Você está na página 1de 13

Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

1 - OBJETIVO

Estabelecer procedimentos e condições a serem utilizados para classificação,


segregação, acondicionamento, armazenamento, movimentação, triagem e destino final
dos resíduos sólidos gerados na Empresa, de modo a evitar acidentes e poluição
ambiental.

2 - CAMPO DE APLICAÇÃO

Aplica-se a todas as fontes geradoras de resíduos da Empresa, bem como, Contratadas


que desenvolvem serviços nas instalações da Empresa. A Norma abrange todos os
resíduos de Classe I - Perigosos e Classe II - Não Perigosos.

3 - DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO

3.1 - Definições

3.1.1 – Resíduos: qualquer material descartado, rejeitado, abandonado, indesejável


ou excedente, destinado ou não à venda ou reciclagem, reprocessamento,
recuperação ou depuração, por meio de uma operação independente da que o
produziu, ou qualquer coisa definida como resíduo pela legislação aplicável ou pela
política ambiental. Podem ser o resultado de processos de diversas atividades da
comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços e ainda da varrição pública.

3.1.2 - Resíduo sólido: resíduos nos estados sólidos e semissólidos, que resultam
de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam
para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
disponível (Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 10.004/2004 -
Resíduos Sólidos).

3.1.3 - Periculosidade de um resíduo: característica apresentada por um resíduo


que, em função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, pode
apresentar risco à saúde pública e ao meio ambiente.

3.1.4 - Resíduo Classe I Perigoso: são resíduos que apresentam periculosidade em


função de uma das seguintes características:

a) Inflamabilidade;

b) Corrosividade;

c) Reatividade
Página 1
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

d) Toxicidade;

e) Patogenicidade.

Nota: além dos resíduos classificados como perigosos pela legislação local, estão
incluídos nesta classe os resíduos referidos na Convenção de Basileia sobre o
Controle dos Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e Sua Disposição
(Artigo 1º e Anexo I).

3.1.5 - Resíduo Classe II Não Perigosos: os resíduos classe II se subdividem em:


Classe II A - Não Inertes e Classe II B - Inertes.

3.1.6 - Resíduos Classe II A Não Inertes: são os resíduos que não se enquadram
na classificação de perigosos (Classe I), ou de Resíduo Classe II B Inertes e podem
ter propriedades tais como:

a) combustibilidade

b) biodegradabilidade

c) solubilidade em água

3.1.7- Resíduo Classe II B Inertes: são resíduos que, quando amostrados de forma
representativa (segundo NBR 10.007/2004), e submetidos ao ensaio de solubilização
(segundo a NBR 10.006/2004), não tiverem nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água,
excetuando-se os padrões de cor, sabor, turbidez e dureza. Como exemplo temos:
restos alimentares, sucata de metais, ferrosos e não ferrosos, papel, papelão,
plásticos, vidros.

3.1.8 – Lixiviação: processo para determinação da capacidade de transferência de


substâncias orgânicas e inorgânicas presentes no resíduo sólido, por meio de
dissolução no meio extrator (NBR - 10.005/2004).

3.1.9 – Solubilização: dissolução de um componente de um resíduo, quando


submetido a um contato estático ou dinâmico, com água destilada ou deionizada à
temperatura ambiente (NBR 10.006/2004).

3.1.10 - Fonte Geradora: é qualquer unidade / área da Empresa cuja atividade ou


processo gerem resíduos.

3.1.11 – Minimização: é qualquer atividade com o objetivo de tornar mínima a


quantidade de resíduos gerados e/ou a sua toxicidade, incluindo sua redução na
fonte.

3.1.12 - Reutilização (reuso): é o uso repetido de um produto no processo produtivo


em sua forma original, isto é, sem processamento.
Página 2
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

3.1.13 – Reciclagem: é o processo de introdução de resíduos no ciclo de produção,


fazendo com que após alguma transformação o mesmo venha a ter valor
socioeconômico.

3.1.14 – Preciclagem: ocorre quando é dada a preferência a produtos que


comprovadamente não impactem o meio ambiente, tais como: sabão biodegradável,
papel e plástico reciclado, pilhas recarregáveis, etc.

3.1.15 - Coleta Seletiva: sistema de segregação e recolhimento de resíduos


recicláveis, previamente separados na fonte geradora

3.1.16 – Tratamento: é qualquer método, técnica ou processo, inclusive incineração,


utilizado para transformar um resíduo perigoso em não perigoso ou menos perigoso,
minimizando o risco a saúde pública e à qualidade do meio ambiente ou para dele
recuperar energia ou outros materiais.

3.1.17 - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS: elaborado sob


orientação do INEMA com base no Decreto Estadual 11.235/08 que aprova a Lei
10.431/06 e da Lei Federal n° 12.305/10 (Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos). Este plano é um documento baseado nos princípios da responsabilidade da
fonte geradora com a não geração de resíduos, minimização da geração, reciclagem,
transporte destinação adequada.

3.1.18 - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde – PGRSS: é


o documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos
sólidos dos serviços de saúde, observadas suas características e riscos, no âmbito
dos estabelecimentos, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final,
bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambiente (ANVS/RDC
n°306/04).

3.1.19 - Inventário de Resíduos Sólidos: documento atualizado a cada 2 anos onde


se encontram registradas todas as informações sobre os resíduos gerados na
empresa, as características, armazenamento, transporte, tratamento, reutilização,
reciclagem, recuperação e disposição final (Resolução CONAMA nº 313/2002);

3.1.20 - INEMA - Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

3.1.21 - CRR - Central de Resíduos Recicláveis;

3.1.22 - ATRE - Área Temporária de Resíduos Especiais (Perigosos). O ATRE, por


ser uma área de armazenamento de resíduos perigosos, é uma área isolada,
sinalizada e com controle de acesso. Possui contenção de vazamentos, separação
de materiais não compatíveis, telefone para emergência e equipamentos de resposta
à emergência.

3.1.23 – DTRP - Declaração de Transporte de Resíduos Perigosos.


Página 3
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

3.1.24 – FDSR - Ficha com Dados de Segurança de Resíduos.

3.2 - Responsabilidades

3.2.1 - Compete à equipe de Meio Ambiente:

3.2.1.1 - Aprovar as modificações propostas a esta Norma;

3.2.1.2 - Assessorar e auditar os setores da Empresa e Contratados no


cumprimento dos dispositivos legais quanto ao gerenciamento dos resíduos
industriais conforme diretrizes do PGRS;

3.2.1.3 - Incentivar e assessorar os setores da Empresa na implantação do


programa de minimização de resíduos e o contínuo aprimoramento dos
instrumentos facilitadores para tal finalidade;

3.2.1.4 - Classificar os resíduos sólidos gerados na Empresa segundo critérios da


NBR-10.004/2004 e definir a destinação final para os mesmos;

3.2.1.5 - Requerer ao INEMA a Declaração de Transporte de Resíduo Perigoso


(DTRP) conforme BA/I.76.E.002 e controlar o envio dos resíduos perigosos para
instalações externas conforme BA/P.76.E.002 – Transporte de Resíduos
Perigosos.

3.2.1.6 - Gerenciar a destinação dos resíduos garantindo o cumprimento de leis e


condicionantes da Licença Operacional;

3.2.1.7 - Autorizar a estocagem provisória dos resíduos Classe I - Perigosos e II -


Não Perigosos;

3.2.1.8 - Receber e estocar os resíduos destinados à estocagem temporária;

3.2.1.9 – Gerenciar a destinação do resíduo perigoso através do recebimento do


Manifesto de Transporte do resíduo devidamente assinado pelo receptor e do
Certificado de Tratamento / Disposição final. Manter esses documentos
arquivados pelo prazo de 05 (cinco) anos;

3.2.1.10 - Gerenciar os pátios de estocagem de resíduos no cumprimento dos


dispositivos legais e manutenção das instalações (prensa hidráulica, piso, galpão
de estocagem e cercas, coberturas, diques e canaletas);

3.2.1.11 - Auditar periodicamente a segregação e acondicionamento dos resíduos


na fonte geradora;

3.2.1.12 - Anualmente, enviar o Relatório de Atividades da Lei 10.165/2000,


através do site do IBAMA, contendo entre outras informações, os resíduos
sólidos.

Página 4
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

3.2.1.13 - Revisar a cada dois anos as informações do Inventário de Resíduos


conforme orientação da Resolução CONAMA 313/02 e enviar para o INEMA.

3.2.1.14 - Revisar anualmente o PGRS e o PGRSS.

3.2.1.15 – Treinar anualmente o pessoal da planta envolvido no manuseio dos


resíduos perigosos sobre os riscos de segurança (perigos e riscos da atividade,
APR) e riscos ambientais (aspectos e impactos da atividade), resposta à
emergências (utilização de extintores), EPIs, descontaminação, limpeza e
biosegurança. Este treinamento deve ser possuir evidência.

3.2.2 - Compete à fonte geradora (Empresa):

3.2.2.1 - Desenvolver estudos, propor e executar procedimentos ou modificações


de projetos na fonte geradora, visando a não geração ou redução do volume
gerado do resíduo, e tornando-o, quando possível, menos perigoso para o
transporte e destinação final;

3.2.2.2 - Executar a coleta, segregação, acondicionamento e transporte do


resíduo, responsabilizando-se pelo mesmo até o seu destino;

3.2.2.3 - Informar previamente quando da geração de resíduos em larga escala e


discutir com a equipe de meio ambiente os procedimentos para remoção,
acondicionamento e destinação;

3.2.2.4 - Executar a segregação dos resíduos recicláveis, conforme orientação


para Coleta Seletiva, Anexo I.

3.2.2.5 - Identificar instalações e/ou empresas que possam receber para


tratamento e/ou disposição final, os resíduos gerados em nossas atividades;

3.2.2.6 - Providenciar a destinação final dos resíduos recicláveis;

3.2.2.7 - Elaborar Relatório Mensal de Movimentação de Resíduos;

3.2.2.8 - Efetuar, quando necessário, auditorias nas empresas armazenadoras e


recicladoras de resíduos;

3.2.2.9 – Não destinar ou de outra forma colocar permanentemente resíduos


perigosos e/ou quaisquer outros resíduos na propriedade da empresa ou planta, a
não ser que o local tenha sido aprovado e licenciado para tal destinação.

3.2.3 - Compete à equipe do SECOP:

3.2.3.1 - Emitir a Guia de Remessa de Resíduos e manifesto para a Limpec,


devidamente preenchidos e assinados, responsabilizando-se pelas informações
ali constantes.

Página 5
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

3.2.3.2 - Providenciar a coleta e envio para disposição final dos resíduos não
recicláveis não perigosos, lixo de sanitários, entulho e ordinário.

3.2.3.3 - Providenciar a remoção do material segregado reciclável das conchas


para a CRR.

3.2.3.4 - Providenciar a remoção e envio para o container de resíduo de serviço


de saúde, o resíduo gerado no ambulatório e salas de exames da DIMET,
localizado na área da DIMET / Fisioterapia.

3.2.3.5 - Receber, fazer a triagem e estocar os resíduos recicláveis em baias na


CRR e ATRE;

3.2.3.6 - Inspecionar periodicamente as áreas de armazenagem de resíduos;

3.3 - Considerações Gerais

Na realização destas atividades devem ser utilizados EPIs básicos (luva, bota, óculos
de segurança, máscara contra pó, protetor auditivo, uniforme, capacete).

3.3.1 – Segregação: não misturar resíduos diferentes. Os resíduos devem ser


acondicionados em recipientes adequados para facilitar sua caracterização e
destinação final.

3.3.2 – Acondicionamento: providenciar o acondicionamento do resíduo, conforme


Anexo I desta norma.

3.3.2.1 - Os tambores e/ou bombonas devem ser arrumados em pallets e


contemplar apenas um único tipo de resíduo.

3.3.2.2 - A reutilização de tambores e bombonas são permitidas apenas


internamente.

3.3.2.3 - Os tambores metálicos devem estar em boas condições de uso e


possuírem tampa para fechamento.

3.3.2.4 - É proibido o corte a frio de tambores para qualquer fim de reutilização.

3.3.2.5 - Os tambores para acondicionar resíduos sólidos são itens de estoque e


podem ser adquiridos no Almoxarifado.

Nota: a reposição de conchas deterioradas é de responsabilidade da área


onde as mesmas estão localizadas.

3.3.3 - Identificação das Embalagens de Acondicionamento: identificar, com base


nas informações da BA/I.00.E.001 - Identificação de Resíduos, no corpo de cada
recipiente.

Página 6
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

Nota: o modelo da etiqueta consta no BA/F/I.00.E.001/001.

3.3.4 – Estocagem: a conservação do armazenamento dos resíduos perigosos e não


perigosos, no ATRE e na CRR, respectivamente, são observadas através da
inspeção quinzenal, seguindo o formulário BA/F/NE006/006. O ATRE, por ser uma
área de armazenamento de resíduos perigosos, é uma área isolada, sinalizada e com
controle de acesso.

3.3.5 – Reutilização: não é permitida a reutilização de recipientes de produtos


perigosos.

3.3.6 - É proibido remover ou alterar o rótulo de produtos perigosos durante o uso,


transporte ou armazenamento.

3.3.7 - É proibido o reaproveitamento de embalagens utilizadas de alimentos,


bebidas, produtos dietéticos, medicamentos, drogas, produtos de higiene, herbicidas,
cosméticos, perfumes, produtos químicos utilizado no processo, para acondicionar
outro tipo de produto.

3.4 - Reciclagem de Resíduos Não Perigosos

3.4.1 - Papel / papelão, plásticos, vidros, madeira quebrada e limpa, devem ser
segregados pelo gerador e depositados nos recipientes de coleta seletiva, dispostos
nos locais de trabalho ou nas proximidades destes, conforme planta de localização
de containers de resíduos, Anexo II. A equipe de Meio Ambiente poderá retirar ou
adicionar containers para coleta de resíduos localizados nas áreas, conforme
demandas existentes.

3.4.2 - Transporte interno e armazenagem temporária - Após acondicionamento nas


diversas conchas de resíduos recicláveis, o resíduo de papel / papelão, plástico, vidro
e pequenos metais é mantido na área de geração até sua remoção para a CRR. A
remoção é feita semanalmente, por empresa contratada nas terças e sextas-feiras,
ou quando necessário, através de veículo poliguincho. Os resíduos são recebidos na
CRR para triagem, armazenados em baias e vendidos para as empresas
recicladoras.

3.4.3 - A movimentação de resíduos de peças / equipamentos / instrumentos


metálicos deve ser feita pelo próprio empregado de manutenção. O descarte de metal
aço carbono deve ser nas caixas coletoras da recicladora dispostas em pontos
estratégicos na fábrica, conforme BA/P.76.E.001 - Carregamento e Transporte de
Sucata Metálica.

3.4.4 - Os resíduos vendidos para a reciclagem são transportados acompanhados de


Nota Fiscal gerada conforme BA/I.76.E.001 - Solicitação de Emissão de Nota Fiscal
(SOENF).

3.4.5 - Os resíduos industriais não perigosos e não recicláveis, após coletados das
Página 7
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

áreas geradoras, são armazenados em baia específica e encaminhados diretamente


para o aterro industrial. No caso de entulho da construção civil (não contaminados),
devem ser segregados e depositados ao lado da baia de resíduos não perigosos e
não recicláveis para posteriormente serem encaminhados para doação ou outra
destinação adequada.

3.5 - Movimentação de Resíduos Não Perigosos Classe II A - Não Inertes

3.5.1 - A empresa receptora dos resíduos deverá estar autorizada a este fim pelo
órgão ambiental pertinente;

3.5.2 - As cargas dos resíduos Classe II A, deverão estar acompanhadas do


Manifesto de Resíduos (BA/F/P.76.E.002/001), emitido pela equipe do Meio
Ambiente, ou Controle de Remessa de Resíduos, preenchido pelo SECOP,
devidamente assinados;

Nota: o formulário Controle de Remessa de Resíduos é fornecido pela Limpec.

3.5.3 - As cargas transportadas em carrocerias terão que estar cobertas com lona;

3.5.4 - O motorista deverá estar orientado quanto à carga que está transportando e
cuidados necessários durante o trajeto;

3.5.5 - A lama neutralizada dos filtros rotativos a vácuo deve ser armazenada em baia
identificada, localizada ao lado da Unidade de Ácido Sulfúrico (UAS) e transferida
para o aterro industrial;

3.5.6 - Carvão ativado com característica ácida (neutralizado) deve ser acondicionado
em conchas, e enviados para aterro industrial.

3.5.7 - Resíduo com característica ácida (neutralizado) deve ser armazenado em baia
próxima à estocagem de lama neutralizada e enviado para aterro.

3.6 - Movimentação de Resíduos Não Perigosos Classe II B - Inertes

3.6.1 - Os resíduos de Classe II B – Inertes serão armazenados na CRR - Central de


Resíduos Recicláveis e posteriormente enviados para empresas de reciclagem
cadastradas pela geradora.

