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PARÁPALMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

CNPJ: 08.581.205/0002-43

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGRS

BELÉM/PA
JUNHO 2018
EMPREENDIMENTO
RAZÃO SOCIAL PARAPALMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO
CNPJ/MF 08.581.205/0002-43
ENDEREÇO Ramal 14 – Zona Rural do Município do Acará
CONTATOS (91) 3345-7820
ATIVIDADE PRINCIPAL Cultivo de Dendê e Extração de Oléo de Palma

RESPONSÁVEL TÉCNICO
NOME Hanna Glaucia Tavares Borges
ENDEREÇO Av. Pedro Miranda 1758
FORMAÇÃO Bióloga
PROFISSIONAL
Registro profissional CRBio 73259
CONTATOS (91) 989456988
E-MAIL hannaglauciatavares@hotmail.com

Hanna Borges, Isabela Oliveira,


Johnnata Santos, Kamila Monteiro,
PRODUÇÃO/EDITORAÇÃO Martina Albuquerque, Odicléia
Neves
1 OBJETIVO

O objetivo é a elaboração do Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos


– PGRS para a empresa PARÁPALMA Industria e Comércio no Pará.

Esse PGRS visa atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos gerenciando


adequadamente os resíduos gerados provenientes das diversas atividades da
PARÁPALMA através da redução na fonte geradora, reutilização de resíduos com
potencial de aproveitamento e estabelecendo parcerias com entidades e/ou empresas
que desenvolvem a reciclagem de materiais que não exauriram seu ciclo de vida.

2 INTRODUÇÃO

O manejo inadequado dos resíduos sólidos pode causar inúmeros impactos


socioambientais negativos, tais como: degradação e contaminação do solo, poluição da
água, proliferação de vetores de importância sanitária, como é o caso do Aedes aegypti
(vetor da dengue, zica e chicungunya), potencialização dos efeitos de enchentes nos
centros urbanos, entre outros. Diante desses potenciais prejuízos, é fundamental
definir e implementar estratégias adequadas com vistas a garantir a destinação adequada
dos resíduos sólidos.

Neste contexto a Política Nacional dos Resíduos Sólidos – PNRS, Lei no 12.305, de
02 de agosto de 2010, instituiu um novo marco regulatório para a gestão dos resíduos
no País e reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes com
vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos
resíduos sólidos.

O grande desafio do gerenciamento de resíduos se estabelece, além da redução na


exploração de recursos naturais, na geração de recursos a partir daquilo que teoricamente
teria seu valor econômico ou de uso exaurido.

Adotando este princípio, a PARÁPALMA estabelece o Programa de


Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS para atender a Política Nacional de
Resíduos Sólidos não apenas como um requisito legal exigido, mas também como um
compromisso de desenvolvimento sustentável e responsabilidade socioambiental.

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos adota conceitos importantes


em seu gerenciamento, como por exemplo, logística reversa e incentivo total na
reciclagem de resíduos específicos adotando o conceito de segregação na fonte.

3 MATERIAIS E MÉTODOS

É apresentada uma estimativa baseada em pesquisa bibliográfica de dados


coletados no processo industrial da extração de oléo de palma na empresa
Parápalma, abrangendo os resíduos industriais e comuns, como: efluentes, papel,
plástico, pneus e etc. Na elaboração desse plano foi descrita as etapas de manuseio,
coleta, transporte e destinação final dos resíduos, levando em consideração as
legislações pertinentes.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DO EMPREENDIMENTO

Nome do empreendimento: PARÁPALMA Indústria e Comércio


Atividade: Cultivo de Dendê e Extração de Óleo de Palma
Endereço: Acará
CNPJ: 08.581.205/0002-43
Área Total: 15.000 ha

A Parápalma tem como objetivo plantar palmeiras de dendê (Elaeis guinnensis) e


produzir óleo de palma. Ela atua desde o semeio de sementes de Elaeis guinnensis até a
colheita e processamento dos frutos para produção do Óleo de Palma Bruto (CPO).

Uma planta extratora está em operação no município do Acará (Polo Acará) e


tem capacidade de processamento de 60 t CFF/hora. O polo de produção é composto por
alojamentos para engenheiros, técnicos e trabalhadores rurais que vivem nas
dependências do projeto, refeitório, ambulatório médico equipado com ambulância e
leitos, escritório central e de apoio, laboratório de pesquisa, área asfaltada (vila), clube de
lazer, ponto de abastecimento de combustíveis, lava-jato, almoxarifado, oficina mecânica e
usinas de extração de óleo de palma.
O óleo de palma é um dos óleos que são extraídos do fruto do dendezeiro.
Contém proporções iguais de ácidos graxos saturados (palmítico 44% e esteárico
4%) e não saturados (oleico 40% e linoleico 10%). É uma fonte natural de vitamina
E, tocoferóis e tocotrienóis que atuam como antioxidantes. É rico também em
betacaroteno, fonte importante de vitamina A. É o óleo mais apropriado para
fabricação de margarina, pela sua consistência e por não rancificar. É excelente
como óleo de cozinha e frituras, sendo também utilizado na produção de manteiga
vegetal, apropriada para fabricação de pães, bolos, tortas, biscoitos finos, cremes,
etc. O maior uso do óleo de palma é como matéria-prima na fabricação de sabões,
sabonete, sabão em pó, detergentes e amaciantes/amaciadores de roupa
biodegradáveis, podendo ainda ser utilizado (com restrições) como combustível
em motores a diesel.

O beneficiamento da produção deve ser iniciado imediatamente após a


colheita e consta das seguintes etapas:

 Esterilização – tem como finalidade inativar enzimas que provocam


acidez e facilitar o desprendimento dos frutos do cacho;

 Debulha – cuja finalidade é separar os frutos do cacho;

 Digestão – quebra estrutura das células da polpa, facilitando a


liberação do óleo;

 Prensagem – a massa saída do digestor é submetida à prensagem,


separando o óleo e uma mistura de fibras e sementes.

 Separação – a torta passa pelo desfibrador, que por ventilação separa


as fibras das sementes.

4.2 GERAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

A classificação dos resíduos sólidos gerados em uma determinada atividade é o


primeiro passo para estruturar um plano de gestão adequado. A partir desta classificação
são definidas as etapas de coleta, armazenamento, transporte, manipulação e destinação
final, de acordo com cada tipo de resíduo gerado.

Normas Técnicas (NBR’s) relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos publicadas


pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, são as regulamentações
amplamente adotadas no Brasil para tal finalidade. A NBR 10.004 classifica os resíduos
quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública. A classificação baseia-se
nas características dos resíduos, se reconhecidos como perigosos, ou quanto à
concentração de poluentes em suas matrizes. De acordo com a NBR 10.004, os resíduos
são classificados da seguinte forma:

CLASSE I CLASSE II
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
A – Não Inerte
SÓLIDOS PERIGOSOS NÃO PERIGOSOS
B – Inerte

4.2.1 RESÍDUOS CLASSE I – PERIGOSOS

São aqueles cujas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas podem


acarretar em riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for
gerenciado de forma inadequada.

Para que um resíduo seja apontado como Classe I, ele deve estar contido nos anexos
A ou B da NBR 10004 ou apresentar uma ou mais das seguintes características:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

4.2.2 RESÍDUOS CLASSE II – NÃO PERIGOSOS

 Resíduos Classe II A – Não inertes: aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos classe I – Perigosos ou de resíduos classe II B – Inertes. Os resíduos classe II A
– Não inertes podem apresentar propriedades como biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água.
 Resíduos Classe II B – Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados
de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007, e submetidos a um
contato dinâmico e estático com água destilada ou de ionizada, à temperatura
ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,
excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G, da NBR
10004.
4.2.3 GERAÇÃO DE RESÍDUOS NA PARÁPALMA
No quadro abaixo está a composição gravimétrica de todos os resíduos sólidos
gerados nas atividades da Parápalma – ano 2017.
Material Quantidade Quantidade Quantidade Quantidade
(Und/ano) (kg/ano) (m³/ano) (L/ano)
Efluentes 10.000

Baterias 150
Fibra 58.000,00
EPI's 15.000,00
Embalagens de Agrotóxicos 680
Eletroeletronicos 500
Sucata Ferrosa 8.000,00
Óleo de Cozinha 200
Papel 30.000,00
Plástico 75.000,00
Pneus 1064
Resíduo Orgânico 83.000,00
Resíduos de Serviço de Saúde 300,00
Resíduos Não Recicláveis 100.000,00
Total 2394 369.300,00 kg 10.000 200

Quadro 1. Composição gravimétrica dos resíduos gerados na Parápalma

4.3 MANUSEIO DE RESÍDUOS

A empresa adotou uma política ambiental, voltada para o gerenciamento de


resíduos sólidos, com o intuito de:

 Propagar a cultura ambiental, objetivando a conscientização cada vez maior do


colaborador, e por consequência, a minimização da geração dos resíduos,
melhorando a segregação e destinação final;
 Ter como foco o princípio dos três R’s: reduzir, evitando o desperdício e
gerando o mínimo possível de lixo; reutilizar, aproveitando os resíduos em sua
função original ou não, quando possível, antes de descartá-los; reciclar,
transformando um material descartado em outro produto;
 Comprometer-se e responsabilizar-se com o armazenamento e a destinação
adequada e correta de todos os resíduos gerados na unidade.

 A empresa contará com equipe que atuará no monitoramento do PGRS, bem


como na propagação da conscientização ambiental.
 Serão realizados treinamentos aos colaboradores da empresa abordando os
seguintes tópicos:
 Coleta seletiva;
 Minimização na geração de resíduos;
 Manuseio correto dos resíduos com EPI’s;
 Cuidados com acidentes e contaminações na hora do manuseio dos resíduos;
 Consciência e responsabilidade ambiental.

4.4 SEGREGAÇÃO

A Parápalma adota o sistema de classificação da ABNT NBR 10.004/2004 para


segregação dos resíduos disponibilizando coletores diferenciados para cada tipo de resíduo
e adequados a geração no local.
A correta segregação dos resíduos evita a contaminação dos mesmos aumentando as
possibilidades de reciclagem, reuso e diminuindo custos relacionados ao tratamento e
destinação final, além disso aumenta a segurança no manuseio dos resíduos durante as
coletas.

Todas as áreas geradoras de resíduos deverão gerenciar seus resíduos de forma


preliminar, visando a segregação na fonte geradora. Este descarte seletivo deve
necessariamente ocorrer no local de geração.

Figura 1. Modelo de recipientes de cores padrão da coleta seletiva.


Figura 2. Fardo de papelão. Figura 3. Fardo de ráfia.

4.5 ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO

Os resíduos gerados na Parápalma são armazenados de acordo com suas


características e classificação. Estes são armazenados no Galpão de Armazenamento
onde determinados resíduos serão armazenados temporariamente para posterior destinação
final. A estrutura dos galpões se baseia na ABNT NBR 12235:1992 – Armazenamento de
Resíduos Sólidos Perigosos e Resolução do CONAMA 275/01.

Adotando o princípio estabelecido pela Política Nacional de Resíduos


Sólidos sobre responsabilidade dos geradores de resíduos, é de responsabilidade da
área geradora o transporte até o Galpão de Armazenamento Temporário de Resíduos.

4.6 COLETA

A coleta interna de resíduos é realizada tanto por equipe interna quanto por equipe
externa (empresa especializada em tratamento e destinação final de resíduos devidamente
habilitada e licenciada para tal finalidade).

 Coleta Interna: devido a características do Projeto que é composto for fazendas


dispersas em maior ou menor grau no interior dos municípios onde atua é
necessário a ajuda de equipes internas para possibilitar a coleta adequada dos
resíduos gerados durante as atividades. Em fazendas mais longínquas a coleta
é auxiliada por equipes de frentes de serviços agrícola que ao final de suas
atividades recolhem os resíduos gerados durante as refeições realizadas em locais
denominados Casas de Alimentação e levam até pontos de coletas logisticamente
mais favoráveis. Nesses pontos os resíduos são coletados pela empresa
terceirizada que realiza o tratamento e destinação final adequada.
 Coleta Externa: a coleta externa é realizada por empresa terceirizada que coleta os
resíduos em pontos estratégico e ou de logística mais favorável, como casas de
alimentação mais próximas, galpões de resíduos, refeitórios, locais de
armazenamento de resíduos orgânicos, lixeiras, entre outros. Em seguida os
resíduos são pesados e encaminhados para a sede da empresa terceirizada para
tratamento e destinação adequada.

Resíduos com valor agregado são coletados por fornecedores que estão
posicionados na cadeia de reciclagem e que possibilitam a reciclagem ou a destinação para
empresas especializadas em reciclagem de resíduos.

Resíduos sujeitos a logística reversa são controlados internamente e coletados ou


recebidos por empresas especializadas, como é o caso dos óleos lubrificantes inservíveis que
retornam ao fabricante para o rerrefino e as embalagens de agrotóxico/defensivos agrícolas
que são destinados a centrais de recebimento que atuam na reciclagem dos mesmos.

