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Recursos naturais
Introdução
Os recursos naturais fundamentam-se na visão particular dos homens, que continuamente estão
examinando seu meio ambiente físico para avaliar os elementos orgânicos e inorgânicos
existentes e suas utilidades correspondentes. Assim, os recursos naturais têm sido utilizados pelo
Homem, quer para a sua sobrevivência, quer em diversas outras actividades, uma variedade de
matérias-primas que obtém a partir de fontes existentes no meio ambiente. Desse modo, os
recursos naturais são elementos encontrados na natureza com o objectivo do desenvolvimento da
civilização, sobrevivência e conforto da sociedade em geral, os quais lhes foram atribuídos,
historicamente, valores económicos.
Para a realização do trabalho, foi empregue o método bibliográfico onde as fontes estão
devidamente citadas e presentes nas referências bibliográficas e o trabalho apresenta a seguinte
estrutura organizacional: capa, folha de feedback, recomendações de melhorias, índice,
introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
1. Recursos naturais
1.1. Conceito de recursos naturais
De acordo com Dias (2013), são considerados recursos naturais tudo aquilo que é necessário ao
homem e que se encontra na natureza, dentre os quais podemos citar: o solo, a água, o oxigénio, a
energia oriunda do Sol, as florestas, os animais, dentre outros.
O termo surgiu pela primeira vez na década 1970, por E.F. Schumacher, no seu livro intitulado
Small is Beautiful.
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Figura 1. Recursos naturais (Fonte: http://professoresppta.wordpress.com/pae/14/
Os recursos naturais podem ser classificados em: recursos naturais renováveis e recursos
naturais não-renováveis.
Os recursos renováveis são aqueles que, depois de serem utilizados, ficam disponíveis
novamente graças aos ciclos naturais. Por exemplo: A água no seu ciclo hidrológico, o ar e a
energia eólica, estes são exemplos destes tipos de recursos. Ao passo que os recursos não-
renováveis são aquele que, uma vez utilizados, não pode ser reaproveitado. Um exemplo
característico é o combustível fóssil que, depois de ser utilizado, não pode ser reaproveitado, esta
perdido para sempre. Dentro dos recursos não-renováveis e possível, ainda, identificar duas
classes: a dos minerais não-energéticos (fósforo, cálcio etc.) e a dos minerais energéticos
(combustíveis fosseis e urânio). (Benedito et al., 2005).
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1.2.1. Classificação dos recursos naturais quanto à natureza
Os recursos naturais são classificados, segundo sua natureza, em recursos minerais, recursos
biológicos (agro-pecuários, florestais e marinhos), recursos hídricos e recursos energéticos.
Os recursos minerais podem ser definidos como substâncias de ocorrências naturais que podem
ser extraídas da terra e têm utilidade como combustível e matérias-primas. Carvão, petróleo e gás
– chamados colectivamente de combustíveis – são, geralmente, incluídos nesse grupo, mas não
são realmente minerais, já que são de origem orgânica (Dias, 2013).
Os minerais são substâncias inorgânicas que podem ser formadas por um único elemento
químico, como o ouro, a prata ou o cobre, ou por combinações de elementos. Alguns minerais
estão concentrados em zonas de mineralização, em rochas associadas com os movimentos
crustais ou actividade vulcânica. Outros podem ser encontrados em sedimentos, como os
depósitos pláceres e depósitos aluviais, que contêm, além de areia, altas concentrações de
minérios preciosos originários do intemperismo das rochas, transportados e depositados no leito
de um rio, por exemplo.
Segundo Dias (2013), Depósitos de pláceres – Pláceres são depósitos minerais formados por
concentração mecânica de partículas minerais detríticas em ambientes subaquosos, podendo
ocorrer em rios, lagos, praias e assoalho marinho (plataforma continental). Originam-se de rochas
e minerais de veio (por erosão mecânica) e, principalmente, de formações sedimentares (já
concentradas originalmente). Os rios e as geleiras são os principais agentes transportadores destes
minerais para a região costeira.
Recursos minerais metálicos – são os que contém na sua composição elementos físicos e
químicos de metal, que possibilitam uma razoável condução de calor e electricidade
exemplos: ferro, alumínio e cobre.
Dentro da classe dos metálicos os minerai são divididos em subclasses que são:
Minerais metálicos básicos – que são o ferro, cobre, zinco, estanho, chumbo, etc.
Minerais metálicos de liga – que são o tungsténio, molibdénio, vanádio, cobalto,
cromam, manganês, etc.
Minerais metálicos preciosos – são o ouro, a prata, platina, etc.
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Recursos minerais não metálicos – minerais que não contém em sua composição
propriedades de metal. Exemplos: diamante, calcário e areia, entre outros.
Minerais não metálicos podem ser divididos também em subclasses, conforme a sua utilização:
Os recursos biológicos são a matéria e a energia que o ser humano pode obter dos seres vivos,
tais como matérias-primas para o vestuário, calçado, mobiliário e alimentos. Incluem os recursos
agro-pecuários, os recursos florestais e os recursos marinhos (Dias, 2013).
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Os recursos marinhos - incluem os animais marinhos e as algas que fornecem alimentos
e matérias-primas. Diversas espécies de peixes, crustáceos e moluscos são capturadas para
alimentação humana e as algas são colhidas, sendo matéria-prima para diversas indústrias,
como a farmacêutica.
1.2.1.3. Recursos hídricos
Os recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas disponíveis para qualquer tipo de
uso de região ou bacia. As águas subterrâneas são os principais reservatórios de água doce
disponível para o homem (aproximadamente 60% da população mundial têm como principal
fonte de água os lençóis freáticos ou subterrâneos). (Araújo, 2010).
Recursos hídricos são os corpos de água que existem no planeta, desde os oceanos até aos rios
passando pelos lagos, lagoas e rios. Estes recursos devem ser preservados e utilizados de forma
racional, e no caso da gestão irracional deste recurso pode vir a causar grandes problemas
ambientais como por exemplo escassez da água, (Lencastre, 1990).
Sendo a água um recurso renovável, estaria sempre disponível para o homem utilizar. No entanto,
como o consumo tem excedido a renovação dela, actualmente, verifica-se um estresse hídrico, ou
seja, falta de água doce, principalmente, junto aos grandes centros urbanos e também a
diminuição da qualidade da água, sobretudo, devido à poluição hídrica por esgotos domésticos e
industriais.
Segundo alguns especialistas como (Rogers et al.,2006) eles salientam que a crise da água nos
últimos anos é muito mais de gerenciamento, isto é, o uso irracional deste recurso. Entretanto,
para outros especialistas como (Gleick, et al., 2000) é resultado de um conjunto de problemas
ambientais agravados tais como:
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Embora a água tenha uma capacidade de renovação cíclica, o aumento do consumo pode
ser maior do que essa reposição natural, gerando escassez.
Poluição e degradação das reservas hídricas, isto pode ser causada pelas actividades
antrópicas, através da remoção das matas ciliares responsáveis por impedir o avanço do
processo de degradação e com o tempo os rios afectados deixam de existir ou diminuir
consideravelmente com a vasão das suas águas. Poluição feitas pelas grandes indústrias de
comércios. (Tundisi et al., 2008).
Ausência de infra-estruturas, isso acontece por questões económicas, sobretudo em
países periféricos, onde os problemas relativos a falta de recursos afectam os
investimentos em sistemas de captação, armazenamento e distribuição da água para a
população e actividades produtivas.
1.2.1.4. Recursos energéticos
Recursos energéticos são todos aqueles recursos que, directa ou indirectamente, originam ou
acumulam energia. O carvão e o petróleo são recursos naturais energéticos. Por vezes, a água é
também considerada um recurso energético, pois as barragens transformam a força da água em
energia. Geralmente, os minerais não são energéticos, com excepção do volfrâmio, o urânio e o
plutónio, por se tratarem de substâncias radioactivas e usadas para a geração de energia (Dias,
2013).
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termoeléctricas mundiais por mais de 200 anos. Isso o torna, no momento, o substituto
imediato do petróleo. Outra vantagem em relação ao petróleo é o seu custo. O carvão
mineral é o combustível fóssil mais barato e, por isso, é amplamente utilizado por países
de economia emergente, como a Rússia, a China e a Índia.
2. Importância dos recursos naturais
Recursos hídricos
A água é um recurso natural de valor inestimável. Mais que um insumo necessário à produção e
um recurso estratégico para o desenvolvimento económico, ela é vital para a manutenção dos
ciclos biológicos, geológicos e químicos, que mantêm em equilíbrio os ecossistemas. Ela também
é uma referência cultural e um bem social básico para a adequada qualidade de vida da
população.
Recursos minerais
Os recursos minerais têm uma importância significativa para a sociedade, a tal ponto que as fases
de evolução da humanidade são divididas em função dos tipos de minerais utilizados: idades da
pedra, do bronze, do ferro, etc.
Entre os recursos minerais metálicos mais usados, estão o ferro, que é a principal composição do
aço e pode ser usado, por exemplo, para a fabricação de ferramentas; o alumínio que, oriundo da
bauxita, é usado para fabricação de automóveis, panelas, aviões, entre outros; o cobre, que é
comummente usado para a fabricação de cabos eléctricos. Além disso, entre os recursos minerais
não metálicos mais usados, estão o diamante, usado para a fabricação de jóias, mas também para
fabricação de brocas que são usadas para perfurar poços artesianos; a areia, que é usada para
fabricação de concreto e de vidro; e o calcário, que é usado para fabricar cimento, giz, cal e ainda
para corrigir solos e tratar água. Depois, temos os recursos energéticos fósseis, que envolvem o
petróleo, usado para fabricação de produtos de plástico e para a extracção de combustíveis, como
querosene, diesel e gasolina; gás natural, que é usado em residências e indústrias como
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combustível; e o carvão mineral, que tem seu uso agregado na indústria química, além de servir
de fonte de energia (Abreu, 2018).
Recursos biológicos
Os recursos biológicos são recursos naturais de extrema importância para a vida do homem na
Terra. A partir dos recursos biológicos o homem pode obter materiais e energia através da
exploração por meio de actividades como a agro-pecuária, a pesca, a caça, agricultura e extracção
de madeira das florestas.
As florestas também têm uma função excelente de regular o clima, pois elas, pelo sistema da
fotossíntese, absorvem o gás carbónico, o qual eliminamos com a respiração e aquele decorrente
de inúmeras actividades humanas, que foram intensificadas no período pré-industrial e industrial.
Porém, isso não é certo apenas para as florestas tropicais. Pensemos que nas florestas, de
quaisquer tipos, existe uma infinidade de formas de vida maravilhosamente adaptadas à vida
florestal, sendo que se essas florestas desaparecem, também desaparecerão esses organismos
(Dias, 2013).
Recursos energéticos
As energias utilizadas pelo Homem no seu dia-a-dia provêm de diversos recursos. Os recursos
energéticos são, nos nossos dias, fundamentais para toda a vida humana, principalmente para a
actividade industrial. E um dos exemplos é o petróleo que é actualmente a fonte de energia mais
utilizada e a base da actual sociedade industrial. A sua utilização é fundamental na produção de
energia eléctrica, combustíveis para os transportes e máquinas industriais, e ainda como matéria-
prima para um conjunto diversificado de produtos (por exemplo: plásticos, fertilizantes, roupa,
garrafas, pasta de dentes, etc.). O carvão e o petróleo são das maiores fontes de poluição do ar
(Mota & Viana, 2017).
A água, por ser um recurso de importância vital e de ocorrência aleatória, é foco de muitas
disputas e conflitos. O fato é que alguns factores consorciados, como o aumento populacional, a
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degradação dos recursos hídricos, a distribuição irregular da água no planeta, os limites
tecnológicos, ou mesmo a actual falta de consciência para estabelecer a relação adequada com o
recurso, tem feito com que a cada dia o recurso se torne mais escasso no planeta.
É comum se pensar que a preservação e o uso consciente da água deve partir apenas do governo
ou das empresas e indústrias, que são os maiores poluidores. Mas a população também pode
ajudar com atitudes simples e mudanças de hábitos:
Ao escovar os dentes, fazer a barba, lavar vasilhas e roupas, só abrir a torneira quando
necessário. Deixá-la aberta durante todo o processo desperdiça mais de 100 L de água;
Evite banhos demorados. E só abra o chuveiro após ter tirado toda a roupa;
Jamais jogue o óleo utilizado nas pias! Coloque-o em garrafa plástica bem tampada e
jogue-os no lixo. Um litro de óleo contamina 1 milhão de litros de água;
Ao lavar o carro, utilize balde ao invés da mangueira; use vassoura ao invés da mangueira
para limpar a calçada;
Contudo, a gestão dos resíduos hídricos é um dos instrumentos que pode minimizar os atuais
conflitos existentes entre os multiusuários da água. Para Carvalho et al (2005), a gestão pode ser
eficiente nesse sentido, pois entre seus principais objetivos estão: manter, amenizar ou contornar
os conflitos de uso entre os vários usuários, visando assegurar água em quantidade e qualidade.
É preciso lembrar também da importância do tempo nos processos de renovação dos recursos
naturais. Algumas espécies de vegetais, considerando o exemplo acima citado, demoram vários
anos para se tornarem adultas e oferecerem nutrientes, frutos e alimentos para a natureza. Nesse
meio tempo, muitos prejuízos podem ser causados à natureza. Por esse motivo, pensar em
sustentabilidade é ir além do famoso discurso do “plantar duas árvores a cada uma que for
derrubada”.
Dessa forma, pensar em desenvolvimento sustentável é pensar em mais do que simplesmente não
utilizar os recursos não renováveis em detrimento dos renováveis. Uma economia sustentável,
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para ser operada, requer o conservacionismo dos elementos da natureza, minimizando os seus
impactos sem, no entanto, deixar de atender às necessidades básicas da população.
Outro ponto importante é a redução do consumo. Estudos apontam que se toda a população do
planeta seguisse os padrões norte-americanos de consumo, a humanidade precisaria de mais dois
planetas e meio! Por isso, não é possível pensar em desenvolvimento sustentável sem considerar
a redução dos excessos consumistas, bem como a realização de uma distribuição de riquezas, que
minimizem casos de desigualdade no acesso às riquezas produzidas pela natureza (Pena, 2018).
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