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Tecnologia em Processos Gerenciais

Gestão Ambiental

RESÍDUOS SÓLIDOS
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Gestão Ambiental
RESÍDUOS SÓLIDOS

Objetivos da Unidade de aprendizagem


Discutir as principais questões relacionadas a geração
de resíduos sólidos em diferentes setores da socie-
dade e sua influência na gestão ambiental das empre-
sas, incluindo questões legais e econômicas, aspectos
e impactos ambientais.

Competências
Identificar e compreender a magnitude e as consequ-
ências da geração de resíduos sólidos pelo setor pro-
dutivo e sociedade.

Habilidades
Conhecer as exigências legais relacionadas a geração
e disposição de resíduos sólidos. Identificar os aspec-
tos e impactos ambientais envolvidos na geração e
disposição de resíduos sólidos.
APRESENTAÇÃO
Nessa Unidade de Aprendizagem trataremos de um
dos principais problemas da sociedade contemporâ-
nea: a geração e disposição do lixo. Para entender-
mos melhor sobre essa importante questão e desafio
para os processos gerenciais, trataremos das princi-
pais conceituações de resíduos sólidos; seus tipos e
classificações; estimativas das quantidades geradas e
a legislação, planos, convenções e tratados relaciona-
dos ao tema.

PaRA COMEÇAR
Faz parte da rotina de vida de todos vocês gerar lixo
e uma série de outros resíduos. Para onde vai todo
esse lixo? Quais os impactos ambientais, econômicos
e sociais gerados? Essas perguntas são muito impor-
tantes, pois a partir do momento que nos conscienti-
zamos dos problemas causados pelos nossos próprios
hábitos de consumo (vocês se lembram da primeira
aula?), como o lixo, nos encorajamos para enfrentá-
-los. Vocês sabiam que tem lixo espacial em órbita ao
redor do planeta Terra?
Vamos discutir nessa aula os aspectos e impactos
ambientais dos diferentes setores da sociedade rela-
cionados a geração dos resíduos sólidos, um dos prin-
cipais problemas do homem moderno.
Fundamentos
A Norma Brasileira NBR 10004, de 2004, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), estabelece os critérios de classificação e os
códigos para a identificação dos resíduos de acordo com suas caracte-
rísticas, definindo resíduos sólidos como:

Conceito
Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de ati-
vidades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial,
agrícola, de serviços e de varrição (NBR 10004).

Essa mesma norma inclui ainda, nesta definição, os lodos provenientes


dos sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos
e instalações de controle da poluição, bem como determinados líquidos
cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública
de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.
O uso da nomenclatura “Resíduo Sólido” inclui também muitos líqui-
dos perigosos, devido sua alta toxicidade ou porque são uma mistura
de resíduos perigosos com água. Assim, muitos resíduos líquidos são
armazenados em contêineres e transportados como resíduos sólidos.
O termo pode incluir até alguns gases que devem ser transportados
nessas mesmas condições.
Os resíduos sólidos (RS) são o resultado das atividades de empresas
ou da comunidade. Com relação à origem e natureza, os resíduos sólidos
são classificados em: domiciliar, comercial, varrição e feiras livres, serviços
de saúde, portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários, indus-
triais, agrícolas e resíduos de construção civil (BRASIL, 2006). Os destinos
mais comuns dos resíduos sólidos são os aterros sanitários, aterros indus-
triais e lixões (lembra da Unidade de Aprendizagem anterior?).
Os resíduos sólidos podem também ser agrupados com relação à res-
ponsabilidade pelo seu gerenciamento. O primeiro grupo refere-se aos
resíduos sólidos urbanos, compreendido pelos: resíduos domésticos ou
residenciais; resíduos comerciais; resíduos públicos (BRASIL, 2006).
O segundo grupo, dos resíduos de fontes especiais, abrange: resí-
duos industriais; resíduos da construção civil; rejeitos radioativos;
resíduos de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários; resíduos
agrícolas; resíduos dos serviços de saúde.

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O agravamento das questões relacionadas a geração e disposição dos
RS deve-se, principalmente, ao aumento da população e as mudança
de hábitos de consumo (alimentação e embalagens). A NBR10004/2004
estabelece a seguinte classificação para os resíduos sólidos:

→→ Resíduo Classe I: Perigosos. São aqueles que apresentam peri-


culosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou
patogenicidade;
→→ Resíduo Classe II: Não perigosos;
→→ Resíduo classe II A: Não inertes. São aqueles que não se enqua-
dram nas classificações de resíduos Classe I – perigosos ou de resí-
duos Classe II B – inertes, nos termos da norma NBR 10004. Os resíduos
Classe II A – Não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegra-
dabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água;
→→ Resíduos Classe II B: Inertes. Quaisquer resíduos que quando
amostrados (NBR 10007), e submetidos a um contato dinâmico ou
estático com água destilada ou deionizada, (NBR 10006), não tiverem
nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superio-
res aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se os padrões de
aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

Os resíduos perigosos (Classe I) são gerados principalmente nos pro-


cessos produtivos, em unidades industriais e fontes específicas. No
entanto, também estão presentes nos resíduos sólidos gerados princi-
palmente nos domicílios e comércio (BRASIL, 2006). Além dos resíduos
depositados na superfície terrestre, existem outras formas de lixo
ameaçando o nosso planeta, conforme visto na Figura 1.

Figura 1.  Imagem


elaborada pela
Agência Espacial
Europeia sobre os
satélites em órbita
no planeta Terra.
Fonte: Agência
Espacial Europeia

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Fonte:  Jornal Folha Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), entre o primeiro lançamento, em 1957,
de S. Paulo, 15/4/ e janeiro de 2008, cerca de 6.000 satélites já foram enviados para a órbita terres-
2008. <http:// tre. Destes, apenas 800 estariam ativos e 45% estariam localizados a uma distân-
www1.folha.uol. cia de até 32 mil quilômetros da superfície terrestre.
com.br/fsp/ciencia/
fe1604200805.htm>. 1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)
Os resíduos sólidos produzidos na área urbana podem incorporar
desde aqueles produzidos nas residências, comércio e serviços, nas
atividades públicas e na varrição dos logradouros, até os resíduos mais
problemáticos e perigosos, como os gerados nas atividades industriais
e hospitalares (BRAGA et al., 2002).
Segundo informações levantadas e compiladas pela Abrelpe (2010),
a geração de RSU intensificou-se no ano de 2009, quando a produção
total alcançou aproximadamente 57 milhões de toneladas, o que cor-
responde a um aumento de 7,7% em relação ao ano de 2008. Em ter-
mos de geração de lixo individual, essa produção anual total equivale
a 359 kg por habitante, ou em termos diários a 984 g por habitante,
representando um aumento de 6,7% em relação ao ano anterior.
Nas cidades de maior concentração populacional as médias diá-
rias de geração de resíduos sólidos passaram de 1,2 kg por habitante,
quantidade que é equivalente aos índices verificados nos países desen-
volvidos. Tais aumentos na geração de RSU no Brasil apontam para a
necessidade de constante ampliação das atividades ligadas à gestão
dos resíduos sólidos urbanos (Abrelpe, 2010).
Outro dado importante refere-se ao lixo coletado em 2009, o qual
alcançou cerca de 50 milhões de toneladas. Comparando-se esse valor
com o total gerado, pode-se constatar que cerca de 7 milhões de tonela-
das de lixo não foram coletadas em 2009 e, provavelmente, foram descar-
tadas em lugares impróprios, como os lixões (Abrelpe, 2010). A Figura 2
mostra a distribuição dos resíduos sólidos coletados no Brasil, por região.
Vocês podem verificar que mais da metade dos RSU coletados no
Brasil provém da região sudeste, com 53% do total. Essa também é a
região com o maior índice individual de geração de RSU, o qual atinge
1,087 kg por habitante/dia (Abrelpe, 2010). Somente no estado de São
Paulo as estimativas indicam uma geração diária de 26.303 toneladas
de resíduos sólidos domiciliares em 2009 (Cetesb, 2010).
O lixo apresenta uma grande diversidade nas suas partes consti-
tuintes, pois a sua composição e volume é dependente de uma série
de fatores, como: a sua procedência, o nível econômico da população
e a natureza das atividades econômicas na área onde é gerado (BRAGA
et al., 2002).

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Figura 2.  Resíduos
norte nordeste
sólidos urbanos
6%
coletados no Brasil
22%
por região.
Fonte:  Adaptado
de Abrelpe, 2010.

centro-oeste
8% sudeste

sul
11% 53%

Para se ter uma ideia da composição do lixo que é coletado e disposto


num aterro, vamos mostrar o levantamento realizado por Mancini et
al. (2007) no aterro sanitário do município de Indaiatuba, no estado de
São Paulo. Indaiatuba é uma cidade da Região Metropolitana de Campi-
nas (RMC) e conta com aproximadamente 180.000 habitantes. Segundo
dados divulgados em julho de 2009, pela Federação das Indústrias do
Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), Indaiatuba ocupa o 3º posto dos muni-
cípios brasileiros, em relação ao Índice de Desenvolvimento Municipal,
ficando atrás de São Caetano do Sul e São José do Rio Preto.
Segundo os dados levantados por Mancini et al. (2007) os resí-
duos sólidos urbanos do município de Indaiatuba compõem-se, em
sua maioria, de restos de alimento, os quais correspondem a 40% em
massa do lixo gerado (54 toneladas/dia), seguido do lixo de jardim (18,5
toneladas/dia). Dos resíduos inertes, destacam-se os tecidos (8,2 tone-
ladas/dia) e o entulho (5,0 toneladas/dia). As embalagens longa vida
correspondem a 1,5 tonelada/dia ou 45 toneladas/mês. Vale destacar
que os autores estimaram que 90% do lixo depositado no aterro sani-
tário de Indaiatuba é reciclável. Esse é um tema de extrema relevância
para a redução dos impactos provocados pela geração e disposição
dos resíduos sólidos urbanos e, por esse motivo, será tratado na pró-
xima unidade de aprendizagem.

2. Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS)


De acordo com a RDC Anvisa 306/04 e a Resolução Conama 358/2005,
são definidos como geradores de RSS todos os serviços relacionados
com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços
de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíti-
cos de produtos para a saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde

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se realizem atividades de embalsamamento, serviços de medicina
legal, drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabeleci-
mentos de ensino e pesquisa na área da saúde, centro de controle
de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores,
distribuidores produtores de materiais e controles para diagnóstico in
vitro, unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupun-
tura, serviços de tatuagem, dentre outros similares (BRASIL, 2006).
Quanto à coleta de resíduos dos serviços de saúde pelos municípios,
no Brasil atingiu-se um total de 221.270 toneladas, no ano de 2009, o
que corresponde a um índice de 1,395 kg por habitante/ano (Abrelpe,
2010). Cerca de 35,1% desses municípios realizaram a incineração do
resíduo, 26,0% descartaram em aterros sanitários, 13,2% nos chamados
lixões, 11,5% em valas sépticas e, o restante, trataram com auto-clave
(8,4%) e micro-ondas (5,8%).
A região que apresentou a maior quantidade coletada de RSS, em
2009, foi a Sudeste, com 152.844 toneladas ou 69% do total brasileiro.
Em seguida vem a região Nordeste, a qual coletou 31.712 toneladas, e a
Centro Oeste, com um total coletado de 17.768 toneladas, o que repre-
senta cerca de 14% e 8% do total brasileiro respectivamente, no ano de
2009 (ABRELPE, 2010).
Considerando-se a quantidade coletada per capita, destaca-se a
região Sudeste, com um índice anual de 2,056 kg por habitante, seguida
das regiões Centro-Oeste e Nordeste, as quais coletaram 1,484 e 0,834
kg por habitante/ano respectivamente (Abrelpe, 2010).
O estado de São Paulo apresenta a maior quantidade total e per
capita anual de RSS coletado, atingindo 85.378 toneladas por ano e
2,189 kg por habitante/ano respectivamente (Abrelpe, 2010).
Pelo seu risco a saúde humana e ao meio ambiente, no Brasil, órgãos
como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa e o Conselho
Nacional do Meio Ambiente – Conama têm assumido o papel de orien-
tar, definir regras e regular a conduta dos diferentes agentes, no que
se refere à geração e ao manejo dos resíduos de serviços de saúde
(BRASIL, 2006).
A Resolução RDC Anvisa 306/04 e a Resolução Conama 358/05 apre-
sentam a classificação dos RSS segundo as suas características biológi-
cas, físicas, químicas, estado da matéria e origem, para o seu manejo
seguro, conforme segue (BRASIL, 2006):

→→ Grupo A: Engloba os componentes com possível presença de


agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou
concentração, podem apresentar risco de infecção. Exemplos: placas e

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lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos,
bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras;
→→ Grupo B: Contém substâncias químicas que podem apresentar
risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas carac-
terísticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
Ex: medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos
contendo metais pesados, dentre outros;
→→ Grupo C: Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas
que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limi-
tes de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional
de Energia Nuclear – CNEN, como, por exemplo, serviços de medicina
nuclear e radioterapia etc;
→→ Grupo D: Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico
à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos
domiciliares. Ex: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resí-
duos das áreas administrativas etc;
→→ Grupo E: Materiais perfuro-cortantes ou escarificantes, tais como
lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas,
lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares.

O risco no manejo dos RSS está principalmente vinculado aos aciden-


tes que ocorrem devido às falhas no acondicionamento e segregação
dos materiais perfuro-cortantes sem utilização de proteção mecânica.
Quanto aos riscos ao meio ambiente destaca-se o potencial de contami-
nação do solo, das águas superficiais e subterrâneas pelo lançamento
de RSS em lixões ou aterros controlados, além do risco de contamina-
ção do ar, pelo processo de incineração descontrolado dos RSS.

Figura 3.  Lixo


disposto a céu aberto.

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3. Resíduos Sólidos Industriais (RSI)
A Resolução Conama 313, de 29/10/ 2002, define resíduo sólido indus-
trial como todo o resíduo que resulte de atividades industriais e que se
encontre nos estados sólido, semissólido, gasoso – quando contido, e
líquido – cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na
rede pública de esgoto ou em corpos d’água, ou exijam para isso solu-
ções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecno-
logia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes
de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamen-
tos e instalações de controle de poluição.
Os resíduos sólidos industriais estão entre aqueles que apresentam
a maior periculosidade para a saúde e o meio ambiente. Esse tipo de
resíduo apresenta uma grande variabilidade de composição e produ-
ção, em função da diversidade do parque industrial brasileiro, causada
pela interação de diversos fatores, como as características sócio-eco-
nômicas e de mercado regionais, localização geográfica das instalações
geradoras etc. Esses aspectos, associados a ocorrência de poluição
devido ao manejo, transporte e armazenamento de resíduos sólidos
industriais trazem a necessidade de seu gerenciamento.
A Cetesb, no estado de São Paulo, iniciou em 1983 um programa
específico para o controle da poluição por resíduos industriais, ini-
ciando-se pelo Polo Petroquímico de Cubatão. Em 1986, o programa
estendeu-se às regiões do Vale do Paraíba, Sorocaba, Campinas e
Grande São Paulo (Cetesb, 2010).
Um levantamento de dados realizado em 1996, pela Cetesb, cons-
tatou que as indústrias do estado de São Paulo geraram por ano
mais de 500 mil toneladas de resíduos sólidos perigosos, cerca de 20
milhões de toneladas de resíduos sólidos não inertes e não perigo-
sos, e acima de um milhão de toneladas de resíduos inertes. Desse
total, 53% dos resíduos perigosos eram tratados, 31% armazenados e
os 16% restantes depositados no solo. Os maiores geradores de resí-
duos industriais perigosos (Classe I) no estado de São Paulo, segundo
esse levantamento, era a indústria Química, com uma produção de
180 mil toneladas por ano, seguido dos materiais de transporte, couro
e peles; e metalúrgica os quais geraram cerca de 112 mil toneladas, 72
mil toneladas e 71 mil toneladas respectivamente, no ano de 1996. Esti-
mativa de Abrelpe (2007), englobando o período de 2001 a 2005, aponta
uma geração média anual de 536 mil toneladas de RSI perigosos no
estado de São Paulo. Se somarmos o total de RSI Classe I e II produzi-
dos no estado de São Paulo, chegamos a uma geração anual de cerca
de 26.620.000 toneladas ao ano.

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Levantamento de dados provenientes de inventários de resíduos
sólidos industriais elaborados pelos estados do Acre, Amapá, Ceará,
Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Sul foi divulgado
pela Abrelpe (2007).
Segundo esse levantamento os resíduos sólidos industriais perigo-
sos gerados nesses estados totalizavam 2,3 milhões de toneladas ao
ano. Se somarmos a esse total a quantidade produzida de resíduos
industriais não perigosos (Classe II), temos a geração anual de 38
milhões de toneladas nesses estados.
O estado que mais produziu resíduos industriais perigosos, nesse
levantamento realizado pela Abrelpe (2007), era o Rio Grande do Sul,
com um total de 182.170 toneladas ao ano, sendo o setor industrial do
couro o maior gerador, com 120.170 toneladas ao ano, o que equivale
a 66% do total gerado.
Baseado em estimativas do Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo,
Abrelpe (2007) avaliou que a produção de RSI na maioria dos principais
estados industrializados da Federação atingiu 86,4 milhões de tonela-
das ao ano, sendo 3,7 milhões e 82,7 milhões de toneladas de resíduos
Classe I e Classe II respectivamente.
Um instrumento importante da gestão dos RSI refere-se a Resolução
Conama 313, de 29/10/2002, que dispõe sobre o Inventário Nacional de
Resíduos Sólidos Industriais. Nessa resolução fica estabelecida a obri-
gatoriedade do setor industrial de prestar informações sobre a gera-
ção, as características, o armazenamento, o transporte e a destinação
de seus resíduos sólidos.
As principais alternativas referentes ao gerenciamento dos RSI incluem
a redução, reuso, reciclagem e recuperação dos resíduos. Esse assunto
será tratado na próxima Unidade de Aprendizagem, não percam!

4. Resíduos de Construção da Civil


A Resolução Conama 307, de 5/7/2002, em seu Art. 2º, define resíduos
da construção civil como aqueles provenientes de construções, refor-
mas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultan-
tes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos
cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas,
tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas,
pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc.,
comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.
A mesma resolução apresenta em seu Art. 3º a seguinte classificação
para esse tipo de resíduo:

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→→ Classe A: São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agrega-
dos, tais como:

a. De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação


e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
b. De construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revesti-
mento etc.), argamassa e concreto;
c. De processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-molda-
das em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos can-
teiros de obras.

→→ Classe B: São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais


como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
→→ Classe C: São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;
→→ Classe D: São os resíduos perigosos oriundos do processo de cons-
trução, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contami-
nados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radioló-
gicas, instalações industriais e outros.

Os impactos ambientais dos resíduos sólidos da construção civil decor-


rem da falta de efetividade de políticas públicas que disciplinam e
ordena os seus fluxos da destinação nas cidades, associada a falta de
compromisso dos geradores no manejo e, principalmente, na destina-
ção dos resíduos (Sinduscon-SP, 2005). Entre esses impactos ambien-
tais citam-se (Sinduscon-SP, 2005):

→→ Degradação das áreas de manancial e de proteção permanente;


→→ Proliferação de agentes transmissores de doenças;
→→ Assoreamento de rios e córregos;
→→ Obstrução dos sistemas de drenagem, tais como piscinões, gale-
rias, sarjetas etc;
→→ Ocupação de vias e logradouros públicos por resíduos, com preju-
ízo à circulação de pessoas e veículos, além da própria degradação da
paisagem urbana;
→→ Existência e acúmulo de resíduos que podem gerar risco por sua
periculosidade.

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Os resíduos da construção civil se destacam pela quantidade produ-
zida. No ano de 2009 os municípios brasileiros coletaram 28,5 milhões
de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD), o que repre-
sentou um crescimento médio de 14% em relação a 2008 (Abrelpe,
2010). No entanto, as quantidades apresentadas não refletem o total
dos resíduos gerados, pois a responsabilidade da coleta e destino final
dos mesmos é do seu gerador e não do município (Abrelpe, 2010).
A região Sudeste é aquela que apresentou a maior quantidade diá-
ria coletada de RCD, a qual atingiu 46.990 toneladas, ou 51% do total
brasileiro. Em seguida vem a região Nordeste, a qual coletou 15.663
toneladas por dia, e a Sul, com um total coletado de 14.389 toneladas
diárias, o que representa cerca de 17% e 16% do total brasileiro respec-
tivamente, no ano de 2009 (Abrelpe, 2010).
Tomando-se por base a quantidade coletada per capita, destaca-se
a região Centro-Oeste, com um índice anual de 0,918 kg por habitante,
seguida das regiões Sudeste e Sul, as quais coletaram 0,632 e 0,630 kg
por habitante/dia respectivamente (Abrelpe, 2010).
Quanto à destinação dos resíduos da construção civil eles podem ser
dispostos, de acordo com a sua composição, em: pontos de entrega,
áreas de transbordo e triagem, áreas de reciclagem, aterros de resí-
duos da construção civil, aterros para resíduos industriais ou agentes
diversos (Sinduscon-SP, 2005).
Outra alternativa que vem ganhando repercussão e expansão para
a gestão de resíduos da construção civil é a reciclagem. Aguardem a
próxima aula.

5. Lixo eletrônico
Resíduos de Aparelhos Elétricos Eletrônicos (RAEE) são chamados
popularmente no Brasil de “sucata de informática”, “lixo eletrônico” ou
“lixo tecnológico” e, no exterior, WEEE – Waste Electrical and Electronic
Equipment, Electronic Waste ou e-Waste. Os equipamentos classificados
como lixo eletrônico incluem:

→→ Informática e comunicações (monitores, computadores, impresso-


ras, telefones, fax etc.);
→→ Eletrônica de entretenimento (televisores, aparelhos de som, leito-
res de CD etc.);
→→ Equipamentos de iluminação (sobretudo lâmpadas fluorescentes);
→→ Grandes aparelhos caseiros (fogões, geladeiras etc.);
→→ Pequenos aparelhos caseiros (torradeiras, aspiradores etc.);

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→→ Esportes e lazer (brinquedos eletrônicos, equipamentos de ginás-
tica etc.);
→→ Aparelhos e instrumentos médicos;
→→ Equipamentos de vigilância.

