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EAD SUPERMERCADOS LTDA.

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL


RESUMO DO PROJETO

DATA DO RELATÓRIO PREPARADO POR


19/10/2023 Wellington Gonzaga Vilela

AVALIAÇÃO DA GESTÃO

O crescimento populacional, industrializaçã o, globalizaçã o econó mica e os impactos


resultantes pelo acondicionamento inadequado e lançamento de resíduos no meio físico, falta
de locais para disposiçã o final sã o alguns dos fatores que justificam e influenciam a criaçã o do
mecanismo para destinaçã o adequada de resíduos só lidos.
Um plano de gerenciamento de resíduos só lidos (PGRS) define diretrizes para a gestã o
ambientalmente correta de todos os resíduos gerados em uma instalaçã o e para a gestã o e
controle dos processos produtivos com o objetivo de evitar desperdícios. Documento que
estabelece uma estratégia de monitoramento, descarte/destinaçã o inadequada que pode
causar poluiçã o ambiental ou riscos à saú de pú blica.
A Política Nacional de Resíduos Só lidos (PNRS), Lei 12.305/210, define gestã o de
resíduos só lidos como as atividades realizadas nas etapas de coleta, transporte,
beneficiamento, destinaçã o e destinaçã o ambientalmente correta dos resíduos. De acordo com
as diretrizes da PNRS, as autoridades licenciadoras exigem que os Planos de Gerenciamento de
Resíduos Só lidos (PGRS) emitam alvará s e licenças. Resumindo, o plano deve conter todas as
informaçõ es sobre a gestã o de resíduos da instalaçã o, e o nã o cumprimento pode resultar em
multas e suspensã o de licença. Pela sua importâ ncia, os responsáveis pela sua elaboraçã o
devem estar atentos ao que é necessá rio para garantir a qualidade e aceitaçã o do projeto. É
obrigató ria nas atividades de construçã o civil e industrial, transportes, serviços de saú de,
serviços pú blicos de esgotos, atividades geradoras de resíduos perigosos e atividades
geradoras de grandes quantidades, mas qualquer atividade ou local de atuaçã o pode ser
obrigató ria se a legislaçã o assim o exigir.

1 – Consideração Inicial

O objetivo deste documento é contribuir para a gestã o segura de resíduos, fornecendo


diretrizes para o processo de planejamento da gestã o de resíduos e apresentando seus padrõ es
atuais.
- Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Só lidos;
altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências;
- Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõ e sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulaçã o e aplicaçã o, e dá outras providências;
- Lei nº 4.191, de 30 de setembro de 2003. Dispõ e sobre a Política Estadual de Resíduos
Só lidos e dá outras providências no Estado do Rio de Janeiro;
- Decreto nº 37.775 de 10 de outubro de 2013. Institui o Plano Municipal de Gestã o
Integrada de Resíduos Só lidos;
- Resoluçã o CONAMA nº 416, de 30 de setembro de 2009. Dispõ e sobre a prevençã o à
degradaçã o ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinaçã o ambientalmente
adequada, e dá outras providências; e
- Resoluçã o CONAMA nº 275, de 25 de abril 2001. Estabelece o có digo de cores para os
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificaçã o de coletores e transportadores, bem
como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

2 – Rotinas de Manejo

As coletas serã o realizadas individualmente por classificaçã o de resíduos.


- Orgâ nicos e rejeitos: duas (2) coletas semanais, a serem realizadas pela prefeitura;
- Recicláveis: uma (1) coleta por semana, a ser realizada por empresa contratada.

2.1 - Quantidades de Resíduos

O programa de manejo este bem elaborado em funçã o da quantidade de resíduos que é


gerado pelo estabelecimento. Conforme consta do PGRS sã o gerados 25(Kg) Orgâ nicos e
rejeitos, 41(Kg) Rejeitos perigosos e 25 (Kg) Recicláveis.

3 – Segregação

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das atribuiçõ es que lhe


conferem a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e tendo em vista o disposto na Lei nº 9.605,
de 12 de fevereiro de 1998, e no Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999, e Considerando
que a reciclagem de resíduos deve ser incentivada, facilitada e expandida no país, para reduzir
o consumo de matérias-primas, recursos naturais nã o-renováveis, energia e á gua:
Art.1º Estabelecer o có digo de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado
na identificaçã o de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas
para a coleta seletiva.

Padrão de Cores
AZUL Papel/papelão
VERMELHO Plástico
VERDE Vidro
AMARELO Metal
PRETO Madeira
LARANJA Resíduos perigosos
BRANCO Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde
ROXO Resíduos radioativos
MARROM Resíduos orgânicos
CINZA Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou
contaminado não passível de separação.

Conforme o conselho nacional de meio ambiente – CONAMA, no uso das atribuiçõ es


previstas na Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pelas Leis nº 7.804, de 18 de julho
de 1989, e Lei nº 8.028 de 12 de abril de 1990, regulamentado pelo Decreto nº 99.274, de 06 de
junho de 1990, e regimento interno aprovado pela resoluçã o CONAMA nº 25, de 03 de
dezembro de 1996:

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Grupo A

Resíduo com a possível presença de agentes bioló gicos que, por suas características,
podem apresentar risco de infecçã o, se subdivide em cinco subgrupos:
Grupo A1: Resíduos, ampolas e frascos gerados durante o processamento de
manipulaçã o de microrganismos, inoculaçã o, manipulaçã o genética e todos os materiais
relacionados à vacinaçã o, materiais relacionados ao processamento laboratorial, material
contendo sangue, bolsas de sangue ou hemocomponentes. O fabricante deve acondicionar
esses resíduos em saco branco leitoso com símbolo de risco de infecçã o;
Grupo A2: Isso corresponde a cadáveres, peças anatô micas, ó rgã os internos de animais
e até animais que passaram por experimentos com microrganismos que podem causar
epidemia. Devido ao elevado risco associado a estes resíduos, estes devem ser acondicionados
em sacos vermelhos com o símbolo de risco de infeçã o;
Grupo A3: Peças anatô micas (membros humanos), produtos de fertilizaçã o nã o
essenciais com peso inferior a 500 gramas e comprimento inferior a 25 cm, o gerador deve
acondicioná -los em saco vermelho com símbolo de perigo de infecçã o;
Grupo A4: Tubos arteriais, filtros de ar e gases aspirados de á reas contaminadas,
resíduos de laborató rio contendo fezes, urina e secreçõ es, tecidos e materiais utilizados em
serviços de saú de humana ou animal, ó rgã os e tecidos humanos, carcaças, peças anatô micas de
animais, carcaças de animais e outros resíduos que sejam doenças nã o epidemiologicamente
significativas ou contaminadas ou suspeitas de estarem contaminadas por microrganismos. O
fabricante deve acondicionar esses resíduos em sacos brancos leitosos com o símbolo do risco
de infecçã o; e
Grupo A5: Ó rgã os, tecidos, fluidos e todos os materiais relacionados com os cuidados de
saú de de pessoas ou animais com suspeita ou confirmaçã o de contaminaçã o por priõ es
(agentes infecciosos compostos por proteínas modificadas). O gerador deverá acondicionar
esses materiais em dois sacos vermelhos (um dentro do outro) que contenham o símbolo de
risco de infecçã o.

Grupo B

No caso de resíduos, reagentes de laborató rio ou outros materiais líquidos que


contenham substâ ncias químicas que possam colocar em risco a saú de pú blica ou o meio
ambiente, o fabricante deverá realizar a separaçã o, identificaçã o (nome do produto) e

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acondicionamento adequados, o que deverá ser feito considerando o produto químico,
incompatibilidade de materiais para evitar acidentes;

Grupo C

Resíduos contaminados com radionuclídeos provenientes de laborató rios de aná lises


clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia;

Grupo D

Resíduos que nã o apresentem risco bioló gico, químico ou radioativo para a saú de ou o
meio ambiente e que possam ser tratados como lixo doméstico; e

Grupo E

Materiais pontiagudos ou mais á speros, como agulhas e lâ minas, contaminados ou nã o.


Estes resíduos devem ser acondicionados no ponto de origem em embalagens impermeáveis, à
prova de furos, rasgos, vazamentos e devidamente marcadas com o símbolo de risco
correspondente. Nunca devem ser colocados diretamente em sacos plá sticos com outros
resíduos infecciosos, pois podem causar acidentes.

A Norma Nacional ABNT NBR 10004:2004, resíduos só lidos: 0.1 Considerando a


crescente preocupaçã o da sociedade com relaçã o à s questõ es ambientais e ao desenvolvimento
sustentável, a ABNT criou a CEET-00.01.34 - Comissã o de Estudo Especial Temporá ria de
Resíduos Só lidos, para revisar a ABNT NBR 10004:1987 - Resíduos só lidos - Classificaçã o,
visando a aperfeiçoá -la e, desta forma, fornecer subsídios para o gerenciamento de resíduos
só lidos.
O objetivo desta Norma é classificar os resíduos só lidos quanto aos seus riscos
potenciais ao meio ambiente e à saú de pú blica, para que possam ser gerenciados
adequadamente.

