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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM NACIONAL – SENAI-SP

CURSO TÉCNICO EM MANUTENÇÃO AUTOMOTIVA

Jailson Ramos Barbosa do Nascimento

RELATÓRIO TÉCNICO DESCARTES DE RESÍDUOS: uma análise do descarte


após a manutenção dos sistemas de direção e suspenção

Recife
2022
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Jailson Ramos Barbosa do Nascimento

RELATÓRIO TÉCNICO DESCARTES DE RESÍDUOS: uma análise do descarte


após a manutenção dos sistemas de direção e suspenção

Relatório técnico apresentado como requisito


parcial para obtenção de aprovação na disciplina
Fundamentos básicos de mecânica, no Curso de
Manutenção Automotiva, do Serviço Nacional de
Aprendizagem Nacional.

Prof. Roberto

Recife
2022
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 3

2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4

2.1 Objetivo Geral...................................................................................................4

2.1.1 Objetivos Específicos................................................................................4

2.2 Classificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)........4

3 METODOLOGIA.......................................................................................................5

3.1 Descarte correto dos resíduos........................................................................7

3.1.1 Óleos Lubrificantes....................................................................................7

3.1.2 Materiais plásticos.....................................................................................7

3.1.3 Papel e papelão..........................................................................................7

3.1.4 Estopas....................................................................................................... 8

3.1.5 Metais..........................................................................................................8

3.2 Observações sobre descarte consciente.......................................................8

REFERÊNCIAS...........................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

Para atender às demandas das frotas de veículos, foi preciso expandir o


mercado de oficinas mecânicas. Consequentemente, também aumentou o descarte
de resíduos, como óleos usados, peças, pneus, estopas e embalagens plásticas.
Agora, pense: considerando o nível de poluição dessa atividade, é essencial dispor
de uma boa gestão de descarte de resíduos de oficina mecânica.
Diversos tipos de resíduos sólidos estão associados a essas atividades esses
resíduos sólidos são classificados, segundo a NBR-10.004 da Associação Brasileira
de Normas Técnicas – ABNT.
É preciso ter em mente que grande parte desse material, quando
acondicionado ou desfeito de forma inadequada, pode causar sérios problemas para
o meio ambiente. Sabendo disso, muitas empresas (incluindo oficinas mecânicas)
perceberam a necessidade de desenvolver um negócio sustentável.
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2 DESENVOLVIMENTO

Troca de óleo lubrificante, revisão do sistema de freios, suspensão, pneus e


rodas. Esse tipo de serviço de manutenção de veículos configura uma das principais
atividades realizadas pelas oficinas mecânicas. O problema é que a execução
desses trabalhos acaba gerando diversos resíduos que são descartados em
quantidades significativas.
Entre eles estão estopas, flanelas, embalagens plásticas, pneus, óleos
lubrificantes, papelão e peças usadas. Quando não há uma gestão de resíduos
eficiente, todo esse material é descartado de forma inadequada, prejudicando o
meio ambiente e afetando a saúde pública.
A classificação dos resíduos envolve a identificação do processo ou atividade
que lhes deu origem, de seus constituintes e de suas características, e a
comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo
impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido (ABNT NBR 10004, 2004).
Dessa forma, a identificação dos constituintes a serem avaliados na
caracterização do resíduo deve ser criteriosa e estabelecida de acordo com as
matérias-primas, os insumos, assim como o processo que lhe deu origem. (ABNT
NBR 10004, 2004).

2.1 Objetivo Geral


Compreender o processo descarte de resíduos proveniente da manutenção
num sistema de suspensão e direção.

2.1.1 Objetivos Específicos


 Informar qual a forma correta de segregação e descarte de cada um desses
resíduos;
 Qual o impacto ambiental gerado por cada um desses resíduos quando
descartados de forma incorreta.

2.2 Classificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)


Os da Classe I: são perigosos que fazem parte desse grupo os resíduos que
apresentam particularidades físicas, químicas ou infecciosas que, quando
gerenciados de forma inadequada, oferecem riscos tanto para a saúde pública
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quanto para o meio ambiente. Alguns exemplos dessas substâncias são: óleo
lubrificante usado ou contaminado; acumuladores elétricos à base de chumbo
(baterias); lâmpadas com vapor de mercúrio após o uso (fluorescentes); lodos
gerados no tratamento de efluentes líquidos de pintura industrial.
Segundo ABNT NBR 10004 (2004, p. 08) de Classe II: os resíduos não perigosos
são divididos em 2 grupos:
1. resíduos classe II-A (não inertes): são resíduos considerados
biodegradáveis, comburentes ou solúveis em água, não fazendo parte do
grupo de resíduos classe I (perigosos) ou de resíduos classe II B (inertes).
Por exemplo, papéis não contaminados;
2. resíduos classe II-B (inertes): quaisquer resíduos que, quando expostos a
uma temperatura média no ambiente externo, mostram-se indiferentes ao
contato com a água destilada ou desionizada, não afetando a potabilidade
da água. Pneus, vidros e latas de alumínio, por exemplo, são considerados
resíduos inertes.
De fato, os tratamentos específicos são fundamentais para fazer o descarte
adequado dos resíduos sólidos e efluentes, garantindo assim a preservação do meio
ambiente. Nesse cenário, é preciso elaborar práticas que tenham como objetivo o
estímulo à redução da produção de resíduos sólidos. Assim como disponibilizar
ferramentas para possibilitar a separação do material na própria oficina mecânica.
Além disso, deve-se pensar no destino adequado desses resíduos e desenvolver
técnicas a fim de diminuir a formação de efluentes durante o tratamento.
Para garantir o controle e a prevenção de possíveis impactos ambientais
nesse sentido, é preciso que a aplicação do tratamento, o devido armazenamento, o
transporte e a destinação final sejam seguidos à risca, de acordo com as diretrizes
normativas estabelecidas.
Mas como ainda são gerados outros tipos de resíduos nas oficinas
mecânicas, como saber se são perigosos, nesse caso, é necessário verificar se
constam nos anexos A ou B da NBR 10004 ou se apresentam uma ou mais das
seguintes características: inflamatório; corrosivo; reativo; tóxico; patogênico.

3 METODOLOGIA
A segregação de resíduos é uma atividade fundamental dentro da oficina
mecânica. É por meio dela, afinal, que o volume de materiais perigosos a serem
tratados ou dispostos em aterros diminui. Depois desse processo, é preciso avaliar
se o armazenamento tem sido feito de forma adequada para, logo em seguida,
definir a destinação final dos resíduos.
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Código de cores para separação dos resíduos para facilitar esse processo, o
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) criou um código de cores com o
objetivo de identificar prontamente os diferentes tipos de resíduos. Por meio desse
método, é possível visualizar a segregação dos resíduos na fonte, permitindo assim
a reciclagem do máximo de material possível.
Imagem 1: Cores de Segregação de Resíduos.

Fonte: CONAMA nº275, 2011.

Estocagem é feita a separação dos resíduos, é hora de pensar em seu


acondicionamento. Nesse sentido, é importante prestar atenção na forma como é
feita a estocagem é recomendado que sejam usados sacos ou recipientes
resistentes, como tambores ou contêineres, para evitar vazamentos. A capacidade
desses recipientes deve ser compatível com a quantidade diária gerada de cada tipo
de resíduo. Vale ressaltar que todos os resíduos devem ser armazenados
separadamente, de forma a não alterar sua classificação original e, principalmente,
não causar danos ambientais. Além disso, as áreas destinadas à estocagem dos
resíduos devem ser cobertas, a fim de garantir melhores condições de preservação
e segurança até que tudo seja encaminhado para a disposição final.
O transporte externo de certos resíduos para a disposição final, como óleos
lubrificantes, deve ser feito por uma empresa devidamente autorizada, uma vez que
essa atividade apresenta potencial de risco.
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O descarte a última etapa para o correto gerenciamento de resíduos nas


oficinas mecânicas é sua destinação final, sendo preciso certificar-se de que estão
sendo depositados em locais apropriados. O descarte dos resíduos deve ser
definido, claro, sem afetar a preservação do meio ambiente e a saúde da população.
Para ajudá-lo a entender melhor como funciona na prática, listamos aqui os resíduos
mais comuns gerados em oficinas mecânicas e mostramos como proceder da forma
correta.

3.1 Descarte correto dos resíduos

3.1.1 Óleos Lubrificantes


O armazenamento dos óleos lubrificantes deve ser feito em recipientes
apropriados e guardados em uma área de contenção, de maneira que não ocorra
vazamento em casos de rachaduras ou acidentes na colocação ou retirada do
resíduo. Os reservatórios mais indicados para esse fim são as bombonas e os
contêineres plásticos, que apresentam maior resistência e durabilidade se
comparados aos tambores de latão. Aliás, esses tambores ainda apresentam como
desvantagem a facilidade de enferrujar ou amassar. Embalagens contaminadas com
óleo O procedimento feito com as embalagens usadas de óleos lubrificantes é
bastante simples: basta posicionar os frascos de modo a fazer com que todo o
produto escorra. Depois disso, a separação dos envoltórios plásticos deve ser feita
de acordo com as características do resíduo e acondicionados em áreas de
contenção.

3.1.2 Materiais plásticos


De acordo com a NBR 10004, o plástico é entendido como um resíduo
pertencente à classe II-B (inerte). Por isso, seu descarte é feito no lixo comum,
sendo acondicionado em lixeira e tendo como destino final a coleta pública.

3.1.3 Papel e papelão


O descarte do papel e do papelão acontece da mesma forma que o dos
plásticos. De acordo com a NBR 10004, esse material pertence à classe II-A, que
engloba resíduos não inertes. Seu armazenamento deve acontecer em locais
cobertos para evitar contaminação, com seu descarte acontecendo em lixeiras
simples, recolhidas pelo serviço de coleta pública.
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3.1.4 Estopas
Usada para a limpeza de mãos, ferramentas e peças, a estopa é classificada
como resíduo perigoso por sofrer contaminação. Esse material deve ser estocado no
interior da oficina, em uma lixeira plástica separada dos demais resíduos. Seu
recolhimento é feito por empresa especializada.

3.1.5 Metais
Os metais descartados como resíduos são considerados pela NBR 10004
como inertes, pertencentes à classe II-B. Sendo assim, a estocagem do material
também deve acontecer no interior da oficina para depois ser destinado à
reciclagem, etapa que inclui a separação dos resíduos de acordo com sua
composição. Por fim, os metais devidamente separados são enviados a uma
empresa de fundição, servindo como matéria-prima.

3.2 Observações sobre descarte consciente


Ainda sobre esse tema, precisamos apontar alguns outros pontos a que o
gestor precisa manter a atenção, como: padronização das lixeiras a fim de facilitar a
identificação, com cores específicas para cada tipo de resíduo; determinação de
espaço específico para o armazenamento dos resíduos, com divisões e piso
impermeável; disposição de caixa separadora de água e óleo, já que os efluentes,
quando lançados sem tratamento na rede de esgoto, são responsáveis por poluir
cursos d’água.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10004:


Descarte de Resíduos. Rio de Janeiro, 2004. 10 p.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Nº 275: Estabelecer


cores para descarte de cores. São Paulo, 2001. 1 p.

Paulino, P. F. Diagnóstico dos resíduos gerados nas oficinas mecânicas de veículos


automotivos do município de São Carlos – SP, 2009.

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