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Sociedade e
Cidadania
Yara Maria Gasbelotto
E-book 3
E-book Os Desafios do
3 Ambiente Urbano
Neste E-book:
INTRODUÇÃO���������������������������������������������� 3
MOVIMENTOS SOCIAIS E A
QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL������ 4
Inserção da agenda ambiental no Brasil����������������5
CONSIDERAÇÕES FINAIS���������������������� 37
SÍNTESE�������������������������������������������������������38
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INTRODUÇÃO
Saudações!
3
MOVIMENTOS
SOCIAIS E A QUESTÃO
AMBIENTAL NO BRASIL
Vamos retomar um pouco do que já estudamos nos
módulos anteriores?
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politicamente, vivíamos sob um governo autoritário
que censurava os meios de comunicação de massa
e que os movimentos sociais mais relevantes centra-
vam atuação no combate à ditadura. Apenas como
curiosidade, em 1970 o Brasil foi tricampeão na Copa
do Mundo de futebol, acontecimento bastante utiliza-
do pelo governo para gerar um ambiente de otimismo
e euforia junto à população.
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estabeleceu as bases para a nova agenda ambiental
do Sistema das Nações Unidas.
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Se, por um lado, a Conferência da ONU não repercu-
tiu em nossa sociedade, por outro, ela influenciou
algumas mudanças institucionais, afinal, o Brasil
comprometeu-se com as decisões estabelecidas
na Conferência.
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SAIBA MAIS
Conheça a Política Nacional de Meio Ambiente
na íntegra.
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SAIBA MAIS
Algumas das mais atuantes organizações da so-
ciedade civil voltadas ao meio ambiente foram
fundadas ou iniciaram suas atividades no país
entre os anos 1970 e 1990. Conheça a trajetória
de algumas delas!
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datura do país para sediar a segunda conferência da
ONU sobre meio ambiente.
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o grande marco histórico para a consolidação da
agenda ambiental em nosso país.
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SAIBA MAIS
Você pode acessar todos os documentos relati-
vos às conferências da ONU sobre meio ambiente
no site das Nações Unidas. Disponível em: https://
nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/. Acesso
em: 14 mai. 2019. Especificamente sobre a últi-
ma Conferência das Nações Unidas, a Rio+20, há
um site específico que vale a pena você conferir.
Disponível em: http://www.rio20.gov.br/. Acesso
em: 14 mai. 2019.
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PRINCIPAIS DESAFIOS
DAS GRANDES CIDADES
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE, 2017), as expectativas apontam
que até 2050 a população urbana do mundo prati-
camente dobrará, tornando a urbanização uma das
tendências mais transformadoras do século 21. Mas
o que isso significa, concretamente, em termos de
meio ambiente?
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De acordo com o IBGE (2017), a distinção entre rural
e urbano tem sido feita por meio do tamanho popu-
lacional ou patamar demográfico, sendo o urbano
definido pela concentração populacional, enquanto
o rural por sua dispersão.
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Figura 1: Distribuição da população e dos municípios, segundo grupos
de tamanho de municípios. Fonte: IBGE, 2018.
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ambientais muito diversas entre si, por essa razão,
não podemos generalizar as análises para todos os
municípios e habitantes do Brasil.
Resíduos Sólidos
O que é lixo? Tudo aquilo que não tem serventia, que
está velho, que deve ser jogado fora? Você sabia que
a palavra lixo deriva do termo latino lix, que significa
cinzas? Pois é, antigamente a única coisa que não
tinha mais serventia eram as cinzas. Como estudado
no Módulo 2, atualmente qualquer objeto que não
seja mais desejável, mesmo em pleno funcionamen-
to, pode virar lixo de uma hora para outra, bastando
apenas uma campanha publicitária bem-feita para
nos induzir às compras.
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Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas
todas as possibilidades de tratamento e recuperação
por processos tecnológicos disponíveis e econo-
micamente viáveis, não apresentem outra possibi-
lidade que não a disposição final ambientalmente
adequada.
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a) domiciliares: os originários de atividades domés-
ticas em residências urbanas;
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j) de serviços de transportes: os originários de por-
tos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários
e ferroviários e passagens de fronteira;
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Figura 2: Disposição final dos RSU coletados no Brasil (ton/ano).
Fonte: Abrelpe (2017, p. 19).
REFLITA
A Abrelpe calcula que, em média, os municípios
gastam R$ 10,37 por habitante a cada mês para
prestar os serviços de limpeza urbana e de coleta
de lixo domiciliar. Quantos habitantes tem o mu-
nicípio em que você mora? Calcule o investimen-
to mensal da prefeitura para atender o município
e reflita se esse valor não poderia ser economiza-
do caso os habitantes reduzissem a produção de
lixo com atitudes simples como reduzir o consu-
mismo/desperdício, reutilizar e reciclar.
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Uma iniciativa muito divulgada como sendo solução
para todos os problemas é a coleta seletiva, definida
pela Política Nacional de Resíduos Sólidos como a
“coleta de resíduos sólidos previamente segregados
conforme sua constituição ou composição”.
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Figura 3: Distribuição dos municípios com iniciativas de coleta seletiva
no Brasil. Fonte: Abrelpe (2017, p. 18).
SAIBA MAIS
A Prefeitura de São Paulo lançou, em 2019, o Re-
cicla Sampa, novo portal do programa de coleta
seletiva no município. Acesse e pesquise os dias
da coleta seletiva em seu endereço, caso você
seja morador de São Paulo.
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Saneamento básico
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Ao observar a Figura 4, que certamente você já co-
nhece dos tempos do ensino fundamental, constata-
mos que a água é ao mesmo tempo um recurso infi-
nito pela sua quantidade e finito pela sua qualidade.
A quantidade de água no planeta é a mesma desde
o surgimento da vida, há bilhões de anos. O que tem
se modificado significativamente é a sua qualidade,
sobretudo a partir da segunda metade do século 20.
Nesse sentido, encontramos algumas considerações
importantes sobre o ciclo hidrológico:
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Nas cidades, dependemos diretamente das águas
que caem sobre os reservatórios de abastecimento,
que geralmente se localizam distantes dos núcleos
urbanos. Essa água receberá tratamento para se tor-
nar potável, será conduzida até nossas casas, usada
nas nossas atividades cotidianas e depois descar-
tada via sistemas de coleta e tratamento. Após o
tratamento, a água é despejada no rio mais próximo,
votando ao ciclo natural. Perceba que a água potá-
vel e o esgoto são dois lados da mesma moeda, e
constituem um pequeno “desvio” feito pelo homem
dentro do ciclo hidrológico.
25
Podcast 1
SAIBA MAIS
O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Cona-
ma) classificou as águas do território brasileiro
de acordo com os usos principais, servindo de
base para estabelecer os respectivos padrões
de qualidade. Conheça a Resolução Conama nº
20/1986.
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O segundo desafio é universalizar a coleta e o tra-
tamento do esgoto. O Instituto Trata Brasil (2019)
indica que 83,5% da nossa população é atendida com
abastecimento de água tratada, mas apenas 52,36%
da população é atendida com coleta de esgoto. Da
parcela do esgoto que é coletada, apenas 45,1% é
tratado antes de voltar aos rios, o restante é somente
afastado das residências.
SAIBA MAIS
Qual é o impacto da ausência de saneamento bá-
sico no meio ambiente?
Qualidade do ar e mobilidade
urbana
A poluição do ar é um desafio que acompanha as
sociedades humanas há muito tempo. Abordou-se
anteriormente que o inverno de 1952 em Londres foi
preocupante pelo acúmulo da poluição gerada pela
queima de carvão com a neblina que naturalmente
ocorre na região. A queima de carvão, ainda hoje, é a
principal fonte de poluição do ar em diversos países,
como a China.
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Os poluentes atmosféricos são classificados em
material particulado (poeira, fumo, fumaça e névoa)
e gases e vapores (dióxido de enxofre, monóxido de
carbono, ozônio, vapores orgânicos).
Resolução
Padrão OMS Conama Tempo de
Indicador
(mg/m3) 03/1990 exposição
(mg/m3)
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Dióxido de nitro- 200 190 1h
gênio (NO2) 40 100 Anual
SAIBA MAIS
Você percebeu que os padrões da OMS e da Re-
solução Conama diferenciam-se em praticamen-
te todos os poluentes? Você saberia elencar algu-
mas razões para isso?
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Deve-se ressaltar que diversas legislações ambien-
tais têm induzido uma melhora significativa no con-
trole das emissões veiculares, o que nos permite
observar que, individualmente, os veículos novos
estão emitindo menos poluentes, como podemos
verificar na Figura 5.
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malha metroviária é essencial, mas os investimentos
estão sempre muito aquém das necessidades.
Podcast 2
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Figura 6: Fluxos pendulares intrametropolitanos: Região Metropolitana
de São Paulo, 2010. Fonte: Emplasa (2016, p. 33).
SAIBA MAIS
Saiba mais sobre Mobilidade Urbana e seu
contexto histórico, acessando https://youtu.
be/6j9HXdNxO2o.
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de savanas, campos etc. Contudo, o desenvolvimento
tecnológico possibilitou ocupar qualquer ambiente, e
a construção de uma cidade em pleno cerrado, como
é o caso de nossa capital federal, é um bom exemplo
do impacto na vegetação das sociedades humanas.
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o efeito conhecido como “ilha de calor”. A vegetação,
portanto, contribui com o microclima local, mantendo
a qualidade ambiental dos espaços públicos. Contribui
também para o aumento da umidade atmosférica, con-
trole da poluição atmosférica, acústica e visual, interfe-
rência na direção do vento e captação do gás carbônico,
com posterior conversão em oxigênio (BARUERI, 2018).
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plantadas nas calçadas e nas ilhas das vias públicas.
Porém, à medida que praças e parques têm sido valo-
rizados pela população e pelo setor imobiliário, a ar-
borização urbana tem se tornado um “problema” nas
grandes cidades.
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mos a campos de futebol como o Morumbi ou
o Pacaembu (BONONI, 2014, p. 295).
SAIBA MAIS
A prefeitura de Campinas, município paulista com
mais de 1 milhão de habitantes, possui um vídeo
bastante interessante sobre arborização urbana,
vale a pensa assistir! Disponível em: https://youtu.
be/JfCGuFQnVsE. Acesso em: 14 mai. 2019.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste módulo, estudamos o percurso da temática
ambiental dentro da agenda governamental, por meio
das quatro conferências temáticas promovidas pela
Organização das Nações Unidas: Estocolmo em
1972, Rio de Janeiro em 1992, Johanesburgo em
2002 e Rio de Janeiro em 2012. Abordamos como
a sociedade civil também incorporou a questão am-
biental em suas pautas de reivindicações. Em se-
guida, entramos no ambiente urbano, incialmente
entendendo os conceitos de município, zona urbana
e zona rural. A partir daí, analisamos os principais
desafios enfrentados atualmente pelas cidades, orga-
nizados em quatro grandes temas: resíduos sólidos,
saneamento básico, qualidade do ar e mobilidade
urbana, e áreas verdes e biodiversidade. No próximo
módulo, encerraremos nossa jornada de aprendi-
zagem e as cidades continuarão sendo o foco de
nossos estudos.
Até lá!
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Síntese
OS DESAFIOS DO
AMBIENTE URBANO
Movimentos sociais e a
questão ambiental no Brasil
• Resíduos sólido
• Saneamento básico
• Qualidade do ar e mobilidade
urbana