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Para os efeitos desta Norma, os resíduos sã o classificados em:
a) resíduos classe I - Perigosos;
b) resíduos classe II – Nã o perigosos;
– resíduos classe II A – Nã o inertes; e
– resíduos classe II B – Inertes.

4 – Coleta, transporte Interno, Acondicionamento/Armazenamento e Tratamento

- Coleta: A coleta consiste em recolher os resíduos diretamente do local de origem e


transferi-los para armazenamento intermediá rio. É realizada pelos colaboradores da equipa de
limpeza e higienizaçã o, devidamente formadas e equipadas com equipamentos de proteçã o
individual, das 08h00 à s 18h00.
- Transporte Interno: Consiste no transporte dos resíduos do local de origem para local
designado para armazenamento temporá rio ou externo, o que deve ser feito separadamente
para cada grupo de resíduos e em contentores especiais para cada grupo de resíduos.
- Acondicionamento: Consiste em acondicionar os resíduos triados em sacos ou
recipientes que evitem vazamentos, perfuraçõ es e rasgos. O volume dos contêineres deve
corresponder à geraçã o diá ria de cada tipo de resíduo.

- Tratamento: Consiste na aplicaçã o de método, técnica ou processo que altere as


características dos riscos associados aos resíduos, reduza ou elimine o risco de poluiçã o,
acidentes de trabalho ou danos ambientais. O processamento pode ser realizado na pró pria
unidade de produçã o ou em outra instalaçã o, observando-se nestes casos as condiçõ es de
segurança de transporte entre a unidade de produçã o e a unidade de processamento. Os
sistemas de resíduos médicos devem ter licença ambiental. Os sistemas de combustã o por
tratamento térmico devem atender à Resoluçã o CONAMA nº 316/2002.

5 - CONCLUSÃO

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O EAD Supermercado objetiva integrar no processo produtivo as prá ticas da coleta
seletiva no dia a dia, sendo necessá rio um cuidado maior na segregaçã o apó s geraçã o dos
resíduos recicláveis, que ainda se encontram de forma misturada aos resíduos rejeitos e
orgâ nicos em alguns postos de trabalho e na copa. Destaca-se que uma coleta seletiva eficiente
pode reduzir em grandes nú meros os resíduos destinados ao aterro sanitá rio, gerando renda,
diminuindo custos de transporte e destinaçã o final, além de proporcionar uma melhor
qualidade do meio ambiente.
Como forma de melhoria interna, as Legislaçõ es 12.305/2010. Lei Nº 4.191/2003 e
Decreto nº 37.775/2013 se tornam uma oportunidade para implantar a melhoria contínua,
atendendo aos procedimentos de responsabilidade ambiental e social com o fortalecimento da
coleta seletiva.
Buscando uma melhoria de forma contínua, o presente plano deve ser revisado à
medida que as estratégias de gerenciamento de resíduos sejam ajustadas.
O desenvolvimento de um plano de açã o é uma ferramenta de gestã o amplamente
utilizada no planejamento, com a qual a equipe de gestã o de resíduos pode ser fortalecida para
controlar o desempenho de diversas funçõ es de forma abrangente e detalhada em uma
linguagem compreensível e prá tica, auxiliando, por exemplo, para atingir certas metas e
objetivos.
Algumas açõ es e iniciativas implantadas e constantes do RELATÓ RIO DE DADOS DE
GESTÃ O e do PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓ LIDOS – PGRS sã o importantes e
recomendadas, além de estar em acordo com a legislaçã o pertinente, para efetividade do
correto gerenciamento dos resíduos por parte da equipe gestora, comprometida em disseminar
conhecimento e atendimentos dos processos. Cita-se, por exemplo, a revisã o das estratégias
utilizadas para auxiliar o alcance dos objetivos do presente PGRS à medida que as prá ticas
sejam adotadas.

REFERÊNCIAS:

https://s3.us-east-1.amazonaws.com/assets.itpacporto.edu.br/arquivos/2020/sesmt-
cipa/pgrs.pdf

https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/4923/1/PGRS_ENAP_R2.pdf

https://urbanismoemeioambiente.fortaleza.ce.gov.br/images/urbanismo-e-meio-
ambiente/manuais/manual_residuos_solidos.pdf

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