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Gestão Ambiental
GESTÃO DA ÁGUA E DO AR
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Gestão Ambiental
GESTÃO DA ÁGUA E DO AR
Competências
Capacidade de identificar e compreender os principais
processos envolvidos na gestão da água nas empre-
sas. Capacidade de conduzir campanhas neutraliza-
ção de carbono por meio de plantio de árvores na
empresa ou comunidade.
Habilidades
Avaliar tecnologias e procedimentos de reuso da água
no meio empresarial. Estimar as emissões de CO2
junto à população.
APRESENTAÇÃO
Gestão da água e do ar enfoca as principais algumas
das principais abordagens do sistema produtivo e
governamental para o gerenciamento desses impor-
tantes recursos. Especial atenção é dada ao reuso da
água e a neutralização do carbono, com a elaboração
de exercícios para quantificar a importância dessas
abordagens de gestão.
PARA COMEÇAR
Vocês se recordam das aulas anteriores sobre recursos
hídricos e atmosfera? Naquelas aulas tratamos sobre
as consequências da abordagem de desenvolvimento
do homem moderno e suas consequências sobre a
qualidade da água e do ar, destacando a escassez de
recursos hídricos e o efeito estufa.
Reuso
Aplicação de água de reuso
para fins
para produção agrícola e cultivo
agrícolas
de florestas plantadas
e florestais
P×A×C×η
V =
1000
Oxigênio
(O2)
Eenergia = CE × F
F = 0,0246 t CO2/MWh
Referente a média do ano de 2009 (MCT, 2010)
Elixo = G × F
15 km 15 km
2. Sábado e domingo
Figura 5.
Deslocamento até a
praia, realizado aos
sábados e domingos.
20 km
20 km
20 × 2 = 40 km
Ecarro = DC × F
Figura 6.
Deslocamento até a
faculdade, realizado de
sexta-feira e sábado. 40 km
40 km
Eônibus = DO × F
277,4 km/ano
=
0,00077 t CO2/ano
=
Figura 7.
Deslocamento até
Santos, realizado uma
vez por semana.
60 km
60 km
Emoto = DM × F
40 km
Evan = DV × F
Em que Evan é a emissão total de gás carbônico (CO2) por ano (t CO2/
ano); DV é a distância percorrida de Van durante o ano (km); F é o
fator de emissão (t CO2/km).
O fator de emissão para veículos leves a Diesel pode ser adotado
como 280 g de CO2/ km (ALVARES JUNIOR, LINKE, 2002)
No nosso exemplo temos:
0,00028 t CO2/ano
=
E agora, José?
Na próxima unidade trataremos de outro assunto
importante para os profissionais dos processos geren-
ciais: os recursos energéticos. Quais as principais
fontes de energia hoje disponíveis e as emergentes?
Quais os impactos sociais, ambientais e econômicos
dessas tecnologias nos setores de produção, serviços
e governamentais?
Aguardo por você na próxima unidade.
Atividades
Nessa unidade você viu algumas iniciativas e aborda-
gens adotadas pelo meio empresarial e governamen-
tal para otimizar o uso da água e estabelecer medidas
a favor da neutralização de carbono.
Esperamos que a partir da atividade indicada, você
esteja apto a refletir sobre o uso desses recursos e a
buscar alternativas para a redução dos impactos do
setor produtivo.
Glossário
Água cinza: efluente que não possui contri- ANA, Sinduscon, 2005).
buição da bacia sanitária, ou seja, o esgoto Esgoto ou efluente industrial: despejo líquido
gerado pelo uso de banheiras, chuveiros, resultante da atividade industrial (Fiesp,
lavatórios, máquinas de lavar roupas e pias de ANA, Sinduscon, 2005).
cozinha em residências, escritórios comerciais, Esgoto sanitário: despejo líquido constituído
escolas etc. (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005). de esgoto doméstico e industrial, água de
Água de chuva: água resultante de precipita- infiltração e parcela de contribuição pluvial
ções atmosféricas coletadas em coberturas, (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005).
telhados, onde não haja circulação de pes- Gestão da demanda de água: conjunto de
soas, veículos ou animais (ABNT, 2007). ações voltadas para a otimização do uso
Água potável: água que atende ao padrão de da água nos diferentes pontos de consumo
potabilidade determinado pela Portaria do (FIESP, ANA, SINDUSCON, 2005).
Ministério da Saúde MS 518/04 (Fiesp, ANA, Gestão da oferta de água: conjunto de ações
Sinduscon, 2005). voltadas para o oferecimento de fontes alter-
Água não potável: água que não atende à Portaria nativas de água com diferentes níveis de qua-
518/2004 do Ministério da Saúde (ABNT, 2007). lidade para atendimento das necessidades
Área de captação: área, em metros quadrados, existentes (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005).
projetada na horizontal da superfície imper- Gestor da água: responsável por transformar o
meável da cobertura onde a água é captada comprometimento assumido em conservar
(ABNT, 2007). a água em um plano de trabalho exequível,
Água residuária: esgoto, água descartada, com o objetivo de alcançar as metas preesta-
efluentes líquidos de edificações, indústrias, belecidas pela organização e por gerenciar a
agroindústrias e agropecuária, tratados ou implantação de um programa de conservação
não (CNRH, 2005). de água (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005).
Água de reuso: água residuária que se encontra Padrão de potabilidade: conjunto de valores
dentro dos padrões exigidos para sua utiliza- máximos permissíveis das características de
ção (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005). qualidade da água destinada ao consumo
Demanda: consumo médio (mensal ou diário) a ser humano, conforme determina a portaria MS
atendido para fins não potáveis (ABNT, 2007). 518/04 (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005).
Distribuidor de água de reuso: pessoa física Produtor de água de reúso: pessoa física ou
ou jurídica, de direito público ou privado, que jurídica, de direito público ou privado, que
distribui água de reuso; e usuário de água produz água de reúso (CNRH, 2005).
de reuso: pessoa física ou jurídica, de direito Programa de conservação de água: conjunto
público ou privado, que utiliza água de reúso de ações com o objetivo de otimizar o con-
(CNRH, 2005). sumo de água com a consequente redução
Escoamento inicial ou first flush: água pro- do volume dos efluentes gerados, a partir da
veniente da área de captação suficiente para racionalização do uso (gestão da demanda) e
carrear a poeira, fuligem, folhas, galhos e da utilização de água com diferentes níveis
detritos (ABNT, 2007). de qualidade para atendimento das necessi-
Esgoto doméstico: despejo líquido resultante dades existentes (gestão da oferta), resguar-
do uso da água para preparação de alimen- dando-se a saúde pública e os demais usos
tos, operações de lavagem e para satisfação envolvidos, gerenciados por um sistema de
de necessidades higiênicas e fi siológicas gestão da água adequado (Fiesp, ANA, Sin-
(Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005). duscon, 2005).
Esgoto ou efluente industrial: despejo líquido Reúso de água: utilização de água residuária
resultante da atividade industrial (Fiesp, (CNRH, 2005).
Referências
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potáveis a água deve atender aos parâmetros belece modalidades, diretrizes e critérios
mínimos de qualidade definidos na Portaria 518 gerais para a prática de reúso direto não
do Ministério da Saúde. Rio de Janeiro, 2007. potável de água, e dá outras providên-
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