Você está na página 1de 15

Sumário

1. INTRODUÇÃO................................................................................ 2

2. Tipos de resíduos oleosos .............................................................. 2

3. Legislação ...................................................................................... 3

4. Impactos ambientais ....................................................................... 6

5. REUSO DE ÓLEO DE COZINHA ................................................... 8

5.1. Produção de Biodiesel ............................................................. 8

6. DESTINAÇÃO ................................................................................ 9

6.1. Em Curitiba ............................................................................ 11

6.2. Em Ponta Grossa ................................................................... 11

7. CONCLUSÃO ............................................................................... 12

8. REFERÊNCIAS ............................................................................ 14
2

1. INTRODUÇÃO

Óleos são produtos formados predominantemente da condensação


entre ácidos graxos e glicerol, formando os chamados triglicerídeos. Estes
produtos são separados por sua aparência, recebendo o nome de óleos quando
possuem um aspecto líquido e gorduras quando possuem um aspecto sólido. A
reação reversa ocorre quando em contato com a água em meio alcalino, o que
torna o descarte inadequado um grande risco ambiental.

De forma geral, os óleos podem ser obtidos na natureza, sejam


eles de origem vegetal, animal ou microbiana. Porém, visando uma aplicação
específica, alguns óleos são sintetizados em laboratórios, caso muito comum
para utilização em máquinas, aumentando sua produtividade e/ou reduzindo seu
atrito e juntamente o desgaste e a necessidade de manutenção.

No mundo moderno, o uso de meios de transporte automotivos e


de máquinas motorizadas em geral é gigantesco e constante. E ambos
necessitam de óleos lubrificantes para reduzir o atrito entre partes móveis e o
desgaste por ele causado. Outros usos de lubrificantes são a refrigeração e
limpeza de partes móveis, transmissão de força mecânica e até a vedação de
um componente ou de um conjunto.

O óleo de cozinha é um produto consumido em larga escala em


todo o globo. Uma pesquisa indica que o principal uso é para a fritura, uma vez
que constitui um dos mais rápidos métodos de preparo de determinados
alimentos. Segundo Santos (2009), o Brasil descarta 9,0 bilhões de litros deste
produto por ano, dos quais apenas 2,5% é reciclado.

Apesar dessa presença incessante dos produtos supra-citados no


dia a dia, muitos desconhecem a forma correta de descarte e o risco ambiental
de um descarte incorreto. O foco deste trabalho é a destinação correta e as
atividades possíveis para tais resíduos, e também seus riscos se as devidas
medidas não forem tomadas, incluindo as diretrizes legais sobre o assunto.

2. TIPOS DE RESÍDUOS OLEOSOS


3

De acordo com NBR 10.004/2004, existem vários tipos diferentes de


resíduos oleosos classificados no grupo de Resíduos Perigosos de fonte
desconhecida, como por exemplo:

 Óleos de isolamento térmico ou de refrigeração usados;


 Óleo lubrificante usado ou contaminado;
 Fluido e óleo hidráulico usado;
 Óleo de corte e usinagem usado;
 Óleos usados em isolamento elétrico, térmico ou de refrigeração.

3. LEGISLAÇÃO

A Norma Brasileira de Referência - ABNT NBR 10004:2004, classifica


os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e
à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. Esta
norma, define resíduos sólidos como os resíduos nos estados sólido e semi-
sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição. O Conselho Nacional do Meio
Ambiente - CONAMA e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA,
também compartilham essa definição. De acordo com essa norma, os resíduos
sólidos podem ser assim classificados como:

a) Resíduos classe I – perigosos: são aqueles que apresentam


riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e
disposição especiais em função de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade;

b) Resíduos classe II – não perigosos;


 Resíduos classe II A – não inertes: são os resíduos que
não apresentam periculosidade, porém não são inertes;
podem ter propriedades tais como: combustibilidade,
biodegradabilidade ou solubilidade em água. São
basicamente os resíduos com as características do lixo
doméstico;
 Resíduos classe II B – inertes: são aqueles que, ao serem
submetidos aos testes de solubilização, não apresentam
nenhum de seus constituintes solubilizados em
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da
água. Isto significa que a água permanecerá potável
quando em contato com o resíduo. Muitos desses resíduos
4

são recicláveis, já que os mesmos não se degradam ou


não se decompõem quando dispostos no solo (se
degradam muito lentamente).

A Lei N° 12.305, de 2 de Agosto de 2010, que institui a Política


Nacional de Resíduos Sólidos, procura organizar a forma com que o país
lida com o lixo e exigir dos setores públicos e privados transparência no
gerenciamento de seus resíduos. Os principais objetivos da lei são: não
geração, diminuição, reutilização, reciclagem e tratamento de resíduos
sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos, além de adoção, desenvolvimento e aprimoramento de
tecnologias limpas e estímulo à adoção de padrões sustentáveis.
A lei propõe a redução dos resíduos gerados, de modo a incentivar
reciclagem e reaproveitamento. Já os rejeitos devem ser destinados a
locais adequados para minimizar os danos ambientais e à saúde humana.
Isso se efetivaria com uma das metas, que é a "eliminação e recuperação
de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis". Assim, os rejeitos não
seriam dispostos a céu aberto, e sim levados a locais próprios que
poderiam reaproveitá-los para produção de biogás, por exemplo. Como
também, a responsabilidade compartilhada, onde essa responsabilidade
é dividida entre os diversos participantes da cadeia, já que é determinada
a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. A
análise do ciclo de vida de um item compreende todo o processo do
produto, desde a extração da matéria-prima, produção, consumo e
descarte final.
Um dos mecanismos dessa responsabilidade conjunta cabe
principalmente ao setor privado, que deve viabilizar a logística reversa. O
Art. 33 da Lei 12.305 obriga a estruturar e implementar sistemas de
logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo
consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana
e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de:
5

I. Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como


outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua
resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento
de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS
e do Suasa, ou em normas técnicas;
II. Pilhas e baterias;
III. Pneus;
IV. Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V. Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e
de luz mista;
VI. Produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Os sistemas previstos serão estendidos a produtos comercializados em
embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e
embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à
saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. Fica a cargo dos
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e/ou
embalagens de tomar todas as medidas necessárias para assegurar a
implementação e operacionalização do sistema de logística reversa. O decreto
N° 9.177, de 23 de Outubro de 2017, Regulamenta o art. 33 da Lei nº 12.305, de
2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

O óleo lubrificante usado ou contaminado, óleo hidráulico usado, óleo de


corte e usinagem usado e óleos usados em isolamento elétrico, térmico ou de
refrigeração são classificados como resíduos de classe I. A Resolução CONAMA
N° 009/1993 – “Estabelece definições e torna obrigatório o recolhimento e
destinação adequada de todo o óleo lubrificante usado ou contaminado”. A
Resolução aprovada pelo Conama determinou que todo óleo usado ou
contaminado deve ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que
não afete negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos
constituintes nele contidos. Hoje cerca de 36% do óleo lubrificante usado no
Brasil já é recolhido.
6

Já o óleo de cozinha é classificado com resíduo de classe II A. Em relação


à logística reversa, o óleo de cozinha não é citado Art. 33 da Lei 12.305, mas
possui um projeto de lei para a sua implementação. Porém, o óleo de cozinha
usado já é bastante utilizado para produção de biocombustível.

Atualmente não possui uma lei nacional para descarte e logística reversa
do óleo de cozinha usado, mas já existem algumas leis municipais, como em Vila
Velha – ES e Guaporé – RS, com práticas de reciclagem do óleo de cozinha.

4. IMPACTOS AMBIENTAIS

O impacto ambiental causado pela presença de óleo em um meio, seja


ele proveniente de descarte incorreto ou vazamento, é muitas vezes catastrófico
para o seu bioma. Exemplos fáceis de serem encontrados são manchas de óleo
no mar causadas por vazamento de petróleo como o ocorrido no Golfo do México
em 2010, que apresentou um vazamento diário de 895 mil litros de óleo cru e
causou a formação uma mancha superficial com área similar à do estado do Rio
de Janeiro (NUNES, 2014).

