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5.

Resíduos sólidos
5.1. Definição de acordo com a Lei nº 12.305/2010,
a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos):

“todos os materiais ou substâncias descartadas resultantes de


atividades humanas em sociedade, que estejam nos estados
sólidos ou semissólidos, bem como gases contidos em
recipientes e líquidos, cujas particularidades os tornem
inviáveis o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em
corpos d’águas.”
5. Resíduos sólidos
5.2. Alguns objetivos da Lei nº 12.305/2010, a PNRS (Política
Nacional de Resíduos Sólidos):

 Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;


 Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e
consumo de bens e serviços;
 Articulação entre Poder Público, Privado e a Comunidade.
5. Resíduos Sólidos
5.3. Prioridades na Gestão e Gerenciamento dos Resíduos Sólidos:

1. Repensar (Não
Gerar)
2.

3. 4.
5. Resíduos Sólidos
5. Tratamento
Consiste em um conjunto de métodos, operações e uso de tecnologias apropriadas,
aplicáveis aos resíduos, desde sua produção até o destino final.

Tipos de tratamento:
a) Tratamento mecânico: realizado por processos físicos com
intuito de separar (usinas de triagem) ou alterar (reciclagem) o
tamanho físico dos resíduos. Neste processo não ocorrem
reações químicas entre os componentes como nos muitos
casos do tratamento térmico.
5. Resíduos Sólidos
b) Tratamento Bioquímico: ocorre através da ação de grupos
de seres vivos, (em sua maioria micro-organismos como bactérias
e fungos mas também organismos maiores como lesmas e
minhocas), que ao se alimentarem dos resíduos, quebram suas
moléculas grandes transformando-as em uma mistura de
substâncias e moléculas menores. Exemplos: Compostagem e
Biodigestores
5. Resíduos Sólidos
c) Tratamento Térmico: os resíduos recebem uma grande
quantidade de energia em forma de calor a uma temperatura
mínima que varia de acordo com a tecnologia aplicada
(Temperatura de reação) durante uma certa quantidade de tempo
(Tempo de reação) tendo como resultado uma mudança nas suas
características como por exemplo a redução de volume, devido a
diversos processos físico-químicos que acontecem durante o
processo. Exemplo: Incineradores.
5. Resíduos Sólidos
6. Disposição Final
Consiste em distribuir ordenadamente os rejeitos em aterros,
observando as normas operacionais específicas que evitem danos
ou riscos à saúde e à segurança pública, minimizando os impactos
ambientais adversos.
5. Resíduos Sólidos
5.1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU):
São aqueles originários de atividades domésticas em residências
urbanas (resíduos domiciliares) e os originários da varrição, limpeza
de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana
(resíduos de limpeza urbana).
5. Resíduos Sólidos
5.1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU):
A Lei nº 14.026/2020 (Novo Marco Legal do Saneamento), que
estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, em seu
art. 3º-C diz que os resíduos originários de atividades comerciais,
industriais e de serviços cuja responsabilidade pelo manejo não
seja atribuída ao gerador pode, por decisão do poder público, ser
considerado resíduo sólido urbano.
Matéria orgânica
Metais
Vidro
Plástico
Papel e papelão
Embalagem multicamada
Têxteis, couros e borrachas
Rejeitos
5. Resíduos Sólidos
5.1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU):
5.1.1. Resíduos Domésticos:
É também conhecido como residencial; é caracterizado
pela grande quantidade de matéria orgânica constituída
de restos de alimentos, cascas de frutas, verduras e outros
rejeitos putrescíveis, além de papel higiênico, fraldas
descartáveis, materiais de varredura, plásticos, vidros,
latas e embalagens em geral (MOTA, 2000).
5. Resíduos Sólidos
5.1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU):
5.1.1. Resíduos Domésticos:

Você sabe
reconhecer e
destinar os
principais tipos de
resíduos sólidos
domésticos?
5. Resíduos Sólidos
5.1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU):
5.1.1. Resíduos Domésticos:
Conheça as cores da coleta seletiva e separe seu resíduo da
forma correta!

Plásticos Papéis Metais Vidros Não Orgânicos


recicláveis
5. Resíduos Sólidos
5.1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU):
5.1.2. Resíduos Comerciais:
São aqueles produzidos por escritórios, lojas,
supermercados, restaurantes, hotéis, etc. São constituídos
por papéis, papelão, plástico, vidros, caixas, entre outros
(SILVA, 2008).
5. Resíduos Sólidos
5.1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU):
5.1.3. Resíduos Públicos:
São aqueles originados nos serviços de limpeza urbana
pública, constituídos por animais mortos, resíduos de
limpeza em jardins, limpeza de ruas, praças e de outros
lugares de visitação pública, podas de árvores, máquinas,
veículos abandonados e entulhos em geral.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
São todos os descartes produzidos por estabelecimentos de
saúde, como centros de pesquisa, hospitais laboratórios e
postos (OMS).
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por
meio da RDC ANVISA 306 de 2004 e da Resolução do CONAMA nº 358
2005 definem os RSS gerados pelas seguintes atividades:
 Centro de controle de zoonoses;
 Distribuidores de produtos farmacêuticos;
 Drogarias e farmácias inclusive as de manipulação;
 Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde;
 Funerárias e serviços onde se realizem atividades de
embalsamamento;
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
 Importadores, distribuidores produtores de materiais e controles
para diagnóstico in vitro;
 Laboratórios analíticos de produtos para a saúde;
 Necrotérios;
 Serviços de acupuntura;
 Serviços de medicina legal;
 Serviços de tatuagem;
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
 Serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou
animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de
trabalhos de campo;
 Unidades móveis de atendimento à saúde;
 Outros serviços equiparados ou congêneres.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.1. Tipos de RSS de acordo com a ANVISA:
Grupo A – esse grupo envolve os componentes orgânicos e inorgânicos que
podem conter carga biológica com características de contaminação ou
virulência, gerando risco de infecção em humanos.

Exemplos: peças anatômicas, membros amputados, tecidos com sangue ou


secreções.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.1. Tipos de RSS de acordo com a ANVISA:
Grupo B – envolve as substâncias químicas que podem apresentar risco de
contaminação a humanos e/ou ao meio ambiente. Podem ser substâncias
corrosivas, tóxicas, reativas ou inflamáveis.

Exemplos: medicamentos vencidos ou apreendidos, reagentes, metais pesados


e congêneres.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.1. Tipos de RSS de acordo com a ANVISA:
Grupo C – representa os resíduos oriundos de produtos que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação toleráveis
pelas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

Exemplos: resíduos de serviços de radioterapia e raios-x.


5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.1. Tipos de RSS de acordo com a ANVISA:
Grupo D – resíduos que não representam nenhum risco químico ou biológico
diferente dos descartes regulares domiciliares. Estes resíduos podem ser
equiparados ao lixo doméstico.

Exemplos: sobras de alimentos, restos de restaurantes, material de escritório e


etc.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.1. Tipos de RSS de acordo com a ANVISA:
Grupo E – materiais perfurocortantes.

Exemplos: barbeadores, lâminas de curetagem, vidros, ampolas, bisturis,


tesouras, agulhas e etc.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.2. Gerenciamento/Manejo dos RSS de acordo com a ANVISA:

Por que é tão importante o


gerenciamento de resíduos de
saúde corretamente?
São materiais delicados para o
descarte, pois grande parte
deles oferece risco elevado para
a saúde humana e para o meio
ambiente ao redor.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.2. Gerenciamento/Manejo dos RSS de acordo com a ANVISA:
5.2.2.1. Fases de Gerenciamento/Manejo:
A. SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos resíduos no momento e
local de sua geração, de acordo com as características físicas,
químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.2. Gerenciamento/Manejo dos RSS de acordo com a ANVISA:
5.2.2.1. Fases de Gerenciamento/Manejo:
B. ACONDICIONAMENTO - Consiste no ato de embalar os resíduos
segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e
resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos
recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a geração
diária de cada tipo de resíduo.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.2. Gerenciamento/Manejo dos RSS de acordo com a ANVISA:
5.2.2.1. Fases de Gerenciamento/Manejo:
C. IDENTIFICAÇÃO - Consiste no conjunto de medidas que permite o
reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes,
fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.2. Gerenciamento/Manejo dos RSS de acordo com a ANVISA:
5.2.2.1. Fases de Gerenciamento/Manejo:
D. TRANSPORTE INTERNO - Consiste no traslado dos resíduos dos
pontos de geração até local destinado ao armazenamento
temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
apresentação para a coleta.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.2. Gerenciamento/Manejo dos RSS de acordo com a ANVISA:
5.2.2.1. Fases de Gerenciamento/Manejo:
E. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO - Consiste na guarda temporária dos
recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos
de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o
deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para
coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição
direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em
recipientes de acondicionamento.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.2. Gerenciamento/Manejo dos RSS de acordo com a ANVISA:
5.2.2.1. Fases de Gerenciamento/Manejo:
F. TRATAMENTO - Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as
características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de
contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O tratamento pode
ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas,
nestes casos, as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e
o local do tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem
ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997 e
são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio
ambiente.

Autoclaves para
Esterilização de
Resíduos de
Serviços
Hospitalares
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.2. Gerenciamento/Manejo dos RSS de acordo com a ANVISA:
5.2.2.1. Fases de Gerenciamento/Manejo:
G. ARMAZENAMENTO EXTERNO - Consiste na guarda dos recipientes
de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente
exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.
5. Resíduos Sólidos
5.2. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS):
5.2.2. Gerenciamento/Manejo dos RSS de acordo com a ANVISA:
5.2.2.1. Fases de Gerenciamento/Manejo:
H. COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS - Consistem na remoção dos RSS do abrigo de
resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição
final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de
acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio
ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza
urbana.

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