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INTRODUÇÃO
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Breve reflexão histórica da evolução da agricultura e
desafios da atualidade…
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Não é, nem será, fácil compatibilizar os objetivos da produtividade e preços
acessíveis, com alimentos diversos, saudáveis e saborosos, bem como, sistemas de
produção com impacto positivo nos ecossistemas e nas comunidades locais.
Mas, teremos que potenciar a articulação saudável e eficaz da economia social
(cooperativas e não só), às grandes empresas; das startups, à administração pública
central e local; das empresas familiares, aos centros de investigação; das
comunidades locais, aos jovens agricultores.
Os sistemas agroalimentares são decisivos para o futuro da biosfera e para o bem-
estar das pessoas e dos animais.
No futuro, a PAC terá de ser um exemplo mundial de bioeconomia circular altamente
inteligente e a UE enfrenta o desafio de ser capaz de manter a sua competitividade
num mundo globalizado que não segue as mesmas preocupações sociais e
ambientais.
Os bio-resíduos são a maior fatia do nosso lixo, mas são também aquela que pode ser
a mais valiosa.
Factos básicos da vida que todos aprendemos nas aulas de Ciências da Natureza: as
plantas precisam de nutrientes para poderem crescer. Vão buscar o carbono,
oxigénio e hidrogénio ao ar e à água, e depois azoto, fósforo, potássio e outros, ao
solo.
O problema é que a agricultura intensiva que praticamos foi esgotando os nutrientes
presentes no solo. Hoje, grande parte dos alimentos produzidos no mundo depende
de fertilizantes artificiais. Mas a mineração também está a revelar os seus limites:
estima-se que a extração de fósforo atinja o seu pico em 2030 e as reservas se
esgotem daqui a 50 ou 100 anos. Com o peak phosphurus a ameaçar tornar caríssimo
o fósforo, a busca de soluções alternativas torna-se urgente.
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A seca que estamos a viver atualmente em Portugal (e que as alterações climáticas
prometem acentuar) fazem soar o alarme do desperdício que o não-aproveitamento
dos resíduos orgânicos (eficazes na humidificação do solo) representa.
A compostagem de resíduos orgânicos representa uma alavanca fundamental para a
transição ecológica, com benefícios económicos e ambientais de peso.
Portugal ainda está tem um longo caminho a percorrer nesta matéria, mas as
atenções começam a despertar para o enorme potencial da compostagem.
Problema do lixo...
Dar um correto destino aos resíduos (lixo) é uma questão de extrema importância
quando falamos em sustentabilidade.
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O nome “3 Rs” é a abreviação das
três medidas a serem adotadas
pelas pessoas para a melhoria do
meio ambiente:
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Cada habitante da cidade de Lisboa produz anualmente mais de meia tonelada de
lixo. Cerca de 20% deste lixo é recolhido seletivamente, sendo encaminhado para
reciclagem ou outro tipo de valorização. Restam mais de 400 quilos de resíduos
indiferenciados, dos quais 41% são resíduos orgânicos: restos de alimentos no
essencial, mas também material oriundo de jardins, como folhas e ramos. Esta fração
orgânica e biodegradável do lixo (que representa mais de 160 quilos por habitante
por ano – e, pelo prazer dos números absolutos, mais de 88 mil toneladas anuais para
a cidade de Lisboa) tem como destino final a incineradora, desaparecendo,
literalmente, em fumo. É isto que tem que ser mudado!Este ecoponto não chega…
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Ciclo Orgânico
A Educação Ambiental tem que despertar a consciência para a preservação ambiental
de modo a minimizar os impactos das atividades humanas no planeta, garantindo
assim o futuro das próximas gerações.
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Qual a importância de fazer compostagem?
1.Reduzir o “lixo”
Todos os dias deitamos para o lixo material que poderia ser compostado e
devolvido ao solo. Em Portugal, cada pessoa cria um pouco mais de 1,4 kg de lixo
por dia, sendo que mais ou menos 50% é orgânico e poderia ser transformado.
Assim, a compostagem ajuda na redução das sobras de alimentos, tornando-se uma
solução fácil para reciclar os resíduos gerados em nossa casa.
Já os nossos avós diziam que adubar a terra é algo fundamental para que tenhamos
uma cultura saudável e de alta produtividade. A melhor maneira de adubar nossa
plantação é por meio da compostagem, uma das alternativas mais sustentáveis e de
baixo custo.
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Os benefícios do adubo orgânico são muitos para o solo e para a saúde, podendo
fornecer elementos nutritivos ao solo e não prejudicar a saúde devido aos elementos
químicos, melhorar o nível de aproveitamento dos adubos minerais, promoverem a
solubilização de nutrientes em solos minerais, melhorarem a granulação do solo,
favorecer uma maior atividade microbiana no solo, promover a elevação da
capacidade tampão/permeabilidade do solo, chegando até a reduzir toxicidade por
pesticidas e de outras substâncias tóxicas.
Os tipos de compostagem
Naturais, nos quais se utiliza práticas de baixo custo, como leiras estáticas e
revolvimento manual; e acelerados, nos quais são utilizados reatores mecanizados,
máquinas de revolver ou outros equipamentos tecnológicos.
1. Primeiro devemos cavar um buraco na terra, com aproximadamente 0,5 m² (ou maior
de acordo com a quantidade de lixo orgânico gerado) e 30 cm de profundidade. Para
não haver o desabamento das paredes podemos utilizar placas de madeira ou uma
caixa sem fundo que funcionam como bons suportes.
2. Depois devemos colocar os resíduos orgânicos até preencher o espaço, sem espalhar.
Para evitar o mal cheiro, devemos cobrir os resíduos com folhas secas e serragem,
em grande quantidade. Essa cobertura também ajuda a evitar insetos como moscas.
É normal que formigas e besouros apareçam e, inclusive, eles desempenham um
papel na decomposição.
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3. Assim como fazemos com uma planta, nos dias de muito sol é recomendado fazer a
rega da composteira, porque a humidade ajuda a acelerar a decomposição.
4. A cada 15 dias, devemos revirar o material para arejar bem a mistura. Isso também
ajuda a decomposição ocorrer mais rápido.
5. Após algumas semanas, esse resíduo transforma-se em uma terra escura e fofa,
muito nutritiva para ser utilizada como adubo.
Assim como não necessitamos de um espaço amplo para cultivar nossa horta,
também não precisamos de muito espaço para fazer compostagem. Em espaços
compactos e limitamos, podemos usa composteira de minhocas
(VERMICOMPOSTAGEM).
Ela é pequena e quase não produz odores, podendo ficar em qualquer canto de seu
apartamento.
1. Funciona com três patamares, que podem ser feitos com caixas ou baldes de plástico
ou madeira, furados na base. As perfurações são importantes para que as minhocas
possam circular e o líquido gerado possa ser drenado.
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2. O primeiro andar é onde devemos depositar os resíduos, que devem ser cobertos
com serragem e folhas secas, assim como nas composteiras feitas em covas. A
mistura deve ficar a “descansar” por aproximadamente um mês, sempre mantendo
a humidade para acelerar a decomposição e impedir que as minhocas morram.
3. Durante o tempo de descanso, o andar do topo passa para o meio e o do meio vai
para o topo, começando outro ciclo de armazenagem.
4. O andar debaixo serve para armazenar o líquido que escorre enquanto a
decomposição dos resíduos ocorre.
5. Aproximadamente um mês depois do início do processo, o adubo estará pronto para
ser usado. Para retirá-lo, devemos colocar a composteira no sol, para que as
minhocas cavem mais fundo em busca por menos calor e, assim, seja possível retirar
o adubo aos poucos sem prejudicar as minhocas.
6. O líquido do andar de baixo também é um ótimo fertilizante, basta diluir na razão de
uma parte de líquido/10 partes de água e regar as plantas uma vez por semana.
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Em Portugal, o sistema de compostagem está a dar os primeiros passos… mas já temos
alguns exemplos a apresentar. Vejamos…
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Em Lisboa, por seu lado, lançou o projeto: ComBOA! que pretende ensinar,
descomplicar e enraizar a prática da compostagem em Lisboa e arredores, a partir
das hortas urbanas existentes e em colaboração com os hortelãos e horteloas que as
cultivam.
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Conclusão
A compostagem é um processo biológico de reciclagem de matéria orgânica através do
qual os microrganismos transformam os resíduos biodegradáveis de origem vegetal,
animal ou mineral, em fertilizante rico em nutrientes que pode ser usado para aplicação
direta no solo.
Por tudo que aqui foi apresentado, a compostagem um processo sustentável e a ser
valorizado, rumo à “MISSÂO POSSIVEL”, como vem a defender o Secretário geral da
ONU, António Guterres, em várias iniciativas relacionadas com o Desenvolvimento
Sustentável.
Este processo é considerado uma tecnologia limpa, já que evita a disposição inadequada
de resíduos orgânicos e o confinamento nos aterros sanitários. Além disso, é uma
técnica de decomposição microbiana de oxidação que libera para o meio ambiente
apenas gases de baixo impacto ambiental (CO2), calor e vapor d’água. O produto final
gerado pela compostagem resulta em um composto estabilizado com cheiro de terra e
coloração escura.
Outra vantagem é que esse processo pode ser realizado com baixo custo e quando a
compostagem e uso do adubo são realizados nas proximidades da própria fonte de geração, como
em residências, existe uma importante economia de recursos e redução dos custos públicos,
como serviços de recolha, transporte e disposição final em aterros…
Esta poupança de recursos públicos pode ser utilizada como investimento em saúde, educação e
segurança, mas fundamentalmente, como investimento a longo prazo para a preservação do
planeta TERRA…em vez de ser enterrada junto com o nosso lixo de cada dia.
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Bibliografia
https://routeportugal.org/2021/06/08/compostagem-tudo-que-voce-precisa-saber/
https://www.egf.pt/pt/areas-de-negocio/tratamento-e-valorizacao-de-
residuos/tratamento-mecanico-e-biologico/tratamento-mecanico-e-biologico/
https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/6223/1/com-
nac_2007_ESB_1121_Xar%C3%A1_Susana_19.pdf
http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=2916
https://www.publico.pt/2021/06/07/local/noticia/pais-margem-gente-compostagem-
1965485
https://bcsdportugal.org/o-futuro-da-agricultura-e-da-alimentacao/
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