Figura 1 – Imagem de satélite da mancha de óleo durante o vazamento


no Golfo do México
7

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/noticias/comissao-especial-investiga-
vazamento-de-oleo-no

Trazendo o problema para o nosso cotidiano, o óleo de cozinha


descartado de forma incorreta é uma fonte preocupante de poluição para rios e
mananciais. A desinformação é um dos fatores mais comuns que causam o
descarte em pias, ralos, vasos sanitários, ou o descarte juntamente com o lixo
convencional (SANTOS, 2009).

Também segundo Santos (2009), alguns dos impactos significativos


causados pelo descarte incorreto do óleo de cozinha que podem ser citados são:

 Em mares, rios e lagos: cria condições que levam à morte da fauna


e flora.
 Em pias ou vasos sanitários: Provoca entupimento no em
tubulações da residência. Em alguns casos a desobstrução do
encanamento requer o emprego de produtos tóxicos.
 Na rede de esgotos: ocasiona infiltração do esgoto no solo,
poluindo o lençol freático, ou ocasionando o refluxo à superfície.
 Em aterros sanitários: diminui áreas uteis destes e transforma-se
em gás metano, contribuindo para o aquecimento global.
 Na estação de tratamento de esgoto: dificulta e encarece o
tratamento.

Os números que dimensionam a relação entre o descarte incorreto e o


volume de água contaminado é mais que alarmante. Devido a densidade do óleo
ser menor que a da água, ele se espalha como um filme na sua superfície,
dificultando a passagem de luz e oxigenação, influenciando assim na
sobrevivência da flora e da fauna. A estimativa feita é que para cada litro de óleo
descartado incorretamente, são poluídos até vinte e cinco mil litros de água.

O amparo legal que fornece as diretrizes do descarte correto para


resíduos de óleos são a NBR 10.004 e a Política Nacional de Resíduos Sólidos
de 2010, com ênfase na aplicação da logística reversa para retornar esse resíduo
para o início do seu ciclo de vida. Porém, como o óleo de cozinha é classificado
8

como resíduo classe IIA (não perigoso e não inerte), a logística reversa está
prevista apenas para óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens que são
classificados como resíduos perigosos.

Assim, faltam ferramentas legais para reforçar a importância do descarte


correto desse tipo de óleo, restando apenas a conscientização da população
para o descarte correto, e a implementação de programas que facilitem esse
descarte, como o programa da DAEMQ em Olímpia-SP que recolhe óleo de
cozinha usado e transforma até 80% desse óleo em biodiesel e o restante é
destinado para a fabricação de sabão, tinta e ração para animais.

5. REUSO DE ÓLEO DE COZINHA

5.1. Produção de Biodiesel

A transformação de óleo de cozinha usado em biodiesel traz significativas


melhorias ambientais. Inicialmente, o subproduto que seria descartado no meio
ambiente recebe uma nova utilização, deixando de ser disposto indevidamente.
Dessa forma, ocorre a redução do consumo de combustíveis fósseis (óleo
diesel), além do incentivo ao uso de combustíveis renováveis.

Para a fabricação do biodiesel, é necessário investir em uma indústria de


purificação e transformação. O biodiesel é um combustível biodegradável,
derivado de fontes renováveis (óleo vegetal ou gordura animal), que pode ser
obtido por diferentes processos, listados a seguir:

• Craqueamento: processo químico que tem como objetivo dividir em


partes menores um composto pela ação do calor e/ou catalisador. Consiste na
quebra do óleo em uma mistura de várias moléculas, formando uma mistura
semelhante ao diesel do petróleo;

• Esterificação: processo químico de obtenção de um éster por meio da


reação de um ácido com um álcool;

• Transesterificação: processo químico no qual se junta óleo vegetal ou


gordura animal com álcool (metílico ou etílico) e ainda um catalisador (um ácido
ou uma base) para acelerar o processo.
9

A transesterificação é o processo mais difundido no Brasil e no mundo por


ser o mais viável economicamente, gerando em suas etapas de produção o éster
(biodiesel) e o glicerol (glicerina). Os alcoóis mais utilizados no processo são o
metanol e o etanol pelas facilidades logísticas de oferta no País. A rota etílica é
mais lenta e a separação das fases (glicerinabiodiesel-álcool) mais complexa.
Contudo, o etanol é um produto nacional, oriundo de fontes renováveis e com
maior poder de combustão que o metanol. Geralmente, os catalisadores mais
utilizados nas reações são bases (hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio),
por apresentarem resultados mais efetivos, em menor tempo e com melhor
aproveitamento em relação aos ácidos.

