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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

AZIZA ABIBO

BELARDINA MORAIS

DULCE MADAL

LÚCIA LUZIO

NAIRA DE FÁTIMA

ONÉSIA MOTERRA

CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO

NAMPULA

2022
1
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO

AZIZA ABIBO

BELARDINA MORAIS

DULCE MADAL

LÚCIA LUZIO

NAIRA DE FÁTIMA

ONÉSIA MOTERRA

CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO

Trabalho em grupo de carácter avaliativo,


elaborado pelo 2º Grupo, Turma B, referente
à cadeira de Direito do Ambienre,
ministrada na Faculdade de Direito da UCM,
Licenciatura em Direito, 2o Ano, 1º
Semestre. A ser entregue no dia 06 de Abril
de 2022.

Docente: Dr. Coutinho

NAMPULA

2022
2
Lista de Abreviaturas

CRM – Constituição da República de Moçambique


ONU – Organizações da Nações Unidas
ONGs – Organizações não-governamentais
UNESCO - Organização nas Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
WWF - Wold Wildlife Fun
PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Art.º – Artigo
Pp – Páginas
P - Página
Nº - Numero
Cfr - Confirmar
S/ed – Sem Edição
S/L – Sem local
S/d – Sem data
Ed - Edição
Ob…cit..- Obra citada
Idem – O mesmo autor ou mesma obra
Ss – Seguintes
Vol. – Volume
Séc. – Século

3
Índice
Introdução...............................................................................................................................5

CAPITULO I: A CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO.........................................................6

1. Antecedentes da Conferência de Estocolmo....................................................................6

2. Motivos da Realização da Conferencia de Estocolmo.....................................................8

3. A Conferência de Estocolmo de 1972.............................................................................9

3.1. Objectivos da Conferência de Estocolmo..................................................................11

3.2. Importância e Conquistas da Conferencia de Estocolmo...........................................11

4. Declaração de Estocolmo...............................................................................................14

4.1. Princípios da Declaração de Estocolmo.....................................................................14

5. Dificuldades e Problemas Verificados na Conferencia de Estocolmo..........................16

6. Pós Estocolmo (De Estocolmo ao Rio)..........................................................................17

Conclusão..............................................................................................................................18

Referências Bibliográficas....................................................................................................19

4
Introdução

Durante séculos, a destruição do meio ambiente não foi objecto de maiores


preocupações das sociedades, muito menos dos governos. Assim, a crescente escassez dos
recursos naturais produzida por um sistema produtivo voraz, face à crescente demanda de
consumo da sociedade moderna, está associada à deterioração do meio ambiente. A
devastação das florestas, as contaminações químicas e orgânicas do ar, do solo e das águas
passaram a ser percebidas como problema ambiental nas últimas décadas. É neste contexto,
que o presente Trabalho da disciplina de Direito do Ambiente, tem por objectivo, abordar
acerca da Conferência de Estocolmo. No entanto, para a realização desta conferência, vários
elementos foram determinantes, tais como, os níveis de poluição que eram crescentes nesse
período histórico, casos de poluição transfronteiriça eram recorrentes no cenário
internacional, juntamente com os de marés negras e outros problemas ambientais. Ou seja, as
tragédias ambientes estavam se tornando algo recorrente que precisava da atenção humana.

Assim, em 1968, a ONU tomou a decisão de convocar, para quatro anos mais tarde,
uma conferência internacional sobre o Homem e seu Ambiente. E em 1972, na cidade de
Estocolmo, capital da Suécia, as Nações Unidas realizam a conferência sobre o Meio
Ambiente Humano, conhecida como Conferência de Estocolmo, subordinada ao tema “O
homem e o seu meio: as bases para uma vida melhor. Refira-se que a Conferência das Nações
Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano ocorreu entre os dias 5 a 16 de
Junho de 1972, sediada por Estocolmo e reuniu 113 países. Portanto, foi um marco histórico
por ser tratar do primeiro grande encontro internacional com representantes de diversas
nações para discutir os problemas ambientais.

A Conferência de Estocolmo teve como frutos, o reconhecimento do problema


ambiental e a necessidade de agir; foi criada a Declaração de Estocolmo (Declaração das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente), com o objectivo de descrever as responsabilidades e
nortear as políticas futuras relativas ao meio ambiente apoiadas no Plano de Acção para o
Meio Ambiente composto por 109 recomendações, além de ser considerada um marco
jurídico mundial. O trabalho está organizado seguindo as normas de Produção académica
adoptadas pela Faculdade.

5
CAPITULO I: A CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO
1. Antecedentes da Conferência de Estocolmo

Antes de abordarmos sobre a conferência de Estocolmo, vale ressaltar a importância


da compreensão do momento histórico em que essa convenção ou conferência foi realizada,
pois o entendimento dos efeitos gerados por esse dispositivo do direito internacional será
melhor e mais fácil de ser assimilado. Assim, os níveis de poluição eram crescentes nesse
período histórico, casos de poluição transfronteiriça eram recorrentes no cenário
internacional, juntamente com os de marés negras e outros problemas ambientais. As
tragédias ambientes estavam se tornando algo corriqueiro que precisava da atenção humana. 1

Refira-se que as marés negras ocorrem quando há um vazamento de grandes


quantidades de óleo no bioma marinho, afectando todo seu ecossistema, prejudicando a vida
de diversas espécies marinhas. Ocorreu, naquele período, o vazamento do petroleiro Torrey
Caniolucian no Mar do Norte, comprometendo o mar e costa da Grã-Bretanha e do norte da
França. Na Europa, os casos de poluição atmosférica já eram consideráveis e, por conta disso,
países, como a Suécia, estavam tendo problema com a chuva ácida. 2 Onde em casos mais
graves, podia ocorrer a morte de grande quantidade de peixes desses ecossistemas.3

Antes da ocorrência da Conferência propriamente dita, ocorreram pequenas reuniões


com pesquisadores, ONG’s e outros interessados no assunto. O objectivo era preparar os
países para que, no momento da convenção, não se perdesse tempo com explicações
científicas e compreensões acerca do que estava ocorrendo no mundo. Desses tais actos
preparatórios, merece destaque o Relatório de Founex. Tal documento foi o primeiro a tratar
de desenvolvimento sustentável, afirmando ser possível manter um crescimento económico
com uma exploração que não afecte irreversivelmente o meio ambiente.4

Fazendo um breve histórico sobre a evolução da preocupação com o meio ambiente, a


partir do final do século XIX, observa-se que países da Europa, América do Norte e Oceânia,
implementavam leis que visassem proteger específicas espécies de plantas e animais típicos

1
MARTINS, Francisco Sales da Silva, A evolução do direito ambiental internacional e sua íntima relação com
os fatos históricos de sua formação, Brasil. p.5
2
Esse que é o fenómeno onde a poluição do ar contamina rios e lagos por meio das gotas de água formadas nas
chuvas.
3
MARTINS, Francisco Sales da Silva, A evolução do direito… ob. cit. p.5
4
Idem. p.5
6
de sua região, por terem percebido que a caça ou o uso descomedido acarretava escassez dos
mesmos. Entretanto, foi no entre guerras, já no século XX, que os países se movimentaram de
forma mais unida rumo à preservação, principalmente em questões que envolvessem
fronteiras, onde rios que passam por mais de um país, deveriam ser protegidos por tratados
bilaterais, para evitar a poluição, o que introduziu o direito internacional na questão de
preservação.5

Após o final da Segunda Guerra Mundial, catástrofes como grandes derramamentos de


petróleo, e a disseminação desses eventos pela média, fez o tema da natureza cair na opinião
pública. Em 1968, a UNESCO (Organização nas Nações Unidas para a Educação, a Ciência e
a Cultura) organizou a Conferência sobre a Biosfera em Paris, simbolizando a consciência da
perda de qualidade do meio ambiente, colocando esse termo meio ambiente no lugar do então
usado “natureza”, para dar um sentido mais amplo e por tratar de bens comunais
internacionais como o ar, mares e oceanos, o espaço, poluição pelo petróleo e dejectos,
demonstrando que esse tema poderia ser debatido não só na esfera científica, mas também
económica e política. Foi nesse período também que um grupo de pessoas renomadas, de
diferentes áreas, empenhou seus estudos na política e economia global, utilizando de fórmulas
matemáticas para tratar do meio ambiente e discutir sobre desenvolvimento sustentável; esse
grupo ficou conhecido como Clube de Roma.6

No entanto, em relação à conferência em si, ocorreram vários factos de bastante


relevância para o direito internacional. Primeiramente, vale lembrar que essa conferência foi
palco do impasse entre Estados “desenvolvidos” e “em desenvolvimento”. Aqueles queriam a
formulação de normas que vinculassem todos os Estados, não importando o nível de
desenvolvimento social e económico. Os países “em desenvolvimento” foram contra,
fundamentaram suas ideias afirmando, basicamente, que os maiores responsáveis pelo
momento de crise em que eles estavam passando eram os países “desenvolvidos” e, por isso,
eles deviam ter maior responsabilidade sobre os actos cometidos até aquele momento. 7

5
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco na questão ambiental, s/d, s/l. p.69 disponível
em:https://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/conferencia-de-estocolmo-um-marco-na-questao-
ambiental.pdf acesso: 03/04/2022
6
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco… ob. cit. p.69
7
MARTINS, Francisco Sales da Silva, A evolução do direito ambiental internacional e sua íntima relação com
os fatos históricos de sua formação, Brasil. p.6
7
A década de 1970 foi marcada pela criação de diversas organizações internacionais, as
quais tinham o objectivo de discutir a problemática ambiental que se instaurou mundialmente,
como também foi à época do surgimento dos primeiros movimentos ambientalistas
organizados, tais como o Greenpeace que nasceu em 1971, 10 anos após a fundação do WWF
(Wold Wildlife Fun). Nesta mesma década, foi registada, pela primeira vez, a preocupação de
partidos políticos para com a degradação ambiental. Nesse contexto, diversas leis e
regulamentos surgiram com o intuito de preservar o meio ambiente.8

2. Motivos da Realização da Conferencia de Estocolmo

Decorrente dessa evolução científica e do aumento da preocupação, em 1972 a ONU


(Organização das Nações Unidas) elaborou a Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio
Ambiente, conhecida como Conferência de Estocolmo. 9 Assim, foram quatro os motivos para
a realização dessa Conferência:

a) O aumento da cooperação científica nos anos 60, da qual decorreram inúmeras


preocupações, como as mudanças climáticas e os problemas da quantidade e da
qualidade das águas disponíveis;
b) Os aumentos da publicidade dos problemas ambientais, causado especialmente pela
ocorrência de certas catástrofes, eis que seus efeitos foram visíveis (o desaparecimento
de territórios selvagens, a modificação das paisagens e acidentes como as marés
negras são exemplos de eventos que mobilizaram o público);
c) O crescimento económico acelerado, gerador de uma profunda transformação das
sociedades e de seus modos de vida, especialmente pelo êxodo rural, e de
regulamentações criadas e introduzidas sem preocupação suficiente com suas
consequências em longo prazo;
d) Inúmeros outros problemas, identificados no fim dos anos 1960 por cientistas e pelo
governo sueco, considerados de maior importância, afinal, não podiam ser resolvidos
de outra forma que não fosse a cooperação internacional. São exemplos destes

8
PEREIRA, Suellen Silva, e CURI, Rosires Catão, Meio Ambiente, Impacto Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável: Conceituações Teóricas sobre o Despertar da Consciência Ambiental, Campina Grande, 2012.
p.47
9
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco na questão ambiental, s/d, s/l. pp.69-70
disponível em: https://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/conferencia-de-estocolmo-um-marco-na-
questao-ambiental.pdf acesso: 03/04/2022
8
problemas as chuvas ácidas, a poluição do Mar Báltico, a acumulação de metais
pesados e de pesticidas que impregnavam peixes e aves.

3. A Conferência de Estocolmo de 1972

Foi por todos estes motivos, que o governo sueco apresentou à Organização das
Nações Unidas uma proposta para a realização de uma Conferência Mundial sobre o Meio
Ambiente Humano. O que de facto aconteceu em Junho de 1972, em Estocolmo. Essa
conferência, convocada pela ONU. Foi a primeira na história da humanidade em que
políticos, especialistas e autoridades de governo, representando 113 nações, 250 Organizações
não-governamentais e diversas unidades da própria ONU, se reuniram para discutir as
questões ambientais.10

Ou seja, foi neste contexto, que em 1968, a ONU tomou a decisão de convocar, para
quatro anos mais tarde, uma conferência internacional sobre o Homem e seu Ambiente.
Assim, em 1972, na cidade de Estocolmo, capital da Suécia, as Nações Unidas realizam a
conferência sobre o Meio Ambiente Humano, conhecida como Conferencia de Estocolmo,
subordinada ao tema “O homem e o seu meio: as bases para uma vida melhor. Refira-se que a
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano ocorreu
entre os dias 5 a 16 de Junho de 1972, sediada por Estocolmo e reuniu 113 países. Foi um
marco histórico por ser tratar do primeiro grande encontro internacional com representantes
de diversas nações para discutir os problemas ambientais.11

Sabe-se que essa conferência contou com a presença de 113 países e 250 organizações
não-governamentais, no entanto, apesar desses números, países relacionados com a União
Soviética (URSS) não estavam entre membros da conferência. A Conferência de Estocolmo
não conseguiu alcançar uma solução que conciliasse os interesses dos Estados
“desenvolvidos” e “em desenvolvimento”, mas ainda sim foi um grande marco no
desenvolvimento do direito internacional ambiental.12

10
RAMOS, Elisabeth Christmann, Educação ambiental: evolução histórica, implicações teóricas e sociais.
uma avaliação critica. CURITIBA, 1996. p.10
11
SERRA, Carlos Manuel, CUNHA, Fernando. Manual de Direito do Ambiente, 2ª ed, revista e actualizada,
Maputo, Ministério da justiça-Centro de Investigação Jurídica e Judiciaria, 2008, p.23
12
MARTINS, Francisco Sales da Silva, A evolução do direito ambiental internacional e sua íntima relação
com os fatos históricos de sua formação, Brasil. p.6
9
No entanto, nesta conferência foram aprovados dois documentos chaves, uma
Declaração de princípios e o plano de acção para o ambiente, composto por 109
recomendações, dirigidas aos Estados e as organizações internacionais. 13 O documento final
da Conferência de Estocolmo contém também vários princípios que revelam a sua visão
antropocêntrica, tanto na expressão ”meio ambiente humano’’ utilizada para exprimir a noção
de ambiente, como na importância concedida às questões de investigação, de formação e de
educação na área ambiental.14

As acções da ONU (Organização das Nações Unidas) na área ambiental tiveram


impulso a partir da Primeira Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, em Estocolmo
(Suíça) no ano de 1972. Nela, pela primeira vez, representantes de 113 países, 250
organizações não-governamentais e vários organismos da ONU se reuniram para discutir as
implicações do desenvolvimento económico na degradação ambiental do Planeta. A tese
sobre a necessidade de se buscar um novo horizonte no processo de desenvolvimento ganhou
relevância a partir dessa conferência. Ela serviu de base para a criação do Plano de Acção de
Estocolmo, o qual estabelecia as bases para uma nova cooperação ambiental internacional.

Durante a realização da Conferência de Estocolmo, os países desenvolvidos defendiam


um programa internacional voltado para a conservação dos recursos naturais e genéticos do
planeta, o que dessa forma, de acordo com os países desenvolvidos, evitaria um grande
desastre ambiental no futuro. Em contrapartida, os países em desenvolvimento argumentavam
que se encontravam assolados pela miséria, graves problemas de moradia, saneamento básico,
enfermidades infecciosas e que necessitavam desenvolver-se economicamente. Essa foi a
primeira manifestação dos governos de todo o mundo para discutir as consequências da
economia sobre o meio ambiente, quando foi inicialmente delineado o conceito de
desenvolvimento sustentável.15

13
SERRA, Carlos, e CUNHA, Fernando, Manual de Direito do Ambiente, Centro de Formação Jurídica e
Judiciaria, Maputo, 2004. p.23
14
RAMOS, Elisabeth Christmann, Educação ambiental: evolução histórica, implicações teóricas e sociais.
uma avaliação critica. CURITIBA, 1996. p.10
15
PEREIRA, Suellen Silva, e CURI, Rosires Catão, Meio Ambiente, Impacto Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável: Conceituações Teóricas sobre o Despertar da Consciência Ambiental, Campina Grande, 2012.
pp.47-48
10
Nessa conferência, foram produzidos 26 princípios e um plano de acção com 109
recomendações aos Estados em relação ao modo influenciador sobre o meio ambiente. 16 A
conferência de Estocolmo estabeleceu a ideia geral de que as pessoas tem direito de viver em
um ambiente saudável que permita o desenvolvimento da geração presente e das futuras. Essa
conferência também influenciou na formação de diversas legislações, inclusive na
Moçambicana com a carta magna de 1990 e de 2004. Procurou-se com essa reunião a
protecção à saúde humana e o ao meio ambiente dos efeitos danosos dos poluentes orgânicos
persistentes, promovendo, também, a utilização, a comercialização, o manejo e o descarte de
poluentes orgânicos persistente de maneira sustentável e ambientalmente correcta. 17

3.1. Objectivos da Conferência de Estocolmo

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano foi


convocada para examinar as acções nos níveis nacional e internacional que poderiam limitar
e, na medida do possível, eliminar os obstáculos ao meio ambiente humano e fornecer um
quadro para a ampla consideração dentro das Nações Unidas dos problemas do meio ambiente
humano, de maneira a dirigir a atenção dos governos e da opinião pública sobre a importância
e a urgência dessa questão. O Secretário-Geral da Conferência de Estocolmo, o canadense
Maurice Strong, na cerimónia de abertura, declarou que Estocolmo lançava um movimento de
libertação, para livrar o homem da ameaça de sua escravidão diante dos perigos que ele
próprio criou para o meio ambiente). Não há dúvida de que a Conferência permitiu elevar o
patamar de discussão dos temas ambientais a um nível antes reservado a temas com longa
tradição diplomática.18

3.2. Importância e Conquistas da Conferencia de Estocolmo

A Conferência de Estocolmo contribuiu significativamente para que o meio


ambiente conquistasse a atenção da comunidade internacional, como desejavam os mais
fervorosos ambientalistas. Segundo o jornalista Wade Rowland, que publicou em 1973 um
registo pormenorizado da Conferência.19 A Conferência de Estocolmo teve como frutos, o
16
MARTINS, Francisco Sales da Silva, A evolução do direito ambiental internacional e sua íntima relação
com os fatos históricos de sua formação, Brasil, s/d. p.6
17
Idem. pp.6-8
18
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco… ob. cit. pp.69-70
19
BEZERRA, Juliana, Conferência de Estocolmo, Espanha, TodaMatéria, 2020. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/conferencia-de-estocolmo/ acesso em 30.03.2022
11
reconhecimento do problema ambiental e a necessidade de agir; foi criada a Declaração de
Estocolmo (Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente), com o objectivo de
descrever as responsabilidades e nortear as políticas futuras relativas ao meio ambiente
apoiadas no Plano de Acção para o Meio Ambiente composto por 109 recomendações, além
de ser considerada um marco jurídico mundial.20

Também resultou da Conferência de Estocolmo a criação do Programa das Nações


Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).21 O PNUMA, principal autoridade global em meio
ambiente, é a agência do Sistema das Nações Unidas (ONU) responsável por promover a
conservação do meio ambiente e o uso eficiente de recursos no contexto do desenvolvimento
sustentável. Estabelecido em 1972, o PNUMA tem entre seus principais objectivos manter o
estado do meio ambiente global sob contínuo monitoramento; alertar povos e nações sobre
problemas e ameaças ao meio ambiente e recomendar medidas para aumentar a qualidade de
vida da população sem comprometer os recursos e serviços ambientais das futuras gerações. 22

A Conferência de Estocolmo, 1972 é tida como o ano em que o direito ambiental


passou a ser reconhecido como ramo jurídico, embora diversos tratados importantes a
respeito tivessem sido assinados com anterioridade e as legislações internas de diversos
países tenham-se ocupado com problemas ambientais, como a matéria florestal, água e
outros. A Conferência de Estocolmo teve o grande mérito de haver alertado o mundo para os
malefícios que a deterioração do ecossistema poderia causar à humanidade como um todo.
Foi ainda votada a Resolução sobre aspectos financeiros e organizacionais no
âmbito da ONU, bem como a instituição de um organismo institucional especialmente
dedicado a coordenar as actividades da ONU no âmbito do meio ambiente, chamado
Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (Pnuma), o qual assumiria um papel
como catalisador para zelar pela implementação do programa de acção.23

A Conferência é importante também, porque mudou a abordagem do assunto, tendo


como principais pontos:

20
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco… ob. cit. pp.69-70
21
PEREIRA, Suellen Silva, e CURI, Rosires Catão, Meio Ambiente… ob. cit. p.47
22
MARTINS, Francisco Sales da Silva, A evolução do direito… ob. cit. pp.6-8
23
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco na questão ambiental, s/d, s/l. p.70 disponível
em: https://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/conferencia-de-estocolmo-um-marco-na-questao-
ambiental.pdf acesso: 03/04/2022
12
 O desenvolvimento de atitudes novas: os Estados reconheceram a existência de um
problema e a necessidade de agir;
 Ao ampliar o conceito de meio ambiente – definido como procedente simultâneo da
industrialização e da pobreza -, a Conferência de Estocolmo desempenhou um papel
decisivo na sensibilização dos PEDs (países em desenvolvimento) para suas
responsabilidades na questão;24
 A aprovação da Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente, agrupando 26
princípios que orientarão a comunidade internacional na fundamentação de suas
acções futuras neste âmbito;
 A adopção de um plano de acção de 109 recomendações agrupadas em turno de três
tipos de actividade: a avaliação do meio ambiente pesquisa, vigilância, informação e
avaliação, o que constitui o Plano de Vigilância, coordenado pelo Pnuma; a gestão do
meio ambiente, definição e planificação de objectivos e acordos internacionais; e
medidas de apoio às actividades económicas, formação, organização, informação do
publico, financiamento e cooperação técnica.25

A criação de um fundo voluntário para financiar os programas e a pesquisa;

 Essas iniciativas reflectem a relevância da Conferência de Estocolmo, afinal,


representa ela a primeira tentativa de aproximação entre os direitos humanos e o meio
ambiente. Desde então, o tema qualidade ambiental passou a integrar as discussões e
agendas políticas de todas as nações, de tal modo que passou a ser considerado como
um direito fundamental, essencial para a melhoria da qualidade da vida humana.

4. Declaração de Estocolmo

24
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco… ob. cit. p.70
25
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco…ob. cit.70-71
13
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, reunida em
Estocolmo capital da Suíça em 1972, atenta à necessidade de um critério e de princípios
comuns que ofereçam aos povos do mundo inspiração e guia para preservar e melhorar o meio
ambiente humano.26 Na Declaração adoptada, que comporta um total de vinte e seis
princípios, proclamou-se que, a protecção e melhoria do ambiente são questões de grande
importância que afectam o bem-estar dos povos e desenvolvimento económico do globo,
correspondem aos votos ardentes dos povos do mundo inteiro e constituem o dever de todos
os Governos.27

4.1. Princípios da Declaração de Estocolmo

A declaração de Estocolmo comporta um total de vinte e seis princípios (26), mas, o


trabalho tratara e explicara de alguns princípios. No que se refere aos princípios fixados pela
declaração de Estocolmo, no Principio I estabelece-se que, o homem tem o direito
fundamental à liberdade, à igualdade e a desfrutar de condições de vida adequadas em um
meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar,
tendo a solene obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e
futuras. Diz Serra, que é neste princípio que encontramos a fundamentação para o processo de
constitucionalização do direito fundamental ao ambiente, iniciado, em muitos Estados, após a
conferência de Estocolmo.28

No Principio 2, se estabelece que os recursos naturais da Terra ou do globo, incluídos


o ar, a água, o solo, a flora e a fauna e, especialmente, parcelas representativas dos
ecossistemas naturais, devem ser preservados em benefício das gerações atuais e futuras,
mediante um cuidadoso planeamento ou administração adequada. 29 É neste princípio que se
encontra, muito provavelmente, o esboço do conceito de desenvolvimento sustentável, que
viria a ter a sua aparição oficial no relatório Bruntland.30

A declaração de Estocolmo fez ainda, sob forma de princípios, algumas


recomendações nos domínios da exploração de recursos não renováveis, poluição atmosférica,

26
Declaração de Estocolmo de 5 a 16 de Junho de 1972.
27
SERRA, Carlos Manuel, CUNHA, Fernando. Ob.Cit. p.23
28
SERRA, Carlos Manuel, e CUNHA Fernando, Manual de Direito… ob. cit. p.23
29
Declaração de Estocolmo de 5 a 16 de Junho de 1972.
30
SERRA, Carlos Manuel, e CUNHA Fernando, Manual de Direito… ob. cit. p.74
14
poluição marinha, política de preços, planeamento económico, planeamento físico, políticas
demográficas, investigação científica, educação e sensibilização ambientais,
responsabilidades civil por danos no ambiente e cooperação internacional, nos termos dos
princípios 5, 6, 7, 13, 16 a 20, e 22 e 24.31 32

Outro aspecto importante da Declaração de Estocolmo, previsto no Principio 9, foi a


previsão expressa da urgência da transferência de recursos financeiros e tecnológicos dos
países desenvolvidos para os países em vias de desenvolvimento, como forma de por cobro á
exploração insustentável dos recursos naturais que ai se tem verificado. 33 Ou seja, as
deficiências do meio ambiente decorrentes das condições de subdesenvolvimento e de
desastres naturais ocasionam graves problemas; a melhor maneira de atenuar suas
consequências é promover o desenvolvimento acelerado, mediante a transferência maciça de
recursos consideráveis de assistência financeira e tecnológica que complementem os esforços
dos países em desenvolvimento e a ajuda oportuna, quando necessária, nos termos do
Principio 9º, da Declaração de Estocolmo.34

Enquanto no Princípio 12, se estabeleceu que deveriam ser destinados recursos à


preservação e melhoramento do meio ambiente, tendo em conta as circunstâncias e as
necessidades especiais dos países em desenvolvimento e quaisquer custos que possam
emanar, para esses países, a inclusão de medidas de conservação do meio ambiente, em seus
planos de desenvolvimento, assim como a necessidade de lhes ser prestada, quando solicitada,
maior assistência técnica e financeira internacional para esse fim. 35 Este princípio faz
recomendações aos Estados para que estes iniciassem um processo de criação de instituições
vocacionadas para a protecção e conservação do ambiente, o que traduziu no surgimento dos
primeiros do ambiente, ou equivalente.36

No Princípio 21 previu-se que os Estados têm o direito soberano de explorar seus


próprios recursos, de acordo com a sua política ambiental, desde que as actividades levadas a

31
SERRA, Carlos Manuel, CUNHA, Fernando, Manual de Direito… ob. cit. p.24
32
Declaração de Estocolmo de 5 a 16 de Junho de 1972.
33
SERRA, Carlos Manuel, CUNHA, Fernando, Manual de Direito… ob. cit. p.24
34
Declaração de Estocolmo de 5 a 16 de Junho de 1972.
35
Declaração de Estocolmo de 5 a 16 de Junho de 1972.
36
SERRA, Carlos Manuel, CUNHA, Fernando, Manual de Direito do Ambiente, Centro de Formação Jurídica e
Judiciária, Maputo, 2004. p.24
15
efeito, dentro da jurisdição ou sob seu controle, não prejudiquem o meio ambiente de outros
Estados ou de zonas situadas fora de toda a jurisdição nacional.37

5. Dificuldades e Problemas Verificados na Conferencia de Estocolmo

Mesmo conquistando espaço no cenário mundial, esse tema era sufocado pelo período
conturbado da Guerra Fria. A Conferência de Estocolmo não teve carácter universal uma vez
que a União Soviética e os países sobre sua influência do Leste Europeu, não participaram da
Conferência, bem como, pelos seus infindáveis problemas ambientais 38, pelo fato de a
Alemanha Oriental não haver sido convidada por não fazer parte da ONU. Os Estados Unidos
não tiveram grande expressão pelo receio de serem condenados pelo uso de desfolhantes no
Vietnã. Mesmo assim, a Conferência teve representantes de 113 Estados, e demonstrou que a
preocupação com o meio ambiente era mais importante que a bipolaridade, de forma que as
decisões fossem posteriormente aceitas pela URSS. A teoria realista predominava nesse
momento de Guerra Fria, onde Estados soberanos concentravam em si a maioria dos poderes
de decisão e assim as ONG`s (Organizações Não Governamentais) tiveram que realizar seu
próprio fórum por não possuírem grande influência no período, não participando da
conferência oficial.39

Outro embate que se deu, foi entre os países do hemisfério Sul contra os do Norte. Os
países do Sul chamados de desenvolvimentistas alegavam estar passando por sua
industrialização e se desenvolvendo, passando por estágios já ultrapassados pelos do Norte, e
que a desaceleração de seu crescimento seria algo injusto, pois acarretaria mais custos para
um crescimento visando à protecção ambiental. O contraponto do norte era, baseado no
relatório Limites para o Crescimento, alegavam que a poluição tinha que cessar à todo e
qualquer custo.

Os países em desenvolvimento reforçavam a necessidade de uma nova ordem


económica internacional, alegando uma maior estabilidade dos preços das matérias primas,
como contrapartida pelo aumento de gastos gerados pelas políticas de conservação ambiental.
Assim as medidas para conter a deterioração do meio ambiente foi percebida como danosa e

37
Declaração de Estocolmo de 5 a 16 de Junho de 1972.
38
SERRA, Carlos Manuel, e CUNHA Fernando, Manual de Direito do Ambiente, 2ª Edição, Centro de
formação Jurídica e Judiciaria, Maputo, 2008. p.75
39
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco… ob. cit. pp.70-71
16
desleal com os países que agora buscavam se desenvolver, surgindo desse cenário, teorias
como a da Dependência, defendendo uma prolongação do estado de desenvolvimento dos
países do Sul, e perpetuando sua dependência ao Norte. 40 Apesar de todos os problemas
verificados, a Conferência de Estocolmo representou um marco inicial em uma nova forma de
pensamento mundial fundada na preservação ambiental e no desenvolvimento sustentável
juntamente com o desenvolvimento económico.41

6. Pós Estocolmo (De Estocolmo ao Rio)

Ganha-se assim, a consciência de que nenhum pais do mundo é capaz de resolver


sozinho problemas com tal dimensão e gravidade, sendo, imprescindível e indispensável a
cooperação da Terra inteira. Destacando-se também que o problema do desenvolvimento nas
suas relações com o ambiente pôs-se em toda a sua amplitude e de modo definitivo.42

Entretanto, após esta conferência ocorreram vários eventos com impacto ambiental,
como a catástrofe ecológica ocorrida no dia 16 de Março de 1978 originada por um navio
cisterna que encalhou no norte da França. Em 1982 foi realizada uma avaliação do período de
dez anos pôs conferência de Estocolmo, sob a égide do PNUMA, em Nairobi, dando origem á
comissão Mundial do meio ambiente, e no mesmo ano, foi adoptada a Convenção das Nações
Unidas sobre o Mar. Em Dezembro de 1984, ocorreu uma explosão dum reservatório de uma
fábrica de pesticidas de uma Empresa Americana em Bophhal, e em 26 de Abril de 1986, dá-
se uma explosão nuclear de Chernobyl, localizada na Ucrânia, parte da então extinta URSS,
cujo efeitos se repercutiram rapidamente em vários países da Europa. Assim, todos estes
eventos fizeram com que se pensasse na realização de uma outra conferência, que é a
conferencia do Rio, voltada a questões ambientais, o que se intensificou com a publicação do
relatório de Brundlant em 1987 com o titulo de, o Futuro de Todos Nós, e foi neste relatório
que o conceito de desenvolvimento sustentável se oficializou.43

Conclusão

40
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco… ob. cit. p.71.
41
GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco… ob. cit. p.72
42
SERRA, Carlos Manuel, e CUNHA Fernando, Manual… Ob. cit. p.77
43
SERRA, Carlos Manuel, CUNHA, Fernando, Manual de Direito do Ambiente, 2ª Edição, Centro de formação
Jurídica e Judiciaria, Maputo, 2008. pp.26-29
17
Após a elaboração deste trabalho que teve como tema principal, a Conferencia de
Estocolmo, pode se perceber que a organização das Nações Unidas convocou a realização de
uma Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente Humano. O que de facto aconteceu em
Junho de 1972, em Estocolmo. Essa conferência, convocada pela ONU. Foi a primeira na
história da humanidade em que políticos, especialistas e autoridades de governo,
representando 113 nações, 250 Organizações não-governamentais e diversas unidades da
própria ONU, se reuniram para discutir as questões ambientais. Percebe se também, que esta
conferência foi convocada e realizada, porque os níveis de poluição eram crescentes nesse
período, casos de poluição transfronteiriça eram recorrentes no cenário internacional,
juntamente com os de marés negras e entre outros problemas ambientais. Cujas tragédias
ambientes estavam se tornando algo habitual e recorrente que precisava da atenção humana.

No entanto, nessa conferência, foi produzida uma declaração com 26 princípios e um


plano de acção com 109 recomendações aos Estados em relação ao modo influenciador sobre
o meio ambiente. No mesmo âmbito, percebe se que na reunião de Estocolmo, inúmeros
programas foram criados como o UNEP (Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas)
para implementar o consenso obtido na Conferência. Os governos criaram ministérios ou
agências para lidar com as questões ambientais, legislações e regulamentos ambientais foram
promulgados. Organizações não-governamentais e grupos de cidadãos surgiram em todas as
partes, a princípio, principalmente nos países desenvolvidos, bem como unidades
governamentais de controle da poluição foram estimuladas. No rol de medidas analisadas,
reflectidas e tomadas, colocou-se também a responsabilidade do ser humano em sua relação
com o ambiente, onde a educação adquire importância singular para a solução dos problemas.

Entretanto, a Declaração adoptada, que comporta um total de vinte e seis princípios,


proclamou-se que, a protecção e melhoria do ambiente são questões de grande importância
que afectam o bem-estar dos povos e desenvolvimento económico do globo, correspondem
aos votos ardentes dos povos do mundo inteiro e constituem o dever de todos os Governos.

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Referências Bibliográficas

Legislação:
 ESTOCOLMO, Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente Humano, de 5 a 16 de Junho de 1972.

Doutrina:

 PEREIRA, Suellen Silva, e CURI, Rosires Catão, Meio Ambiente, Impacto


Ambiental e Desenvolvimento Sustentável: Conceituações Teóricas sobre o
Despertar da Consciência Ambiental, Campina Grande, 2012.
 SERRA, Carlos Manuel, CUNHA, Fernando. Manual de Direito do Ambiente, 2ª ed,
revista e actualizada, Maputo, Ministério da justiça-Centro de Investigação Jurídica e
Judiciaria, 2008.
 ______, Carlos, e CUNHA, Fernando, Manual de Direito do Ambiente, Centro de
Formação Jurídica e Judiciaria, Maputo, 2004.

Artigos da Internet:
 MARTINS, Francisco Sales da Silva, A evolução do direito ambiental internacional
e sua íntima relação com os fatos históricos de sua formação, Brasil. p.5
 GURSKI, Bruno, et. al. conferência de Estocolmo: um marco na questão ambiental,
s/d, s/l. Disponível em:https://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/conferencia-
de-estocolmo-um-marco-na-questao-ambiental.pdf acesso: 03/04/2022
 RAMOS, Elisabeth Christmann, Educação ambiental: evolução histórica,
implicações teóricas e sociais. Uma avaliação critica. CURITIBA, 1996. p.10
 BEZERRA, Juliana, Conferência de Estocolmo, Espanha, TodaMatéria, 2020.
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/conferencia-de-estocolmo/ acesso em
30/03/2022.

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