Você está na página 1de 5

Discente: Valdivam Cardozo Figueiredo.

Centro: CETENS - Feira de Santana.

Componente Curricular: Teoria e estratégia do desenvolvimento Sustentável.

Professor formador: Carine Tondo Alves.

SÍNTESE DO SEMINÁRIO SOBRE O PNRS

1. - Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris I (orgânicos);


2. - Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris II (inorgânicos);
3. - Educação Ambiental;

Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris I (orgânicos);

Os dados estimados sobre a geração de resíduos oriundos das agroindústrias


associadas à agricultura para o Brasil representaram em torno de 290.838.411 de
toneladas de resíduos para o ano de 2009 segundo o PNRS, e que todo resíduo
poderia ser aproveitado para fins energéticos. Os resíduos que mais contribuíram com
estes valores, foram o bagaço e a torta de filtro, oriundos da cana-de-açúcar, gerados
em sua maioria na região Sudeste.

Evidentemente que com o crescimento da geração desse tipo de resíduo,


exigem que leis mais especificas sejam criadas, no sentido de garantir que todo o
manejo e disposição sejam efetivamente adequados, como a instrumentalização legal
de diretrizes dentro do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, e também a criação de
incentivos para aqueles que comecem a fazer o reaproveitamento energético através
de sistemas de tratamento (combustão ou biodigestão), de forma que haja máxima
minimização dos impactos ambientais.
Em 2009, as agroindústrias associadas à agricultura produziram 290.838.411
toneladas de resíduos orgânicos, com 69% originados no bagaço e torta de filtro da
cana de açúcar na Região Sudeste. O potencial energético da biomassa destes
resíduos é de 23 GW/ano. Na pecuária, a produção estimada foi de 1.703.773.970
toneladas/ano, com 32% deste total gerado pela pecuária de corte extensiva da
Região Centro Oeste. A criação extensiva dificulta a utilização destes resíduos na
biodigestão e no aproveitamento energético. As atividades predominantemente
confinadas como suinocultura, avicultura e pecuária leiteira produziram em conjunto
365.315.261 toneladas/ano com potencial energético de 1,3 GW/ano. Adicionalmente,
as indústrias associadas com estas atividades como laticínios, abatedouros e
graxarias geraram resíduos sólidos e líquidos com potencial de 15 MW/ano.
Observação importante é que o tamanho e a localização das atividades inviabilizam as
soluções individuais, sendo indispensáveis estudos regionalizados e espacialização
das atividades para a implantação de sistemas coletivos de biodigestão.

A tendência é a geração de resíduos agrossilvopastoris aumentarem nos


próximos anos tornando indispensável o manejo, tratamento e disposição adequados,
sendo as atividades agrossilvopastoris dependentes dos recursos naturais. Em
algumas regiões, os resíduos de biomassa podem aumentar a participação na matriz
energética brasileira.

Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris II (inorgânicos);

O Plano Nacional de Resíduos Sólidos, traz um diagnóstico dos resíduos


sólidos agrossilvopastoris inorgânicos no Brasil. Sendo o país com maior consumo de
agrotóxicos com 700 mil toneladas e vendas de sete bilhões de reais por ano. As
embalagens de agrotóxicos são consideradas como resíduos perigosos e apresentam
riscos elevados de contaminação ambiental dos solos e águas, animais e seres
humanos. As Leis 7.802/1989 e 7.974/2000 regulamentada pelo Decreto 4.074/2002
deixam sobre responsabilidade todos que estão de alguma maneira estão envolvidos
na utilização, na revenda e na fabricação.

Em 2002 Segundo o PNRS foi criado pelas indústrias o Instituto Nacional de


Processamento de Embalagens Vazias – INPEV, que coordenou desde sua fundação
a retirada de 168 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos em todo o país e
calcula que em 2010 as embalagens primárias que entram em contato com os
produtos foram recicladas em 95%. Embora o Brasil tenha bons instrumentos e uma
eficácia acentuada na logística reversa das embalagens de agrotóxicos, o que significa
que o INPEV investiu bastante para os programas de reciclagem e obteve um retorno
muito baixo dos custos de destinação aos recicladores conveniados.