Os aparelhos elétricos e eletrônicos contem muitos componentes con-


siderados tóxicos e não biodegradáveis e, além disso, a geração desse
tipo de resíduo vem crescendo ao longo dos últimos anos. Segundo
a Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, o Brasil atingiu a
marca de 215 milhões de telefones em 2009, o que corresponde a uma
densidade de 122,1 telefones para cada cem habitantes.
No mercado de informática, a Figura 4 apresenta a evolução da
venda de computadores no Brasil, cujo total atingiu 12 milhões de uni-
dades (notebooks e desktops) (Abinee, 2010).

Figura 4.  Evolução


computadores (milhões de unidades)

14
da venda de
12,0 12,0
computadores no 12

Brasil, no período 10,0


10
de 2003 a 2009. 8,2
8
Fonte:  Abinee, 2010.
6 5,6
4,1
4 3,2

0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

ano

Fonte:  Jornal O Os recursos necessários para fabricar um computador incluem 1,8 tonelada de
Estado de S. Paulo, matéria-prima, sendo 1,5 t de água e 240 kg de combustível fóssil. A composição
de 22/9/ 2008. de uma tonelada de sucata de informática corresponde a 40% ou 400 kg de ferro;
<http://www.estadao. 17% ou 170 kg de cobre; 7% ou 70 kg de alumínio; 1 kg ou 0,1% de prata e 300 g ou
com.br/busca/ 0,03% de ouro. Tubos de imagem são ricos no tóxico óxido de chumbo e fósforo
Fabricar%20um%20 e devem ser descontaminados. O vidro limpo é moído, da mesma forma como
computador%20 o da tela, e o pó resultante é submetido novamente ao processo de vitrificação.
gasta%20240%20
Kg%20de%20 Apesar dos riscos para o meio ambiente, não existe uma legislação
combustível>. brasileira específica para o lixo eletrônico. Todavia foi aprovado no ple-
nário da Câmara dos Deputados, em março de 2010, um substitutivo ao

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Projeto de Lei 203/91, do Senado Federal, que institui a Política Nacio-
nal de Resíduos Sólidos, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente
(MMA). Entre as inovações propostas destaca-se o conceito de respon-
sabilidade compartilhada em relação à destinação de resíduos. A res-
ponsabilidade compartilhada estabelece que cada integrante da cadeia
produtiva, como os fabricantes, os importadores, os distribuidores,
os comerciantes e até os consumidores, ficarão responsáveis, junto
com os titulares dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resí-
duos sólidos, pelo ciclo de vida completo dos produtos. O ciclo de vida
engloba desde a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo
produtivo, o consumo e a disposição final do produto. Portanto, as
empresas do setor eletro eletrônico serão incluídas.
Na legislação internacional destaca-se a Convenção da Basileia cujo
objetivo é combater o trânsito internacional de resíduos perigosos dos
países desenvolvidos para nações em desenvolvimento. Entre esses
resíduos perigosos incluem-se os eletroeletrônicos. Apesar de o Brasil
ser um dos países signatários dessa convenção, isso não tem impedido
a entrada de lixo eletrônico proveniente de outros países.
Fonte:  Jornal
Folha de S. Paulo, Em 2006 o Brasil recebeu 1.190 toneladas de eletrônicos descartados da Califór-
4/2/ 2009. <http:// nia, segundo o relatório do Departamento de Controle de Substâncias Tóxicas
www1.folha.uol.com. da Califórnia (DSTC). O relatório do DTSC não especifica que tipo de aparelho
br/fsp/informat/ eletrônico foi enviado ao país. O Ministério do Meio Ambiente, ouvido pela Folha,
fr0402200909.htm>. diz não ter informações a respeito.

Fonte:  O Estado de A Receita Federal encontrou mais 25 contêineres com lixo doméstico no porto de
S. Paulo, 21.jul. 2009. Santos, e a Polícia Federal investiga a participação de brasileiros em Londres em
<http://www.estadao. um esquema de envio desse tipo de carga ao Brasil. A carga encontrada continha
com.br/estadaodehoje cerca de 400 toneladas de lixo, incluindo lixo tecnológico, como caixas de CDs e
20090721/not_ peças de computadores.
imp405803,0.php>.

5.1. Normas para produtos eletroeletrônicos


Diretiva para Restrição de Substâncias Perigosas – Restriction of Hazar-
dous Substances (RoHS): foi elaborada pela União Europeia em 2003
e entrou em vigor em 2006. Junto com o RoHS entrou em vigor uma
outra diretiva que trata da reciclagem de produtos eletroeletrônicos,
chamada WEEE (Waste from Electrical and Electronic Equipment ou
Lixo Vindo de Produtos EletroEletrônicos). Pela diretiva, os eletrônicos
comercializados na Europa foram proibidos de trazer uma concentra-
ção maior que 0,1% de chumbo, mercúrio, cádmio, cromo hexavalente,
polibromato bifenil e éter difenil polibromato.

Gestão Ambiental  /  UA 06  Resíduos Sólidos 15


6. LEGISLAÇÃO, PROGRAMAS, PLANOS, POLÍTICAS E
CONVENÇÕES RELACIONADAS A RESÍDUOS SÓLIDOS

6.1. Resíduos sólidos Urbanos, Industriais e Eletroeletrônicos

6.1.1. Convenção da Basileia


Convenção da Basileia: tratado internacional que tenta combater o
trânsito internacional de resíduos perigosos dos países desenvolvidos
para nações em desenvolvimento.
Dentre os mais de 170 países que participam da Convenção da Basi-
leia, apenas Afeganistão, Haiti e EUA não a ratificaram. O tratado esta-
belece severas regras para o trânsito de substâncias perigosas entre
países participantes e não participantes do tratado. A Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de
30 países que produzem mais da metade da riqueza mundial e que
inclui os EUA, possui regras próprias sobre o assunto.

6.1.2. Lei Estadual 12.300, de 16/3/ 2006 (São Paulo)


A referida lei institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define
princípios e diretrizes. No seu Artigo 2º são definidos os princípios da
Política Estadual de Resíduos Sólidos:

I - A visão sistêmica na gestão dos resíduos sólidos que leve em consideração as


variáveis ambientais, sociais, culturais, econômicas, tecnológicas e de saúde pública;
II - A gestão integrada e compartilhada dos resíduos sólidos por meio da articula-
ção entre Poder Público, iniciativa privada e demais segmentos da sociedade civil;
IV - A promoção de padrões sustentáveis de produção e consumo;
V - A prevenção da poluição mediante práticas que promovam a redução ou elimi-
nação de resíduos na fonte geradora;
VIII - O acesso da sociedade à educação ambiental;
IX - A adoção do princípio do poluidor-pagador;
X - A responsabilidade dos produtores ou importadores de matérias-primas, de
produtos intermediários ou acabados, transportadores, distribuidores, comercian-
tes, consumidores, catadores, coletores, administradores e proprietários de área
de uso público e coletivo e operadores de resíduos sólidos em qualquer das fases
de seu gerenciamento;
XI - A atuação em consonância com as políticas estaduais de recursos hídricos,
meio ambiente, saneamento, saúde, educação e desenvolvimento urbano;
XII - O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem
econômico, gerador de trabalho e renda.

Gestão Ambiental  /  UA 06  Resíduos Sólidos 16


O seu Artigo 3º estabelece, entre outros objetivos da Política Estadual
de Resíduos Sólidos:

I - O uso sustentável, racional e eficiente dos recursos naturais;


II - A preservação e a melhoria da qualidade do meio ambiente, da saúde pública
e a recuperação das áreas degradadas por resíduos sólidos;
III - Reduzir a quantidade e a nocividade dos resíduos sólidos, evitar os problemas
ambientais e de saúde pública por eles gerados e erradicar os “lixões”, “aterros
controlados” , “bota-foras” e demais destinações inadequadas;
IV - Promover a inclusão social de catadores, nos serviços de coleta seletiva;
V - Erradicar o trabalho infantil em resíduos sólidos promovendo a sua integração
social e de sua família;
VI - Incentivar a cooperação intermunicipal, estimulando a busca de soluções consor-
ciadas e a solução conjunta dos problemas de gestão de resíduos de todas as origens;
VII - Fomentar a implantação do sistema de coleta seletiva nos municípios.

6.1.3. Lei 12.305, de 2/8/2010


Esta lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre
seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretri-
zes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sóli-
dos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do
poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
Esta Lei prevê, em seu Artigo 54, que “a disposição final ambiental-
mente adequada dos rejeitos (...) deverá ser implantada em até quatro
anos após a data de publicação desta lei”, ou seja, até 2 de agosto de
2014. Assim, após 2 de agosto de 2014, os materiais passíveis de rea-
proveitamento, reciclagem ou tratamento por tecnologias economi-
camente viáveis (como resíduos recicláveis ou orgânicos) não podem
mais ser encaminhados para a disposição final. Para dispor somente
rejeitos em aterro sanitário, o município deve possuir um bom sis-
tema de gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo coleta seletiva
e tratamento de resíduos orgânicos, por exemplo, de forma a enviar o
mínimo possível para o aterro sanitário.
Ressalta-se que O governo federal não adotou medida para pror-
rogar o prazo para a disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos, pois, segundo entrevista com a Ministra do Meio Ambiente
Izabella Teixeira “não se trata apenas de estender o prazo - a discussão
é mais ampla e envolve peculiaridades de cada região, estado e municí-
pio do país. Portanto, o prazo para os municípios encerrarem os lixões
terminou em 02 de agosto de 2014” e ainda destaca que:

Gestão Ambiental  /  UA 06  Resíduos Sólidos 17


A disposição inadequada dos resíduos sólidos – seja na água ou no solo – cons-
titui crime ambiental previsto pela Lei n° 9.605 (Lei de Crimes Ambientais) desde
1998 e, portanto, o adiamento do prazo não isentaria os municípios da obrigação
constitucional de proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de
suas formas incluindo, claro, a disposição em vazadouros a céu aberto, os lixões.

6.1.4. Decreto 7.404, de 23/12/2010


Regulamenta a Lei 12.305, de 2/8/ 2010, que institui a Política Nacional
de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional
de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos
Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.

6.1.5. Lei 9605, de 12/2/1998 ou Lei de Crimes Ambientais


Essa lei, já tratada na unidade 1 (vocês se recordam?) dispõe sobre as
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Destacamos o seu
Art. 54, no qual está expresso que quem causar poluição de qualquer
natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos
à saúde humana, ou que provoquem a mortalidade de animais ou a
destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos,
e multa. Parágrafo 2º - Se o crime:

I - Tornar um área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;


II - Causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea,
dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
III - Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento
público de água de uma comunidade;
IV - Dificultar ou impedir o uso público das praias;
V - Ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos,
óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em
leis ou regulamentos: Pena - reclusão, de um a cinco anos.