6. DESTINAÇÃO

O resíduo deve ser armazenado em recipientes que ofereçam boa resistência


contra vazamentos, como garrafas plásticas (preferencialmente transparentes)
ou em bombonas (20 a 50 litros), dependendo do volume disponível. A garrafa
plástica, após ser utilizada para transportar o óleo de cozinha usado, não poderá
ser reciclada, a não ser que passe por um tratamento específico. Em alternativa
aos processos de descontaminação, sugere-se ao cidadão que, ao entregar o
recipiente contendo óleo usado, receba outro vazio já utilizado anteriormente
para o transporte do material.

Figura 2 – Recipientes utilizados para coleta de óleo

Fonte: http://www.feam.br/images/stories/minas_sem_lixoes/2010/leodecozinha.pdf

Após a fase de coleta, inicia-se a triagem do óleo de cozinha pós-


consumo, que deve ser feita em um espaço físico coberto e com pavimento
impermeabilizado, além de contar com um separador de água e óleo - SAE,
10

utilizado para evitar a contaminação da rede de esgoto. Essas medidas também


possibilitam a contenção de vazamento e impedem a entrada de água pluvial no
local.
A triagem compreende a separação do óleo de boa qualidade do óleo de
má qualidade, por meio da verificação da cor. Óleo muito escuro indica que já foi
bastante utilizado e, portanto, tem pior qualidade do que o óleo com tonalidade
mais clara, aproximando-se do amarelo original do óleo de soja.

Figura 3 – Tabela classificação de óleos

Na sequência, o óleo passa por peneiras com redução gradativa de


diâmetro, que varia de 0,5 cm a 0,2 cm. Os sólidos retidos podem ser
encaminhados para a compostagem, transformando-se em adubo. Continuando
o processo, o óleo permanece em repouso por aproximadamente seis horas,
tempo necessário para decantar as impurezas existentes, além de separar
alguma quantidade de água que, porventura, esteja dispersa.
Em seguida, é retirado do recipiente, utilizando a diferença de densidade,
e segue para um filtro de combustível, para a retirada de qualquer resquício de
impureza que tenha permanecido. O óleo permanece, então, armazenado em
um tanque até acumular o volume necessário para a venda. Concluída as
11

etapas, o óleo está pronto para ser reprocessado. A fabricação de biodiesel é


uma das alternativas ambientalmente correta para a reciclagem do resíduo.
Figura 4 – Esquema de destinação do óleo

Fonte: http://www.feam.br/images/stories/minas_sem_lixoes/2010/leodecozinha.pdf
6.1. Em Curitiba

A Prefeitura Municipal de Curitiba lançou o serviço de coleta especial de


óleo de fritura. O recolhimento está sendo feito em 78 pontos do Câmbio Verde
(programa de recolhimento de lixo reciclável) e nos 21 terminais de ônibus da
cidade. Quando é feita a entrega nestes postos, dois litros de óleo dão direito a
um quilo de hortifrutigranjeiros, incentivando ainda mais a população.
Depois de recolhido, o óleo de fritura é encaminhado para a reciclagem, onde é
transformado em sabão, detergente e matéria-prima para fabricação de outros
produtos.

6.2. Em Ponta Grossa

Em 2014, a Cooperativa Sicredi Campos Gerais criou um projeto de


sustentabilidade que recolhe óleo de cozinha usado e converte em detergente
líquido que é doado a instituições da área de atuação.
Neste período, o projeto já arrecadou 11.385 litros de óleo de cozinha
usado e distribuiu 1.130 litros de detergente para instituições sociais da região.

Pontos de coletas em Ponta Grossa:


12

Pontos de coleta voluntaria:


- Serviços de Obras Sociais (SOS);
- Colégio SESI;
- Supermercados Tozetto (5 lojas);
- Condomínio Vitace;
- Condomínio Solar;
- Agencias do Sicredi
- Senac
- 15 Escolas Municipais (em implantação)

Pontos de coleta industrial:


- Patatino;(coleta industrial)
- Silvana Kuhn;(coleta industrial)
- Restaurante Campos Gerais;(coleta industrial)

Figura 5 – Gráfico de óleo coletado e detergente arrecadado

Fonte: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_tn_stp_185_056_22083.pdf

Após coletado é enviado para empresa Ambiental Santos que é


especializada em reciclagem de óleo vegetal. Essa empresa atua nesse setor a
mais de 20 anos no Paraná e Santa Catarina.

7. CONCLUSÃO

Conforme o exposto, vimos que a busca um desenvolvimento realmente


sustentável capaz de garantir crescimento econômico, desenvolvimento
13

tecnológico e o suprimento das necessidades humanas garantindo o menor


impacto sobre a natureza deste crescimento, tem sido constante e crescente.

Dentre os óleos citados, com maior enfoque no óleo de cozinha, a


problemática ambiental tratada é apenas uma, que embora grande, é a menor,
e de certa forma, a de mais fácil de solução, enfrentada pela sociedade atual.

A utilização deste resíduo na produção de biocombustível é sem dúvida


inteligente e eficiente em questão de desenvolvimento sustentável, e sua plena
viabilidade econômica depende apenas de um pouco mais de estudo na sua
forma de implementação e, principalmente da conscientização e cooperação de
todos, ou mais ainda, de uma real mudança nos hábitos e costumes da
sociedade.

. Uma vez que a poluição gerada em um ponto não se restringe


unicamente a sua região, mas se espalha por todo o planeta. É dever de todo o
cidadão adotar práticas e comportamento que garanta a qualidade de vida para
as gerações futuras e a sobrevivência do planeta, e entender que seres humanos
e natureza podem sim ocupar um mesmo espaço sem ultrapassar os limites de
respeito as necessidades ambientais.

Além de campanhas de educação e sensibilização da sociedade, leis


deveriam ser criadas para beneficiar aqueles que colaboram com a coleta do
óleo de cozinha, bem como, penalizar com multar os que não participam desse
benéfico que é de interesse de todos, seja pelo aspecto econômico e meio
ambiente. Como exemplo, incentivos fiscais deveriam ser oferecidos aos
Condomínios capazes de gerar grandes quantidades, através de descontos em
impostos como IPTU e outros. Assim, o Governo, estaria incentivando a coleta
e participação mandatória de todos. Como consequência, todos teriam reduções
em suas taxas condominiais.

Enfim, o apelo econômico e sensibilização pela consciência e educação


devem ser aplicados em conjunto em prol de atingir os mesmos objetivos, já que
o meio ambiente é lugar comum a todos.
14

8. REFERÊNCIAS

SANTOS, Renato Souza. Gerenciamento de Resíduos: Coleta de Óleo


Comestível. São Paulo: Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, 2009.

NUNES, F. C.; SANTOS, L. S.; ESPER, F. J.; CORTÉS, G. R. M. Impactos


Ambientais Causados por Vazamento de Petróleo no Golfo do México.
CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL
E BIOCOMBUSTÍVEIS, 1. 2014. Paraíba.

ABEPRO. Disponível em:


<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_tn_stp_185_056_22083.pdf>
> Acessado em 28\11\2017.

TRIGLICEROL. Disponível em: <<


http://dicionario.sensagent.com/triacilglicerol/pt-pt/>> Acessado em 28\11\2017.

SINDILUB. Disponível em: << http://www.sindilub.org.br/guia.pdf >> Acessado


em 28\11\2017.

Disponível em: << http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-


2010/2010/Lei/L12305.htm >> Acessado em 28\11\2017.

Disponível em: <<


http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_arquivos/decreto_n_74042010_253.pdf
>> Acessado em 28\11\2017.

Disponível em: <<


http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_arquivos/decreto_n_74042010_253.pdf
>> Acessado em 28\11\2017.

Disponível em: <<


http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_arquivos/decreto_n_74042010_253.pdf
>> Acessado em 28\11\2017.

Disponível em: <<


http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2012_TN_STP_165_961_19662.pdf
>> Acessado em 28\11\2017.
15

Disponível em: <<http://www.unaerp.br/documentos/2234-abnt-nbr-


10004/file>> Acessado em 28\11\2017.

Você também pode gostar