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SP
2016
1. INTRODUÇÃO
É comum definir como resíduos sólidos todo e qualquer resíduo que resulte das
atividades diárias do homem na sociedade. Resíduo é tudo que é gerado como
consequência não desejada de uma atividade humana e, em geral, de qualquer ser
vivo. Esta definição pode ser simplificada como sendo o conjunto de resíduos
resultantes das atividades humanas e dos animais domésticos.
A organização mundial de saúde (OMS) caracteriza os resíduos sólidos como
qualquer coisa que o proprietário não quer mais, em certo local e em certo momento,
e que não apresenta valor comercial, corrente ou percebido.
Ao tratar os resíduos sólidos de maneira correta, por meio de modelos
tecnológicos, a associação brasileira de normas técnicas NBR 10004/2004 define
resíduos sólidos como os resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de
atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços
e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de
tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornam inviável o
seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam, para isso,
soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
disponível.
Os impactos ecológicos não eram considerados nas sociedades primitivas,
porque a produção de lixo era reduzida e a possibilidade de assimilação ambiental era
grande. Após o desenvolvimento tecnológico na revolução industrial registrada no
mundo, passaram a exigir considerações capazes de limitar esses impactos. É dentro
desse tipo de sociedade que, em nossos dias, o problema deve ser considerado, a
fim de que esse sistema possa ser devidamente planejado, tornando-se adequado e
eficiente (LIMA, 2001).
Os resíduos sólidos constituem hoje uma das grandes preocupações
ambientais do mundo moderno. As sociedades de consumo avançam destruindo os
recursos naturais e os bens, os quais em geral têm vida útil limitada e são
transformados em resíduos, com quantidades crescentes, gerando impactos diretos
na qualidade de vida e saúde humana.
2. COMPOSIÇÃO E TIPOLOGIA
Estima-se que a população mundial, hoje de mais de 6 bilhões de habitantes,
esteja produzindo de 0,5 a 1.0 Kg de resíduos sólidos doméstico por dia (MOTA.
2000). Tal fato vem agravando o desafio a ser enfrentado pelas cidades, de assegurar
o manejo adequado dos resíduos sólidos, uma vez que houve uma mudança
significativa também na composição dos mesmos. Esta mudança de composição
restringe sobremaneira a adoção de soluções tradicionais de tratamento,
preconizadas na década de 50, a exemplo do aterro e da incineração. Enquanto, em
um passado não muito distante, a produção de resíduos era de algumas dezenas de
Kg/hab.ano (quilos por habitantes ano), atualmente países altamente industrializados,
como os Estados Unidos, produzem mais de 700 Kg/hab.ano. No Brasil, o valor médio
verificado nas cidades mais populosas é da ordem de 180 Kg/hab.ano (BIDONE,
1999).
O resíduo sólido urbano doméstico, hoje, é constituído por uma massa
heterogênea de resíduos, dos quais faz parte uma gama de produtos de risco, muitos
deles tóxicos, além de materiais combustíveis, orgânicos, inertes, etc. São produtos
introduzidos no mercado por hábitos que foram desenvolvidos na população,
acarretando um ciclo “vicioso” de dependência, característico do modelo capitalista.
Estes induzem ao consumo e á maior produção de artigos de vida útil reduzida, e ao
consequente grande volume de embalagens descartáveis: sacos plásticos rígidos e
filmes, isopores, etc. (PEREIRA NETO, 1996).
Sabe-se que existem componentes com características de periculosidade no
resíduo sólido urbano, mesmo de origem residencial (ex: pilhas, baterias de celulares,
tintas, medicamentos vencidos, etc). Uma preocupação crescente, quanto á
modificação da composição dos resíduos sólidos está relacionado com a opção por
tratamento e/ou disposição final compatível com o meio ambiente, considerando que
muitos resíduos são eliminados/descartados sem que se leve em conta suas
propriedades químicas e físicas (NUNESMAIA, 1997).
4. RECICLAGEM
Denomina-se reciclagem a separação de materiais do lixo domiciliar, tais como
papéis, plásticos, vidros e metais, com a finalidade de trazê-los de volta à indústria
para serem beneficiados. Esses materiais são novamente transformados em produtos
comercializáveis no mercado de consumo. A reciclagem propicia as seguintes
vantagens:
Preservação de recursos naturais;
Economia de energia;
Geração de emprego e renda;
Conscientização da população para as questões ambientais.
O material reciclável misturado no lixo fica sujo e contaminado, tornando seu
beneficiamento mais complicado. Ele deve ser separado em uma usina de reciclagem
através de processos manuais e eletromecânicos, conseguindo-se em geral uma
eficiência de apenas 3 a 6% em peso, dependendo do tamanho e do grau de
sofisticação tecnológica da usina.
A escolha do material reciclável a ser separado nas unidades de reciclagem
depende, sobretudo, da demanda da indústria. Todavia, na grande maioria das
unidades são separados os seguintes materiais:
Papel e papelão;
Plástico duro (PVC, polietileno de alta densidade, PET);
Plástico filme (polietileno de baixa densidade);
Garrafas inteiras;
Vidro claro, escuro e misto;
Metal ferroso (latas, chaparia etc.);
Metal não-ferroso (alumínio, cobre, chumbo, antimônio etc.)
5. CONCLUSÃO
Torna-se claro que os resíduos sólidos domésticos estão presentes em nosso
meio tanto nos municípios de maior dimensão territorial e populacional quanto nos de
menor população e território, apresentando características e composições diferentes.
Em função disso, é preciso um gerenciamento adequado para tratamento e disposição
final correta dos resíduos, e a reciclagem é um processo importante na destinação
dos resíduos sólidos domésticos, pois não necessita de um aterro para a disposição
de seus rejeitos. E se houver reciclagem e a coleta seletiva for realizada por terceiros
todas as alternativas serão viáveis economicamente em relação a coleta
convencional. Mesmo que não tenha vantagens econômicas é importante reafirmar
que há ganhos ambientais.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS