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Ética Profissional
Introdução
Para a realização do trabalho, foi empregue o método bibliográfico onde as fontes estão
devidamente citadas e presentes nas referências bibliográficas e o trabalho apresenta a seguinte
estrutura organizacional: capa, folha de feedback, recomendações de melhorias, índice,
introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
1 Ética profissional
1.1. Conceito de ética profissional
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Além da experiência e autonomia em sua área de actuação, o profissional que apresenta
uma conduta ética conquista mais respeito, credibilidade, confiança e reconhecimento de seus
superiores e de seus colegas de trabalho.
Mutas vezes a ética profissional é utilizada como sinónimo de deontologia. O termo deontologia
também deriva de duas palavras gregas deon, que significa "dever, "obrigação" e lógos, que
significa "razão", "lógica", "ciência". Assim, a ética pode ser entendida como a orientação do
carácter, enquanto a deontologia é a ciência do dever. Ambas cumprem a função de orientar as
condutas que devem ser realizadas pela empresa (Menezes, 2017).
Ser ético é agir orientado por princípios em vista do bem, sem jamais prejudicar o próximo. Ser
ético é cumprir os bons valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.
A ética profissional possui uma grande importância por orientar ao bom cumprimento de todas as
actividades de uma profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e por grupos
de trabalho.
A conduta ética também contribui para o andamento dos processos internos, aumento de
produtividade, realização de metas e a melhora dos relacionamentos interpessoais e do clima
organizacional.
Alguns conceitos são fundamentais para constituir o comportamento ético. São eles:
Virtude: essa característica pode ser definida como a “excelência humana” ou aquilo que
nos faz plenos e autênticos.
A ética não olha apenas para o interesse de uma pessoa, ela olha para o interesse de um grupo.
Cortella (2010, pg.106) fala que a ética, no seu sentido de conjunto de princípios e valores, é
usada para “responder as três grandes perguntas da vida humana: QUERO? DEVO? POSSO?”. A
ética na educação também está no auge, mas será que realmente se entende o que isso significa?
Quando se fala de ética na educação logo se pensa na conduta do professor em relação a seus
educandos. A ética gira em todos os princípios e valores que norteiam a acção estabelecendo
regras para o bem comum, tanto no individual como no colectivo, assim estabelece princípios
gerais. Boff aponta que “Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o
ambiente para que seja uma moradia saudável: materialmente sustentável psicologicamente
integrada e espiritualmente fecundada” (1997). No caso da educação gira em torno dos
educandos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, LEI Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990, Art. 53 diz que a
criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa,
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Sendo assim, o professor
precisa trabalhar e empenhar-se para que isso ocorra. Seja em suas atitudes docentes, nas relações
com os educandos, na postura do professor em sala, no chamar a atenção nas conversas, no
relacionamento com os profissionais da escola ou na forma como se comporta na sociedade, a
ética se faz presente como algo muito fundamental.
“A ética é o conjunto de princípios e valores da nossa conduta na vida junta. Portanto, ética é o
que faz a fronteira entre o que a natureza manda e o que nós decidimos. A ética é aquilo que
orienta a sua capacidade de decidir, julgar, avaliar.”
Ainda segundo Chauí (2002), a ética nasce da compreensão do carácter de cada pessoa, ou seja,
do senso da consciência moral próprio de cada indivíduo. Porém, faz coro com Sócrates ao
defender que nosso sentimento, nossa conduta, nossas acções e nossos comportamentos são
modulados pelas condições que vivemos (família, classe e grupo social, escola etc.), ou seja,
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afirma que somos formados pelos costumes de nossa sociedade, que nos educa para respeitarmos
e reproduzirmos valores propostos por ela como bons, logo, como obrigações e deveres.
Davis (1994) ressalta que o professor deve reconhecer que, desde muito pequenos, os alunos,
seguem algumas regras, explorando algumas e inventando e reinventando outras, construindo
com isso noções de certo e errado. O importante é que o professor perceba que, nem sempre o
sistema que rege a conduta infantil coincide com o desejável, por este motivo, deve o educador
ajudar o aluno a elaborar seus sistemas de valores, combiná-los com outros, reflectirem sobre sua
própria conduta e, a partir dessa reflexão, criar novos parâmetros para suas novas regras de
convivência. Agindo dessa forma, o professor trabalha mecanismos de autocontrole e
comportamento, além de estimular a cognição e a afectividade.
Trabalhar ética em sala de aula pressupõe, que por meio do letramento, de forma interdisciplinar
o tema seja abordado, visando garantir o respeito às diferenças e o combate ao preconceito e a
discriminação seja racial, social, religiosa, moral, intelectual, entre outras.
A Directrizes Curriculares para a Educação Infantil (DCMsEI) fala sobre três princípios:
Éticos;
Estéticos e;
Políticos.
Para a actuação do professor, seja com os educandos ou com o corpo docente, é necessário
possuir um estilo de vida equilibrado, desapegado de vícios que prejudiquem a si mesmo e aos
outros. Suas acções precisam conter: afecto, alegria, sobriedade, moderação e em seu modelo de
fala deve usar palavras cultas e não chulas ou gírias. Diante disso, não se pode deixar de pensar
na importância das vestimentas, que não devem ser inconvenientes como: rasgadas,
transparentes, curtas ou apertadas. É propício o uso de algo que lhe caia bem, seja descente e que
combine com ele/ela, ou seja, usar algo que mostre seu estilo, lembrando que até nisso será
copiado. A ética está presente em tudo. Cortella (2010, pg.107), diz que: “A ética é uma plantinha
frágil que deve ser regada diariamente.” Isso acontece no nosso quotidiano.
Com o corpo docente ou a gestão, seu relacionamento deve acontecer de forma singela e
colaborativa, pois ambos estão traçando objetivos para caminhos que os levarão a um só
objectivo, a uma educação de qualidade, a uma aprendizagem significativa e ao crescimento de
seus educandos. Ainda precisamos observar que é preciso tomar certos cuidados, principalmente,
na sala dos professores nos intervalos, nos momentos de estudos e, é claro, na sua vida
individual, dentre, os quais se podem relacionar:
Diante do exposto, acredita-se que a moral não nasce com os sujeitos, ela é construída e se
desenvolve ao longo da vivência dos indivíduos, resultante e dependente das interacções sociais e
culturais pelas quais eles passam. O desenvolvimento moral, portanto, é concebido como um
processo contínuo, desenvolvendo-se ao longo da vida e sendo incorporado directamente pelo
sujeito.
Vázquez (2000, p. 84), define que a moral é um sistema de normas, princípios e valores, segundo
o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade,
de tal maneira que estas normas, dotadas de um carácter histórico e social, sejam acatadas livre e
conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou
impessoal.
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Considerações
Com certeza, os professores comprometidos com a ética, influenciam eticamente seus educandos,
dando sua contribuição na transformação da sociedade. Sabemos que isso se constata em longo
prazo, mas com certeza no tempo presente influenciam a mudança de pensamento, de atitude, ou
seja, a vida de seus educandos. Dessa forma, constrói-se uma escola compromissada com saberes
profundos, onde as experiências são dinamizadas colectivamente entre cidadãos vindos do seu
próprio processo de construção, que assumam sua postura diante da vida, e que escolham sempre
o melhor para sua vida e para a sociedade. Uma escola capaz de olhar o educando em um todo,
acolhê-los, propondo assim um crescimento e desenvolvimento em todas suas dimensões, permite
que se tenha uma educação com tempero, preocupada com o desenvolvimento completo de
crianças e jovens, provocando, desse modo, uma grande mudança no futuro da sociedade.
Referências bibliográficas
Boff, Leonardo. (1997). A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1997.
Chauí, M. Convite à Filosofia. (2002. 12ª. ed. São Paulo: Ed. Ática.
Davis, C. (1994). Psicologia da Educação. 2ªed. Ver. São Paulo, SP: Cortez.
Mattje. Gilberto Dari. Tosco. (2009). Campo Grande: Gráfica e Editora alvora.
Menezes, Pedro. (2017). Ética Profissional. Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
1ª ed, Editora Tesla
Vázques, Sánchez Adolfo. (2000). Ética. Trad. João Dell´Anna. 20. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira.