Você está na página 1de 40

Planejamento e Gestão

Socioambientais

Arranjos Produtivos:
bases para um
desenvolvimento sustentável

Prof. Dr. Emerson Machado de Carvalho


Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais - FCBA
Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD
emersoncarvalho@ufgd.edu.br
A nova ATER pública
entre os objetivos do governo e de
grande parcela da sociedade civil está
presente a necessidade de manter a
produção agrícola e aumentar a
produção de alimentos.
Lei Nº 12.188 de 11 de Janeiro de 2010

Institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão


Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o
Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na
Agricultura Familiar e na Reforma Agrária - PRONATER, altera a
Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e dá outras providências.
• Principal objetivo
Extensão Rural Convencional
Econômico. Incremento de renda e bem estar
mediante a transferência de tecnologias.
Aumento da produção e produtividade.

Extensão Rural Agroecológica


Ecosocial. Busca de estilos de
desenvolvimento sócio-economicamente
equilibrado e ambientalmente sustentável.
Melhorar as condições de vida com proteção
ao meio ambiente.
• Uso eficiente de recursos
naturais.
• Impactos socioambientais na
geração da matéria prima.
• Integração da cadeia
produtiva.
• Produção Orgânica.
• Transição Agroecológica.
• Sistema Agroflorestal (SAF).
• Sistema Agropecuário Sustentáveis (SAS).
• Arranjos Produtivos Locais (APL).
Estabelecer o equilíbrio com a natureza,
utilizando técnicas naturais de adubação e
controle do solo e de pragas.
Estudo de caso:Inovação e
empreendedorismo agrícola 1
95% do mercado brasileiro
30% do açúcar global

______________________________
1
Revista Época Negócios. Inspirar para inovar. Ano 3, Agosto 2009, n. 30.
Para a maioria, culturas orgânicas não
são maiores que uma horta de alface

“As pessoas ainda acham que o


orgânico é feio, torto e amador”

“Estamos aqui para mostrar que a


história é outra”

Leontino Balbo
O triunfo da natureza sobre a ciência...

• O canavial da Native chega a ser 23% mais


produtivo que a cultura convencional de cana-de-
açúcar;
• A fertilização vem de uma particular associação
entre as folhas da cana, para proteger e nutrir o
solo, e a proliferação de micro-organismos,
animais e plantas.
...contraria boa parte da teoria
agronômica moderna e o discurso dos
fabricantes de sementes, fertilizantes e
correlatos
A matemática do agronegócio sustentável

1920...........Biodinâmica

O filósofo Rudolf Steiner lança a antroposofia:


•Equilíbrio entre matéria e espírito;
•Dispensa insumos químicos devido a perda
de integração com as forças vivas do solo;
•Relação com os astros, que assim como a lua
sobre as marés, agem sobre as plantas.
A matemática do agronegócio sustentável

1925...........Orgânico

O botânico agrônomo Albert Haward:


•O solo é um organismo vivo (minhocas,
bactérias, fungos...);
•Substâncias químicas desequilibram a vida no
solo.
A matemática do agronegócio sustentável

1963...........Revolução Verde

O microbiologista Norman Borlaug cria:


•Novas variedades de trigo e transforma o país
do México no maior exportador;
•Explosão com sementes melhoradas,
fertilizantes, agrotóxicos, mecanização,
irrigação e monoculturas.
A matemática do agronegócio sustentável

1975...........Permacultura

O ambientalista australiano Bill Mollison


lança:
•Sistema agropastoril;
•Integração entre lavouras e pastagens;
•Preservação das matas.
A matemática do agronegócio sustentável