6.1.6. Normas ABNT

→→ NBR 10004/04: Resíduos Sólidos – Classificação;


→→ NBR 10005/04: Procedimento para obtenção de extrato lixiviado
de resíduos sólidos;
→→ NBR 10006/04: Procedimento para obtenção de extrato solubili-
zado de resíduos sólidos;
→→ NBR 10007/04: Amostragem de resíduos sólidos;

Gestão Ambiental  /  UA 06  Resíduos Sólidos 18


→→ NBR ISO/IEC 17025/05: Requisitos gerais para a competência de
laboratórios de ensaio e calibração;
→→ NBR 8418/83: Apresentação de projetos de aterros de resíduos
industriais perigosos – procedimento;
→→ NBR 10157/87: Aterros de resíduos perigosos – critérios para pro-
jeto, construção e operação – procedimento;
→→ NBR 8419/92: Apresentação de projetos de aterros sanitários de
resíduos sólidos urbanos – procedimento;
→→ NBR 13896/97: Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para
Projeto, Implantação e Operação – procedimento;
→→ NBR 12553/03: Geossintéticos – terminologia;
→→ NBR 15495-1/07: Poços de monitoramento de águas subterrâneas
em aquíferos granulares – Parte 1: Projeto e construção;
→→ NBR 11175/90: Incineração de resíduos sólidos perigosos – padrões
de desempenho – procedimento;
→→ NBR 13894/97: Tratamento no solo (landfarming) – procedimento;
→→ NBR 12235/92: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos
– procedimento;
→→ NBR 11174/90: Armazenamento de resíduos classes II – não inertes
e III – inertes – procedimento;
→→ NBR 13221/07: Transporte terrestre de resíduos;
→→ NBR 13968/97: Embalagem rígida vazia de agrotóxico – procedi-
mentos de lavagens;
→→ NBR 14719/01: Embalagem rígida vazia de agrotóxico – destinação
final da embalagem lavada – procedimento;
→→ NBR 14935/03: Embalagem vazia de agrotóxico – Destinação final
de embalagem não lavada – procedimento;
→→ NBR 14283/99: Resíduos em solos – determinação da biodegrada-
ção pelo Método respirométrico.

6.1.7. Resoluções Conama

→→ Resolução Conama 316, de 29/10/2002: Dispõe sobre procedi-


mentos e critérios para funcionamento de sistemas de tratamento tér-
mico de resíduos;
→→ Resolução Conama 23, de 12/12/1996: Dispõe sobre o movimento
transfronteiriço de resíduos;
→→Resolução Conama 19, de 19/9/1994: Autoriza, excepcionalmente, a
exportação de resíduos perigosos, contendo bifenilas policloradas PCBs;

Gestão Ambiental  /  UA 06  Resíduos Sólidos 19


→→ Resolução Conama 334, de 3/4/2003: Dispõe sobre os procedi-
mentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados
ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos;
→→ Resolução Conama 313, de 29/10/2002: Que dispõe sobre o
Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais;
→→ Resolução Conama 348, de 16/8/2004: Altera a Resolução Conama
307, de 5/7/ 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.

6.2. Resíduos dos serviços de saúde

6.2.1. Resolução RDC 33, de 25/2/2003


Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos
de serviços de saúde. A resolução passou a considerar os riscos aos tra-
balhadores, à saúde e ao meio ambiente. A adoção desta metodologia
de análise de risco da manipulação dos resíduos gerou divergência com
as orientações estabelecidas pela Resolução Conama 283/01 (BRASIL,
2006). Por esse motivo a RDC Anvisa 33/03 foi revogada e publicada a
RDC Anvisa 306 (em 12/ 2004), e a Resolução Conama 358, em 05/2005.

6.2.2. Resolução RDC 306, de 7/12/2004


Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resí-
duos de serviços de saúde. Essa resolução concentra sua regulação no
controle dos processos de segregação, acondicionamento, armazena-
mento, transporte, tratamento e disposição final. Estabelece procedi-
mentos operacionais em função dos riscos envolvidos e concentra seu
controle na inspeção dos serviços de saúde (BRASIL, 2006).

6.2.3. Resolução Conama 358, de 29/4/2005


Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos ser-
viços de saúde e dá outras providências. A Resolução Conama 358/05
trata do gerenciamento sob o prisma da preservação dos recursos
naturais e do meio ambiente. Promove a competência aos órgãos
ambientais estaduais e municipais para estabelecerem critérios para o
licenciamento ambiental dos sistemas de tratamento e destinação final
dos RSS (BRASIL, 2006).

Gestão Ambiental  /  UA 06  Resíduos Sólidos 20


6.3. Resíduos da Construção Civil

6.3.1. Resolução Conama 307 – Gestão dos


Resíduos da Construção Civil, de 5/7/2002
Essa resolução define, classifica e estabelece os possíveis destinos
finais dos resíduos da construção e demolição, além de atribuir res-
ponsabilidades para o poder público municipal e também para os
geradores de resíduos no que se refere à sua destinação.
Como princípios norteadores dessa resolução está priorizar a não
geração de resíduos e proibir disposição final em locais inadequados,
como aterros sanitários, em bota-foras, lotes vagos, corpos-d’água,
encostas e áreas protegidas por lei.

Gestão Ambiental  /  UA 06  Resíduos Sólidos 21


antena
parabólica
Os problemas relacionados a geração de resíduos
sólidos apresentados nesse capítulo são, mais uma
vez, o reflexo de um paradigma de desenvolvimento
e hábitos de consumo insustentáveis. Áreas contami-
nadas, degradação ambiental, assoreamento de reser-
vatórios e rios, riscos a saúde humana são alguns dos
impactos provocados pelos resíduos sólidos. Nesse
contexto, mais uma vez, a sociedade necessitará de
gestores comprometidos com o desenvolvimento sus-
tentável e preparados para buscar alternativas que
contribuam com o setor produtivo, na busca das solu-
ções viáveis para os seus impactos gerados. Esse é o
grande desafio que espera por vocês.

