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Existem diversas formas de se fazer agricultura, algumas mais impactantes, como é o caso
da agropecuária, outras menos, como é o caso da agricultura agroecológica.
Seja como for, é difícil imaginarmos que ao comer, um ato tão rotineiro e aparentemente
inofensivo, estamos causando impactos socioambientais. Por isso, quem é urbano ou periurbano
precisa se conscientizar de que começar a praticar e a incentivar a agricultura
urbana (orgânica), seja com hortas comunitárias ou outras alternativas, como base para
alimentação não é só uma questão de investimento em saúde, é uma demanda socioambiental.
Como você já deve saber, a maioria dos produtos, incluindo os alimentos de casa, percorrem longas
distâncias até chegarem ao supermercado.
Essa distância entre o local de produção e o consumo traz consigo uma série de prejuízos, e isso
se dá em decorrência da configuração das cidades, que normalmente separaram a parte “rural”,
destinada à produção de insumos e alimentos (setor primário e secundário), da
parte urbana, destinada à produção de serviços e comércio de bens (setor terciário).
Reduz o desperdício
Para quem tem uma horta próxima, por exemplo, é possível colher os alimentos praticamente na
hora do preparo, o que evita transporte em longas distâncias e armazenagem, permitindo comer
um alimento fresquinho e com zero desperdício, pois até as cascas podem retornar para a horta e
serem utilizadas como composto.
Tendo controle sobre a forma de produção, você evita a aplicação de organoclorados e outros
agrotóxicos ao optar por uma agricultura orgânica, mais saudável e barata.
A forma de agricultura orgânica que respeita o tempo natural de maturação dos alimentos dá
origem a produtos com maiores níveis nutricionais e mais saborosos.
Quem não prefere preparar um chá gelado de limão e hortelã fresquinho direto da horta no lugar
de consumir aquele de caixinha que já vem pronto, mas pode conter conservantes, agrotóxicos,
corantes, é mais cara e ainda gera descarte no final (a caixinha)? Com alimentos frescos à
disposição, é provável que estes sejam preferidos em detrimento dos industrializados,
principalmente para pessoas mais pobres.
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O tratamento de doenças ou sintomas por meio das plantas, também chamado de fitoterapia,
possui viabilidades comprovadas cientificamente. Isso ocorre desde que sejam utilizadas as plantas
certas na concentração e forma corretas.
Com acesso a esse tipo de recurso fica muito mais fácil recorrer à horta quando for preciso,
principalmente para as pessoas mais pobres que possuem acesso dificultado a medicamentos
convencionais.
Muitas vezes quem já realiza a compostagem dos restos de alimentos e de outros resíduos vegetais
não sabe o que fazer com o produto gerado (húmus e biofertilizante). Se é o seu caso, esse é mais
um motivo para começar a praticar a agricultura urbana e destinar seu composto para a
adubação do solo. Se a compostagem ainda não for o seu caso, aproveite para adquirir esse hábito e
reduzir sua pegada ecológica.
Os benefícios à saúde que a prática da agricultura urbana pode trazer para todos e
principalmente para aquelas pessoas que habitam regiões estressantes das áreas mais urbanizadas
não se restringem à ingestão direta de alimentos saudáveis e livres de contaminantes. A própria
ação de cultivar uma horta urbana pode ser uma forma de terapia ocupacional e ajudar na
melhora da saúde mental.
Um problema muito comum da região urbana são os espaço ociosos. Praças, terrenos, canteiros,
sacadas e quintais, muitas vezes destruídos e não habitados, podem ser utilizados como áreas de
cultivo. Locais bem cuidados atraem pessoas e elas ajudam a preservá-los.
Dar início à prática da agricultura urbana com uma horta no quintal é maravilhoso, mas
melhor ainda é expandir a atividade para espaços públicos maiores, em que a vizinhança possa
ajudar a cuidar e a usufruir dos benefícios. Compartilhar um espaço de cultivo também significa
fazer novos amigos e/ou passar um tempo agradável com filhos, avós e netos, ou seja, é uma forma
de reforçar os laços sociais.
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É comum achar que só é possível começar a cultivar alimentos em espaços enormes e com grande
disponibilidade de solo. Mas pensar assim é um equívoco. Até quem mora em apartamento pode
começar os seus cultivos na janela de casa.
No percurso do alimento in natura até a prateleira do supermercado, e de lá para nossas casas, são
gastos combustível, mão de obra e espaço para alocação.
Por conta de incidentes no transporte e/ou pelo tempo de maturação no armazenamento, uma
parte dos produtos acaba estragando e sendo inviabilizada para o consumo. Isso gera desperdício
de alimentos e faz com que aumente a demanda por fertilizantes, agrotóxicos e combustíveis
utilizados na produção, transporte e na colheita de novas produções para substituir aquela que foi
desperdiçada em perdas. Tudo isso, em conjunto, aumenta o preço final dos alimentos.
Com a necessidade de aumentar a produção para substituir as perdas, aumenta a poluição oriunda
da queima de combustíveis utilizados na colheita, em maquinarias de processamento e no
transporte; a poluição de solos, ar e lençóis freáticos
pelos agrotóxicos e fertilizantes despejados e o desmatamento. No caso de quem consome
carne, os impactos gerados são maiores ainda.
Tendo em vista que é difícil manter os alimentos intactos in natura, surge a necessidade de formas
de processamento que aumentem a vida útil desses produtos durante o transporte e
armazenamento.
O problema é que muitas vezes essas técnicas de processamento são prejudiciais à saúde, como é o
caso dos produtos em que são adicionados gordura, sal, conservantes, corantes, aromatizantes,
entre outras substâncias e processos que diminuem a qualidade dos alimentos em termos de
saúde e sabor.
Prejuízos à saúde
Na agricultura e pecuária convencionais dificilmente é empregada a técnica de produção
orgânica – os métodos utilizados são baseados no uso de produtos agrotóxicos, principalmente
pesticidas com base em organoclorados, que são prejudiciais para a saúde humana e ambiental.
Quem consome carne e outros produtos derivados de animais, como o leite e o queijo, acaba
ingerindo mais agrotóxicos que veganos por conta do efeito de bioacumulação no tecido gorduroso
dos animais, além de ingerir hormônios e antibióticos.
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