Em relação às embalagens de fertilizantes não há legislação ou programas que


incentivem a destinação correta e as estatísticas sobre este assunto são praticamente
inexistentes.

Existem atualmente 7.222 produtos de uso veterinário autorizados para


comercialização, destacando-se as vacinas, antibióticos e parasiticidas com vendas de
R$ 3 bilhões. A bovinocultura de corte e leite é responsável por 55% e a avicultura por
15% do mercado veterinário brasileiro. Para a pecuária, estima-se em 26,3 milhões de
ampolas/ano de vacinas contra febre aftosa, clostridiose, raiva, brucelose e
leptospirose e 7,4 milhões de embalagens/ano de antiparasitários. A avicultura deixa
10 milhões de ampolas/ano de vacinas contras as doenças de Marek, Gumboro,
Newcastle e coccidíase em vidros com média de 2000 doses.

Quanto aos resíduos sólidos domésticos nas áreas rurais, constatou-se uma
tendência de aumento em sua produção tornando-se semelhante aos resíduos sólidos
urbanos. A expansão da eletricidade, a generalização dos hábitos de consumo
contemporâneos e o acesso facilitado às cidades tornam as comunidades rurais
produtoras de resíduos como plásticos, pneus, pilhas, aparelhos eletroeletrônicos,
lâmpadas, embalagens em geral. Como somente 31,6% dos domicílios rurais são
atendidos por sistemas de coleta, 70% queimam, enterram, depositam em terrenos
baldios que formam lixões rurais, jogam em rios, açudes e igarapés. Se considerarmos
uma população de 30 milhões nas áreas rurais e a geração subestimada de 0,1 kg de
resíduos sólidos/dia é 1,1 milhões de toneladas/ano.
Educação Ambiental;

As sugestões para estes setores é a implantação de planos de gerenciamento


dos resíduos agrossilvopastoris, inclusão no Sistema Nacional de Informações de
Resíduos Sólidos – SINIR, incentivos ao aproveitamento energético através da
combustão ou biodigestão individuais ou consorciadas, criação de fundos de
investimento para a implantação de projetos eco eficientes na produção e nas
agroindústrias e a elaboração de políticas de manejo florestal.

Pequenas quantidades de resíduos orgânicos podem ser tratadas de forma


doméstica ou comunitária, enquanto grandes quantidades podem ser tratadas em
plantas industriais. Os processos mais comuns de reciclagem de resíduos orgânicos
são a compostagem (degradação dos resíduos com presença de oxigênio) e a
biodigestão (degradação dos resíduos com ausência de oxigênio).

Tanto a compostagem quanto a biodigestão buscam criar as condições ideias


para que os diversos organismos decompositores presentes na natureza possam
degradar e estabilizar os resíduos orgânicos em condições controladas e seguras para
a saúde humana. A adoção destes tipos de tratamento resulta na produção de
fertilizantes orgânicos e condicionadores de solo, promovendo a reciclagem de
nutrientes, a proteção do solo contra erosão e perda de nutrientes e diminuindo a
necessidade de fertilizantes minerais (dependentes do processo de mineração, com
todos os impactos ambientais e sociais inerentes a esta atividade, e cuja maior parte
da matéria-prima é importada). Aproveitar este enorme potencial de nutrientes para
devolver fertilidade para os solos brasileiros está entre os maiores desafios para a
implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Referência Bibliográfica

BRASIL, Lei N° 12.305 de 02 de agosto de 2010 – “Produção e potencial


energético dos resíduos sólidos agrossilvopastoris.” - Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS); Disponível em: www.mma.gov.br , ACESSSO em 12/12/2017.

Você também pode gostar