E agora, José?
Você se lembra das Unidades de Aprendizagem 3, 4 e
5 quando tratamos dos problemas da água, do ar e do
solo? Lembra-se das relações que estabelecemos entre
os problemas desses recursos naturais com a gestão
empresarial? A resposta tem sido a mesma, o padrão
de consumo e de desenvolvimento adotados pela
sociedade contemporânea. O lixo urbano e os resíduos
industriais, dos serviços de saúde, tecnológico e da
construção civil são uma clara consequência de tudo o
que temos falado aqui até o momento. O que podemos
fazer para reverter esse quadro de crescente geração
dos resíduos sólidos? Acesse a próxima unidade na
qual abordaremos aspectos relacionados ao gerencia-
mento de resíduos. Esse é um tema em que os profis-
sionais dos processos gerenciais farão a diferença.
Nos vemos na próxima Unidade!
Atividades
Nesse tema discutimos as principais questões rela-
cionadas a geração de resíduos sólidos em diferen-
tes setores da sociedade e sua influência na gestão
ambiental das empresas, incluindo questões legais e
econômicas, aspectos e impactos ambientais.
Esperamos que ao final da conclusão das atividades
você possa identificar e compreender a magnitude e
as consequências da geração de resíduos sólidos pelo
setor produtivo e sociedade.
Glossário
Periculosidade de um resíduo: característica não controlado da diferenciação e prolifera-
apresentada por um resíduo que, em função ção celular, podendo ser iniciado por altera-
de suas propriedades físicas, químicas ou ção mutacional (ABNT, 2004).
infecto-contagiosas, pode apresentar: Agente ecotóxico: substâncias ou misturas que
a) risco à saúde pública, provocando morta- apresentem ou possam apresentar riscos
lidade, incidência de doenças ou acentuando para um ou vários compartimentos ambien-
seus índices; tais (ABNT, 2004).
b) riscos ao meio ambiente, quando o resí- Aterro de resíduos da construção civil: é a
duo for gerenciado de forma inadequada área onde serão empregadas técnicas de dis-
(ABNT, 2004). posição de resíduos da construção civil Classe
Toxicidade: propriedade potencial que o agente “A” no solo, visando a reservação de materiais
tóxico possui de provocar, em maior ou segregados de forma a possibilitar seu uso
menor grau, um efeito adverso em conse- futuro e/ou futura utilização da área, utili-
quência de sua interação com o organismo zando princípios de engenharia para confiná-
(ABNT, 2004). -los ao menor volume possível, sem causar
Agente tóxico: qualquer substância ou mistura danos à saúde pública e ao meio ambiente
cuja inalação, ingestão ou absorção cutânea (BRASIL, 2002).
tenha sido cientificamente comprovada como Áreas de destinação de resíduos: são áreas
tendo efeito adverso (tóxico, carcinogênico, destinadas ao beneficiamento ou à disposi-
mutagênico, teratogênico ou ecotoxicológico) ção final de resíduos (BRASIL, 2002).
(ABNT, 2004). Ponto de entrega: área pública ou viabilizada
Toxicidade aguda: propriedade potencial que o pela administração pública apta para o rece-
agente tóxico possui de provocar um efeito bimento de pequenos volumes de resíduos
adverso grave, ou mesmo morte, em conse- da construção civil (Sinduscon-SP, 2005).
quência de sua interação com o organismo, Área de Transbordo ou Triagem: estabele-
após exposição a uma única dose elevada ou cimento privado ou público destinado ao
a repetidas doses em curto espaço de tempo recebimento de resíduos da construção civil e
(ABNT, 2004). resíduos volumosos gerados e coletados por
Agente teratogênico: qualquer substância, agentes privados, e que deverão ser usadas
mistura, organismo, agente físico ou estado para a triagem dos resíduos recebidos, even-
de deficiência que, estando presente durante tual transformação e posterior remoção para
a vida embrionária ou fetal, produz uma alte- adequada disposição (Sinduscon-SP, 2005).
ração na estrutura ou função do indivíduo Área de reciclagem: estabelecimento privado
dela resultante (ABNT, 2004). ou público destinado à transformação dos
Agente mutagênico: qualquer substância, mis- resíduos classe A em agregados (Sinduscon-
tura, agente físico ou biológico cuja inalação, -SP, 2005).
ingestão ou absorção cutânea possa elevar Aterros de Resíduos da Construção Civil:
as taxas espontâneas de danos ao material estabelecimento privado ou público onde
genético e ainda provocar ou aumentar a fre- serão empregadas técnicas de disposição de
quência de defeitos genéticos (ABNT, 2004). resíduos da construção civil classe A no solo,
Agente carcinogênico: substâncias, misturas, visando à reservação de materiais segrega-
agentes físicos ou biológicos cuja inalação dos de forma a possibilitar seu uso futuro e/
ingestão e absorção cutânea possa desen- ou futura utilização da área, utilizando prin-
volver câncer ou aumentar sua frequência. cípios de engenharia para confiná-los ao
O câncer é o resultado de processo anormal, menor volume possível, sem causar danos à

Gestão Ambiental  /  UA 06  Resíduos Sólidos 24


saúde pública e ao meio ambiente (Sindus- Risco para o Meio Ambiente: é a probabilidade
con-SP, 2005). da ocorrência de efeitos adversos ao meio
Agentes diversos: sucateiros, cooperativas, ambiente, decorrentes da ação de agentes
grupos de coleta seletiva e outros agentes físicos, químicos ou biológicos, causadores de
que comercializam resíduos recicláveis (Sin- condições ambientais potencialmente perigo-
duscon-SP, 2005). sas que favoreçam a persistência, disseminação
Risco à saúde: é a probabilidade da ocorrência e modificação desses agentes no ambiente.
de efeitos adversos à saúde relacionados Inventário Nacional de Resíduos Sólidos
com a exposição humana a agentes físicos, Industriais: é o conjunto de informações
químicos ou biológicos, em que um indivíduo sobre a geração, características, armazena-
exposto a um determinado agente apresente mento, transporte, tratamento, reutilização,
doença, agravo ou até mesmo morte, dentro reciclagem, recuperação e disposição final
de um período determinado de tempo ou dos resíduos sólidos gerados pelas indús-
idade (BRASIL, 2006). trias do país.

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Gestão Ambiental  /  UA 06  Resíduos Sólidos 26

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