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ADELINO, Ensaios Filosóficos, Volume XXIII – Julho 2021

Artigo Internacional: Ética e deontologia profissional no contexto


escolar angolano - uma visão filosófica
Arligton Abraão Dias Adelino1
Resumo
O presente artigo, visa demostrar a preponderância da ética e da deontologia profissional
docente no contexto escolar angolano; e esta importância acarreta uma carga filosófica,
permitindo neste caso, a presença de uma reflexão profunda sobre a aplicabilidade e
execução do processo relativo à ética e deontologia profissional do professor nas escolas
angolanas. Numa visão mais isolada, a ética preocupa-se com o estudo dos problemas
fundamentais da moral, a natureza do bem e do mal, as questões relacionadas com a
consciência moral, ela, a ética é a primeira fiscalizadora por excelência do agir moral. Já,
o termo deontologia, designa o código moral ligados as regras e procedimentos próprios
de determinada categoria profissional, ela representa a ciência do dever em geral. Por
isso, o tema aqui abordado, espelha com objetividade que a ética e a deontologia
profissional no contexto escolar angolano, deve ser reforçada, isto é, os órgãos
competentes, na construção de políticas educativas , assim como o Ministério da
Educação em combinação as instituições versadas na formação e preparação de
indivíduos para o exercício da função docente (professores), devem criar um caderno de
princípios éticos e deontológicos, que vão orientar profissionalmente a conduta
comportamental do professor no pleno exercício de sua profissão; ajudando assim na
edificação de uma sociedade saudável.
Palavras chaves: Filosofia, Ética, Deontologia, Escola, Educação, Docente.

Abstract
This article aims to demonstrate the preponderance of ethics and professional teaching
deontology in the Angolan school context; and this importance entails a philosophical
burden, allowing, in this case, the presence of a deep reflection on the applicability and
execution of the process related to ethics and professional deontology of the teacher in
Angolan schools. In a more isolated view, ethics is concerned with the study of the

1
Mestrado em Filosofia, pela Faculdade de Humanidades - Universidade Agostinho Neto,Luanda/
Angola;Doutorando em Ciências Sociais, na especialidade de Ciências Políticas, na Faculdade de Ciências
Sociais - Universidade Agostinho Neto, Luanda-Angola.Professor de Filosofia;Lecionou Filosofia Geral e
Filosofia da Educação, no Instituto Superior de Serviço Social ISSS, (Luanda-Angola); nos cursos de
Licenciatura em Serviço Social e Educação de Infância.
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fundamental problems of morality, the nature of good and evil, issues related to moral
conscience, it, ethics is the first supervisor par excellence of moral action. The term
deontology, on the other hand, designates the moral code linked to the rules and
procedures of a given professional category, it represents the science of duty in general.
Therefore, the theme discussed here objectively reflects that ethics and professional
deontology in the Angolan school context must be strengthened, that is, the competent
bodies, in the construction of educational policies, as well as the Ministry of Education
in combination with the institutions versed in the formation and preparation of individuals
for the exercise of the teaching function (teachers), they must create a notebook of ethical
and deontological principles, which will professionally guide the behavioral conduct of
the teacher in the full exercise of their profession; thus helping to build a healthy society.
Key words: Philosophy, Ethics, Deontology, School, Education, Teacher.

Introdução

O tema em questão, leva-nos a fazer, profundas reflexões sobre a realidade da


aplicabilidade da ética e deontologia profissional no contexto escolar angolano; temos o
pleno conhecimento, que não existe dentro do sistema educacional angolano, um caderno
específico de ética e deontologia profissional, que coadjuve as escolas e os professores a
manter uma conduta saudável e um relacionamento íntegro entre os gestores escolares,
professores, pessoal administrativo e os alunos.
A ausência de uma pauta ética e deontológica nos meandros do nosso sistema
educativo, deve-se à inexistência de uma medida estratégica por parte dos órgãos
competentes e reitores de todas as políticas inerentes ao sistema de educação, em inserir
a nível das instituições de formação de professores, quer seja do ensino superior, assim
como nas escolas de nível médio, a cadeira de ética e deontologia profissional do
professor ou para o professor; sendo assim, o docente é aquele que nele recai a grande
responsabilidade de fazer com que o processo de ensino e aprendizagem ganhe o seu
verdadeiro sentido, já que o mesmo é o grande facilitador (no processo de transmissão de
conhecimentos) e um agente direito na relação com os alunos, aqueles que são
considerados como sendo o centro de qualquer atividade docente - educativa.
Neste artigo, trazemos apenas três importantes partes, e cada uma delas
corresponde a um capítulo. Cada parte detalha objetivamente, alguns aspectos necessários
que visam fazer compreender com bastante precisão a questão da reflexão filosófica sobre
os princípios da ética e da deontologia profissional no contexto escolar e a sua
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aplicabilidade. Cada grupo profissional possui seus princípios éticos, que proporcionam
um grande equilíbrio comportamental, o bom funcionamento institucional, a boa relação
laboral, evitando assim, que ninguém saia prejudicado no decorrer de qualquer atividade.
Esses grupos também têm um conjunto de preceitos que orientam os seus deveres e suas
obrigações enquanto profissionais. Não basta que o professor em sua preparação
académica tenha apenas a disciplina de Ética, é necessário que haja uma combinação
perfeita entre a ética e a deontologia no contexto da profissão docente. Por isso, notando
um défice de conteúdos ligados ao tema em referência, por parte de vários profissionais
de Educação e de várias instituições de ensino, principalmente nas escolas de formação
de professores, surgiu a ideia de pôr a prova a nossa capacidade reflexiva e de
investigação, com o intuito de contribuir de certo modo, com esta singela obra.
Os países considerados do primeiro mundo (desenvolvidos), somente conheceram
a porta da prosperidade, em todos aspectos, devido a alta valorização e qualificação de
seus sistemas de educação. Para que tenhamos recursos humanos capazes de fazer frente
aos grandes desafios da vida e do país, é de tamanha necessidade que apostemos com
rigor na formação integral do professor, munindo-o de virtudes e valores para o exercício
justo e correto da sua atividade.

Filosofia e seus fundamentos


Filosofia significa etimologicamente «amor à sabedoria»; teria sido Pitágoras,
matemático e filósofo grego do VI século a.C., o criador do vocábulo. Anteriormente, os
filósofos chamavam-se simplesmente, sábios (sofos). Mas Pitágoras, sob a alegação de
que a sabedoria é um atributo de Deus, teria escolhido para si um qualificativo mais
modesto: “filósofo” ou amigo (filos) do saber (sofia).
Os primeiros filósofos gregos (VI e V séculos a.C.) especularam sobre a origem e
natureza do mundo material. Desejavam saber qual é o elemento primordial que, por
combinações e transformações sucessivas, teriam derivado todas as coisas.
Questionavam-se: seria a água? Seria o ar? Seria o fogo? O indeterminado? Os átomos?
Estas e outras soluções foram alternadamente apresentadas por filósofos como Tales de
Mileto, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Demócrito etc. A Filosofia começou
nestes termos, por ser uma cosmologia (Ciência das leis que regem o universo), e os
primeiros filósofos foram designados de «físicos», isto é, filósofos da natureza.
Anterior a qualquer conhecimento consolidado na Grécia Antiga, sabe-se que a
África foi o ponto de partida e de influência para a concepção do conhecimento filosófico;
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Visto que, aqueles que foram considerados pioneiros e impulsionadores da Filosofia


grega (Tales de Mileto, Pitágoras de Samos e outros), obtiveram acesso aos
conhecimentos egípcios (Kemet), e de outras civilizações africanas; a África neste caso,
é considerada como o baú do tesouro filosófico, que sustentou e deu uma certa hegemonia
à Filosofia Ocidental, especificamente a Grega. Segundo KAMABAYA (2014:19) “toda
a humanidade nasceu e desenvolveu-se em África e, foi ali, onde se criou a primeira
civilização do mundo – a civilização Egípcia; foi esta civilização que criou e desenvolveu
a Medicina, a Arte e a Ciência que mais tarde legou, sobretudo, aos Gregos”.
O objeto de estudo da Filosofia é a «totalidade do real», isto é, a Filosofia estuda
todas as coisas do universo, estudo tudo aquilo que existe no cosmos.
O método adoptado pela Filosofia é o «reflexivo ou raciocinativo» e este método
integra dois procedimentos: o dedutivo e o indutivo. A Filosofia não se serve de
instrumentos concretos para determinar o seu objeto de estudo, mas sim, usa a «razão»,
ou serve-se da faculdade mental para atingir as suas finalidades. Ela, deseja oferecer
explicações conclusivas dos fenómenos da vida e da natureza, e para consegui-la, serve-
se somente da razão.
O objetivo é a finalidade de cada estudo; de certa forma, qualquer pesquisa de um
determinado problema ou fenómeno, prende-se a certo objetivo ou finalidade. LAU
(2005:12), assume que o objetivo da Filosofia, descreve-se nos seguintes termos:
• A aquisição ou apreensão do conhecimento só pelo conhecimento, facilitando
assim a elaboração de uma visão geral do mundo (cosmovisão);
• Estimular a pesquisa, quer seja científica, quer seja especulativa (a sua excelência
pedagógica);
• Promover a cultura da humanidade.

MONDIN (2008:8), afirma que o objetivo da Filosofia não busca fins práticos e
não tem interesses externos como a Ciência, a arte, a religião e a técnica; a Filosofia tem
como único objetivo, o conhecimento; ela procura a verdade pela verdade.

Filosofia da vida
O homem é um ser dotado de razão. Ele tem a capacidade de pensar, abstrair,
refletir e analisar a realidade que o circunda. O mesmo elabora raciocínios e forma juízos;
reside nele a possibilidade e a capacidade ímpar de criar mecanismos para a cogitação
dos problemas que afetam a vida e a natureza. Segundo Boécio, filósofo cristão “o homem
é uma substância individual de carácter racional, porque somos por natureza filósofos,
seres dotados de razão”. Enquanto, que Gramcis(1978:44), alegava que, “não se pode
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pensar em nenhum homem que não seja também Filósofo, que não pense como tal, pois
pensar é próprio do homem”; quer isto dizer que, as questões de âmbito filosófico, são
partes do nosso quotidiano. Se os filósofos do Direito investigam os fundamentos
filosóficos do Direito, se os filósofos da Educação investigam as leis da pedagogia, se os
filósofos da Linguagem abordam questões prementes da linguagem tais como: a origem,
a natureza e o verdadeiro valor da linguagem etc., qualquer pessoa com a sua plena razão
pode também especular sobre estas questões, ainda que o faça de forma pouco rigorosa e
sem observância dos critérios científicos.
Quando assim acontece estamos perante diversas formas de Filosofia. Estamos
perante a Filosofia da vida ou do quotidiano, do senso comum ou dito de outra forma,
estamos diante de uma filosofia vulgar. A Filosofia da vida ou do quotidiano, pode
expressar-se de várias formas, em função do estilo de vida ou opiniões que cada um de
nós adoptar; a Filosofia de vida é o modo ou a postura que cada um de nós adopta, abraça
em função às várias situações que surgem e ocorrem em nossa vida. É a forma que cada
um de nós tem de ver a vida e de vivê-la conforme os seus desígnios.
Quando criamos um estilo de vida só nosso, nos abstendo do anterior modo de
viver, como por exemplo: quando abandonamos algumas dietas alimentares, como deixar
de comer alimentos conservados e aderir a uma dieta na base de alimentos naturais;
quando abandonamos decisivamente de se alimentar da carne animal e nos apegamos ao
uso de vegetais nas nossas dietas alimentares (vegetarianismo); quando deixamos de usar
regularmente roupas muito extravagantes e adoptamos o uso de vestuários mais decentes
(formais); quando preferimos deixar o luxo e o conforto das grandes cidades para
passarmos a viver em pequenas e humildes vilas, estamos perante uma Filosofia de vida;
quando preferimos abandonar um emprego bem remunerado e adoptamos um outro onde
a remuneração não é tão aliciante, tudo porque valores morais e éticos devem ser
preservados para o nosso bem estar emocional e para manter a nossa dignidade firme,
estamos perante uma Filosofia de vida; também quando achamos melhor deixar de uma
determinada crença religiosa e aderimos a outra, por questões de preferência; quando
criamos o gosto apreciativo por músicas nacionais e nos abstemos de músicas de outras
paragens, estamos perante uma Filosofia de vida ou do quotidiano. Somos todos por
natureza filósofos, pois temos todos uma perspectiva, uma visão sobre a vida e o mundo.

Filosofia da Educação
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O Filósofo é aquele que promove o desejo incessante de saber (amigo da


sabedoria). É próprio do homem ser filósofo, interrogar-se sobre si mesmo, sobre o
universo que o rodeia e sobre Deus. Por isso, a Filosofia é tão antiga quanto o homem.
Por ser a Filosofia o único saber absoluto, só ela é atitude pura, radicalmente
teorética. É o conhecimento maior, é o heroísmo intelectual. O filósofo nada deixa
debaixo dos seus pés que lhe sirva de incómodo. Renuncia a toda segurança prévia,
coloca-se em perigo absoluto, prática o sacrifício de todo o seu ser ingénuo, suicida-se
como homem vital para renascer transfigurado em pura intelecção.
O objetivo da Filosofia, também se descreve dentro do esclarecimento lógico das
ideias. A Filosofia não é uma doutrina, mas uma atividade. O resultado da Filosofia não
são os axiomas filosóficos, mas a clarificação dos princípios. A Filosofia é a interrogação
constante e o questionamento radical das coisas e das suas causas, dos fenómenos da vida
e da natureza.
O homem é apenas o que é pela educação. Daí, que o homem, pode ser definido
como um ser educado e educável.
A palavra “Educação” provém etimologicamente do verbo latino Ducere, que
significa: conduzir, guiar; e ainda Educere, conduzir para fora, tirar, dar à luz.
Em algumas tradições, a educação é definida como a arte ou o processo de inserir,
integrar o indivíduo dentro de uma determinada cultura, quer seja social, política,
económica, religiosa, etc.
A Filosofia e a Educação, aglutinadas resultam na Filosofia da Educação,
funcionando assim como edifício pedagógico que vai respondendo às questões como:
• O que é a Educação?
• Quem tem o direito de educar?
• Educar a quem?
• Qual é a sua finalidade?

A Filosofia da Educação é um saber racional e crítico das condições de


possibilidade da realidade experimental educativa no seu conjunto, ou saber crítico que
esclarece os conceitos os enunciados e as argumentações que os educadores e os
pedagogos utilizam. A Filosofia de Educação é um dizer peculiar sobre os factos e
fenómenos educativos; dizer que tem a ver com a ação de observar e contemplar o
processo educativo para depois dar-lhe subsídios. O filósofo da educação deve preocupar-
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se com o que se quer em educação, mas também com o que se diz sobre a Educação,
OLIVEIRA (1997: 10-22).

Ética - sua referência normativa


A origem etimológica do termo Ética provém do grego “Ethos” que significa
modo de ser, estar ou carácter.
Ética é um princípio que deve nortear qualquer indivíduo dentro do seu contexto
de convivência, para garantir a socialização amena nas relações inter-pessoais. Por isso,
atualmente, no âmbito profissional, a Ética se associa à Deontologia, que é a base
fundamental no exercício dos deveres e obrigações de uma determinada profissão; uma
vez que ele, o profissional, deve ser dentro do seu sector laboral, alguém que promova
um comportamento salutar no seio de sua classe e cumpra com zelo e abnegação as tarefas
que lhe são consignadas. É neste prisma, que nos propusemos refletir em torno da Ética
e Deontologia profissional dos professores.
Mazula (2005:36), afirma que não é possível esgotar a reflexão sobre a Ética e
nunca se esgotará, pois, o percurso histórico mostra que a Ética foi e é uma preocupação
da humanidade em todos os tempos. A Ética, numa perspectiva filosófica, é concebida
como parte da Filosofia que se ocupa do estudo dos costumes, da moral e dos deveres do
homem; ciência que trata da ambivalência entre o bem e o mal e estabelece o código
moral de conduta.
Parafraseando Olivares (2009) “a Ética é uma ciência que estuda os valores e
virtudes do homem estabelecendo um conjunto de regras de conduta e de postura a serem
observadas para que o convívio em sociedade possa se dar de forma ordenada e justa”.
Por isso, vários estudiosos da matéria afirmam que a Ética não é uma opção, mas uma
necessidade, visto que ninguém pode viver sem uma normativa ética. A Ética é a arte do
bem-estar, do bem viver, não é mais do que a aplicação correta de comportamentos e
atitudes que proporcionam uma saudável convivência.

A Ocupação da Ética
A Ética desempenha uma preponderante tarefa no exercício das atividades de
qualquer profissional, por ser ela a fiscalizadora integral da moral, como tal.
A Ética ocupa-se em dizer que os profissionais devem ser competentes e
responsáveis no exercício das suas atividades. Neste contexto, observa-se que o professor
para desempenhar com maturidade e perspicácia a sua atividade, deve pautar-se por uma
conduta ética.
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Durante muitos anos, a Ética foi marginalizada nos currículos de formação de


professores, atualmente, a questão da Ética associada à Deontologia, tem sido muito
discutida como tema de transversal importância a nível das instituições de formação de
professores.

Consciência Moral
Por consciência moral entende-se a função que nos permite distinguir o bem do
mal, orientar os nossos actos e julgar estes segundo o seu valor. Há assim, na consciência
moral, três aspectos fundamentais: discriminativo (distinção do bem e mal), prescritivo
(orientação do comportamento) e apreciativo (juízos de valor sobre os atos realizados).
Compreende-se que a consciência moral seja a primeira condição de toda a
moralidade. É por ela que a vida moral começa. É a sua presença que distingue o homem
do animal, a criança do adulto, etc.
A consciência moral também é definida como a dimensão ética que avalia
racionalmente as ações ou atos humanos como sendo bons ou maus, adequando-os à
virtude ou ao vício. Pode ainda ser definida como faculdade que permite ao homem
avaliar o bem e o mal no seu comportamento. A natureza da consciência moral pode ser
interna ou externa. Interna porque há comportamentos normativos da consciência pessoal
do sujeito que são diferentes dos do coletivo e que o sujeito os leva para o grupo; externa
porque há normas de valor coletivo que não dependem do interior do sujeito e os quais
deverão ser aceites e interiorizados para harmonia da sociedade, entre o indivíduo e o
coletivo.

Liberdade e Responsabilidade Moral


A liberdade moral é a faculdade ou capacidade natural do homem que o leva a
agir autonomamente em relação aos demais seres que o rodeiam. Ora, agir implica ser
com ou ser em relação a outra coisa; logo, exige-se o livre-arbítrio que consiste em agir,
mas respeitando a liberdade dos outros. Significa, neste sentido, que pensar numa
liberdade absoluta é uma utopia. É aqui, onde se encontra a liberdade condicional ou
liberdade relativa. Por exemplo, num meio público, não se deve gritar como se quer, mas
pode-se falar educadamente, de forma a respeitar as regras da boa convivência. Podemos,
neste caso, lembrar de uma frase muito antiga e muito usada inerente à questão da
liberdade: «a minha liberdade começa onde termina a liberdade do outro e termina onde
começa a liberdade do outro».

Existe os seguintes tipos de Liberdade:


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Liberdade Política - o ato de eleição dos dirigentes da nação é livre; Liberdade


económica – quando o homem se sente livre de dispor dos seus bens como quiser;

Liberdade científica - o homem é livre de investigar, estudar qualquer matéria


da vida humana e não humana; Liberdade social, moral, etc.

A Responsabilidade Moral é a capacidade moral do homem que consiste em


assumir a culpa e responder pelos atos por si executados. A responsabilidade pelos seus
atos pode manifestar-se em forma de um peso de consciência ou de remorso pelos atos
praticados, pois qualquer que seja a nossa ação, deve ter-se em mente a hipótese de
prestação de contas, pagar ou não pelo ato cometido. A responsabilidade pode ser
individual e coletiva, por existirem também atos individuais e coletivos. Por exemplo: a
higiene do bairro, da cidade e a pessoal, LAU (2008:50).

O Professor Ético
O Professor não é aquele que afirma ser o detentor do conhecimento. O verdadeiro
professor é aquele cujo a sua maior convicção assenta-se principalmente na capacidade
ímpar de aprender incessantemente e de partilhar de forma simples e clara o conhecimento
por si apreendido, de modo a facilitar o processo de ensino - aprendizagem; e deve,
obviamente, ser um modelo de maturidade, decência e integridade para com os seus
alunos. Nos dias de hoje, raramente encontramos professores com um nível ético
recomendável; muitos por ignorância própria e outros por não terem passado por uma
instituição escolar que o proporcionasse uma grelha curricular, em sua formação,
contendo disciplina de Ética ou similar.
Apontamos aqui, algumas características de um professor ético:
• Ser altruísta, promotor do amor para com o outro, dentro do exercício das suas
atividades e não só;
• Saber manter uma convivência saudável com os seus colegas – outros docentes,
pessoal administrativo e alunos;
• Ser aquele que encara com simpatia o erro do seu aluno e o corrija com sabedoria
e amor, sem ferir sensibilidades;
• Deve evitar fazer comentários desnecessários sobre um facto desconhecido (deve
falar das coisas com conhecimento de causa);
• Evita promover conflitos negativos entre os alunos, quando estiver no exercício
de suas funções;
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• Ser aquele que se procede integramente sem prejudicar os outros;


• Deve evitar desenvolver relacionamentos amorosos (íntimos) com os discentes;
• Ser aquele que se orgulha com a sua profissão;
• Não deve temer as consequências das suas atitudes ou comportamento, porque
tem de julgá-los sempre como corretos;
• O professor ético é bom, correto, justo e honesto.

O professor ético deve ser um modelo de virtudes, para que possa influenciar os
seus alunos a serem pessoas de bem e capazes de construir uma sociedade harmoniosa
em todos os aspectos.

Escola - espaço de ensino e aprendizagem


A Escola é uma instituição organizada com responsabilidades acrescidas no
processo de ensino e aprendizagem. A Escola é um aparelho ideológico do Estado; isto
quer dizer que as suas condições educativas e as suas políticas de desenvolvimento devem
ser orientadas pelo Estado, ALTHUSSER (1970). Segundo Bourdieu e Passeron (1970),
a Escola é uma instituição que serve para garantir a manutenção da ordem social; ela
também é reprodutora da cultura dominante e cujo modus operandi, visa selecionar os
bons alunos e excluir os outros.
Já, Dubet (1996:170-175), afirma que a Escola é um aparelho de socialização
encarregado de transmitir uma cultura e de distribuir qualificações; e essas qualificações,
dependem das condições sociais e culturais de origem dos alunos. Sendo a Escola um
espaço de ensino e aprendizagem, para que o ensino se faça na sua plenitude e se realize
a aprendizagem, é necessário que os profissionais de Educação (gestores escolares,
professores e os demais profissionais), devem agir com competência, promover a
construção do diálogo e do companheirismo ético. Os gestores educacionais ou de
Escolas, devem caracterizar-se como administradores democráticos da comunidade
escolar, devem ter a primazia de orientar os seus colaboradores nas atividades atinentes à
escola, devem compreender as diferenças e desenvolver o senso de responsabilidade e
crítica, estando assim abertos ao diálogo, devem ser importantes mobilizadores da sua
equipa de trabalho, para que haja uma ação conjunta na execução das tarefas previamente
concebidas.
O Professor, enquanto educador, deve apresentar um perfil aceitável para que o
processo de ensino e aprendizagem na escola seja efetivado com sucesso; é necessário
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que o professor esteja atualizado permanentemente com as situações que se vivem na


sociedade, em relação ao desenvolvimento científico, político, económico, cultural, da
Saúde, do meio ambiente e da Filosofia, como saber global. Deve ser ético e reflexivo,
aquele que mantém uma postura equilibrada no exercício das suas funções, não se
considera o dono do conhecimento que apenas lhe basta transmitir, está sempre
preocupado com a sua formação contínua; o professor reflexivo é aquele que encara o seu
desempenho laboral como um constante desafio, refletindo com precisão nas suas atitudes
como profissional de educação, de modos a melhorar e auto superar-se; por essas e outras
razões, torna-se num importante modelo para seus alunos e para a sociedade. Portanto, a
Escola, deve buscar melhorar e desenvolver determinadas metodologias que possa, com
efeito, ajudar na promoção da maior qualidade da educação, tornando significativo o
processo de ensino e aprendizagem.

O Papel social da Escola


A escola, como organização social, inscreve-se na Lógica permanente da
construção de comportamentos e atitudes humanas socialmente úteis, capazes de
promover com objetividade, os princípios da instrutividade, sociabilidade, produtividade,
personabilidade e, por último, o da equidade social. O papel instrutivo da escola,
processa-se na plena transmissão de conhecimentos e técnicas que permitam o indivíduo
participar com tenacidade no crescimento social; a finalidade personalizadora da escola,
visa estimular, com efeito, o desenvolvimento das capacidades, habilidades e
potencialidades dos indivíduos e promover o processo da sua auto realização social; o
objetivo socializador da escola, permite e facilita a aquisição de valores, atitudes, hábitos
e padrões de comportamentos socialmente aceites e recomendáveis; o papel produtivo da
escola, permite a aquisição do saber, do saber – fazer e das atitudes necessárias ao
ingresso no mercado de trabalho; já, a finalidade da educação escolar igualitária, auxilia
e contribui para uma real igualdade de oportunidades entre os indivíduos em sociedade,
pois, algumas teorias sociais acreditam que a educação escolar provoca a igualdade de
oportunidades para todos e a democratização da estrutura social.
O papel da Escola na sociedade não é apenas um simples fator de progresso social,
mas sim, um fator essencial e transversal para o progresso social.

Deontologia Profissional -sua concepção


Alonso (2008:179), fala da Deontologia profissional como sendo “os deveres e as
obrigações do profissional; aquilo que é preciso exigir de todo profissional, no
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desempenho das suas funções”. Por outra, Deontologia profissional é, pois, falar de um
conjunto de deveres, princípios e normas adoptadas por grupos profissionais, ou seja,
grupos que exercem uma determinada profissão. Os deveres e os direitos inerentes ao
exercício de uma profissão fundados nos princípios da sua responsabilidade moral e
social, constituem a tão abordada Deontologia.
Concatenando-me em Monteiro (2008), a Deontologia é cada vez mais crucial
para a distinção profissional dos professores, por duas razões:
• Porque é um atributo maior do prestígio social de uma profissão;
• Porque a função docente não tem uma tradição deontológica.

A questão da Deontologia reveste-se de particular complexidade nos profissionais


da educação, suscitando resistências e dificuldades, mas surge agora uma necessidade
urgente da promoção imediata da Deontologia profissional dentro do contexto escolar,
inserindo assim a cadeira de ética e deontologia profissional no currículo de formação de
professores.

O Professor e o cumprimento da Pauta Deontológica


a) Deveres do professor para com a família e a sociedade:
• O professor deve ser portador de um comportamento exemplar, fundado em
atitudes equilibradas e moderadas em todas as áreas da vida, afastando-se de
hábitos maus que possam manchar a sua reputação; porque a destruição da boa
imagem do professor faz com que a sociedade retira a confiança a que lhe tem
sido depositada.
• O professor deve ser tutor da sua própria imagem, que construiu com muito
sacrifício; porque pode assim, perdê-la em segundos, e seguidamente, ser
socialmente desprestigiado.

b) Deveres do professor para com a Instituição (Escola):


• A ação do professor dentro do seu exercício normal, depende totalmente do
ambiente institucional (Escola). Deve existir uma incessante cooperação entre a
direção da escola e os professores, de formas a manter uma possível harmonia e
desenvolvimento progressivo da escola; O professor deve cumprir com as suas
obrigações morais para com a escola, empenhando-se para o sucesso integral da
instituição.
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c) Deveres do professor para com os outros professores e funcionários


administrativos:
• Para que haja uma saudável interação entre os professores dentro de uma
instituição escolar, deve existir ações coletivas que promovam a unidade entre os
demais, e a edificação de um espírito de trabalho em equipe – a
interdisciplinaridade;
• O professor deve cultivar amizade com os outros e baixar a supremacia que só o
coloca em posição de desvantagem; deve ser humilde o suficiente para reconhecer
as suas fraquezas científicas, pedindo auxílio sempre que necessário aos seus
colegas que dominam melhor um determinado assunto; «Só sei que nada sei», ser
apreciador deste sagaz axioma socrático, que se resume em humildade;
• O professor não deve elevar a sua disciplina e desvalorizar as outras, porque a
interdisciplinaridade, desde sempre foi o princípio do progresso científico e da
boa relação que haverá entre os professores;
• Tal como enalteces a sua disciplina, faça o mesmo com as cadeiras de outros
colegas para que os estudantes despertem interesses coletivos na apreensão de
conhecimento universal.

Deveres do professor para com os alunos:


• Respeitar a capacidade e potencialidade de cada aluno, para que possamos
conhecê-los e melhor realizarmos as nossas atividades (atingir os objetivos);
• Promover o bom relacionamento entre o professor e o aluno, de modo a que o
aluno se sinta motivado, seguro e confiante;
• Saber distrinçar a sua relação com o aluno dentro e fora da sala de aulas, para que
haja uma convivência equilibrada;
• Evitar falar da sua vida pessoal aos alunos, porque é desaconselhável misturar a
sua vida profissional com a sua vida pessoal;
• Não comentar o resultado de provas dos alunos em público;
• Tenha uma preparação e domínio de forma integral do conteúdo ou matéria
programática, para que haja uma clara e fácil transmissão aos alunos;
• Ser íntegro em todas as suas atividades.

A ética, de forma ampla, implica no exercício positivo das ações humanas. Enfim,
a ética, independentemente da sua dimensão normativa, tem como objetivo, servir a vida;
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sua razão é o ser humano, seu bem-estar, de forma que provenha a felicidade, neste caso,
a felicidade profissional. Já, a deontologia profissional diz respeito a todas as profissões
e refere-se ao carácter normativo e até jurídico que regulamenta as profissões. Por outra,
alguns estudiosos definem a deontologia, como a ciência que estuda os deveres e
obrigações de uma determinada profissão.
O professor angolano deve estar inserido nos meandros de uma deontologia típica
que regule a sua atividade profissional, e assim agir de cabeça erguida quando a missão
for educar com verdade e de verdade; a profissão docente – educativa, é comparada por
muitos estudiosos, com o sacerdócio, por ser uma atividade que não se limita em instruir
o indivíduo, mas, de certo modo, ensinar ao aluno valores e atitudes corretas, que
colaboram para construção de uma sociedade melhor. Os cristãos têm uma Bíblia, os
muçulmanos um Alcorão, os Judeus a Torá, os Estados uma Constituição, os
automobilistas um código de estrada; todos esses livros ou códigos, visam regular,
orientar, instruir e equilibrar a conduta comportamental de qualquer indivíduo, enquanto
membro legítimo das referidas organizações. Em Angola, ainda não temos um manual
específico do professor, um caderno normativo, que traz detalhadamente, princípios
éticos e deontológicos, que vão regular a atividade do professor enquanto profissional de
Educação. Sugerimos e propomos, neste artigo, que os órgãos de direito, assim como o
Ministério da Educação e as instituições de formação de professores, unem ideias,
conjuguem esforços e estratégias, para a criação e promoção integral, de um código ético
e deontológico específico para a profissão docente, uma espécie de Bíblia do Professor,
um manual que detalhe organizadamente um conjunto de normas, regras de cumprimento
obrigatório, que vai regular o comportamento do profissional de educação (neste caso o
professor), em pleno exercício de suas funções.

Conclusão
A maior riqueza de um determinado país é o seu povo; mas o absoluto
desenvolvimento e a sua plena felicidade dependem da sua educação. O ato de preparar
professores éticos e competentes é uma tarefa irrefutável e indiscutível dentro dos
padrões do sistema educacional vigente em Angola; visto que uma das maiores
preocupações de quem aprende, neste caso, o aluno, prende-se também na apreensão de
hábitos e costumes relacionados ao comportamento pessoal do professor, principalmente
a sua forma regular de ser e estar dentro do seu meio laboral e em plena sociedade; a
postura, em si, do professor dentro do exercício das suas funções é um elemento
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preponderante e determinante para coadjuvar no andamento a bom ritmo do processo de


ensino e aprendizagem; ajuda na construção saudável de pessoas íntegras e
extraordinárias.
A Ética, como parte que se ocupa no estudo sistemático dos hábitos, costumes e
da moral, deixa de ser somente uma preocupação dos sistemas educacionais; ela, passa a
ser preocupação efetiva da humanidade, por participar na edificação de indivíduos
detentores de um carácter positivo e digno para a convivência em sociedade. Para se
exercer qualquer profissão com zelo e brio é necessário que haja dentro de um grupo
profissional, um conjunto de deveres, obrigações e preceitos que devem ser exigidos a
todos os profissionais dentro do exercício de suas funções; quando cada professor
desempenhar com eficiência e abnegação os seus deveres e obrigações, claro que teremos
um desenvolvimento equilibrado em todos os aspectos da vida social, económica, política
e muito mais. O Estado deve investir mais na Educação. Todas as medidas políticas de
desenvolvimento devem ter a Educação dos cidadãos como prioridade, visto que, só há
prosperidade social quando o investimento em massa na Educação for o ponto de partida
e prioritário daqueles que governam. As famílias, como primeira célula educacional de
qualquer ser humano, devem ser potenciadas com valores e virtudes para que haja uma
parceria perfeita no exercício de construção de pessoas comprometidas com a valorização
da vida humana e com o desenvolvimento racional e justo da nossa sociedade.

Portanto, é necessário munir de conhecimentos e valores relacionados à ética e


deontologia, os profissionais de educação. O Ministério da Educação em conjunto com
certas instituições de formação de professores, deve imprimir medidas que visem
condimentar o currículo programático na formação dos docentes, e devem com efeito,
criar um pacote de princípios normativos que visem regular e orientar o comportamento
do professor no exercício de suas funções. É pertinente que se reformule e se reforce com
a cadeira de ética e deontologia profissional no contexto escolar, dentro dos programas
curriculares das instituições de formação de professores do ensino primário e secundário,
sendo que, esses níveis são pilares essenciais que determinam a sequência de uma
formação precisa e progressiva do indivíduo
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