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Manuseio, armazenamento e

descarte de Resíduos Industriais


NR25 – Resíduos industriais

25.1 - Entende-se como resíduos industriais aqueles provenientes dos


processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação
dessas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas
não se assemelham aos resíduos domésticos, como cinzas, lodos, óleos,
materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras, substâncias
lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição, bem como demais efluentes líquidos e emissões gasosas
contaminantes atmosféricos.
NR25 – Resíduos industriais

25.5 - Os trabalhadores envolvidos em atividades de coleta, manipulação,


acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e disposição
de resíduos devem ser capacitados pela empresa, de forma continuada,
sobre os riscos envolvidos e as medidas de controle e eliminação
adequadas.
Ambiente onde é armazenado o resíduo proveniente do processo
produtivo industrial. É muito variado o processo de produção industrial o
que gera grande variedade de resíduos sólidos, líquidos e gasosos.
Manuseio de resíduos

O controle do manuseio na gestão de resíduos é essencial para o


meio ambiente e para a proteção da saúde e segurança dos
colaboradores.
Para evitar acidentes, contaminações e outros riscos a saúde é
essencial que o colaborador siga as devidas normas de segurança e
proteção. O fornecimento de equipamentos de proteção é dever da
empresa, enquanto o colaborador deve se comprometer a utilizar os
dispositivos protetores corretamente e sempre manusear resíduos com
cuidado e responsabilidade.
Manuseio de resíduos

Para organizar a forma com que o país lida com o resíduo e exigir dos
setores públicos e privados transparência no gerenciamento de seus
resíduos foi criada a Lei nº 12.305/10,  
Política Nacional de Resíduos Sólidos , que trata sobre o 
gerenciamento de resíduo. O manuseio correto do resíduo é uma das
etapas do gerenciamento de resíduos.
Empresas certificadas no Sistema de Gestão Ambiental, (
norma ISO 14001:2015) ou que desejam se certificarem, devem realizar a 
gestão dos resíduos gerados e cumprirem todas as leis referentes à
proteção do meio ambiente.
Controle do manuseio seguro de resíduos

A operação de manuseio de resíduos envolve risco potencial de


acidente, principalmente para os profissionais que realizam a coleta, o
transporte e a disposição final dos resíduos.
Para evitar tais riscos os funcionários devem proteger as áreas do
corpo expostas ao contato com os resíduos. Os EPI’s, Equipamentos
de Proteção Individual, são dispositivos que protegem os funcionários
do contato com os resíduos e, é de uso obrigatório conforme previsto
na NR-06.
Controle do manuseio seguro de resíduos

Cabe ao empregador dispor de equipamentos de proteção que garanta a


saúde e segurança dos colaboradores. Para a proteção efetiva, os
equipamentos devem se adaptar ao tipo físico dos colaboradores.
A legislação brasileira propõe várias normas que garantem saúde e
segurança ao trabalhador.
As medidas de proteção devem ser adotadas a partir do resultado da
avaliação feita no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA
do estabelecimento.
Algumas orientações específicas ao manuseio de resíduos

Alguns resíduos, devido ao risco a saúde do colaborador e ao meio ambiente,


exigem orientações específicas com relação ao manuseio. Por essas razões as
orientações a seguir precisam ser seguidas à risca:
Resíduos com ácido: evitar inclinar para não ocorrer vazamento do ácido; não
abrir ou expor ao calor o recipiente de armazenamento do resíduo; entre outros.
Resíduos com químicos perigosos: providenciar a retirada de todas as pessoas
que estejam próximas do local da operação; evitar a operação em dias de ventos
fortes; evitar a dispersão de pó caso haja; utilizar ferramentas de baixa velocidade
(ferramentas manuais) nos casos em que seja extremamente necessário processar
o material (cortar, serrar, furar, lixar, etc.); estender, sempre que seja possível, um
plástico por baixo da zona de trabalho para que a poeira e as peças partidas sejam
apanhadas; ventilar o local.
Armazenamento de resíduos industriais

O gerenciamento dos resíduos industriais deve ser conduzido de


forma adequada e seguindo as normas legais aplicáveis aos locais
de armazenamento. A aplicação de boas práticas na coleta, no
armazenamento e no transporte evitam sanções, uma vez que, a 
Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê que a cadeia produtiva
e o responsável pelo manejo de resíduo devam realizar a adequada
destinação final.
O gerador, o transportador e os destinatários finais são
corresponsáveis e poderão sofrer sanções do Poder Público caso
não garantam o armazenamento e transporte adequado, a
destinação para locais próprios. O gerador não deve contratar
empresas que não possuam licenciamento ambiental para o
transporte e destinação dos resíduos.
O que são Resíduos Perigosos Classe I ?

