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Faculdade de engenharia
Licenciatura em direito
Direito do Ambiente
Conferência de Joanesburgo
Discentes:
Daniela Chemai;
1. Introdução................................................................................................................................ 1
2. Objectivos................................................................................................................................ 1
1. Conclusão ................................................................................................................................ 9
1. Introdução
O trabalho em mão é da cadeira de Direito do Ambiente, pelo que será tratado o assunto
atinente ao tema de conferência de Joanesburgo, visto que, esta foi a terceira grande conferência
voltada a tratar do Meio Ambiente, ela também ficou conhecida como Cúpula Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentável, ou Rio+10, por ter decorrido dez anos após a conferência Rio-92.
2. Objectivos
3. Metodologia de Pesquisa
O trabalho em mão é resultado de uma pesquisa bibliográfica que conta com todos os
procedimentos baseados numa revisão de manuais electrónicos e físicos que abordam conteúdos
que dizem respeito ao tema supracitado no trabalho, fundamentando-se na leitura, intelecção,
discussão e elaboração de associações possíveis, dialogando com os teólogos clássicos dos
métodos, ler é o passo inicial.
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CAPÍTULO II: REVISÃO DE LITERATURA
Conferência de Joanesburgo
1. Resenha Histórica
Para MacMahon (2003) a década de 1960 foi tumultuada, principalmente por causa da
ameaça nuclear da “guerra fria” entre o bloco capitalista (líderado pelos EUA) e o bloco socialista
(liderado pela URSS). Após a Segunda Guerra Mundial , a humanidade conheceu duas novas
ameaças: o risco de poluição por radiação nuclear, e o uso agrícola de pesticidas
químicossintéticos. Essa instabilidade despertou o desejo de um mundo sem guerras, sem
contaminação radioactiva e sem degradação ambiental.
➢ Moldar nossas acções em todo o mundo, com maior atenção para as consequências
ambientais. Através da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e
irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem estar dependem
➢ Defender e melhorar o meio ambiente para as actuais e futuras gerações.
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2. A Conferência de Joanesburgo
Segundo Serra (2008) representantes de governos de mais de 105 países, grandes empresas,
associações sectoriais, ONG´s (organizações não governamentais), milhares de pessoas, entre elas
delegações e jornalistas do mundo inteiro, reuniram-se em 26 de agosto de 2002, em Joanesburgo,
na vizinha África do Sul, para a Cimeira Mundial do Desenvolvimento Sustentável das Nações
Unidas, perdurando até ao dia 5 de setembro de 2002. Também conhecida como A terceira grande
Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente. Realizada entre os dias 26 de agosto e 5
de Setembro de 2002, ela marca o intento dos líderes de Estado e Governo em avaliar as metas
globais para a preservação ambiental e o desenvolvimento dos Estados. A edição de Joanesburgo
registou aproximadamente 50 mil delegados, contando Chefes de Estado e Governo e as
delegações dos países, ONG´s e membros do sector empresarial. Estiveram ainda representadas
58 organizações internacionais.
A Rio+10, como ficou conhecido o evento, ocorreu trinta anos depois da Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, sediada em Estocolmo, em 1972, quando, pela primeira
vez, a comunidade internacional se reuniu para discutir o meio ambiente global e as necessidades
de desenvolvimento. A Conferência levou à criação do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA) e a maior compreensão da urgência de se adotar um novo posicionamento
diante das questões ambientais. Esse novo pensar sobre o meio ambiente uniu países
industrializados e em desenvolvimento em torno de um objectivo comum e desencadeou uma série
de Conferências Mundiais sobre temas como alimentação, moradia, população, direitos humanos,
biodiversidade planetária e participação da muher na sociedade, entre outros.
O processo preparatório da Cúpula de Joanesburgo foi , desde o início, menos ambicioso que
o do Rio: não havia processos de negociação para Convenções a serem assinadas na Conferência,
nem se pretendia elaborar um documento da complexidade e abrangência da Agenda 21. O desafo
do processo preparatório era progredir onde, no Rio, se havia verificado impasse ou não se lograra
cumprimento, e encontrar caminhos realistas para que o acordado no Rio fosse implementado. Esta
Cimeira teve como grande objectivo o fortalecimento do compromisso político de
desenvolvimento sustentável (Serra, 2008).
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Foram produzidos dois documentos, a saber: uma Declaração Política e o Plano de
Implementação.
Por outro lado, reconheceram, como desafio, a erradicação da pobreza, a mudança dos
padrões de consumo e produção, e a protecção e gestão da base de recursos naturais para o
desenvolvimento económico e social constituem objectivos fundamentais e requisitos essenciais
do desenvolvimento sustentável.
Aceitaram o compromisso de, por um lado, realizar esforços, para garantir o acesso as
necessidades básicas, como saneamento, habitação apropriada, água potável, energia, segurança
alimentar, como também, assumiram a necessidade de se trabalhar em conjunto para ter acesso aos
recursos financeiros, à tecnologia, à educação e desenvolvimento dos recursos humanos (Serra,
2008).
Para Serra (2008) “O Plano de Aplicação contém mais de trinta objectivos a alcançar no
futuro (não determinado). O destaque vai para o conjunto de temas denominado WEHAB (água e
saneamento, energia, agricultura, saúde e biodiversidade), identificado pelo Secretário-Geral da
ONU, Kofi Annan” (p.89). (Serra, 2008)
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das Nações Unidas, fez estudos na área da Gestão em estabelecimentos universitários de diversos
países, tais como os Estados Unidos da América e a Suíça.
Com início em 1962, o seu percurso ao serviço da ONU foi feito na área da direcção do
aparelho administrativo em diversos pontos do globo, ocupando se de questões como a gestão do
pessoal e do orçamento, e a coordenação de operações no terrreno. Annan teve também a seu cargo
missões diplomáticas importantes, em contextos delicados como foram os da Guerra do Golfo e
da Guerra na Jugoslávia. Contudo, foi como responsável pelas operações de manutenção de paz
da ONU que ganhou maior reconhecimento internacional.
Kofi Annan tentou relançar a dinâmica com as cinco propostas prioritárias: água, energia,
saúde, agricultura e biodiversidade. O secretário geral da ONU, hábil diplomata, foi uma figura
muito respeitada. Media as suas palavras e não proferia em vão. Defendeu eficazmente a
credibilidade e o prestígio moral da ONU, fez bons discursos, quem manda são os países mais r i
cos, cada um defendendo os seus interesses, e os resutados das negociações correspondem à
correlação de forças existente na plenária.
Kofi Annan foi um diplomata realista, que objcetivou o seu pensamento na ideia de que,
apesar dos riscos de destruição irreversível do planeta com graves consequências para a
humanidade, o meio ambiente não é prioridade para os ricos, focalizados na obtenção de benefícios
a curto prazo.
Segundo Chaves ( 2002) O Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, declarou que a
Cimeira de Joanesburgo nos vai colocar num caminho que reduza pobreza ao mesmo tempo que
protege o ambiente, um caminho que funciona para todas as pessoas, ricas e pobres, hoje e amanhã
(p.22).
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responsável pelo meio ambiente, Joanesburgo, com Doha e Monterrey , moldaram uma parceria
global para o desenvolvimento sustentável. Esta parceria incluiu compromissos de aumento da
assistência ao desenvolvimento e do acesso a mercados para países em via de desenvolvimento,
da boa governança e de meio ambiente mas saudável.
5. Princípios da conferência
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➢ Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a protecção ambiental deve constituir parte
integrante do processo de desenvolimento, e não pode ser considerada isoladamente deste.
➢ Todos os Estados e todos os indivíduos, com o requisito indispensável para o
desenvolvimento sustentável, devem cooperar na tarefa essencial de erradicar a pobreza,
de forma a reduzir as disparidades nos padrões de vida e melhor antender as necessidades
da maioria da população do mundo;
➢ A situação e necessidades especiais dos países em desenvolvimento, em particular dos
países de menor desenvolvimento relativo e daqueles ambientalmente mais vulneráveis,
devem receber prioridade especial. Acções internacionais no campo do meio ambiente e
do desenvolvimento devem também atender os interesses e necessidades de todos os países.
➢ Para atingir o desenvolvimento sustentável e mais alta qualidade devida para todos, os
Estados devem reduzir e eliminar padrões insustentáveis de produção e consumo e
promover políticas demográficas adequadas;
➢ Os Estados devem solucionar todas as suas controvérsias ambientais de forma pacífica,
utilizandos e dos meios apropriados, de conformidade com a Carta das Nações Unidas;
➢ Os Estados e os povos devem cooperar de boa fé e imbuídos de um espírito de parceria
para a realização dos princípios consubstanciados nesta Declaração, e para o
desenvolviment o progressivo do direito internacional no campo do desenvolvimento
sustentável.
Wallstrom (2002) refere que se no Rio as ONG´s conquistaram legitimidade, após terem sido
vistas por muita delegações como “intrusas” em Estocolmo, em Joanesburgo tiveram seu papel
ainda mais fortalecido. A superação de visões maniqueístas e idealistas aproximou-as da dimensão
mais política do que científica dos temas, e permitiu que se integrassem, na maioria dos casos, de
maneira construtiva. Com alguns de seus membros presentes em diversas delegações oficiais
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(defendendo interesses locais, regionais ou nacionais) e outros que representavam as próprias
organizações (em alguns temas favoráveis a uns países e, em outros, apoiando países diferentes),
as ONG´s revelaram-se mais maduras.
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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO
1. Conclusão
Dado o exposto pelo grupo, pode-se depreender que, houve necessidade de se organizar a
conferência de Joanesburgo, pois, o mundo inteiro se encontrava isolado quanto a intervenção
internacional do meio ambiente, pelo que, cada Estado atendia da forma que melhor entendia sem
princípios universais para o desenvolvimento sustentável do ambiente, ou seja, possuia um padrão
subjectivo. Embora reconhecendo certa frustração perante os resultados obtidos na Cúpula de
Joanesburgo, reconhecem-se elementos de criatividade e maturidade política que podem contribuir
efectivamente para os esforços globais de equacionamento da complexidade dos poblemas
ambientais.
Outrossim, essa conferência levaria à definição de plano de acção global, capaz de conciliar
as necessidades legítimas de desenvolvimento económico e social da humanidade, com a
obrigação de manter o planeta habitável para as gerações futuras.
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2. Referências Bibliográficas
Chaves, R.C.N (2002). A historicidade das literaturas africana. São Paulo, Brasil: Almeida.
MacMahon, J.R. (2003). Guerra fria: VOI 1052. São Paulo, Brasil: L&PM.
Lago, A.A.C. (2006). As três conferências Ambientais das Nações Unidas. Brasília, Brasil: Irbr.
Wallstrom, Margot. Discurso “From Words to Deeds. The Results of the Sustainability Summit
in Johannesburg.”, 11 de setembro de 2002, comentado pelo Telegrama 883 de Braseuropa, de 13
de setembro de 2002.
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