior número de resíduo é
levado para aterro, o que, por sua vez, não é a opção mais sustentável. Pôde-se perceber na
visita que há uma grande quantidade de resíduos que poderiam ser reciclados e valorizados.
Um dos pontos que mais chamam atenção é em relação ao destino dos resíduos orgânicos.
Como mostrado anteriormente (Figura 6), 80% dos resíduos são orgânicos, o equivalente a
175 145 kg anual. No supermercado existe uma comissão de perca que todas manhãs antes
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da abertura fazem recolha de todos resíduos sólidos gerados, e se encarregam de sua
separação, segundo esta comissão, tem havido muita perca no que concerne aos resíduos
orgânicos por serem sensíveis e isto tem provocado baixa na empresa.
Os resíduos sólidos orgânicos gerados são recolhidos uma vez por dia, todas as manhãs ao
redor das 5h, e são levados ao aterro sanitário que encontram-se localizado no Giraul do
meio a 20 km do Supermercado.
Além dos impactos causados por não aproveitar o potencial de valorização dos resíduos, é
importante ressaltar que parte do gerenciamento destes requer uma grande movimentação
de caminhões. Esse número de viagens acarreta em outros impactos, tais como, emissão de
CO2, aumento de trânsito na cidade e, consequentemente, do risco de acidentes, além do
risco de perda de resíduos durante seu transporte e o gasto de combustível. Em uma viajem
por dia, gasta-se em média 10 L de gasolina, que ao ano representa 3 600 L o que equivale
a 504 000 00 por conceito de transporte.
Uma possibilidade para reduzir os impactos, tanto de transporte quanto de disposição, seria
a realização de compostagem dentro do supermercado, pois possui espaço físico disponível.
Esta implementação, além dos benefícios ao meio ambiente, poderia beneficiar o mercado,
com a redução de custos de transporte e possibilidade de utilizar ou vender o composto
obtido. Outra vantagem seria a geração de emprego, uma vez que haveria a necessidade de
contratar um funcionário para cuidar desse tipo atividade, refletindo no compromisso
socioambiental do mercado.
Através das visitas, foi visualizado que é possível implantar caixas de compostagem, ação
que é mais conhecida como “compostagem doméstica”, sendo uma prática atual e que
funciona de forma simples e eficaz. Com isso, diminuiria a destinação de resíduos
orgânicos para aterros, atendendo as demandas do supermercado de forma sustentável.
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Os resíduos orgânicos, misturados com demais rejeitos, atualmente, são armazenados no
contentor de lixo, que comporta 10 m³. Este é trocado uma vez por semana, fazendo com
que a média mensal seja de 30 m³, aproximadamente 1 m³ por dia. Porém, deste 1 m³,
apenas uma parcela corresponde apenas aos alimentos, já que estes estão misturados com as
embalagens. Um kit de compostagem como o apresentado na Figura 7, tem capacidade de
compostagem de aproximadamente 1 m³, conforme especificações técnicas disponibilizadas
pela empresa cotada (De Almeida, 2018).
O kit apresentado na Figura 7 possui 5 torres com 6 caixas de 39 litros e possui capacidade
de compostagem diária de 16,25 litros. A fim de melhorar a qualidade do processo, é
necessário que seja definido quais tipos de resíduos orgânicos serão colocados na caixa
como, por exemplo, frutas, legumes e verduras. É indicado que os resíduos sejam
previamente triados e não estejam contaminados com outros tipos de materiais que possam
comprometer a eficiência da compostagem como: plásticos; resíduos líquidos (leite,
iorgutes, refrigerantes, etc.); vidros; isopor e resíduos perigosos.
Esta proposta, contribuiria à diminuição do volume e peso dos resíduos que se levam aos
aterros, á revitalização do solo, reduz o risco de pragas e o uso de abonos químicos, além
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dos benefícios ao meio ambiente, poderia beneficiar o mercado, com a redução de custos de
transporte e possibilidade de utilizar ou vender o composto obtido. Também este composto
poderia ser doado para ONGs, para plantio de árvores, aumentando o engajamento
socioambiental da rede. Outra vantagem seria a geração de emprego, uma vez que haveria a
necessidade de contratar um funcionário para cuidar desse tipo atividade, refletindo no
compromisso socioambiental do mercado.
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CONCLUSÕES
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SUGESTÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXOS