Você está na página 1de 3

Trabalho sobre MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE NA ENGENHARIA

TEMA: embalagem de agrotóxicos

Sobre a embalagem:

Terceiro maior consumidor de agrotóxicos do mundo , o Brasil tem padrão de consumo


semelhante ao do Japão e fica atrás apenas dos Estados Unidos e da União Européia . O
valor deste mercado foi estimado em 2,5 milhões de dólares para o ano de 2004. Os
principaissegmentos são herbicidas e inseticidas, que representam 52% e 27,5% das vendas,
respectivamente .
No entanto, o uso desses produtos tem um impacto negativo significativo na indústria . O que
fazer com as embaixadas abandonadas ? No inverno de 2000/2001, 130 milhões de
unidades de embalagem foramusados, produzindo cerca de 27 milhões de toneladas de
resíduos plásticos; no inverno de 2001/2002 foram utilizadas 138 milhões de unidades de
embalagem , produzindo cerca de 32 milhões de toneladas de resíduos plásticos
contaminados . O descarte inadequado desses pacotes criou um agravante significativo para
o meio.

As embalagens de agrotóxicos são divididos em categorias laváveis, não laváveis e


contaminadas .

Conforme NBR 13.968, os recipientes rígidos, plásticos , metálicos ou de vidro laváveis


acomodam formulações líquidas de agrotóxicos a serem diluídas em água . Ser submetido a
lavagem completa ou lavagem sob pressão . Mostrou que a quantidade de resíduo
encontrada na quarta água de lavagem pararecipientes reduz a quantidade de resíduos
tóxicos para níveis abaixo de 100 ppm ( partes por milhão), abaixo dos limites máximos
internacionalmente aceitos (BAPTISTA, 1994) .
Os envelopes contaminados podem ser feitos de materiais flexíveis como sacolas plásticas ,
papel, papel metalizado , papel laminado (papel com papel ou com plástico alumínio ou ainda
mais papel plástico ) ou envelopes rígidos .

Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13.968: Embalagem


rígida vazia de agrotóxico: procedimento de lavagem. Rio de Janeiro, 1997.
AZEVEDO, P. U. E. Pilhas, baterias, lubrificantes e embalagens de agrotóxicos - tecnologias, legislação e
condições sócio-político-econômicas: situação no Brasil. Rede Pan-americana de Manejo Ambiental de Resíduos
REPAMAR e Rede Brasileira de Manejo Ambiental de resíduos REBRAMAR. 2001 (Primeira versão do relatório
final).
Necessidade da logística reversa:

Apesar de se enquadrar na logística reversa de pós venda ou pós consumo, é necessário


subdividir o conceito de logística reversa de embalagem pela sua importância. Com a
concentração da produção, verifica-se o atendimento de distribuição a mercados cada vez
mais afastados. Consequentemente, há um aumento da distância média de transporte e o
retorno dos caminhões vazios (unicamente com as embalagens de transporte) que implica
em um incremento dos gastos e repercute no custo fi nal do produto. Com a fi nalidade de
reduzir o impacto negativo das embalagens, algumas medidas podem ser adotadas para a
redução de resíduos desta natureza (Diretiva 94/62 adotada pela Comunidade Européia): a)
Reduzir os resíduos na sua origem; b) Utilizar materiais recicláveis; c) Reutilizar os
materiais, maximizando o nível de rotação; d) Implantar sistemas de recuperação; e)
Reciclar.
RETORNO DAS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS

Antes da criação do sistema de logística reversa para as embalagens de agrotóxicos, as


embalagens tinham os seguintes destinos: doação; venda; enterro; queima ou eram
simplesmente abandonadas no campo. No ano de 1992, começou-se a perceber a
necessidade de criar uma solução para as embalagens vazias de agrotóxicos, com isso foi
criado os processos pilotos, mas no ano de 2000, foi criada a Lei Federal n.º 9.974/00, no
qual determina a responsabilidade de todos os agentes que atuam na produção agrícola do
Brasil, foi assim que foi determinado, ou seja, aos diversos elos da cadeia Logística, sendo
eles os agricultores, canais de distribuição, indústria e o poder público (FLEURY, 2000). A
logística reversa de embalagens de agrotóxicos no Brasil é gerenciada pelo INPEV, órgão
responsável pela criação do Sistema Campo Limpo, o sistema é composto por mais de 400
unidades de recebimento de embalagens vazias, que abrange todas as regiões do Brasil
como base o sistema compartilha da responsabilidade entre agricultores, indústria, canais de
distribuição e poder público (INPEV, 2013; INPEV, 2014).

Impactos possíveis:

O Brasil tornou-se referência mundial em logística reversa de embalagens plásticas vazias


de defensivos agrícolas com o encaminhamento de 94% delas para a reciclagem ou
incineração. Mas não é qualquer profi ssional que pode transportar essas embalagens.
Existem algumas regras que devem ser respeitadas nesse transporte do campo à
recicladora. Os cuidados para o retorno das embalagens vazias começam na propriedade
rural (IMAM, 2018). Assim, após a utilização do defensivo agrícola, o produtor deve fazer
uma limpeza na embalagem antes de devolvê-la. Por meio do Instituto Nacional de
Processamento de Embalagens Vazias (INPEV), a indústria de defensivos agrícolas coloca
em prática uma ampla operação de logística reversa das embalagens vazias dos seus
produtos e assegura sua correta destinação. Esse órgão é uma entidade sem fi ns
lucrativos e criado por fabricantes de defensivos agrícolas com o objetivo de promover a
correta destinação das embalagens vazias de seus produtos. Sua criação atende às
determinações da Lei federal nº 9.974/00 que estabeleceu os princípios para o manejo e a
destinação ambientalmente correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas a partir
de responsabilidades compartilhadas entre os agentes da cadeia agrícola no processo de
recebimento e destinação fi nal das embalagens vazias e determinou os papéis específi cos
de cada um. Atualmente, o INPEV integra o Sistema Campo Limpo que atua como núcleo
de inteligência e é responsável pela operacionalização da logística reversa das embalagens
de defensivos agrícolas em todo o país e que são classifi cadas em dois tipos: laváveis e
não laváveis (INPEV, 2018).
Revista de Ciência e Tecnologia Fatec Lins
Revista Saúde Pública
Danos decorrentes do descarte inadequado de embalagens de agrotóxicos

As embalagens de agrotóxicos quando descartadas de forma incorreta podem causar


sérios danos para o meio ambiente, animais e para a saúde humana, isso direta ou
indiretamente, pois os resíduos químicos presentes nos agrotóxicos ainda estão presentes
nas embalagens mesmo após o seu uso. Esse resíduo químico pode percorlar, atingindo os
mananciais hídricos e assim contaminando o lençol freático e por corrosão chegar aos rios,
lagos e lagoas, comprometendo a saúde humana e a fauna (PEROSO; VICENTE, 2007).

Nascimento (2013) relata a falta de cuidado ambiental mínimo para a utilização dos
agrotóxicos, em estudo realizado no nordeste, em áreas agrícolas. Em seus resultados
ficou evidenciado a presença de ingredientes ativos com grande potencial de lixiviação,
entre eles o 2,4D e o Imidacloprid.
Até no lençol freático(água sub-superfi cial) foram identifi cados os ingredientes ativos
Azoxystrobin, Imidacloprid, Phenthoate e Tebuconazole. Em mais de quinze poços
inspecionados, tipo cacimba, as concentrações dos princípios ativos estavam muito
superiores ao permitido pela Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde. De acordo com
Soares (2011), as terras carregadas pelas águas das chuvas levam para os rios, lagoas e
barragens os resíduos de agrotóxicos, comprometendo a fauna e a fl ora aquática, além de
comprometer as águas captadas com a fi nalidade de abastecimento.
Segundo a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ, 2016), os danos
causados para a saúde humana podem ser fatal, provocando desde dores de cabeça,
náuseas até lesões renais, cânceres, alterações genéticas, doença de Parkinson, entre
outros.
Segundo a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (SEMACE, 2016), a
contaminação por agroquímico pode ser dividida em três tipos de intoxicação: aguda,
subaguda e crônica. Na intoxicação aguda, os sintomas podem ser sentidos logo após o
contato com a substância. Na intoxicação subaguda, os sintomas começam a aparecer aos
poucos. E na intoxicação crônica, os sintomas podem levar meses ou até mesmo anos para
aparecer, neste caso muitas vezes requerem de exames mais delicados para sua
identificação.

https://www.agbbauru.org.br/

Você também pode gostar