São várias as formas possíveis para a classificação do lixo: em razão de


sua natureza (seco e molhado), por sua composição química (matéria
orgânica e matéria inorgânica) etc.
A classificação que adotamos no Brasil é regulada pela NBR 10004 -
Classificação de Resíduos Sólidos, que segue o critério dos riscos
potenciais ao meio ambiente.
Assim, de acordo com essa norma técnica; lixo Classe 1 abrange os
resíduos perigosos, ou seja, que apresentam risco à saúde pública e ao
meio ambiente, ou uma das seguintes características: inflamabilidade,
corrosividade, toxidade, reatividade e patogenicidade.
Características dos Resíduos Classe I

Inflamabilidade: É definida como a facilidade com que algo queima ou


entra em ignição, causando fogo ou combustão.
Exemplos: Gasolina, tintas, solventes, óleos, gases inflamáveis (GLP) etc.

Corrosividade: É definida pela capacidade de destruir ou irreversivelmente


danificar substâncias ou superfícies com as quais esteja em contato,
incluindo os tecidos vivos.
Exemplos: Ácido sulfúrico, ácido clorídrico, ácido nítrico, hidróxido de
sódio e hidróxido de potássio, entre outros.
Características dos Resíduos Classe I

Toxidade: A toxicidade indica quão nociva é uma substância quando


penetra no organismo, por ingestão, inalação, ou absorção cutânea (pele).
A toxicidade consiste na capacidade de uma substância química produzir
um efeito nocivo quando interage com um organismo vivo.
Exemplos: Produtos químicos, vapores, poeiras etc.

Reatividade: Consiste na tendência que uma reação química tem em


acontecer.
Exemplos: Metais em contato outros elementos como água, ácidos etc.

Patogenicidade: É a capacidade de causar doença, isto é, com que


intensidade o micro-organismo afeta o sistema imune.
Exemplos: Cólera, Hepatite, disenteria, tétano, micose etc.
Resíduos Perigosos Classe I

Os resíduos perigosos Classe I pedem mais atenção, já que os acidentes mais


graves e de maior impacto ambiental são causados por esta classe de resíduos.
Esses resíduos podem ser condicionados, armazenados temporariamente,
incinerados, tratados ou dispostos em aterros sanitários próprios para recebê-los.
Podemos citar como exemplos dessa classe de resíduos: borra de tinta, latas de
tinta, óleos minerais e lubrificantes, resíduos com thinner, serragem contaminadas
com óleo, graxas ou produtos químicos, EPI’s contaminadas (luvas e botas de
couro), papéis e plásticos contaminados com graxa/óleo.
Naturalmente, estes são os tipos mais perigosos e, por isso, requerem mais
atenção das empresas geradoras, pois o manuseio e processamento inadequado
podem acarretar danos ao ambiente e pesadas sanções governamentais.
Diferença entre Resíduos Perigosos Classe I e II

Os resíduos Classe II são divididos em A e B, são aqueles que não se


enquadram na classificação de resíduos Classe I. Podem apresentar uma das
propriedades: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água.
Classe II A: Estes resíduos são os chamados não inertes, ou seja, tem baixa
periculosidade, mas ainda oferecem capacidade de reação química em certos
meios. Este grupo inclui matérias orgânicas, papéis, vidros e metais, que podem
ser dispostos em aterros sanitários ou reciclados, com a avaliação do potencial de
reciclagem de cada item.
Classe II B: Finalmente, o grupo dos inertes, que possuem baixa capacidade de
reação, podem ser dispostos em aterros sanitários ou reciclados, pois não sofrem
qualquer tipo de alteração em sua composição com o passar do tempo. Exemplo
de resíduos: entulhos, sucata de ferro e aço.
Descarte correto dos resíduos

O que devo saber antes de descartar o resíduo?


Há algumas variáveis que definem o tipo de destinação que o resíduo deve ter.
- Tipo de resíduo, classificação e quantidade;
- Métodos e técnicas ambientalmente viáveis de tratamento ou disposição final;
- Disponibilidade e custos dos métodos de tratamento ou disposição;
- Certificar-se que o parceiro para tratamento é confiável e está dando a
destinação correta para o efluente (resíduos gerados). Com a responsabilidade
compartilhada, a empresa receptora dos resíduos líquidos e o gerador precisam
comprovar a destinação adequada dos efluentes.
- Como regra geral, conte sempre com um fornecedor que tenha acesso a um
laboratório credenciado, de modo que você possa sempre ter certeza de que seus
efluentes estão recebendo seu tratamento necessário para sua classe, sem riscos
de prejuízos para a natureza e para seu negócio.
Descarte correto dos resíduos

Tratamento de Efluentes Off-site


Os efluentes são recolhidos nos clientes e transportados para os centros
operacionais. Lá passam pelo tratamento físico-químico que remove óleos e
graxas emulsionados, despejos com cromo e despejos com metais pesados, além
dos despejos com cianetos, fluoretos, sulfatos e sulfetos.
Entre os métodos de tratamento usados estão: a precipitação química, a quebra
ácida, a oxidação e a redução. São realizados nos laboratórios os testes de
tratabilidade, a fim de garantir a maior eficiência no tratamento dos efluentes.
EPI – Equipamentos de Proteção Individual
Como proceder em situações de emergências ambientais?

Emergências ambientais podem surgir das mais variadas formas e com impactos
imensuráveis. Acidentes como o vazamento da plataforma 
Deepwater Horizon em 2010, o tsunami que provocou o 
desastre de Fukushima em 2011 e a destruição de Mariana em 2015, mostram que
não existe garantia absoluta de que é possível evitar uma situação de acidente
ambiental, por mais avançados e confiáveis que sejam seus sistemas de
contenção; para diminuir riscos e incidências deste tipo de ocorrência, assim como
para agilizar as respostas a elas e diminuir os eventuais danos causados, a melhor
prática está na prevenção e na gestão ambiental responsável.
Quando as empresas atuam com procedimentos de prevenção e segurança, são
desenvolvidos planos operacionais que ajudam a proteger o ambiente e permitem
agir com máxima velocidade contra acidentes. De fato, esta agilidade é essencial
pois em caso de acidentes que provoquem contaminação e gerem resíduos, é
necessário lidar com eles, além de conter o evento do acidente em si.
Como proceder em situações de emergências ambientais?

Casos como incêndios, derramamento de óleo, vazamento de reagentes e


produtos tóxicos, entre outros, exigem uma resposta rápida não só para
conter o problema em si, mas também para eliminar os eventuais resíduos
resultantes do incidente, minimizando os impactos ambientais.
Listamos alguns procedimentos que são essenciais para mitigar os
impactos dos acidentes:
1. Avaliar e identificar o problema, dimensão do incidente;
Como proceder em situações de emergências ambientais?

2. Preparar-se para realizar os procedimentos para controlar a situação,


a) ações de combate a emergências e medidas para minimizar suas
consequências e impactos – porte, tipo de ocorrência, jurisdição e atribuições
dos participantes;
b) isolamento;
c) paralisação de atividades;
d) evacuação de pessoas;
e) combate a incêndios;
f) controle de vazamentos;
g) reparos de emergência;
h) resgate;
i) tratamento de intoxicados;
3. Realizar ações pós-emergenciais como rescaldo para restabelecer as condições
normais das áreas afetadas pelas consequências do acidente.
Coleta seletiva

Contentores de lixo
Contentores de lixo (caçamba)

Sacos de lixo
Coleta seletiva

Coleta seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e recolhimento


dos resíduos descartados por empresas e pessoas.

Desta forma, os materiais que podem ser reciclados são separados do lixo
orgânico (restos de carne, frutas, verduras e outros alimentos). Este último tipo de
lixo é descartado em aterros sanitários ou usado para a fabricação de adubos
orgânicos.

No sistema de coleta seletiva, os materiais recicláveis são separados em: papéis,


plásticos, metais e vidros. Existem indústrias que reutilizam estes materiais para a
fabricação de matéria-prima ou até mesmo de outros produtos.
Coleta seletiva

Pilhas e baterias também são separadas, pois quando descartadas no meio


ambiente provocam contaminação do solo.
Embora não possam ser reutilizados, estes materiais ganham um destino
apropriado para não gerarem a poluição do meio ambiente.

Os lixos hospitalares também merecem um tratamento especial, pois costumam


estar infectados com grande quantidade de vírus e bactérias.

Desta forma, são retirados dos hospitais de forma específica (com procedimentos
seguros) e levados para a incineração em locais especiais.

A coleta seletiva de lixo é de extrema importância para a sociedade.

Além de gerar renda para milhões de pessoas e economia para as empresa,


também significa uma grande vantagem para o meio ambiente uma vez que
diminui a poluição dos solos e rios.
BASF - Guaratingueta

OBRIGADO!!!
SETOR- 18846 – FFP AGRO

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