1986...........Native

• Preocupado com alta no preço de insumos


agrícolas e o desgaste do solo provocado
pela agricultura convencional, buscou-se:
• O fim às queimadas para a monocultura da
cana;
•Troca herbicidas e pesticidas pelo controle de
populações de insetos;
•Integra o canavial à mata nativa;
•Dispensa adubos e usa as folhas da cana para
proteger e dar vida ao solo.
Biodinâmica
Orgânica
Revolução Verde
Permacultura
Diferença entre o açúcar convencional
e o da Native
Cultivo
Convencional:
•Ainda utiliza queimada e a colheita manual.
•Depende de herbicidas, pesticidas e
fertilizantes.
Native:
•Colheita mecanizada, controle natural da
população de insetos e uso da folha da cana
para proteção do solo.
Diferença entre o açúcar convencional
e o da Native
Produtividade
Convencional:
•A produtividade média é de 84 toneladas de
cana por hectare.
•Ela deve ser replantada a cada cinco anos.
Native:
•A produtividade chega a ser 23% maior, e o
pé de cana vive sete anos.
Diferença entre o açúcar convencional
e o da Native
Exportação
Convencional:
•O açúcar é depositado nos porões dos
navios.
•É refinado, embalado e vendido com a marca
estrangeira, no destino
Native:
•O açúcar é embalado em sacos ou pacotes
com a marca própria e acomodado em
contêineres higienizados.
Diferença entre o açúcar convencional
e o da Native
Varejo
Convencional:
•O açúcar é um commodity sem apelo de
marketing.
•É vendido no supermercado a cerca de R$
1,20 o quilo.
Native:
•O quilo do açúcar custa, em média, o triplo, e
sua marca é amparada por uma linha de
produtos que remete a saúde.
Diferença entre o açúcar convencional
e o da Native
Rentabilidade
Convencional:
•A margem média do açúcar fica na casa dos
15%, e é negativa, se a bolsa despencar.

Native:
•A margem média é de 30% e, por ser
negociado diretamente com o cliente, não
sofre com as oscilações das bolsas.
Diferença entre o açúcar convencional
e o da Native
Mercado
Convencional:
•O consumo global de açúcar tem
crescimento praticamente vegetativo, inferior
a 2% ao ano.
Native:
•O consumo da marca no varejo cresce, em
média, 30% ao ano desde seu lançamento.
Diferença entre o açúcar convencional
e o da Native
Emissões
Convencional:
•Estudos indicam que o crescimento dos
canaviais, a cada safra, retira da atmosfera o
gás carbônico emitido pelas queimadas e pelos
fertilizantes, tornando a cultura carbono zero.
Native:
•Por não utilizar nenhum tipo de insumo
químico e adotar colheita 100% mecanizada, a
produção é considerada um ralo de carbono.
Pense!!!!!!

Quais são as características intrínsecas que


diferem os três exemplos abordados de
produção orgânica?
Qual é a característica de cada público dos
estudos de caso sobre produção orgânica?
ACERT – Associação dos Colonos
Ecologistas de Torres
APOMS – Associação dos Produtores
Orgânicos de Mato Grosso do Sul
Então responda:

A produção orgânica pode ser considerada


uma prática socioambientalmente
amigável e justa?
Economicamente viável?
A produção orgânica pode estar associada
a outros arranjos produtivos?
Sistemas Agroflorestais (SAF)
Biodiversidade e Transição
Agroecológica
Sistemas Agropecuário
Sustentável: Produção
Vegetal e Animal
Sistemas silvipastoris para
uma pecuária sustentável

____________________________
Embrapa Florestas
Piscicultura e suinocultura:
boas práticas na produção
consorciada

____________________________
Embrapa Suínos e Aves
Extrativismo
Barbatimão
Baru

Buriti
Pequi

Capim dourado

AESC – Associação de Extrativismo


Sustentável no Cerrado
Atividade 1:

Apresente três tecnologias de difusão da


nova ATER pública, que venha
contribuir com os objetivos :

• De natureza ambiental.
• De natureza social.
• De natureza econômico-financeira.
Atividade 2:

Apresente uma metodologia participativa, que


venha contribuir com a difusão de tecnologias
voltadas para nova ATER pública. Tal
metodologia deverá abordar aspectos:

• De natureza social.
• De natureza comunitária.
• De natureza econômico-financeira.
Atividade 3:
Qual é o papel do Gestor ambiental na
promoção da nova ATER?
Observe qual deve ser a atuação do
agente:
1. A necessidade de imersão do agente;
2. O resgate do conhecimento local;
3. Participação como direito;
4. O processo educativo;
5. Sistematização das experiências.
Apresente duas disciplinas que já se
mostraram fundamentais para a formação
das habilidades e competências do Gestor
Ambiental na Promoção da Nova ATER
Pública e outra disciplina que ainda será
ofertada. Justifique cada resposta:

1. Disciplina concluída 1: Justificativa


2. Disciplina concluída 2: Justificativa
3. Disciplina não concluída 1: Justificativa

Você também pode gostar