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Tecnologia em Processos Gerenciais

Gestão Ambiental

GESTÃO DA ÁGUA E DO AR
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Gestão Ambiental
GESTÃO DA ÁGUA E DO AR

Objetivos da Unidade de aprendizagem


Apresentar abordagens relacionadas ao gerenciamento
dos recursos hídricos na empresa e sua relevância na
gestão ambiental das empresas, incluindo questões
legais e econômicas, aspectos e impactos ambientais.
Apresentar a ferramenta de neutralização de carbono
e sua aplicação na gestão ambiental da empresa.

Competências
Capacidade de identificar e compreender os principais
processos envolvidos na gestão da água nas empre-
sas. Capacidade de conduzir campanhas neutraliza-
ção de carbono por meio de plantio de árvores na
empresa ou comunidade.

Habilidades
Avaliar tecnologias e procedimentos de reuso da água
no meio empresarial. Estimar as emissões de CO2
junto à população.
APRESENTAÇÃO
Gestão da água e do ar enfoca as principais algumas
das principais abordagens do sistema produtivo e
governamental para o gerenciamento desses impor-
tantes recursos. Especial atenção é dada ao reuso da
água e a neutralização do carbono, com a elaboração
de exercícios para quantificar a importância dessas
abordagens de gestão.

PARA COMEÇAR
Vocês se recordam das aulas anteriores sobre recursos
hídricos e atmosfera? Naquelas aulas tratamos sobre
as consequências da abordagem de desenvolvimento
do homem moderno e suas consequências sobre a
qualidade da água e do ar, destacando a escassez de
recursos hídricos e o efeito estufa.

Figura 1.  Alerta para


o esgotamento das
reservas do planeta.

Nessa unidade destacaremos algumas iniciativas rela-


cionadas ao gerenciamento dessas duas questões,
apresentando algumas abordagens adotadas pelo
meio empresarial e governamental, como o reuso da
água e a neutralização de carbono.
Não percam o pique!
Fundamentos
1. Gestão Da Água

1.1. Reuso da água


O reuso da água é uma prática que se insere numa abordagem mais
ampla de uso racional e eficiente dos recursos hídricos. No setor indus-
trial o reuso da água está relacionado a um processo conhecido como
produção mais limpa, a qual será tratada mais detalhadamente na
última aula do curso.
O interesse crescente em reuso da água se fundamenta na ques-
tão da escassez dos recursos hídricos e os custos crescentes da água
potável tratada.
A água de reuso pode ser produzida dentro das Estações de Trata-
mento de Esgoto ou em Estações de Tratamento de Efluentes Indus-
triais. Essa é uma prática que proporciona uma economia da água
potável destinada ao consumo humano, pois para cada litro de água
de reúso utilizado representa um litro de água conservada nos rios,
lagos e reservatórios. Uma série de atividades domésticas, industriais e
agrícolas poderiam utilizar uma água não potável, como (Sabesp, 2010):

→→ Limpeza de pisos, pátios ou galerias de águas pluviais;


→→ Assentamento de poeira em obras de execução de aterros e
terraplanagem;
→→ Preparação e cura de concreto em canteiros de obra, e para esta-
belecer umidade ótima em compactação de solos;
→→ Desobstrução de rede de esgotos e águas pluviais;
→→ Combate a incêndios;
→→ Geração de energia e refrigeração de equipamentos em diversos
processos industriais.

Os benefícios proporcionados pelo reuso da água podem ser agru-


pados em ambientais, econômicos e sociais (Fiesp, Ciesp, ANA, 2004).
Para o meio ambiente o reuso da água contribui para:

→→ Redução do lançamento de efluentes industriais em cursos d’água;


→→ Redução da captação de águas superficiais e subterrâneas;
→→ Aumento da disponibilidade de água para usos mais exigentes,
como abastecimento público, hospitala, etc.

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Podem ser citados os seguintes benefícios econômicos do reuso da
água (Fiesp, Ciesp, ANA, 2004):

→→ Conformidade ambiental em relação a padrões e normas ambien-


tais estabelecidos, possibilitando melhor inserção dos produtos brasi-
leiros nos mercados internacionais;
→→ Mudanças nos padrões de produção e consumo;
→→ Redução dos custos de produção;
→→ Aumento da competitividade do setor;
→→ Habilitação para receber incentivos e coeficientes redutores dos
fatores da cobrança pelo uso da água.

Finalmente temos benefícios sociais que são proporcionados pelo


reuso da água, como os elencados por Fiesp, Ciesp, ANA (2004):

→→ Ampliação da oportunidade de negócios para as empresas forne-


cedoras de serviços e equipamentos, e em toda a cadeia produtiva;
→→ Ampliação na geração de empregos diretos e indiretos;
→→ Melhoria da imagem do setor produtivo junto à sociedade, com
reconhecimento de empresas socialmente responsáveis.

Segundo Firjan (2006) a primeira regulamentação que tratou de reuso


de água no Brasil foi a norma técnica NBR-13.696, de setembro de 1997.
Nessa norma, são definidas quatro classes de água de reuso e seus
respectivos padrões de qualidade:

→→ Classe 1: Águas destinadas à lavagem de carros e outros usos que


requerem o contato direto do usuário com a água, com possível aspi-
ração de aerossóis pelo operador, incluindo chafarizes;
→→ Classe 2: Águas destinadas a lavagens de pisos, calçadas e irriga-
ção dos jardins, manutenção dos lagos e canais para fins paisagísticos,
exceto chafarizes;
→→ Classe 3: Reuso nas descargas dos vasos sanitários;
→→ Classe 4: Reuso nos pomares, cereais, forragens, pastagens para
gados e outros cultivos através de escoamento superficial ou por sis-
tema de irrigação pontual.

Posteriormente, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH),


publicou a Resolução 54, em 2005, que estabelece os critérios gerais
para a prática de reuso direto não potável de água (Firjan, 2006).
Nessa resolução, em seu Artigo 3º, são definidas as cinco modalidades
de reuso de água:

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Figura 2. 
Utilização de água de reuso para fins
Fonte:  Adaptado de irrigação paisagística, lavagem
Reuso
de Cetesb, 2007. de logradouros públicos e veículos,
para fins
desobstrução de tubulações,
urbanos
construção civil, edificações, combate
a incêndio, dentro da área urbana

Reuso
Aplicação de água de reuso
para fins
para produção agrícola e cultivo
agrícolas
de florestas plantadas
e florestais

Reuso Utilização de água de reuso


para fins para implantação de projetos de
ambientais recuperação do meio ambiente

Reuso Utilização de água de reuso


para fins em processos, atividades e
industriais operações industriais

Utilização de água de reuso


Reuso na
para a criação de animais ou
aquicultura
cultivo de vegetais aquáticos

A seguir são apresentados exemplos de ganhos econômicos e ambien-


tais de projetos industriais de reuso da água.

1º Caso: Utilização de água de reuso


nos processos industriais têxteis
O primeiro caso apresentado refere-se a uma indústria de grande
porte do setor têxtil, denominada Coats Corrente Ltda., localizada no
município de São Paulo. Essa empresa fabrica, anualmente, cerca de
5.640 toneladas de linhas de costura, bordado e zíperes, e tem uma
atuação nos mercados regional, nacional e internacional.
O volume de água utilizado pela empresa atinge 60.000 m3 por mês,
para os processos industriais de tingimento e alvejamento de linhas
e zíperes. Pelo volume necessário e o custos envolvidos, era inviável
utilizar água potável do sistema de abastecimento do município no

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processo industrial. Localizada na região do Ipiranga, a alternativa de
captação de água em poços artesianos também era inviável devido a
vazão insuficiente. Outra possibilidade era a captação e tratamento
da água do rio Tamanduateí, que passa próximo à fabrica, a qual foi
utilizada por algum tempo. Todavia, as características da qualidade da
água eram muito variáveis e o custo do tratamento inviabilizou essa
opção. A solução encontrada foi uma parceria entre a empresa e a
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp),
por meio do uso do efluente tratado da Estação de Tratamento de
Esgoto (ETE) Jesus Neto, localizada a poucas quadras da empresa, o
qual era descartado no rio Tamanduateí.
Os investimentos necessários para bombear água diretamente da
ETE Jesus Neto até a empresa, eliminando o custo de transporte por
caminhão, atingiu R$ 250.000,00 e incluiu:

→→ Instalação da tubulação ligando a empresa até a ete;


→→ Adequação do tratamento da ete jesus neto às necessidades da
empresa;
→→ Aquisição de bomba e equipamentos para conduzir a água;
→→ Construção de caixas de recebimento e estocagem.

A água de reuso passou a ser utilizada somente nos processos indus-


triais e proporcionou uma economia para a empresa que permitiu um
retorno do investimento em somente 10 meses, pois o custo da água
de reuso é 75% inferior ao da água potável.

2º Caso: Reuso da água industrial


A empresa Mahle Metal Leve S. A., localizada no município de Mogi
Guaçu – SP, é uma indústria de grande porte, com atuação no mercado
nacional e internacional, sendo responsável pela fabricação anual de
74.897.955 peças e acessórios para o sistema de motores.
O abastecimento da indústria era realizado por meio da captação
de cinco poços artesianos e do sistema público, para atender um con-
sumo médio de água de 149.300 m3/ano.
O projeto de reuso de água industrial considerou aspectos econômi-
cos, caracterizado pelos custos elevados para a empresa, e ambientais.
Esse projeto se baseou no reuso da água tratada para o resfriamento das
peças produzidas em processo de centrifugação na fundição de ferro.
A água tratada é disposta em uma caixa de armazenamento para reuso
posterior, sendo distribuída aos setores produtivo e vasos sanitários.

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Os investimentos incluíram modificações na estação de tratamento,
por meio da instalação de um tanque de polipropileno com capacidade
3m3 e com bomba dosadora para leite de cal, o qual foi utilizado para
neutralização em substituição a soda cáustica. Além disso, foi instalado
outro tanque, em alvenaria com capacidade de 90m3, para armazena-
gem temporária da água pós-tratamento; uma caixa d’água para reuso
com capacidade de 50m3 e uma linha de tubulações segregada que liga
a saída do tratamento à caixa. A empresa investiu R$140.000,00 em
materiais e mão-de-obra para adequação do sistema.
O projeto proporcionou uma redução de 12% na captação de água
dos cinco poços artesianos e redução de 56% no descarte de efluente.
Os ganhos ambientais associados a esse projeto incluem a preserva-
ção da água potável, somente para consumo humano. Já os ganhos
econômicos atingiram R$ 125.000,00 por ano o que proporcionou o
pagamento do projeto em pouco mais de um ano.

1.2. Fontes alternativas de água para aproveitamento ou reuso


A chuva é uma importante fonte de água doce, seja pelas grandes
áreas de captação dos telhados e pisos, seja pela qualidade superior
em relação aos efluentes utilizados para reuso, apresentando-se como
uma alternativa perante o quadro de escassez de recursos hídricos.
Outro importante aspecto relacionado ao uso de sistemas de coleta
e aproveitamento de águas pluviais é a diminuição das enchentes em
áreas urbanas devido a consequente redução na quantidade lançada
nos sistemas urbanos de coleta de águas pluviais. Todavia, deve-se
destacar que o uso de água da chuva necessita ser gerenciado quanto
aos seus aspectos qualidade e quantidade.
A água da chuva, ao lavar os telhados e pisos, estão sujeitas a con-
taminações devido ao contato com fezes de aves, poeira e sedimen-
tos. Além disso, a quantidade de chuva é variável ao longo do ano,
principalmente em regiões do estado de São Paulo como Piracicaba,
Campinas, Mogi Guaçu, Presidente Prudente, Ribeirão Preto as quais
apresentam períodos de seca bem pronunciados e baixa disponibili-
dade de água da chuva.
Segundo Fiesp, Ciesp, ANA (2005) para o dimensionamento de um
sistema de aproveitamento de água pluvial devem ser considerados:

→→ Área disponível para coleta, seja de telhado ou piso;


→→ Vazão de água calculada pela fórmula racional, considerando o
índice pluviométrico médio da região;
→→ Estimativa de demanda para o uso previsto; e

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→→ Dimensionamento da reserva de água, considerando os períodos
admissíveis de seca.

O volume de água de chuva (V) que pode ser aproveitado depende


de um coeficiente relacionado a porcentagem de água da chuva que
escoa no telhado, o qual geralmente varia de 0,90 a 0,95, e conhecido
como coeficiente runoff.
Os outros termos que influenciam no volume de água da chuva
aproveitável são a área do telhado, a precipitação média mensal e a efi-
ciência dos dispositivos usados para o desprezo do first flush (carga de
lavagem), pois no início do escoamento da chuva são trazidos detritos
e folhas que devem ser descartados. Desse modo, calcula-se o volume
V por meio da seguinte relação:

P×A×C×η
V = 
1000

Em que V é o volume mensal de água de chuva aproveitável (m3); P é


a precipitação média mensal (mm); A é a área do telhado em projeção
(m2); C é o coeficiente de escoamento superficial (runoff) do telhado
(adimensional); η é a eficiência do dispositivo de descarte da primeira
água do sistema (adimensional).
Para termos uma ideia do potencial da quantidade de água que
pode ser aproveitada a partir da chuva, usaremos como exemplo a
cidade de Indaiatuba, no interior do estado de São Paulo. Nessa cidade
a precipitação média do mês de janeiro atinge 252 mm. Considerando-
-se o telhado de uma residência que apresente uma área de 500 m2
e uma eficiência do dispositivo de descarte da primeira água do sis-
tema de 80%, seria possível armazenar um volume (V) mensal de
aproximadamente:

V =  252 × 400 × 0,95 × 0,80 =  95,8 m3


1000  

É isso mesmo! São mais de 95.000 litros de água doce e de graça.

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2. Gestão dos impactos no meio atmosférico:
neutralização de carbono
Na aula sobre atmosfera apresentamos os principais impactos ambien-
tais das atividades dos seres humanos sobre o meio atmosférico. Entre
esses impactos ressaltamos a intensificação do efeito estufa, o qual
tem sido associado ao aumento da concentração de gases estufa. Para
que você se recorde apresentamos algumas alternativas para essa
questão como a mudança na grade energética a partir do aumento da
participação de fontes mais limpas de energia em relação a queima
de combustíveis fósseis; a produção de energia a partir do metano
liberado em aterros sanitários e estações de tratamento de efluentes;
a inovação tecnológica de modo a reduzir as emissões do setor indus-
trial; o uso de catalisadores em automóveis etc.
Nessa UA apresentaremos uma abordagem utilizada pelo meio
empresarial e que apresenta como vantagem o seu caráter de educa-
ção ambiental: o plantio de árvores para a neutralização de carbono.
A neutralização do carbono se baseia num princípio bastante conhe-
cido da biologia: a fotossíntese. A planta, durante o processo de fotossín-
tese, retira o carbono da atmosfera e libera oxigênio. Esse carbono fica
retido nos tecidos vegetais, como folha, tronco e raízes. Quando uma flo-
resta é queimada, o carbono retido nela é devolvido para a atmosfera.

Figura 3.  Gás carbônico Energia


Fotossíntese. (CO2) solar

Oxigênio
(O2)

Água e sais minerais

Em alguns municípios, como São Paulo, desde 2007 obriga-se a neutra-


lização do carbono gerado em qualquer evento realizado nos parques
municipais, por meio do plantio de árvores e reflorestamentos. Essa prá-
tica tem sido recomendada para o sequestro das emissões de carbono,
por ser uma alternativa tecnicamente factível, economicamente viável e
socio-ambientalmente desejável (GOLDEMBERG, 1998; LORA, 2000).
No meio universitário podemos citar o exemplo da Faculdade de
Tecnologia de Indaiatuba (FATEC-ID) do Centro Paula Souza (CEETPS)
(MEDEIROS, DANIEL, 2009). Nessa faculdade os alunos da disciplina

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Gestão Ambiental, oferecida aos cursos de Tecnologia em Gestão Empre-
sarial e de Tecnologia em Informática, realizam todos os semestres ativi-
dades relacionadas ao plantio de árvores, como forma de neutralizar o
carbono gerado por eles mesmos, o que também contribui para a recu-
peração de praças, jardins e áreas degradadas de municípios da região.
O cálculo das emissões do carbono envolve estimativas do lixo
gerado, do consumo de energia, do meio de transporte utilizado e da
distância percorrida, entre outras informações. No período de abril
de 2008 a junho de 2009 os alunos plantaram cerca de 1.100 árvores,
o que levou a neutralização de 220 toneladas de CO2 e beneficiou as
cidades de Indaiatuba, Campinas, Salto, Monte Mor, Itu, Paulínia, Itu-
peva, Elias Fausto, Franca, Porto Feliz, Sales de Oliveira, Embu Guaçu,
Mogi Guaçu, Capivari, Hortolândia, Paraibuna, Matão, Santa Adélia,
Cerquilho, Limeira, Jundiaí, São João da Boa Vista, Tapiraí e Mira Estrela
(MEDEIROS, DANIEL, 2009).
Vamos mostrar um exemplo de cálculo do carbono gerado por uma
pessoa baseado nos seus hábitos de vida.

Um profissional da área de processos gerenciais pretende avaliar a sua


geração de carbono a partir das seguintes informações:

→→ Consumo de energia elétrica: Baseado na consulta a sua conta


de luz o nosso gestor tem o seguinte gasto energético mensal:

mês consumo (kwh)


Setembro/2009 256
Outubro/2009 241
Novembro/2009 229
Dezembro/2009 242
Janeiro/2010 157
Fevereiro/2010 253
Março/2010 216
Abril/2010 205
Maio/2010 231
Junho/2010 240
Julho/2010 226
Agosto/2010 213
Total 2709

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Contudo, o nosso gestor reside num apartamento com mais três
amigos. Consequentemente o consumo individual anual de energia
desse gestor é de 677 kWh/ano (2709/4) e a geração individual de
gás carbônico é calculada pela seguinte equação:

Eenergia  =  CE × F

Em que Energia é a emissão total de gás carbônico (CO2) por ano (t


CO2/ano); CE é o consumo de energia elétrica durante o ano (MWh/
ano); F é o fator de emissão (t CO2/MWh).
No nosso exemplo temos:

CE  =  677 kWh/ano  =  0,677 MWh/ano

F  =  0,0246 t CO2/MWh
Referente a média do ano de 2009 (MCT, 2010)

Eenergia  = 0,677 × 0,0246  =  0,02 t CO2/ano

→→ Geração de lixo: O nosso profissional em processos gerenciais


reside no município de São Paulo. Nessa cidade a geração média de
lixo por habitante atinge 1,2 kg/dia (Abrelpe, 2010). Portanto, durante
o período de um ano espera-se a geração individual de 438 kg de
lixo ou 0,438 toneladas de lixo. O cálculo de CO2 gerado durante um
ano pelo nosso gestor é feito por meio da seguinte equação:

Elixo  = G × F

Em que Elixo é a emissão total de gás carbônico (CO2) por ano (t


CO2/ano); LG é o lixo gerado durante o ano (t); e F é o fator de emis-
são (t CO2/t de lixo).
No nosso exemplo temos:

LG  =  0,438 t de lixo/ano

F  =  0,6904 t CO2/t de lixo (SMA, 2007)

Elixo  =  0,438 x 0,6904  =  0,30 t CO2/ano

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→→ Deslocamento por automóvel: Outro importante aspecto na
geração da quantidade diária de carbono por uma pessoa refere-se
ao uso que ela faz do automóvel. No nosso cálculo será muito impor-
tante que sejam considerados os trechos do percurso que uma pes-
soa compartilha com outras. Assim, se você se desloca de automó-
vel sozinho, todo o carbono emitido para a atmosfera vai para a
sua conta pessoal. Se você dá carona para alguém, esse caronista
deixará o seu carro em casa e vocês estarão dividindo a emissão
pela metade, pois duas pessoas farão o deslocamento no mesmo
veículo. Se forem quatro pessoas no carro, melhor ainda, pois a
emissão total é dividida pelo número de ocupantes do automóvel.
Continuando o nosso exemplo, o profissional em processos geren-
ciais se desloca até o trabalho de automóvel cinco dias por semana.
Nesse período, a distância percorrida para ir e voltar ao trabalho é
de 60 km. No trajeto de volta ele dá uma carona para duas pessoas
por cerca de 15 km. No fim de semana ele sai com a sua namorada
e os dois se deslocam cerca de 40 km por dia (sábado e domingo).
Portanto, vamos fazer a contabilidade diária da distância percorrida
pelo nosso gestor para calcular a sua geração individual de CO2.

1. De segunda a sexta feira


Figura 4. 
Deslocamento até o
trabalho, realizado de
segunda a sexta-feira.
30 km

15 km 15 km

Deslocamento até o trabalho: 30 km


(O gestor está sozinho no carro.)

Deslocamento na volta do trabalho: 15 km


(O gestor está sozinho no carro.)

Deslocamento na volta do trabalho: 15 ÷ 3  = 5 km

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(Nesse trecho o gestor está com mais duas pessoas, portanto o
carbono gerado por ele é dividido pelo número de pessoas no
carro. Viram como é importante dar carona?! Seja solidário e
polua menos o meio ambiente!)

Portanto, de segunda a sexta feira o gestor se desloca:

(30 + 15 + 5) × 5  = 250 kmw

2. Sábado e domingo
Figura 5. 
Deslocamento até a
praia, realizado aos
sábados e domingos.
20 km

20 km

Deslocamento diário (indo à praia): 40 ÷ 2  = 20 km


(O gestor está acompanhado de sua namorada, portanto a distân-
cia percorrida que gera carbono é dividida por dois.)

Portanto no sábado e domingo o gestor se desloca:

20 × 2  = 40 km

3. Deslocamento durante toda a semana

250 + 40  = 290 km

Deslocamento médio diário: 290 ÷ 7  = 41,4 km/dia

A emissão de CO2 devido ao uso do automóvel é calculada pela


seguinte equação:

Ecarro  = DC × F

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Em que Ecarro é a emissão total de gás carbônico (CO2) por ano (t
CO2/ano); DC é a distância percorrida de carro durante o ano (km);
F é o fator de emissão (t CO2/km).
Uma informação muito importante é o modelo do carro de nosso
gestor, pois ele influenciará no fator de emissão. Considere que o
nosso gestor tenha um automóvel FOX 1.0 da Volkswagen, modelo
Flex, ano 2009.
A partir do site Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recur-
sos Naturais Renováveis (Ibama), obtém-se um fator de emissão de
70,819 g CO2/km para o modelo de automóvel especificado.
No nosso exemplo temos:

DC  =  41,4 km/dia  ⇒  DC  = 41,4 x 365  = 15.111 km/ano

F  = 70,819 g CO2/km  = 0,070819 kg CO2/km

7,0819 × 10-5 t CO2/ano


= 

Ecarro  = 15.111 × 7,0819 × 10-5  = 1,07 t CO2/ano

→→ Deslocamento de ônibus: O nosso profissional em gestão


empresarial é uma pessoa muito batalhadora e esforçada. Na sexta-
-feira à noite e sábado pela manhã ele faz um curso de Especializa-
ção no Centro Paula Souza, na região metropolitana de São Paulo, o
que o obriga a se deslocar de ônibus fretado até a faculdade, num
percurso de 80 km por deslocamento, ou 160 km por semana (sexta
e sábado) e 22,9 km por dia (160/7).

Figura 6. 
Deslocamento até a
faculdade, realizado de
sexta-feira e sábado. 40 km

40 km

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Como o ônibus transporta 30 passageiros, essa distância é dividida
por todos. Portanto, o deslocamento individual do gestor é de 0,76
km por dia. Adotaremos um fator de emissão para ônibus a diesel
de 770 g CO2/km (ALVARES JUNIOR, LINKE, 2002). A emissão de CO2
devido ao deslocamento de ônibus é estimada por:

Eônibus  = DO × F

Em que Eônibus é a emissão total de gás carbônico (CO2) por ano


(t CO2/ano); DO é a distância percorrida de ônibus durante o ano
(km); F é o fator de emissão (t CO2/km).
No nosso exemplo temos:

DO  = 0,76 km/dia  ⇒  DO  = 0,76 × 365 

  277,4 km/ano
=

F  = 770 g CO2/km  = 0,770 kg CO2/km

0,00077 t CO2/ano
= 

Eônibus  = 277,4 × 0,00077  = 0,21 t CO2/ano

→→ Deslocamento de Motocicleta: O nosso gestor empresarial tem


uma motocicleta que ele usa para visitar sozinho sua mãe, na cidade
de Santos – SP, uma vez por semana, pois a sua namorada detesta
viajar nesse veículo.

Figura 7. 
Deslocamento até
Santos, realizado uma
vez por semana.
60 km

60 km

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A motocicleta é um modelo nacional, de 250 cc, ano 2006. A dis-
tância percorrida é de 120 km/semana ou 17,1 km/dia.

Emoto  = DM × F

Em que Emoto é a emissão total de gás carbônico (CO2) por ano (t


CO2/ano); DM é a distância percorrida de motocicleta durante o ano
(km); F é o fator de emissão (t CO2/km).
No nosso exemplo temos:

DM  = 17,1 km/dia  ⇒  DM  = 17,1 × 365  = 6.242 km/ano

F  = 75 g CO2/km  = 0,075 kg CO2/km

7,5 × 10-5 t CO2/ano


= 

Emoto  = 6.242 × 7,5 × 10-5   = 0,47 t CO2/ano

→→ Deslocamento de Van: O nosso gestor empresarial é um espor-


tista. Tradicionalmente, uma vez a cada 15 dias ele se reúne com
os amigos numa chácara para jogar futebol e fazer um churrasco,
numa área verde muito agradável no entorno de São Paulo. Sempre
rola umas cervejas geladas nessas ocasiões. Como ele e seus amigos
são pessoas conscientes e não dirigem quando bebem, resolveram
alugar uma Van para levá-los e trazê-los de volta a suas residências.
Figura 8. 
Deslocamento até a
chácara, realizado uma
vez a cada 15 dias.
40 km

40 km

O deslocamento da Van para buscar cada pessoa em casa, levar até


a chácara e trazer de volta, atinge um total de 80 km. Assuma que

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a Van transporta 16 pessoas, incluindo o motorista. Considerando
um deslocamento de 160 km por mês, o deslocamento individual do
gestor é de 10 km por mês (160/16) o que corresponde a 0,33 km por
dia. O cálculo da emissão de CO2 devido ao deslocamento de Van é
dado por:

Evan  = DV × F

Em que Evan é a emissão total de gás carbônico (CO2) por ano (t CO2/
ano); DV é a distância percorrida de Van durante o ano (km); F é o
fator de emissão (t CO2/km).
O fator de emissão para veículos leves a Diesel pode ser adotado
como 280 g de CO2/ km (ALVARES JUNIOR, LINKE, 2002)
No nosso exemplo temos:

DV  = 0,33 km/dia  ⇒  DM  = 0,33 × 365  = 121,7 km/ano

F  = 280 g CO2/km  = 0,280 kg CO2/km 

0,00028 t CO2/ano
= 

Evan  = 121,7 × 0,00028  = 0,03 t CO2/ano

A estimativa do carbono gerado pelo nosso profissional em processos


gerenciais ao longo de um ano:

fonte de emissão consumo ou gasto toneladas CO2 por ano


Eletricidade 0,677 MWh ano 0,02
Lixo 0,438 t de lixo/ano 0,30
Automóvel 15.111 km/ano 1,07
Ônibus (30 passageiros) 35,3 km/ano 0,21
Motocicleta 6.242 km/ano 0,47
Van (16 passageiros) 91 km/ano 0,03
Total 2,10

Neutralização do carbono gerado


pelo gestor por meio do plantio de árvores
O profissional em processos gerenciais decidiu neutralizar o carbono
gerado por ele e calculado anteriormente, a fim de contribuir para a

Gestão Ambiental  /  UA 08  Gestão da Água e do Ar 18


redução da intensificação do efeito estufa. Consideraremos arbitraria-
mente que o plantio de cinco mudas de árvores neutraliza de uma
tonelada de carbono. Portanto, o nosso gestor deverá plantar 11,5 árvo-
res. Como não dá para plantar meia árvore, o nosso gestor plantará
doze árvores. Além disso, ele decidiu que irá mudar seus hábitos, como
andar menos de moto e carro, além de procurar aumentar as suas
caronas. Você também poderia abraçar essa causa.

3. LEGISLAÇÃO, PROGRAMAS, PLANOS, POLÍTICAS E CONVENÇÕES


RELACIONADAS A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

3.1. Decreto 48.138, de 7/10/2003, de São Paulo


Esse decreto institui medidas de redução de consumo e racionalização
do uso de água no âmbito do estado de São Paulo. Em seu Artigo 1º se
estabelece que os órgãos da administração pública direta, das autar-
quias, das fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e
das empresas em cujo capital o Estado tenha participação majoritária,
bem como as demais entidades por ele controladas direta ou indire-
tamente, deverão implantar, promover e articular ações objetivando a
redução e a utilização racional e eficiente da água. O parágrafo 1º desse
artigo, no seu inciso 1b estabelece que a lavagem de áreas externas da
edificação somente se dará com água de reuso ou outras fontes (águas
de chuva, poços cuja água seja certificada de não contaminação por
metais pesados ou agentes bacteriológicos, minas e outros).

3.2. Decreto 45.805, de 15/5/2001, de São Paulo


O Decreto 45.805/2001 institui o Programa Estadual de Uso Racional da
Água Potável. Esse programa, conforme definido em seu Artigo 2º, tem
por finalidade implantar, promover e articular ações visando a redução
e o uso racional da água potável. No seu parágrafo 1º fica estabelecido
que os órgãos e entidades referidos no artigo anterior deverão tomar
medidas imediatas para redução de 20% do consumo de água potável
de suas instalações, tendo como referência a média mensal do con-
sumo a ser homologada pelo Conselho de Orientação do Programa
Estadual de Uso Racional da Água Potável – CORA.

3.3. Norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

3.3.1. NBR 15527/2007


Essa norma trata de aproveitamento de água das chuvas de cober-
tura em áreas urbanas para usos não potáveis, e alerta que para usos

Gestão Ambiental  /  UA 08  Gestão da Água e do Ar 19


potáveis a água deve atender aos parâmetros mínimos de qualidade
definidos na Portaria 518 do Ministério da Saúde.

3.3.2. NBR 13696/1997


Essa norma trata do reuso de esgoto tratado de origem essencialmente
doméstica, o qual deve ser utilizado para fins que exigem qualidade de
água não potável, mas sanitariamente segura.

3.4. Resolução do Conselho Nacional de


Recursos Hídricos – CNRH 54, de 28/11/2005
Essa resolução estabelece modalidades, diretrizes e critérios gerais
que regulamentem e estimulem a prática de reuso direto não potável
de água em todo o território nacional.

Gestão Ambiental  /  UA 08  Gestão da Água e do Ar 20


antena
parabólica
Apresentamos nessa Unidade de Aprendizagem algu-
mas alternativas para lidar com questões relacionadas
a gestão da água e das emissões atmosféricas. Essas
alternativas vêm sendo adotadas pelo meio empre-
sarial e, nesse aspecto, ressalta-se a importância dos
profissionais da área de processos gerenciais na
implantação e condução de projetos que otimizem o
uso de recursos naturais e reduzam os impactos causa-
dos pelo setor produtivo e de serviços. Essa é a hora e
o momento de vocês.

E agora, José?
Na próxima unidade trataremos de outro assunto
importante para os profissionais dos processos geren-
ciais: os recursos energéticos. Quais as principais
fontes de energia hoje disponíveis e as emergentes?
Quais os impactos sociais, ambientais e econômicos
dessas tecnologias nos setores de produção, serviços
e governamentais?
Aguardo por você na próxima unidade.