4.7 TRANSPORTE

O transporte interno dos resíduos gerados é realizado por meio de caminhões,


carros, tratores e depende do local de geração conforme características informadas no item
relacionado as coletas. No caso de transporte internos de resíduos líquidos gerados são
destinados a compostagem por meio de tubulação ou caminhões e quando necessário o
processo de fertirrigação é possibilitado por meio de caminhões tanque de 45 metros cúbicos
e tratores com capacidade de armazenamento de 15 metros cúbicos que distribuem os
efluentes nas entrelinhas do dendê.

4.8 TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL

A Parápalma atua seguindo a seguinte hierarquia: não geração, redução,


reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final e atua em alternativas de tratamento e
destinação a fim de propiciar um maior aproveitamento e reutilização dos resíduos gerados.
Para os resíduos gerados são estudadas as melhores alternativas para tratamento e
disposição final levando em consideração o preconizado pela legislação vigente.
O aproveitamento dos resíduos apresenta benefícios diretos do ponto de vista
ambiental reduzindo a exploração dos recursos naturais e minimizando o volume destinado a
lixões, aterros e incineradores, além do aspecto ambiental a redução dos custos com
transporte e acondicionamento também representam um aspecto significativo do
aproveitamento/reciclagem de resíduos.
Do ponto de vista econômico, as soluções de redução de custos de transporte e
disposição final em conformidade à legislação ambiental devem ser objetivos que
permeiam a Parápalma.

A escolha do tratamento e disposição final deve considerar fatores técnicos, legais


e financeiros. Atualmente os principais processos disponíveis para destinação final/
tratamento de resíduos na Parápalma são:

 Incineração: o processo de incineração utiliza a combustão controlada para


degradar termicamente materiais residuais. Os equipamentos envolvidos na
incineração garantem fornecimento de oxigênio, turbulência, tempo de residência e
temperatura adequados e devem ser equipados com mecanismos de controle de
poluição para a remoção dos produtos da combustão incompleta e das emissões de
particulados, de SOx e NOx.
É necessária a correta disposição dos resíduos sólidos resultantes (cinzas) após a
incineração. Quando componentes orgânicos são incinerados, concentrações de
metais aumentam nas cinzas e processos de estabilização ou inertização podem
ser necessários para evitar a sua liberação para o meio ambiente. As cinzas
devem ter sua composição analisada para que seja determinado o melhor método de
disposição. Normalmente são utilizados aterros industriais.
Monitoramento Necessário: Emissões atmosféricas, temperatura, tempo, oxigenação,
composição das cinzas.
 Aterro Industrial: nos Aterros Industriais, os resíduos são confinados em grandes áreas
especialmente projetadas para receber os tipos de resíduos que estão sendo dispostos.
Existem aterros para resíduos classe I e classe II (classificação segundo a norma
NBR 10004), que diferem entre si no sistema de impermeabilização e controle
necessário.
 Compostagem: é um processo biológico em que os microrganismos transformam a
matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material
semelhante ao solo, a que se chama composto, e que pode ser utilizado como
adubo.
 Fertirrigação: é uma técnica de adubação que utiliza a água de irrigação para levar
nutrientes ao solo cultivado. Esta aplicação é feita através do sistema de irrigação
mais conveniente à cultura, podendo- se utilizar técnicas como micro irrigação (por
gotejamento ou por micro aspersão), aspersão (sob pivô central ou convencional),
entre outras menos utilizadas. Pode-se aplicar fertilizantes comerciais diluídos
em água de irrigação ou certos resíduos orgânicos líquidos, como a vinhaça e
efluentes oriundos de alguns tipos de indústria alimentícia. A utilização de
efluentes de qualquer natureza é passível de exigência tanto de licenças ambientais
quanto de monitoramento ambiental periódico da área. O uso da fertirrigação pelo
produtor, em grande parte dos casos, proporciona economia de fertilizantes e de
mão-de-obra.
 Logística reversa: é um dos instrumentos para aplicação da responsabilidade
compartilhado pelo ciclo de vida dos produtos. A PNRS define a logística reversa
como um "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por
um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu
ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada.
 Reciclagem: trata-se de transformar algo que não tem mais utilidade novamente em
matéria-prima para que se forme um item igual ou sem relação com o anterior. Isso é
feito de várias maneiras e vemos o resultado desse processo no nosso cotidiano.

4.9 CONCLUSÃO

O conhecimento explanado sobre resíduos sólidos na elaboração de Planos de


Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) implicam em mudanças locais, visando sua
utilização como instrumento de gestão, para trazer um avanço significativo nas relações
socio ambientais comunitárias. Em resumo, este PGRS terá repercussão econômicas,
demográficas e sociais positivas e transformações ambientais localizadas, temporárias e
facilmente de serem controladas, monitoradas e mitigadas mediante a aplicação de
programas específicos poderão dar início a relações sócio-ambientais mais sustentáveis e
a práticas comunitárias que estarão em consonância com o meio ambiente.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Resíduos Sólidos –


Classificação. NBR 10.004. São Paulo 1997.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 12235:1992 –


Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos

RESOLUÇÃO CONAMA nº 313, de 2002. Coleção de Leis da República Federativa do


Brasil. Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

RESOLUÇÃO CONAMA nº 275, de 2001. Estabelece o código de cores para os


diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e
transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

LEI 12.305/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.


ANEXOS

Anexo 01. Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Origem dos Código NBR Quantidade Frequência da Local de


Tipo de resíduo Estado físico mensal Coleta acondicionamento Destino final
resíduos 10.004
Restos de alimentos e outros Depósito de resíduos
Refeitório II - b Sólido 6.916 kg Quinzenal Aterro sanitário
resíduos compostáveis orgânicos
Cigarros, papel higiênico,
resíduos contaminados ou sujos Escritório/banheiros II - b Sólido 15 kg Quinzenal Galpão de resíduos Aterro sanitário
Aplicação no
Efluentes líquido Processo industrial II - a Liquido 833 m³ Diário Lagoa de estabilização campo

Efluente sanitário banheiro II - a Líquido 30m³ Quinzenal Tanque séptico Sumidoro

EPI indústria II -b Sólido 1.250 kg Quinzenal Galpão de resíduos Aterro sanitário

Almoxerifado/indus Retorno ao
Papel/papelão II -b Sólido 2.500 kg Quinzenal Galpão de resíduos mercado
tria
Retorno ao
Plástico Almoxerifado/indústria II -b Sólido 6.250 kg Quinzenal Galpão de resíduos mercado
Retorno ao
Vidros Almoxerifado/indústria II -b Sólido 30 kg Sob demanda Galpão de resíduos mercado

Isopor Almoxerifado/indústria II -b Sólido 50 kg Sob demanda Galpão de resíduos Aterro sanitário


Pátio do galpão de Retorno ao
Sucata ferrosa indústria II -b Sólido 666,66 kg Sob demanda
resíduos mercado
Retorno ao
Pilhas e baterias indúsrtia I - reativo Sólido 12,5 und Sob demanda Galpão de resíduos mercado
Retorno ao
Óleo de cozinha refeitório I - inflamável Liquido 16,7L Sob demanda Galpão de resíduos mercado

Oficina Retorno ao
Óleo lubrificante inservível automotive/industri I - inflamável Liquido 30L Sob demanda Galpão de resíduos mercado
a
Retorno ao
Ráfia Atividade agrícola II -b Sólido 100 kg Sob demanda Galpão de resíduos mercado
Aplicação no
Pátio de
Fibra Processo industrial II -b Sólido 4.833 kg Diário campo/caldei
compostagem
ra
Atividade Retorno ao
Embalagens de agrotóxico I - tóxico Sólido 56,6 und Sob demanda Galpão de resíduos mercado
agrícola
Almoxerifado/ind Pátio do galpão de
Madeira II -b Sólido 100 kg Sob demanda Geração de energia
ustria resíduos

Escritório/indústr Retorno ao
Eletroeletrônicos II -b Sólido 41,6 und Sob demanda Galpão de resíduos mercado
ia
Oficína Retorno ao
Pneus II -b Sólido 50 und Sob demanda Galpão de resíduos mercado
automotiva
Estopas, material contaminados Oficína
com óleo em geral I – inflamável Sólido 150 kg Quinzenal Galpão de resíduos Aterro sanitário
automotiva
Escritório e
Lâmpada I - tóxica Sólido 10 und Sob demanda Galpão de resíduos Aterro sanitário
indústria
Resíduos de serviço de
Ambulatório I - patogenico Sólido 25 kg Quinzenal Galpão de resíduos Aterro sanitário
saúde

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