3.6.2 - A movimentação mensal das quantidades dos resíduos recicláveis inertes será
acompanhada pelo sistema Oracle Discoverer ou com a emissão de ticket de
pesagem da portaria (back–up balança).

3.7 - Reciclagem de Resíduos Perigosos

3.7.1 - A entrada de resíduos perigosos no ATRE deve ser comunicada previamente


ao DEMAS para que haja uma correta orientação quanto à identificação, acesso e

Página 8
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

acondicionamento. É necessário o envio da ficha de emergência ou a FISPQ ao


DEMAS, como parte da documentação requerida para a movimentação de novos
resíduos perigosos.

3.7.2 - O responsável pelo recebimento no ATRE, fará a conferencia do


acondicionamento do resíduo e do preenchimento da Solicitação de Armazenamento
Temporário de Resíduos Perigosos - SATRP, conforme BA/F/NE006/001. Estando
em conformidade, o responsável assinará o SATRP e orientará a colocação dos
resíduos, onde serão empilhados em locais pré-determinados. Não estando em
conformidade, o resíduo é devolvido e o gerador é orientado para providenciar as
devidas correções.

3.7.3 - O óleo lubrificante usado ou isolante, descartados dos equipamentos por


substituição ou drenagens, devem ser acondicionados em tambores com tampas e
enviados para o ATRE, conforme item 3.7.1 e 3.7.2 desta norma. Da estocagem
temporária, o óleo é enviado para reciclador autorizado pela Agência Nacional do
Petróleo (ANP).

3.7.4 - As pilhas e baterias constituídas de Chumbo (Pb), Cádmio (Cd), ou Mercúrio


(Hg), após esgotamento da carga não poderão ser descartadas em o lixo comum,
conforme orientação da Resolução CONAMA 257/99, devem ser colocadas em
coletor específico, situado no bloco administrativo onde serão transferidas para o
ATRE. No ATRE, as pilhas e baterias serão enviadas para reciclagem por meio da
logística reversa.

3.7.5 - Lâmpadas com vapor de Mercúrio (Hg) e Sódio (Na) usadas, não devem ser
lançadas no lixo comum. Após uso as lâmpadas, quando possível, devem ser
acondicionadas nas respectivas embalagens e levadas até o ATRE, onde as
lâmpadas serão acondicionadas em tambores e enviadas para reciclagem;

3.7.6 - Tintas e solventes devem ser acondicionadas em bombonas ou tambores


separadamente com tampas, identificadas e enviadas para o ATRE, conforme 3.7.1 e
3.7.2 desta norma, e posteriormente destinadas às recicladoras.

3.8 - Movimentação de Resíduos Classe I - Perigosos

3.8.1 - A movimentação e o transporte de resíduos perigosos devem ser realizados


conforme procedimento BA/P.76.E.002 - Transporte de Resíduos Perigosos.

3.8.2 - A movimentação no ATRE é controlada através do BA/F/NE006/004 -


Movimentação de Resíduo Perigoso.

3.8.3 - Borra de Enxofre deve ser armazenada no pátio próximo ao armazenamento


de enxofre sólido para posterior envio a aterro industrial.

3.8.4 - Catalisador gasto de Pentóxido de Vanádio deve ser armazenado em


tambores devidamente fechados com tampa ou big bags, identificados e transferidos
Página 9
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

para aterro industrial.

3.8.5 - Resíduo de serviço de saúde deve ser acondicionado, imediatamente após a


geração, em coletores apropriados dispostos no local onde está sendo executado o
serviço, enfermaria e salas de exames periódicos, conforme PGRSS - Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde.

3.8.6 - O manuseio de telhas contendo amianto deve ser feito cuidadosamente de


modo a evitar quebra / poeira. Evitar a inalação da poeira de amianto por meio de
EPI. Avaliar necessidade de abatimento da poeira com água efetuando contenção do
efluente gerado. Os resíduos devem ser acondicionados no ATRE em recipientes
fechados para destinação para aterro industrial.

3.8.7 – EPIs contaminados devem ser armazenados no ATRE em big bags ou


tambores para posterior envio para empresa externa (co-processamento).

3.8.8 – A movimentação mensal das quantidades dos resíduos perigosos recicláveis


será acompanhada pelo sistema Oracle Discoverer ou com a emissão de ticket de
pesagem da portaria (back–up balança).

3.9 - Documentos de Referência

Lei Federal n° 12.305/10 (Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos);

Decreto 7404 / 2010 - Regulamenta a Lei Federal n°12.305/10 que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos;

Res. CONAMA n° 362/05 - Dispõe sobre os óleos lubrificantes usados ou


contaminados;

Res. CONAMA n° 401/08 - Disposição Final de Pilhas e Baterias;

Res. CONAMA n° 275/01 - Estabelece o código de cores para os diferentes resíduos;

Res. CONAMA n° 358/05 - Dispõe sobre tratamento e a destinação final dos resíduos
dos Serviços de Saúde.

Res. CONAMA n° 313/02 - Dispõe sobre o inventário Nacional de Resíduos Sólidos


Industriais.

Decreto Federal n° 96.044/88 - Regulamenta o Transporte Rodoviário de Produtos


Perigosos;

Decreto Estadual 11.235/08 que aprova a Lei 10.431/06;

NBR- 7.500 - Identificação para Transporte Terrestre, Manuseio, Movimentação e


Armazenamento de Produtos;

Página 10
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

NBR- 7.501 - Transporte Terrestre de Produtos Perigosos - Terminologia;

NBR- 7.503 - Ficha de Emergência para Transporte de Cargas Perigosas;

NBR- 10.004 - Resíduos Sólidos;

NBR- 11.174 - Armazenamento de Resíduos - Classe II e Classe III;

NBR- 12.235 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos;

NBR- 12.807 - Resíduo de Serviço de Saúde - Terminologia;

NBR- 12.809 - Procedimentos para Manuseio dos Resíduos de Serviço de Saúde;

NBR- 13.221 - Transporte de Resíduos.

4 – ANEXOS

Anexo I - Guia para Coleta Seletiva

Página 11
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

Anexo I - Guia para Coleta Seletiva


Resíduo O que reciclar? Cor do Recipiente Onde estão instalados?
* Aparas de papel
* Caixas de papelão
* Cartazes * Salas dos prédios administrativos;
* Envelopes * Salas de Controles;
* Formulários * Pátio do almoxarifado e recepção;
Papéis * Jornais e revistas * Salas que compõem o laboratório;
Azul
* Papéis * Salas das oficinas;
* Rascunhos * Áreas da DILIC, DIPIG, DITRA e Canteiro das
* Sacos de auxiliar de Contratadas;
filtração e hidróxido de
alumínio.

* Canos e tubos
* Copos
* Embalagens de biscoito
* Garrafas PET
* Salas dos prédios administrativos;
* Garrafas plásticas
* Salas de Controles;
* Vasilhames
* Pátio do almoxarifado e recepção;
* Big bags
Plásticos * Salas que compõem o laboratório;
* Capa plástica preta e Vermelho
* Salas das oficinas;
amarela
* Áreas da DILIC, DIPIG, DITRA, Refeitório e
* Bombonas
Canteiro das Contratadas;
* Cintas de embalagens
* Filme de embalagens
* Embalagem de TMP
(Trimethylopropane)

* Corredor entrada da fábrica, próximo ao


* Aço carbono e latão
refeitório
* Cobre
* Ao lado da entrada dos departamentos
* Chumbo
administrativos
Metais * Bronze
Amarelo * Pátio fundo Oficina Central
* Aço inox
* Próximo ao efluentes da DIPIG
* Alumínio
* Ao lado da CRR - DILIC
* Limalhas metálicas
* Dentro da área da sucata

* Garrafas e recipientes * Laboratórios


Vidros * Frascos de reagentes * Área de descarte do refeitório
* Frascos de conservas Verde * Área da Administração

* Área das Contratadas


Madeiras * Madeiras em geral
* DITRA
Preto

* Área de descarte do refeitório (exclusivo para


Resíduo * Restos de Alimentos
restos de alimentos)
Orgânico * Restos de Podas Marrom
* Copas de diversas áreas

Cuidados ao Descartar:
* Papéis devem preferencialmente estar secos, serem rasgados e não amassados, sem clips e sem grampos.
* Garrafas plásticas devem ser descartadas amassadas e tampadas. Esse cuidado reduz sensivelmente volume
e o material se torna mais atrativo para o reciclador.
* Vidros e metais precisam estar limpos.

Página 12
Cópia controlada se impressa em papel timbrado "Documento do SGI"

Título: Gerenciamento de Resíduos

Nº Documento:

Anexo II - Planta de Localização dos Containers de Resíduos

Página 13

Você também pode gostar