Atividades
Nessa unidade você viu algumas iniciativas e aborda-
gens adotadas pelo meio empresarial e governamen-
tal para otimizar o uso da água e estabelecer medidas
a favor da neutralização de carbono.
Esperamos que a partir da atividade indicada, você
esteja apto a refletir sobre o uso desses recursos e a
buscar alternativas para a redução dos impactos do
setor produtivo.
Glossário
Água cinza: efluente que não possui contri- ANA, Sinduscon, 2005).
buição da bacia sanitária, ou seja, o esgoto Esgoto ou efluente industrial: despejo líquido
gerado pelo uso de banheiras, chuveiros, resultante da atividade industrial (Fiesp,
lavatórios, máquinas de lavar roupas e pias de ANA, Sinduscon, 2005).
cozinha em residências, escritórios comerciais, Esgoto sanitário: despejo líquido constituído
escolas etc. (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005). de esgoto doméstico e industrial, água de
Água de chuva: água resultante de precipita- infiltração e parcela de contribuição pluvial
ções atmosféricas coletadas em coberturas, (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005).
telhados, onde não haja circulação de pes- Gestão da demanda de água: conjunto de
soas, veículos ou animais (ABNT, 2007). ações voltadas para a otimização do uso
Água potável: água que atende ao padrão de da água nos diferentes pontos de consumo
potabilidade determinado pela Portaria do (FIESP, ANA, SINDUSCON, 2005).
Ministério da Saúde MS 518/04 (Fiesp, ANA, Gestão da oferta de água: conjunto de ações
Sinduscon, 2005). voltadas para o oferecimento de fontes alter-
Água não potável: água que não atende à Portaria nativas de água com diferentes níveis de qua-
518/2004 do Ministério da Saúde (ABNT, 2007). lidade para atendimento das necessidades
Área de captação: área, em metros quadrados, existentes (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005).
projetada na horizontal da superfície imper- Gestor da água: responsável por transformar o
meável da cobertura onde a água é captada comprometimento assumido em conservar
(ABNT, 2007). a água em um plano de trabalho exequível,
Água residuária: esgoto, água descartada, com o objetivo de alcançar as metas preesta-
efluentes líquidos de edificações, indústrias, belecidas pela organização e por gerenciar a
agroindústrias e agropecuária, tratados ou implantação de um programa de conservação
não (CNRH, 2005). de água (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005).
Água de reuso: água residuária que se encontra Padrão de potabilidade: conjunto de valores
dentro dos padrões exigidos para sua utiliza- máximos permissíveis das características de
ção (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005). qualidade da água destinada ao consumo
Demanda: consumo médio (mensal ou diário) a ser humano, conforme determina a portaria MS
atendido para fins não potáveis (ABNT, 2007). 518/04 (Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005).
Distribuidor de água de reuso: pessoa física Produtor de água de reúso: pessoa física ou
ou jurídica, de direito público ou privado, que jurídica, de direito público ou privado, que
distribui água de reuso; e usuário de água produz água de reúso (CNRH, 2005).
de reuso: pessoa física ou jurídica, de direito Programa de conservação de água: conjunto
público ou privado, que utiliza água de reúso de ações com o objetivo de otimizar o con-
(CNRH, 2005). sumo de água com a consequente redução
Escoamento inicial ou first flush: água pro- do volume dos efluentes gerados, a partir da
veniente da área de captação suficiente para racionalização do uso (gestão da demanda) e
carrear a poeira, fuligem, folhas, galhos e da utilização de água com diferentes níveis
detritos (ABNT, 2007). de qualidade para atendimento das necessi-
Esgoto doméstico: despejo líquido resultante dades existentes (gestão da oferta), resguar-
do uso da água para preparação de alimen- dando-se a saúde pública e os demais usos
tos, operações de lavagem e para satisfação envolvidos, gerenciados por um sistema de
de necessidades higiênicas e fi siológicas gestão da água adequado (Fiesp, ANA, Sin-
(Fiesp, ANA, Sinduscon, 2005). duscon, 2005).
Esgoto ou efluente industrial: despejo líquido Reúso de água: utilização de água residuária
resultante da atividade industrial (Fiesp, (CNRH, 2005).

Gestão Ambiental  /  UA 08  Gestão da Água e do Ar 22


Água de reuso: água residuária, que se encontra lançamento ou diluição prévia em corpos hídri-
dentro dos padrões exigidos para sua utilização cos superficiais ou subterrâneos (CNRH, 2005).
nas modalidades pretendidas (CNRH, 2005). Suprimento: fonte alternativa de água para com-
Reuso direto de água: uso planejado de água de plementar o reservatório de água de chuva.
reúso, conduzida ao local de utilização, sem

Referências
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Tecnologia/producao_limpa/casos/caso61.
NBR 15527. Trata de aproveitamento de água pdf>. Acesso em: jun. 2010.
das chuvas de cobertura em áreas urbanas CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídri-
para usos não potáveis e alerta que para usos cos. Resolução n. 54 – 28/11/2005. Esta-
potáveis a água deve atender aos parâmetros belece modalidades, diretrizes e critérios
mínimos de qualidade definidos na Portaria 518 gerais para a prática de reúso direto não
do Ministério da Saúde. Rio de Janeiro, 2007. potável de água, e dá outras providên-
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