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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Coordenação Pedagógica – IBRA
DISCIPLINA
POLÍTICAS PÚBLICAS
PARA
SUSTENTABILIDADE
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..............................................................................................……………... 03
INTRODUÇÃO
Prezados alunos,
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal,
opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais,
mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente,
estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e provado pelos
pesquisadores.
Em 1983, mais de dez anos após a conferência da Suécia, a ONU encarrega uma
comissão que, sob a presidência de Gro Harlem Brundtland, primeira ministra da Noruega,
apresentará, em 1987, o relatório Nosso Futuro Comum. Este relatório, além de buscar
abrandar os efeitos antagônicos provocados em Estocolmo, preconizava a conciliação
entre o desenvolvimento e o meio ambiente pela implementação de uma concepção de
desenvolvimento sustentável.
Definiu-se desenvolvimento sustentável, então, como aquele “que atende às
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras
atenderem as suas próprias necessidades” (CARVALHO, 2007, p. 509).
A Constituição Federal de 1988 inseriu os princípios do desenvolvimento
sustentável em seu artigo 225. Em 1989, cria-se o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), reunindo nele as competências dos demais
órgãos setoriais de meio ambiente extintos, como o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
Florestal (IBDF), a Superintendência de Desenvolvimento da Borracha (SUDHEVEA), a
Superintendência de Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE) e a SEMA. Este fato aparenta
ter sido uma resposta governamental às fortes pressões ambientalistas internas e externas
e que culminaram com o assassinato de Chico Mendes, em 1988.
Tendo em vista, ainda, a conferência da ONU que aconteceria no Rio de Janeiro,
recria-se, em 1990, a Secretaria Especial do Meio Ambiente, desta feita ligada à
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2. POLÍTICAS PÚBLICAS
b) Problema público – diferença entre uma situação atual vivida (status quo) e
uma situação ideal possível à realidade coletiva.
buscam privilegiar não a sociedade como um todo, mas uma parcela da população. Um
risco iminente advindo das políticas distributivas é a ocorrência do que conhecemos como
clientelismo, Assistencialismo etc.
Por meio das Políticas Públicas redistributivas é que se alocam bens ou
serviços a segmentos específicos da sociedade mediante recursos que são extraídos de
outros grupos específicos.
Políticas Públicas regulatórias são as mais facilmente identificadas e envolvem
prioritariamente os policymakers, a administração pública e a burocracia estatal, além de
outros grupos de interesse. As políticas regulatórias conformam-se em ordens e
proibições, decretos e portarias.
Políticas Públicas constitutivas são as políticas que estabelecem as ‘regras do
jogo’, as normas e procedimentos a partir das quais devem ser formuladas e
implementadas outras políticas.
Políticas Públicas Específicas, são aquelas voltadas ao atendimento demandas
especiais de determinados grupos da sociedade. Por exemplo, indígenas, quilombolas e
minorias em geral.
Definição da Agenda.
As partes envolvidas nos conflitos são chamados de atores políticos. Porém nem
sempre as Políticas Públicas emergem de conflitos. Elas são, no fundo, um processo, com
múltiplos atores sociais, que atuam de modo concertado. Daí o termo "concertação" muitas
vezes encontrado na literatura sobre o tema.
Quando atuam em conjunto, esses atores, tendo sido estabelecido um projeto a
ser desenvolvido onde estão claras as necessidade e obrigações das partes chegam a um
estágio de harmonia que viabiliza a política pública. (Ferreira, 2008)
Para Pasquino existem várias maneiras principais dos atores que formulam
políticas públicas interagirem entre si. Um desses modelos é o governo de partido, ou
Party Government, em que o papel decisor é atribuído a intervenientes de origem
partidária, responsáveis perante os dirigentes dos partidos de os controlar e substituir.
Assim, ainda que não sejam atores exclusivos e dominantes na produção de políticas
públicas, estes e os seus representantes estão sempre presentes em posições de revelo
nos diversos modelos de Party Government.
Segundo o mesmo autor, as políticas públicas podem ainda ser criadas através de
“Triângulos de Ferro”, cujos três agrupamentos principais de atores são: os grupos de
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4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
[...]
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